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setembro 25, 2025


ELEITORES SEM BIOMETRIA COMEÇAM A RECEBER NOTIFICAÇÕES POR WHATSAPP

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Com o objetivo de incentivar o castro biométrico de eleitores no Rio Grande do Norte, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) começou a enviar mensagens personalizadas por meio do WhatsApp aos eleitores que ainda não realizaram o cadastramento biométrico. A ação tem como objetivo convocar cerca de 145 mil eleitores em todo o estado que ainda possuem pendências com a Justiça Eleitoral. Ao longo de dois meses, o sistema deverá enviar cerca de 3.600 mensagens por dia, sempre de segunda a sexta-feira.

Segundo o TRE-RN, essa tecnologia permite tornar a comunicação mais direta, personalizada e eficaz, mapeando com precisão os eleitores pendentes e otimizando o processo de coleta biométrica no estado.

A estratégia utiliza uma ferramenta desenvolvida por um servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE do Acre (TRE-AC), e foi adaptada para ser utilizada no RN. O sistema realiza o cruzamento entre os dados do cadastro eleitoral e a localização geográfica dos eleitores, permitindo identificar com precisão quem ainda não cadastrou a biometria e onde está.

“Nós estamos fazendo um cruzamento de dados para conseguir alcançar esses eleitores que estão sem biometria. Esse sistema, criado por um servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-AC, cruza dados do cadastro eleitoral com a localização dos eleitores e permite mapear onde estão essas pessoas. O próprio sistema envia mensagens personalizadas por WhatsApp, informando sobre a situação do seu título e indicando o cartório eleitoral de seu município”, explicou o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-RN, Marcos Maia.

A expectativa da Justiça Eleitoral é que a campanha de notificação por WhatsApp ajude a reduzir o número de eleitores com pendências que, atualmente, é de cerca de 145 mil, antes do fechamento do cadastro, previsto para maio de 2026. A medida visa ainda evitar aglomerações de última hora nos cartórios e longas filas de atendimento.

De acordo com a presidente do TRE-RN, desembargadora Maria de Lourdes Azevêdo, boa parte desses quase 150 mil eleitores, eleitores fez o alistamento ou transferência eleitoral durante a pandemia da Covid-19, período em que a coleta de biometria estava suspensa por questões sanitárias.

“Grande parte desse percentual de eleitores fez o alistamento eleitoral durante a pandemia, quando a coleta biométrica teve que ser suspensa. Então é principalmente esse eleitor a quem este chamamento se destina”, declarou.

A desembargadora também destaca a importância da coleta biométrica para o processo eleitoral, especialmente diante da complexidade das eleições de 2026.

“A biometria não é obrigatória para votar, mas ela pode agilizar o processo de votação. Ainda mais pensando que em 2026 teremos uma votação mais longa, com seis telas nas urnas: um deputado federal, um deputado estadual, dois senadores, um governador e vice, e um presidente e vice”, ressaltou.

SOBRE A MENSAGEM QUE SERÁ ENVIADA
O conteúdo das mensagens enviadas pelo TRE-RN será direto e claro, sem links e sem qualquer solicitação de pagamento, justamente para evitar golpes e garantir a segurança do eleitor.

Esse processo é obrigatório e totalmente gratuito. Além de garantir sua identificação na urna eletrônica durante as eleições, ele também ajuda no acesso a vários serviços e benefícios do governo.

Vá ao cartório eleitoral da sua zona o quanto antes, levando um documento oficial com foto e o comprovante de residência.

O endereço e o contato do seu cartório estão disponíveis na página principal do TRE/RN na internet.

Os eleitores devem ficar alertas para não cair em golpes. A mensagem não terá links e nem solicitará pagamento. As dúvidas devem ser esclarecidas pelo telefone da zona eleitoral”, diz a mensagem.

COLETA PRESENCIAL E PRAZOS
O processo de cadastramento biométrico é realizado exclusivamente de forma presencial, nos cartórios eleitorais responsáveis pelo domicílio do eleitor. Para fazer o registro, é necessário apresentar um documento oficial com foto e comprovante de residência. A coleta das digitais é feita durante operações de alistamento (primeiro título), transferência de domicílio eleitoral ou revisão de dados cadastrais.

Apesar de o cadastramento biométrico não ser exigido para votar, desde que o título esteja regular, a Justiça Eleitoral alerta para os riscos do não comparecimento quando houver convocação formal. Nesse caso, o título do eleitor pode ser cancelado.

“Sim. A pessoa mesmo sem cadastro biométrico poderá votar. Basta levar um documento oficial com foto. Entretanto, se houve convocação para revisão de eleitorado com o objetivo de coletar a biometria e a eleitora ou o eleitor não compareceu ao cartório, poderá estar com o título cancelado e, por essa razão, não poderá votar. Além disso, sofrerá as consequências do cancelamento do título eleitoral”, explicou a desembargadora Lourdes Azevêdo.

COMO VERIFICAR A SITUAÇÃO DO TÍTULO
A orientação é que os eleitores verifiquem sua situação eleitoral com antecedência. Isso pode ser feito pela página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na seção “Serviços”, clicando em “Situação Eleitoral”, ou pelo aplicativo e-Título, disponível para smartphones. Nessas plataformas, é possível confirmar se o título está ativo e se a biometria já foi coletada.


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GOLPE DO FALSO ADVOGADO JÁ FEZ MAIS DE 300 VÍTIMAS NO RN EM 2025

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Desde janeiro de 2025, o Rio Grande do Norte já contabiliza mais de 300 denúncias relacionadas ao chamado “Golpe do falso advogado”. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN). Como o próprio nome sugere, o golpe consiste em criminosos que se passam por profissionais da advocacia e, munidos de informações verídicas sobre processos judiciais, entram em contato com as vítimas que, ao confirmarem os dados repassados, acabam fornecendo informações pessoais e realizando depósitos financeiros, supostamente para o pagamento de honorários advocatícios que, na verdade, não existem.

De acordo com a OAB/RN, esse esquema criminoso teve início com o acesso a dados públicos disponíveis em plataformas de tribunais, mas evoluiu rapidamente, passando a envolver também invasões a sistemas eletrônicos do Poder Judiciário. Essa escalada tem causado sérios prejuízos financeiros às vítimas e contribuído para o aumento da desconfiança na advocacia em todo o país. No Rio Grande do Norte, o aumento expressivo nas denúncias de cidadãos que foram alvo desse tipo de fraude vem despertando a atenção das autoridades locais, principalmente pela sofisticação das ações criminosas.

Esses casos vêm sendo acompanhados de perto pela OAB/RN, como explica o secretário-geral da instituição, Ricardo Lucena. “Nós estamos acompanhando com preocupação a evolução desse golpe e temos atuado em parceria com autoridades de segurança pública para monitorar os casos. Além disso, estamos mantendo diálogo com os tribunais para reforçar medidas de segurança tecnológica e identificar vulnerabilidades que possam ser exploradas por criminosos”, reforçou o secretário.

A Polícia Civil do Estado, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), também acompanha a situação com atenção. Segundo o delegado titular da unidade, Felipe Botelho, a Divisão já realizou prisões de suspeitos envolvidos nesse tipo de crime, e novas operações estão em andamento com o objetivo de coibir a prática. “Nossa atuação é realizada em colaboração com as Polícias Civis de outros estados, com troca constante de informações, visto que muitos dos criminosos não residem no Rio Grande do Norte, mas em outras partes do país. Essa integração tem sido fundamental para o sucesso das diligências policiais”, ressaltou o delegado.

Botelho ainda detalha quais devem ser os primeiros passos em casos como esse: “A primeira medida a ser tomada é entrar em contato com o banco do depósito, visto que as instituições policiais e o Ministério Público não possuem acesso direto às informações bancárias. Portanto, é crucial que a vítima, antes de registrar a ocorrência na delegacia, contate imediatamente o seu banco e também a instituição bancária para a qual a transferência foi realizada. Isso visa preservar e, se possível, recuperar os valores perdidos. Só depois, a vítima deve comparecer à delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência (BO), munida de todos os documentos e informações relevantes, como o número de telefone do criminoso, a conta bancária utilizada e o detalhamento do golpe aplicado. Quanto mais informações forem fornecidas, mais eficaz será a investigação”, finaliza.

O especialista em segurança na internet, Clézio Azevedo, também orienta sobre como agir diante de situações suspeitas. Ele explica que “a probabilidade de que o criminoso tenha contato direto com o advogado da vítima é baixa. Dificilmente, o contato será feito por meio de mensagens de texto, mas, geralmente, através de ligações telefônicas”.

Nesse sentido, Clézio recomenda atenção redobrada a ligações vindas de números desconhecidos, especialmente quando apresentam urgência e solicitam dados ou transferências bancárias. “Se o número exibido for diferente do registrado oficialmente, configurando-se como um possível contato não reconhecido, isso já pode ser o primeiro sinal de alerta. Diante da suspeita, e considerando a urgência da situação, a orientação é que a vítima tente uma chamada de vídeo com o advogado. Criminosos dificilmente atenderão a esse tipo de chamada. Mas, caso atendam, essa ação permite confirmar a identidade do interlocutor e garantir que ela está ou não falando como seu advogado”, explica o especialista.

MEDIDAS DE COMBATE E PREVENÇÃO
Diante do aumento no número de denúncias, a OAB/RN protocolou junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) um pedido para a implementação de medidas de reforço à segurança no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe). Entre as sugestões apresentadas, estão a adoção da autenticação em dois fatores, a reconfiguração do sistema de captura de informações — que passará a utilizar o CAPTCHA, teste de segurança digital projetado para diferenciar humanos de robôs —, além da ampliação do sigilo sobre documentos pessoais disponibilizados na plataforma.

Essas medidas devem ser implantadas já na próxima atualização do PJe, prevista para o início de outubro.

A OAB também reforça a importância de que os cidadãos verifiquem, de forma gratuita, a regularidade de qualquer advogado antes de qualquer movimentação financeira. A consulta pode ser feita diretamente no site da OAB Nacional ou da seccional do estado, apenas com o nome completo ou o número de inscrição do profissional. Também está disponível a plataforma https://confirmadv.oab.org.br, que permite verificar a identidade e autenticidade da atuação do advogado.


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FALTA DA HUMANA SAÚDE COMPROMETE TRABALHO DA CEI DOS PLANOS NA CMN

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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Planos de Saúde da Câmara Municipal de Natal registrou nesta quarta-feira (24) a ausência da operadora Humana Saúde em reunião convocada para discutir a assinatura de um Termo de Cooperação. A falta de representantes da empresa deve resultar em convocação coercitiva, de acordo com o presidente da CEI, vereador Kleber Fernandes (Republicanos). “A comissão deliberou, por unanimidade, o encaminhamento à procuradoria da casa com o intuito de solicitar ao judiciário a condução coercitiva dos representantes da operadora de saúde, já que não compareceram na tarde hoje”.

O encontro contou apenas com a participação da Unimed, também chamada para firmar acordo com a Comissão de Investigação. “A Unimed compareceu, de fato conseguiu responder os questionamentos apresentados por esta Comissão Especial de Inquérito e saímos daqui com alguns encaminhamentos práticos que serão apresentados formalmente à operadora a fim de que seja adicionado ao termo de cooperação técnico firmado entre a Operadora de Saúde e o PROCON” informou o presidente da CEI, citando alguns termos novos, tais quais a obrigatoriedade da cobrança das coparticipações acontecerem dentro do próprio mês em exercício, assim como o compromisso de abertura de novas clínicas, de novas salas de atendimento e ampliação da rede credenciada.

A reunião teve como objetivo avançar para a mediação de compromissos concretos das operadoras, em parceria com o Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal).

Segundo Kleber Fernandes, a ausência da Humana Saúde compromete o andamento dos trabalhos. “Queremos sair do campo da denúncia para o campo da solução. O Termo de Cooperação deve estabelecer compromissos claros, como reduzir a zero as reclamações dos usuários, melhorar o fluxo de atendimentos e dar respostas objetivas às famílias. Esse é o papel da CEI: cobrar, mediar e garantir resultados”, afirmou.

O acordo em discussão prevê prazos para solução das demandas apresentadas pelos consumidores, maior transparência no atendimento e respostas efetivas às denúncias de negativas de cobertura a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O Procon Natal apresentou as bases do documento, que inclui contrapartidas e sanções em caso de descumprimento. A expectativa da CEI é que, nos próximos dias, o termo avance com assinaturas, a exemplo do que já foi feito com a Hapvida no último dia 10, quando os vereadores homologaram o Termo de Cooperação firmado entre o Procon Municipal e a operadora Hapvida, no âmbito do programa Procon Saúde, que estabelece um prazo máximo de 30 dias para a solução das demandas apresentadas pelos consumidores.

As denúncias dos pais e mães atípicos vão desde descredenciamento de clínicas, negativas de autorização de tratamentos, entre outras afrontas e desrespeito às mães, pais e crianças que deveriam ter o tratamento garantido pelos planos de saúde.

Na ocasião, Kleber Fernandes destacou o caráter prático do encaminhamento com a Hapvida.

“Estamos transformando as denúncias em soluções. Esse acordo vai trazer mais celeridade, menos desgaste e mais segurança jurídica para as famílias. A resolutividade no âmbito administrativo do Procon estanca o problema sem impedir que quem quiser continue buscando reparação na Justiça”, afirmou ao Diário do RN.


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PT É ACUSADO POR AZEVEDO DE OBSTRUIR VOTAÇÃO E LÍDER DIZ QUE É “LACRAÇÃO”

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Foram 39 projetos no total, mas oito não entraram na votação por obstrução de deputados governistas. Por divergência, Isolda Dantas (PT), Divaneide Basílio (PT), Francisco do PT (PT), Eudiane Macedo (PV) e Vivaldo Costa (PV) obstruíram a pauta e o autor das propostas, Coronel Azevedo (PL), classificou a ação de boicote e desrespeito com o parlamento e com a população. A discussão teve momentos tensos na sessão plenária da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (24).

Segundo o líder do Governo na Casa, Francisco do PT, alguns projetos, que passaram pelas comissões, tinham recebido emendas substitutivas, algumas das emendas não tinham sido acolhidas. “A gente não sabia o que ia votar com emenda o que é que ia ter substitutivo, qual era o teor”, afirmou. O parlamentar esclarece que as matérias em acordo foram votadas por unanimidade, mas um outro bloco de pautas não foi votado por obstrução.

“A obstrução é um instrumento regimental. Se ela fosse ilegal, imoral ou desrespeitosa, ela não constaria do Regimento. Está lá no regimento, muito claro, que é legítimo o direito de obstrução.

Então, se uma bancada diz que vai obstruir, compete a outra bancada arrumar o número de deputados necessários para votar o que eles querem votar”, esclarece Francisco.

Os projetos de Lei apresentados foram: PL 181/2019 que determina isenção de ICMS na compra de arma de fogo por policiais militares, civis, agentes penitenciários e guardas municipais; PL 436/2021, para ressarcimento financeiro por danos causados ao patrimônio de escolas públicas por alunos ou responsáveis; PL 101/2021 para criação da Carteira de Identificação Estudantil do RN (CIERN); PL 217/2021, que reconhece o risco da atividade e da necessidade de porte de arma de fogo aos guardas municipais; PL 84/2022, que reconhece o risco da atividade e da necessidade de porte de arma de fogo aos profissionais de segurança privada; PL 103/2024, que institui o Programa Voucher Educacional no RN; PL 341/2023, que institui o Dia Estadual de Combate à Maconha; e o PL 60/2024, instituindo a campanha de conscientização contra o aborto.

“Alguns daqueles projetos que estão ali são algumas pautas legítimas do Coronel Azevedo, que é um direito dele, e outras são lacração”, afirma.

Nesse rol, ele inclui o Projeto que institui o dia Estadual de Combate a Maconha: “Essa matéria tinha recebido um substitutivo da deputada Divaneide, em que ela colocava o dia estadual de combate a todas as drogas ilícitas. Por que só a maconha? Então, as outras drogas, cocaína, crack, quer dizer que combate a maconha e o resto fica livre? Então, o que a gente está querendo é aperfeiçoar esses projetos”.

Sobre o projeto do Voucher Educacional, Francisco explica: “A gente tem uma ressalva em relação a ele: nós vamos tirar dinheiro da educação, que já não tem, que todo mundo já reclama que era para ser mais, e vamos disponibilizar isso para pagar a mensalidade na escola particular? Como é que isso vai funcionar?”, questiona.

Os projetos permanecem na Casa e devem ser colocados em votação novamente no Plenário.

Coronel Azevedo
Em comunicado à imprensa, o deputado autor das matérias afirmou que o episódio foi “grave, inviabilizando propostas de grande relevância para a segurança pública, a educação e a defesa da vida no Estado”. Para o deputado Coronel Azevedo, a postura da federação PT/PV representa um desrespeito não apenas ao Parlamento, mas também à população potiguar.

“É lamentável ver deputados preferindo obstruir projetos que garantem segurança aos nossos policiais, que defendem a educação de qualidade e que lutam contra as drogas e o aborto. O boicote do PT e do PV atinge diretamente a sociedade potiguar e mostra o descaso desses partidos com os valores mais caros à nossa população”, destacou Azevedo.


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APÓS SILÊNCIO, ROGÉRIO VOTA PELA REJEIÇÃO DA PEC DA BLINDAGEM NA CCJ

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O senador Rogério Marinho (PL), líder do da oposição no Senado, apesar de ser ferrenho defensor da pauta da extrema direita, votou pelo arquivamento da PEC da Blindagem na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. O senador não tinha se manifestado sobre a medida durante a semana passada, quando foi aprovada na Câmara, e nem após a repercussão das manifestações contra a matéria neste domingo (21) nas 27 capitais pelo país.

A CCJ do Senado rejeitou, por unanimidade, nesta quarta-feira (24), a proposta. Todos os 27 senadores da CCJ votaram para rejeitar completamente a PEC. Ao Diário do RN, o senador bolsonarista justificou sua escolha atribuindo à Câmara dos Deputados a responsabilidade para o que chamou de “excessos” do projeto que chamou atenção da sociedade.

“Acredito que erraram na dosagem, e o medicamento quando é dado em excesso termina sendo veneno. Por exemplo, eu sou contra o voto secreto, com a exceção da votação de presidente desta casa. Sou contra blindar parlamentares e presidentes de partidos. São excessos que não deveriam ter sido acolhidos”, afirmou. Na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição 3/2021 foi aprovada na última terça-feira (16), com 344 votos a favor e 133 contra no 2º turno.

Marinho, no entanto, defende que o objetivo principal do projeto era outro, garantindo tão somente a volta da Constituição de 1988, que teve alteração neste ponto em 2001.

“Porém, o que a PEC determina é a volta a Constituinte originária. Se há atentado, se é bandidagem, vamos chamar todos os constituintes de bandidos, inclusive Ulysses Guimarães?

Inclusive Lula que era constituinte?”, questiona ele.

Marinho mais outros três senadores do PL votaram diferentemente dos 83 deputados do partido, que foram unânimes a favor da PEC da Blindagem na Câmara. Mesmo com a rejeição da pauta, o presidente do PL potiguar ainda defende o projeto e critica o próprio Senado sobre providências em relação ao STF e o que ele classifica como “hipertrofia” de um Poder sobre outro.

“Estamos diante de um grave atentado a democracia. Qual o princípio da democracia liberal?

Separação dos poderes, equilíbrio e independência entre os poderes. Esse Senado que deveria fazer seu papel, não faz. Há requerimento de 29 senadores solicitando investigação do Vaza Toga, um absurdo, com conversas não republicanas de assessores do ministro Alexandre de Moraes com membros do TSE para usar a criatividade contra adversários”, afirmou.

“A nossa indignação não pode ser seletiva, ou seremos objeto de zombaria, de descrédito. É normal que uma ação parlamentar nesta casa seja paralisada por vontade de ministro do STF?

Estou votando favorável ao arquivamento da PEC. Mas é preciso que esta Casa se dê ao respeito, ou ninguém mais nos respeitará”, finaliza Marinho.

Styvenson e Zenaide
Já o senador Styvenson Valentim (PSDB), que também havia mantido silêncio sobre a matéria, não se pronunciou após a decisão da CCJ pela rejeição, mas a assessoria de imprensa enviou live realizada nesta terça-feira (23), em que ele trata sobre o assunto.

“Não suporto corrupto, não gosto de vagabundo, tenho ódio de mau elemento principalmente na política, ainda mais sabendo que o crime organizado está querendo colocar mais gente aqui dentro. Eu sou contra as coisas erradas, defendo a ética, a moral. Não faço parte da CCJ, mas no momento que esse projeto passar na CCJ e for pro plenário, vocês vão ver meu voto”, disse ele sobre a proposta aprovada na Câmara.

A senadora Zenaide Maia (PSD) foi a única a se pronunciar sobre a pauta após a polêmica gerada pela matéria. O Diário do RN entrou em contato, após a rejeição no Senado, mas ela não respondeu até o fechamento desta edição.

A proposta previa autorização prévia da Câmara ou do Senado, por meio de voto secreto, para processar criminalmente deputados e senadores.


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