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agosto 17, 2025


FALECE FRANCISCO CANINDÉ, PRESIDENTE DO CONSELHO DE SAÚDE DO RN, QUATRO DIAS APÓS SOFRER AVC

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O presidente do Conselho de Saúde do Rio Grande do Norte, Francisco Canindé dos Santos, faleceu neste domingo (17), quatro dias após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do RN, em Natal.

O episódio ocorreu na quarta-feira (13), durante uma sessão da Comissão de Finanças e Fiscalização, que estava sendo transmitida ao vivo. Canindé foi imediatamente levado ao Hospital Walfredo Gurgel, onde permaneceu internado até o falecimento.

A Arquidiocese de Natal emitiu uma nota de pesar destacando a trajetória de Canindé, que durante muitos anos trabalhou na Pastoral da Criança. Mesmo enfrentando sérios problemas de saúde — era paciente renal crônico, perdeu quase 100% da visão devido à diabetes e fazia hemodiálise regularmente —, ele manteve seu compromisso com os mais necessitados.

Atualmente, Canindé presidia o Conselho Estadual de Saúde, representando a Pastoral da Criança.

Leia a nota da Arquidiocese de Natal na íntegra:

NOTA DE PESAR

A Arquidiocese de Natal recebeu, com pesar, a notícia do falecimento do senhor Francisco Canindé dos Santos, ocorrido da manhã deste domingo, 15, no Hospital Walfredo Gurgel, onde estava internado desde a última quarta-feira, 13, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral. Por vários anos, Canindé trabalhou na Arquidiocese de Natal, atuando mais diretamente na Pastoral da Criança.

Ele era paciente renal crônico, e, como consequência da diabetes, perdeu quase 100% da visão. Mesmo enfrentando esses problemas de saúde, inclusive se submetendo à hemodiálise algumas vezes por semana, Canindé nunca deixou de lutar em prol dos menos favorecidos. Atualmente, presidia o Conselho Estadual de Saúde, no qual representava a Pastoral da Criança.

Na última quarta-feira, enquanto participava de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa do RN, representando o Conselho, sofreu um AVC hemorrágico, sendo conduzido imediatamente ao Hospital Walfredo Gurgel.

Que o Senhor Deus acolha este seu filho com misericórdia na Eternidade e conceda paz e consolação à esposa, filhos, demais familiares e amigos.


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COP30 EM BELÉM: AÇAÍ, MANIÇOBA E TUCUPI SÃO LIBERADOS APÓS REVISÃO DE EDITAL

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Após repercussão negativa, a organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) modificou o edital para a contratação de empresas para operação de restaurantes nos espaços oficiais do encontro, que será realizado em novembro, em Belém. Alimentos locais, como açaí e tucupi, que foram barrados no texto anterior, agora poderão ser servidos no evento.

A mudança foi feita pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), após atuação do governo federal, por meio do ministro do Turismo, Celso Sabino. Em nota, a organização informou que, após análise técnica, foi publicada uma errata para incorporar a culinária paraense. O detalhamento da oferta de alimentos no evento será realizado após a seleção dos fornecedores.

A nota ressalta ainda que o edital busca valorizar, na hora da seleção, empreendimentos coletivos, como cooperativas, associações, redes solidárias e grupos produtivos locais, além de grupos historicamente vinculados à produção de alimentos sustentáveis e à sociobiodiversidade, como povos indígenas, comunidades quilombolas, mulheres rurais, juventudes do campo e demais povos e comunidades tradicionais.

O edital estabelece que ao menos 30% do valor total dos insumos adquiridos sejam provenientes da agricultura familiar.

Polêmica

Nesta semana, a OEI publicou o edital para selecionar os estabelecimentos que atuarão na COP30. Ele listava, em uma tabela, alimentos e bebidas considerados com alto risco de contaminação e que, portanto, estariam proibidos nos espaços dos eventos da COP30. Entre esses alimentos estavam o açaí, o tucupi, sucos de fruta in natura e a maniçoba.

A proibição de alimentos típicos da culinária paraense gerou polêmica e diversas críticas. O chef Saulo Jennings foi um dos que criticou o edital. “É um crime contra nosso povo, contra a nossa gastronomia, contra a comida que alimentou nossa ancestralidade toda, a gente só sobrevive por causa desse alimento”, afirmou em publicação nas redes sociais.

Saulo Jennings é o fundador do restaurante Casa do Saulo, que além de ter unidades no Pará, tem também em São Paulo e no Rio de Janeiro, todos voltados para a culinária paraense.  O chef foi o primeiro a ser escolhido como Embaixador Gastronômico da ONU Turismo no mundo. Em 2023, na COP28, em Dubai, ele conta que cozinhou na abertura do evento e que serviu o tacacá, prato paraense feito com tucupi.

“Quer dizer que dentro de casa não posso usar nosso alimento? Faz mal? Nosso povo tem uma imunidade diferente do resto das pessoas do mundo inteiro? Porque só a gente sobrevive comendo esses alimentos. Quer dizer que nosso governo não tem órgãos fiscalizadores? Tem e funciona. Tem Vigilância Sanitária, temos todas as regras de alimentação”, afirmou. 

Ele ressaltou que a COP é uma oportunidade para fortalecer o turismo gastronômico na região, gerando mais emprego e renda.  “Quem vier e comer, vai sair daqui apaixonado”, garantiu.

Seleção

Na nota publicada, a organização da COP esclarece que as recomendações do edital são exclusivas para espaços da conferência, não abrangendo outros locais do município de Belém ou do estado do Pará.

Diz ainda que a definição do cardápio da COP30 é de responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), assim como possíveis orientações sobre produtos alimentícios, e atende a critérios da Vigilância Sanitária nacional e subnacional.

Os cardápios apresentados poderão sofrer ajustes para atender aos critérios do edital, como a diversidade de alimentos e a segurança dos participantes da conferência.

Na próxima terça-feira (19), será realizada um audiência pública para ouvir candidatos à operação de alimentação da COP30.

*Com informações da Agência Brasil


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BOLSA FAMÍLIA REDUZ CASOS E MORTES POR AIDS EM MULHERES, DIZ ESTUDO

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O Programa Bolsa Família foi associado a quedas de casos e de mortes causadas pela aids em mulheres em situação de vulnerabilidade. É o que indica uma análise publicada na revista Nature Human Behavior com base em uma pesquisa coordenada pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), da Espanha, em parceria com outras instituições.

A análise abrangeu 12,3 milhões de mulheres de baixa renda e levou em consideração dados de 2007 a 2015, com foco em mães e filhas em domicílios beneficiados pelo Bolsa Família. Entre as filhas, o programa esteve associado a uma diminuição de 47% na incidência de aids e de 55% na mortalidade relacionada a essa doença. Entre as mães, as reduções foram de 42% e 43%, respectivamente.

O impacto do programa foi maior entre mulheres que enfrentam múltiplas vulnerabilidades. Em particular, mães negras ou pardas vivendo em extrema pobreza e com níveis mais elevados de escolaridade: uma redução de 56% na incidência de aids.

Os pesquisadores indicaram que as condicionalidades do Bolsa Família, como frequência escolar, exames de rotina, participação em ações de educação em saúde, atividades sobre prevenção sexual e reprodutiva podem ter desempenhado papel decisivo nos resultados.

O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do Brasil, foi relançado pelo Governo Federal em 2023, com mais proteção às famílias, em um modelo que considera o tamanho e as características familiares.


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