Renovadores da política à época, o ex-prefeito de Natal, ex-governador e ex-senador da República José Agripino teve uma convivência muito próxima com o também ex-senador da República Marco Maciel, que faleceu na madrugada de hoje, sábado,12, aos 80 anos. Atendendo ao pedido do www.blogtuliolemos.com.br, Agripino gravou esse depoimento em que presta a sua homenagem a um dos expoentes da política em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil:
Confira o vídeo:
Marco Maciel foi um dos mais completos políticos com quem eu convivi; olha que eu convivi com muitos políticos ao longo de 40 anos. Marco Maciel para Pernambuco foi quase tudo. O maior símbolo de crescimento é o Porto de Suape, o aeroporto de Recife que faz hub de companhias aéreas com o resto do Brasil e resto do mundo. Ambas obras de Marco Maciel para não falar em outras tantas.
Foi vice-presidente da República, foi senador, governador, deputado federal, presidente da Câmara, ele foi muita coisa neste país, mas, acima de tudo, ele foi um atencioso, um homem probo acima de qualquer suspeita, um estudioso das boas causas, ele se dedicava às melhores causas da política; e, do ponto de vista da prática política, ele foi um operoso profissional: Marco Maciel dormia pouco e trabalhava muito, produzia bastante e produzia bem. Por essa razão é que eu digo sem medo de errar: com Marco Maciel se vai um pedaço da melhor política do Brasil.
Fala-se muito em nova política, a má política, a boa política… se existe um símbolo da boa política é Marco Maciel e, infelizmente, ele se vai. As minhas sentidas homenagens ao Estado de Pernambuco, que perde a sua melhor expressão contemporânea e a Anna Maria e aos filhos.
Perfil Maciel
Até hoje é citado por políticos dos mais variados partidos como modelo ideal de vice, aquele que jamais cobiçou o lugar do presidente. Foi senador por Pernambuco por 16 anos, governador do Estado, ministro da Educação no governo do presidente José Sarney e presidente da Câmara dos Deputados. É autor de frases repetidas até hoje. Uma delas: “Tudo pode acontecer, inclusive nada”.