Fausto Silva, o Faustão, se recupera bem e foi extubado neste sábado (9), segundo a assessoria de imprensa do apresentador.
As informações foram divulgadas pelo jornalista Flavio Ricco, do portal Leo Dias. Depois de duas cirurgias de transplante na última semana, de fígado e rim, o apresentador recebeu visitas de seus três filhos — Lara, João e Rodrigo — neste domingo (10), dia dos pais.
O apresentador está internado no Einstein Hospital Israelita, na capital paulista, desde o dia 21 de maio deste ano devido a uma infecção bacteriana aguda, conforme o boletim médico divulgado na noite de quinta-feira (7).
A infecção foi caracterizada como “sepse” pelos médicos, quando há um conjunto de manifestações graves no paciente que podem levar a disfunção dos órgãos — potencialmente fatal.
A sepse acontece quando o corpo reage de forma exagerada a uma infecção. Há liberação de substâncias químicas que desencadeiam uma inflamação generalizada capaz de danificar seus próprios tecidos e órgãos.
O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe, vítima de um atentado em junho durante comício em Bogotá, morreu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses lutando pela vida, afirmou sua esposa, Maria Claudia Tarazona.
Uribe, de 39 anos, era senador de oposição ao atual governo e um dos favoritos na corrida eleitoral colombiana. O senador também era neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín. Além da esposa, Miguel Uribe deixa um filho.
O senador foi baleado duas vezes na cabeça e uma na perna na noite de 7 de junho enquanto discursava em um evento de rua na capital colombiana, em meio ao crescimento de atos políticos visando as próximas eleições presidenciais na Colômbia, marcadas para março de 2026.
O atentado a Uribe foi o primeiro de uma onda de ataques ocorridos na Colômbia nos últimos meses e reviveram o fantasma da violência política no país dos anos 1990. Na época, três candidatos à presidência foram assassinados durante a campanha eleitoral.
Desde o atentado, Uribe estava internado no Fundação Santa Fé de Bogotá. Ele estava à beira da morte e foi estabilizado após diversas cirurgias e intervenções. No entanto, Uribe “regrediu à condição crítica devido a um episódio de hemorragia no sistema nervoso central”, segundo boletim do hospital no sábado (9). Ele foi submetido a uma cirurgia de emergência e precisou voltar a ser sedado, segundo o hospital.
“O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”, lamentou o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático, ao qual Uribe era filiado.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, exigiu justiça após a confirmação da morte de Uribe. “Os Estados Unidos se solidarizam com sua família e com o povo colombiano, tanto no luto quanto na exigência de justiça contra os responsáveis”, escreveu Rubio no X.
Trajetória
Miguel Uribe Turbay tinha 39 anos e era senador e pré-candidato à presidência da Colômbia. Uribe foi o parlamentar mais votado nas eleições de 2022.
Miguel Uribe é filho de Diana Turbay, que foi sequestrada e assassinada em 1991 por narcotraficantes que trabalhavam para Pablo Escobar, quando Uribe tinha apenas cinco anos. O caso foi retratado no livro “Notícias de um Sequestro”, do escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez, que foi laureado pelo Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra.
Miguel faz parte do partido de direita Centro Democrático, liderado por Álvaro Uribe. Apesar do sobrenome semelhante, os dois políticos não possuem laços familiares.
Contudo, Miguel Uribe é neto de Julio César Turbay Ayala, que foi presidente da Colômbia de 1978 a 1982.
Ataque
O ataque aconteceu durante um evento de campanha em um parque no bairro Fontinbón, em Bogotá.
Homens armados atiraram pelas costas do político, segundo um comunicado do partido de Uribe, o Centro Democrático. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Uribe coberto de sangue e sendo socorrido por apoiadores.
A Procuradoria-Geral, responsável pela investigação do atentado, informou que o senador foi atingido por dois tiros e que outras duas pessoas também ficaram feridas. No local do ataque, um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma arma de fogo.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou a abertura de investigações sobre o caso.
O governo colombiano condenou o ataque:
“O Governo Nacional condena de forma categórica e veemente o ataque que recentemente visou o Senador Miguel Uribe Turbay. Este ato de violência constitui um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia”, diz a publicação no X.
“Um ato de violência inaceitável”, escreveu o partido Centro Democrático.
Em nota, o Itamaraty lamentou o episódio e disse que o governo brasileiro repudia “qualquer forma de violência”.
“O governo brasileiro condena firmemente o ataque contra o senador Miguel Uribe Turbay, em Bogotá, na Colômbia, no final da tarde de ontem (7). O Brasil saúda a pronta detenção do suspeito pelas autoridades colombianas e confia na plena apuração do caso”, disse o Itamaraty, em comunicado.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também condenou o atentado: “Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis a tentativa de assassinato do senador colombiano Miguel Uribe, que foi baleado em Bogotá neste sábado”.
Nos últimos 50 anos, ocorreram três atentados fatais contra candidatos presidenciais na Colômbia. Em 1989, Luiz Carlos Galán, que disputava as eleições pelo Partido Liberal Colombiano; em 1990, contra Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez, fora as tentativas de assassinato do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
Um bombardeio israelense em Gaza matou cinco jornalistas da Al Jazeera, conforme anunciou a emissora. De acordo com o comunicado, as vítimas foram dois correspondentes e três cinegrafistas. O ataque, que deixou ao todo sete mortos, foi direcionado a uma tenda para jornalistas do lado de fora do portão principal do hospital da Cidade de Gaza e ocorreu neste domingo (10).
Entre os mortos, está o jornalista Anas Al-Sharif, de 28 anos. Segundo a emissora, o correspondente cobria amplamente o norte de Gaza. Na nota, a Al Jazeera citou o fato dela ter denunciado recentemente o exército de Israel por “campanha de incitação” contra seus correspondentes na Faixa de Gaza, incluindo, principalmente, Al-Sharif.
Além dele, também foram mortos o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o exército israelense acusou, sem provas, Al-Sharif de ser líder de uma célula do grupo Hamas e de ter lançado ataques com foguetes contra civis e tropas do exército israelense.
A Al Jazeera negou veementemente as acusações e, em julho, a Relatora Especial da Organização das Nações Unidas para a Liberdade de Opinião e Expressão, Irene Khan, afirmou estar “profundamente alarmada” pelas repetidas acusações feitas pelo exército israelense contra Al-Sharif.
“As preocupações com a segurança de Al-Sharif são bem-fundadas, pois há evidências crescentes de que jornalistas em Gaza têm sido alvejados e mortos pelo exército israelense com base em alegações não comprovadas de que eram terroristas do Hamas”, afirmou a relatora da ONU.
Segundo a Al Jazeera, o exército de Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início dos bombardeios. Ainda em julho, a agência de notícias francesa AFP emitiu um comunicado alertando para a situação de seus correspondentes em Gaza, os quais sofrem graves quadros de desnutrição que, em alguns casos, os impediam de trabalhar.
Em uma última mensagem escrita em 6 de abril com o objetivo de ser publicada no dia de sua eventual morte, Al-Sharif escreveu que “apesar da dor, nunca hesitei em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação, na esperança de que Deus testemunhasse aqueles que se calaram, aqueles que aceitaram a nossa morte e aqueles que nos sufocaram.”
Na publicação, ele também expressou a tristeza de deixar a esposa, Bayan, e de não ver os filhos, Salah e Sham, crescerem.