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agosto 29, 2025


MUNICÍPIOS DO OESTE POTIGUAR DESCUMPREM INVESTIMENTO MÍNIMO EM EDUCAÇÃO, APONTA TCE

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Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN) revelou que os municípios do Oeste potiguar não cumpriram o percentual mínimo de 25% em investimentos na educação durante o primeiro semestre de 2025, como determina a Constituição Federal.

Os dados foram extraídos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e constam no Painel Fiscal do TCE-RN. O índice de 25% corresponde à parcela da receita proveniente de impostos, incluindo transferências constitucionais, que deve ser aplicada obrigatoriamente em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino.

Entre as cidades analisadas, nenhuma conseguiu alcançar integralmente a meta legal. Os municípios que mais se aproximaram do limite constitucional foram Apodi (24,35%), Governador Dix-Sept Rosado (24,08%) e Rodolfo Fernandes (23,64%). Já os piores índices ficaram com Luís Gomes (16,91%), Alexandria (17,53%) e Martins (18,99%).

Confira o ranking dos percentuais de aplicação em educação no semestre:

  1. Apodi – 24,35%
  2. Governador Dix-Sept Rosado – 24,08%
  3. Rodolfo Fernandes – 23,64%
  4. Marcelino Vieira – 21,63%
  5. Campo Grande – 20,89%
  6. Upanema – 20,71%
  7. Caraúbas – 19,31%
  8. Martins – 18,99%
  9. Alexandria – 17,53%
  10. Luís Gomes – 16,91%

O descumprimento da obrigação constitucional pode resultar em sanções administrativas, apontamentos nas prestações de contas e até responsabilizações judiciais. O TCE informou que os gestores municipais deverão ser notificados e terão de apresentar justificativas ou adotar medidas corretivas.

Segundo o Tribunal, os prefeitos precisam intensificar os investimentos no segundo semestre para garantir que o percentual mínimo seja atingido até o encerramento do exercício financeiro de 2025, sob pena de penalidades mais severas.

Outro ponto destacado pelo relatório é a subutilização de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) em alguns municípios. Parte das prefeituras não aplicou integralmente os valores recebidos, em desacordo


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AREIA BRANCA GASTA 7 MILHÕES EM SHOWS, MAS APLICA MENOS DO QUE DIZ A LEI NA SAÚDE

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A Prefeitura de Areia Branca já investiu R$ 7.199.782,90 em festas populares neste ano, incluindo a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, enquanto descumpre a aplicação mínima obrigatória de recursos na saúde.

Entre os shows, o grupo Sorriso Maroto recebeu R$ 550 mil por duas horas de apresentação. O cantor Felipe Amorim teve cachê de R$ 400 mil, enquanto Padre Fábio de Melo custou R$ 224 mil.

A artista Taty Girl e a Banda Fernandina receberam, respectivamente, R$ 175 mil e R$ 136 mil.

Os gastos detalhados mostram que, de janeiro a julho, a prefeitura aplicou R$ 5.257.806,71 em eventos. Somente em agosto, com a festa de padroeira, foram gastos R$ 1.941.976,19, quase R$ 2 milhões, totalizando R$ 7.199.782,90.

Segundo o Painel Fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), no primeiro semestre de 2025, a Prefeitura aplicou apenas 12,64% das receitas de impostos na saúde, abaixo do mínimo constitucional de 15%.

A dotação orçamentária para a saúde em 2025 é de R$ 40.597.941,19, mas, nos sete primeiros meses do ano, a prefeitura aplicou R$ 21.278.962,79, ou cerca de 52,4% do orçamento previsto para o período, mostrando execução proporcional abaixo do esperado.

O contraste entre os gastos com entretenimento e a falta de investimentos em serviços essenciais tem gerado críticas de profissionais da saúde e moradores, que relatam precariedade nos atendimentos, falta de insumos e estrutura insuficiente em hospitais e postos de saúde.

O TCE-RN alerta que a aplicação mínima em saúde é uma obrigação constitucional, e que recursos públicos devem ter prioridade em áreas essenciais à população.


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DIÁRIO DO RN: 3 ANOS DE COMPROMISSO COM A INTELIGÊNCIA DO LEITOR

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Do projeto na cabeça até a primeira edição do Diário do RN ganhar as ruas, cerca de seis meses se passaram. Depois de formada a equipe, outro grande desafio foi estabelecer toda a logística de impressão e distribuição dos exemplares .

“A ideia era fazer um jornal vespertino porque já existiam dois matutinos em Natal e o vespertino que nos inspirou foi o Jornal de Hoje. Um jornal que marcou época, muito forte, independente, sem vínculos e era um jornal que tinha esse desafio de fazer a notícia do dia. Isso acontece hoje no online, chega na hora! Mas como jornal impresso, isso foi um desafio que o professor Marcos Aurélio (proprietário do Jornal de Hoje) conseguiu durante muitos anos. Precisávamos, então, imprimir o jornal com o tempo muito curto entre o fechamento, a impressão e estar nas ruas. O Jornal de Hoje tinha sua gráfica dentro do prédio próprio. Era redação e parque gráfico lado a lado, fazendo e imprimindo. Para o Diário, a gente não tinha condição disso, então, da inviabilidade de fazer um jornal para imprimir no horário que ele chegasse como vespertino e não como noturno, a gente desistiu e buscou a alternativa de fazer o matutino”, relembra Tulio Lemos, diretor e sócio fundador do jornal ao lado do também diretor e sócio fundador Bosco Afonso.

De lá pra cá, os dois dividem desafios diários. “O desafio maior é manter o jornal. Manter o jornal vivo nos desafios econômicos, mas ele está vivo de qualquer forma por conta do seu conteúdo”, afirma Bosco Afonso, destacando também a seleção criteriosa dos temas abordados. “É preciso ir dosando, tendo o cuidado nos temas de cada edição, que ele possa sair num formato de revista para que não perca a validade, ele está sempre em evidência”.

A edição número um revelou ao leitor o DNA de um veículo ousado e destemido. “Caramba, Tulio é corajoso “, lembra a jornalista Daniela Freire sobre sua reação ao se deparar com a primeira página. Ela ainda acrescenta que “a chegada, há três anos, do Diário do RN no cenário da comunicação potiguar elevou o nível do debate público, garantiu uma maior pluralidade da informação e estabeleceu mais uma trincheira no combate à desinformação. O projeto corajoso e apaixonado dos amigos jornalistas Túlio Lemos e Bosco Afonso chegou gerando um impacto absolutamente positivo do ponto de vista da responsabilidade com a notícia. Parabenizo o Diário do RN pelo começo brilhante e desejo um longo futuro com muita informação!”

Conseguir manter esse DNA “é uma maratona”, destaca Tulio, lembrando que essa “é outra barreira que a gente transpôs, porque se manteve, mesmo com a saúde financeira sempre instável, a gente conseguiu se manter, porque para ser independente é preciso ter coragem de fazer algo que desagrada o seu próprio anunciante, e nós fizemos isso”.

JORNALISMO VERDADE
O jornalismo investigativo e documental é uma marca do Diário do RN desde a primeira edição.

Em algumas situações, são dias, até mesmo semanas de apuração até ser publicada a matéria.

Um trabalho minucioso que reflete na credibilidade da notícia e na ausência de qualquer condenação ou desmentido.

“Muitas vezes os citados em reportagens não gostam do que leem, mas não podem dizer que é mentira. Discordar é uma coisa, desmentir é outra. Isso é jornalismo, é assim que cumprimos nosso papel social”, afirma Bosco Afonso.

O direito ao contraditório também está presente nas páginas do Diário, um jornal independente que há três anos dá voz a diferentes grupos políticos e espectros ideológicos, seja em forma de entrevistas e reportagens, na veiculação de artigos ou através de seus colunistas.

“Ainda durante o estágio do curso de jornalismo, tive a oportunidade de escrever uma coluna no DRN e ser parte da produção deste conteúdo jornalístico tão emblemático da minha vida. Pautado na pluralidade de ideias e aberto para todas as vozes, o Diário do RN me deu mais que reativar uma memória afetiva; me tornou coparticipante de um momento histórico para os leitores potiguares. Mais um bom registro no meu histórico afetivo e profissional jornalístico”, relembra o jornalista Rodrigo Maker, que por quase dois anos assinou a coluna Contraponto, no DRN.

PLURAL
“O pluralismo é a essência da democracia. Se você admite que o jornal vai ter um lado, ele está tolhendo a liberdade, a democracia, a expressão do outro lado. Então quando o jornal se pauta no pluralismo, principalmente na esfera política, ele está cumprindo seu verdadeiro papel. E aí o leitor é que faz o julgamento a respeito do que foi dito, quem está certo, quem está errado e faz sua própria avaliação”, declara o jornalista Tulio Lemos.

Na disputa municipal de 2024, a pluralidade de ideias teve espaço através de matérias e entrevistas especiais com todos os candidatos.

“Demos destaque a todos os candidatos, inclusive aqueles que não têm destaque nos demais veículos por serem considerados pequenos diante da disputa eleitoral e política dos maiores candidatos. No Diário, Nando Poeta, que as urnas mostraram que ele teve uma votação bem pequena, teve o mesmo espaço que os três candidatos que supostamente estavam disputando o segundo turno, como os dois que foram para o segundo turno. Assim também aconteceu em 2022”, relembra Bosco Afonso.

Pluralismo que também se faz presente na cobertura de outras áreas como esporte, saúde, educação, lazer, comportamento, empreendedorismo… dando voz a personagens muitas vezes desconhecidos do grande público. “Por exemplo, a gente tem dado um espaço que nenhum outro veículo dá ao esporte amador, sem esquecer o principal, que é o futebol. E o futebol, a gente dá também dos principais, da primeira divisão do Estado, mas dá também do matutão, dá do futebol do interior e tudo. Então, essa cobertura do esporte é muito completa, realmente”.

PRINCIPAIS COBERTURAS
Tratando-se de um jornal essencialmente político, as eleições de 2022 e 2024 são destaques na trajetória do DRN. “Eu acho que as eleições sempre são o momento mais importante para quem acompanha política. É onde os políticos estão com os nervos à flor da pele, onde eles não admitem nada negativo que possa lhe tirar voto. Só querem manchete e matéria positiva, e a gente não trabalha como assessoria de imprensa de candidato nenhum, a gente pega as coisas positivas, sim, mas negativas também”, afirma Tulio.

Bosco ainda complementa que “político nenhum gosta de nada negativo na imprensa. Isso gera conflito. O candidato que tem acesso a gente não entende que possamos fazer uma matéria positiva e amanhã fazer uma negativa, ele já vai ficar chateado”.

Tulio traz ainda o que chama de boicote ao conteúdo produzido pelo DRN: “Quando a gente vem com algo que interessa muito à esquerda, a direita boicota. Finge que não saiu, por mais que tenha sido uma matéria muito forte, uma declaração, um documento ou uma decisão judicial forte, qualquer coisa muito forte, o outro lado, dentro dessa polarização, finge que não aconteceu, que é exatamente para não ter a obrigação de valorizar, nem de repercutir quando vem a situação contrária. Então, fingem que nem viram o jornal, que a matéria não aconteceu. Então, esse boicote é um desafio para a gente vencer. Mas o boicote cada vez mais está ficando preso às lideranças públicas e não aos leitores. Os leitores simpatizantes dos dois lados, eles não boicotam, eles repercutem, comentam, criticam, mas a classe política radical dos dois lados continua fazendo esse boicote, apesar de ser numa frequência menor ou num peso menor, mas ainda acontece. E esse é um grande desafio”.

UM NOVO MOMENTO
Segundo Bosco Afonso, “o Diário do RN está consolidado como um jornal impresso, ele tem o seu público, a gente sabe que aí já é um público mais limitado, é um público que gosta de pegar no papel, que gosta de sentir, mas a pretensão é que a gente possa também caminhar em passos mais largos na hora de uma divulgação ampla nas redes sociais”.

Nesse sentido, o momento também é de crescimento. Nos últimos meses, o portal e as redes sociais do DRN tem ampliado seu público, alcançando cada vez mais números positivos. Nesta quinta-feira, o Instagram do Diário bateu mais de meio milhão de contas alcançadas: “Isso é fruto de um trabalho contínuo de monitoramento de notícias e análise de público. Nossa pretensão é bater mais de um milhão de contas até o final do ano”, declara otimista Anna Beatryz Fernandes, responsável pelo portal e redes sociais do Diário do RN.

A partir deste mês de agosto, o Diário também ampliou sua cobertura em outras partes do Estado, com a contratação do repórter Magno Alves, que passou a atuar em Mossoró e nas cidades vizinhas, e semanalmente o repórter Jairton Medeiros traz as notícias dos munícipios em todas as regiões do Estado, com destaque para atuação do MP e da Justiça em casos suspeitos de corrupção.

O pluralismo é a essência da democracia. Então quando o jornal se pauta no pluralismo, principalmente na esfera política, ele está cumprindo seu verdadeiro papel”

Tulio Lemos
Diretor

“Muitas vezes os citados em reportagens não gostam do que leem, mas não podem dizer que é mentira. Discordar é uma coisa, desmentir é outra. Assim que cumprimos nosso papel social”

Bosco Afonso
Diretor


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INSTITUTO PENSAR PROMOVE PALESTRA SOBRE ECONOMIA AZUL NESTA SEXTA

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“O Instituto Pensar é um grupo de funcionários liberais, estudantes, professores e gestores públicos que querem pensar o Rio Grande do Norte, querem pensar uma proposta alternativa de desenvolvimento de longo prazo”, afirmou Rivaldo Fernandes, professor, analista de dados, ambientalista e representante da instituição, ao destacar a motivação da entidade, criada em 2024.

Segundo ele, o objetivo é construir debates estratégicos que ultrapassem os limites dos planos de governo apresentados a cada eleição. “A nossa ideia é ir além das peças publicitárias que servem apenas para atrair o eleitorado. Queremos levantar os gargalos do desenvolvimento do Estado e, ao mesmo tempo, mapear as potencialidades capazes de tornar o Rio Grande do Norte avançado, como já acontece com o Ceará e a Paraíba”, explicou.

Dentro dessa proposta, o Instituto Pensar promove encontros mensais para discutir alternativas de crescimento sustentável para o RN. “Já estamos no terceiro evento e nesta sexta será a vez de abordar o potencial das nossas águas. É uma iniciativa voluntária, gratuita e aberta a todos os interessados”, reforçou Rivaldo, convidando a população.

A palestra será realizada nesta sexta-feira (29), às 15h, na Escola Hipócrates Zona Sul, em Candelária. O convidado é o professor da UFRN e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do RN (IHGRN), Antonio-Alberto Cortez, que vai abordar o tema “Economia Azul, a Riqueza das Águas”.

“Fui convidado para falar sobre um tema muito importante, que é a economia azul. Ele tem tudo a ver com o Rio Grande do Norte, um estado banhado pelo Oceano Atlântico e repleto de coleções de água em seu território continental”, destacou Cortez. “Vamos tratar das potencialidades da pesca industrial e artesanal, da aquicultura e, principalmente, do cultivo de algas como alternativa para reduzir a dependência do Brasil do potássio importado.”

O professor ressalta a importância estratégica desse debate. “Hoje o Brasil gasta bilhões de dólares com importação de potássio de países como Rússia, Belarus, Alemanha, Israel e Canadá.

No entanto, temos uma alternativa limpa e inclusiva com o cultivo da de algas, cuja experiência já começou em Macau. Isso pode representar uma revolução econômica e ambiental para o Estado e para o país”, explicou.

Além da algicultura, Cortez abordará a importância da manutenção da frota pesqueira potiguar e da geração de empregos nesse setor. “Imagine uma cidade com centenas de embarcações sem oficina para reparos. Até pouco tempo, muitos barcos tinham que viajar dois mil quilômetros para manutenção. Hoje temos estaleiros em Natal que evitam esse deslocamento, movimentam a economia local e fortalecem o comércio. Esse é um exemplo de potencial que saiu do papel e se concretizou”, disse.

O professor acredita que o evento será uma oportunidade única para aproximar conhecimento técnico, acadêmico e sociedade. “As pessoas vão perceber que falar em economia azul não é apenas falar de potencial, mas de caminhos viáveis e sustentáveis, que podem ser aplicados já. É pensar o desenvolvimento de forma inovadora e estratégica”, reforçou.

Para Rivaldo Fernandes, a palestra de Antonio-Alberto Cortez cumpre a missão do Instituto Pensar. “Queremos oferecer ideias concretas ao governo e à sociedade, mostrando que existem alternativas sólidas para o futuro do Estado, baseadas em nossas riquezas naturais, como o sol, a água e o mar”, comentou.

O evento é gratuito, aberto a todos os públicos e terá espaço para debate ao final da exposição.

“Está todo mundo convidado. Basta chegar às 15h, na Escola Hipócrates Zona Sul. Será um momento de aprendizado, reflexão e troca de ideias. Queremos pensar juntos o Rio Grande do Norte”, concluiu Rivaldo.


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CADU SOBRE ZENAIDE: “SE ELA ESTÁ DO LADO DE ALLYSON, NÃO ESTÁ DO LADO DO PT”

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O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte e pré-candidato ao Governo do RN, Cadu Xavier (PT), afirmou que a senadora Zenaide Maia (PSD) não faz parte hoje do mesmo campo político do partido da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula (PT). Ele avaliou o cenário eleitoral para 2026 hoje e os fatos novos que vêm surgindo, com a existência de três chapas atualmente. Além da dele, pelo PT, a da direita, com Rogério Marinho (PL) pré-candidato e a de Allyson Bezerra (UB), que, ao lado de Zenaide deve viabilizar a terceira candidatura ao executivo estadual.

“Allyson sempre esteve do outro lado, o prefeito de Mossoró nunca esteve próximo do nosso governo, nunca. Então se Zenaide vai estar caminhando ao lado dele, ela vai estar na oposição ao governo, que nós vamos ter um candidato de situação, que serei eu, e ela vai estar num palanque que é de oposição do governo, de outro campo político”, afirmou durante entrevista ao programa 12 em Ponto, na 98 FM.

Com pré-candidatura posta há meses, Cadu afirma que não há possibilidade de mudança dessa decisão pelo sistema governista. Entretanto, questionado, admite que poderia ser vice de Walter Alves (MDB), em caso do vice-governador, quando assumir a cadeira de governador, decida disputar reeleição.

“Eu acho que a única possibilidade de retirada da minha candidatura é se o futuro governador Walter Alves decidir ser candidato. É um direito dele. Aceito ser vice dele sem problema nenhum.

De Walter, sem problema nenhum, porque é direito dele ser candidato”, explicou.

Por outro lado, afirmou que não deverá ser candidato a vice-governador ao lado de Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, cujas especulações apontam possibilidade de se colocar ao Governo. Cadu descarta.

“De Ezequiel, essa condição não existe nesse momento. Walter vai ser governador do Estado e ele tem o direito de ser candidato à reeleição. Então, esse é o quadro que existe”, cravou.

Segundo Cadu, a eleição de 2026 vai reforçar o embate direto entre os dois lados da política: de um lado, o campo progressista liderado por Lula e Fátima; de outro, a direita bolsonarista e seus aliados. Sobre as candidaturas que já estão desenhadas no Rio Grande do Norte, ele resume: “Tem Rogério Marinho, candidato de um grupo, e Allyson Bezerra; os dois estão no outro campo.

Eu sou atualmente o pré-candidato ao governo do lado do presidente Lula, do lado da democracia.

Quem estiver do outro lado, é do outro lado”.

Xavier ainda explica a identificação do seu nome enquanto pré-candidato atrelando-o ao presidente Lula. A definição que aumentou os índices de intenções de votos nas pesquisas é, segundo ele, para “demarcar os lados”: “Eu sou filiado ao PT, eu sou secretário do Estado do Governo do PT há sete anos, e eu não tenho problema nenhum de ser Cadu de Lula. Pelo contrário, eu tenho muito orgulho. O outro lado vai ser fulano de Bolsonaro, vai ter que defender; fulano que defendeu os atos golpistas de 8 de janeiro. Não, Cadu de Lula é isso”.

Cadu Xavier ressaltou que o PT tem dialogado com os partidos aliados para fechar a chapa que vai disputar o Senado em 2026. “O PT tem uma candidatura posta, que é a minha. Agora, nós estamos dialogando com os partidos aliados, porque não se faz eleição sozinho. A governadora Fátima sempre disse isso. O MDB é um parceiro importante, o PSB é um parceiro importante, o PCdoB, o PV, o PDT. O campo que esteve com Lula em 2022 é o campo que a gente precisa manter unido em 2026”, explicou.

Legado do Governo Fátima
Além das questões eleitorais, Cadu Xavier também falou sobre a gestão estadual e o legado da governadora Fátima Bezerra. Ele destacou o resgate do pagamento em dia dos servidores e a reorganização das contas públicas.

“A gente recebeu um Estado quebrado, com salários atrasados, com quatro folhas em atraso. A governadora conseguiu pagar tudo e colocar em dia. Reconstruímos a arrecadação, modernizamos a Secretaria de Tributação e demos estabilidade fiscal ao Estado”, disse.

O secretário ainda comentou sobre os investimentos em saúde, educação e segurança, o enfrentamento aos ataques criminosos de 2023, as operações de crédito para infraestrutura e saneamento, além dos desafios futuros como os precatórios e a queda das transferências federais.

“O RN hoje está em muito melhores condições do que em 2018. Claro que temos desafios, mas o Estado está equilibrado e tem condições de seguir avançando”, concluiu.


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ESTADO AVANÇA EM COMPETITIVIDADE, MAS FECOMÉRCIO COBRA MAIS OUSADIA

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O Rio Grande do Norte foi o Estado que mais avançou no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O levantamento mostra que o RN subiu oito posições em relação ao ano passado, passando da 24ª para a 16ª colocação nacional. No cenário regional, também houve crescimento expressivo: o estado saiu da 9ª posição no Nordeste para a 4ª.

Entretanto, para o presidente da federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, embora o avanço seja positivo, ainda há desafios significativos. Ele conversou om o Diário do RN sobre o assunto.

“O estudo do CLP é uma referência nacional, pois mede a capacidade dos estados de oferecer um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social. O avanço do RN é uma notícia positiva, mas ainda há muito a progredir. O estado não recuperou a posição e a pontuação do período pré-pandemia (15ª colocação e 47 pontos, respectivamente). Atualmente, figuramos na metade inferior do ranking nacional, ocupando a 16ª posição, com 43,1 pontos, em um indicador que vai de zero a 100”, avaliou.

Queiroz destacou a melhora em áreas como segurança pública, onde o RN ocupa hoje a 4ª colocação nacional e lidera o Nordeste. “O avanço ocorreu sobretudo nos indicadores de Atuação do Sistema de Justiça Criminal, Déficit de vagas no sistema prisional, Morbidade Hospitalar por Acidentes de Trânsito, Violência Sexual e Mortes a Esclarecer”, pontuou. Ainda assim, observou que a sensação de insegurança perdura no Estado. “Por outro lado, pioraram os indicadores de Segurança Pessoal e Segurança Patrimonial, o que reflete a manutenção da sensação de insegurança no estado entre a população e o empresariado”, ponderou.

O dirigente ressaltou áreas em que o desempenho segue frágil. “Em outros pilares, apesar de algum avanço, o Estado do RN ainda se posiciona na metade de baixo do ranking, como por exemplo em Educação e Potencial de Mercado, na 19ª colocação, e em Solidez Fiscal, que ocupa a penúltima posição, com notas zeradas nos indicadores de Gasto com Pessoal e Índice de Liquidez”, afirmou.

O presidente da entidade comercial assevera que estes dados, mesmo com o avanço obtido, “compromete severamente a capacidade de investimentos do Governo do Estado”.

“Entendemos que precisamos enfrentar de maneira firme os gargalos que ainda comprometem a nossa competitividade, especialmente nas áreas de educação, potencial de mercado e solidez fiscal”, afirmou.

Na avaliação de Marcelo Queiroz, o resultado aponta para a necessidade de políticas de longo prazo. “Somente com planejamento, responsabilidade e a construção de um ambiente mais seguro e estável para os negócios e para a população, conseguiremos transformar esse progresso em desenvolvimento econômico sustentável”, concluiu.

Já a governadora Fátima Bezerra (PT) celebrou o desempenho. Em suas redes sociais, ela comparou o Estado hoje com a situação no ano de 2019. Para ela, o resultado reflete dedicação.

“É a prova concreta do quanto avançamos. Agora não custa nada lembrar, refrescar a memória, porque quando chegamos ao Governo do Estado em 2019, encontramos uma realidade dramática, quatro folhas salariais atrasadas, gestão fragilizada e políticas sociais em colapso, mas com muita dedicação, responsabilidade, diálogo e políticas voltadas para o bem-estar, para a cidadania, e para a valorização das pessoas, conquistamos esse resultado agora extraordinário”, afirmou a gestora no X.

Fátima garante que a meta é avançar ainda mais nos resultados: “Seguiremos avançando, construindo um Rio Grande do Norte cada vez mais justo, mais forte e mais competitivo.

Sigamos”, escreveu.

O ranking, em sua 14ª edição, avaliou 100 indicadores distribuídos em 10 pilares: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação. O levantamento mostra, entre outros pontos, que o RN subiu dez posições em sustentabilidade ambiental, seis em eficiência da máquina pública e cinco em segurança pública, mantendo a 11ª colocação em inovação.

Além da competitividade, dados recentes reforçam a relevância do setor de serviços para a economia potiguar. De acordo a Pesquisa Anual de Serviços 2023, 168 mil pessoas estão empregadas na área, o maior patamar da série histórica, o que representa um crescimento de 58,14% desde 2007.


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