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NOVA FEDERAÇÃO DESAFIA LIDERANÇAS E BANCADA A ACOMODAR INTERESSES NO RN

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A informação que vem de Brasília é que as tratativas para firmar a Federação que deve integrar Republicanos, PP e União Brasil devem ser concluídas até as eleições das presidências da Câmara e do Senado, que acontecem no começo do próximo ano. Os três partidos, que estão com negociações avançadas, devem formar, juntos, um bloco com 17 senadores e 153 deputados federais. Vai se tornar, assim, o maior da casa, superando o PL, que tem 93 deputados. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, o chamado superbloco já está de olho na reforma ministerial de Lula e avalia que, pelo tamanho, poderá ganhar mais espaço no governo. No Rio Grande do Norte, a organização deverá abrigar necessidade de ajustes entre as lideranças das siglas.

Caso seja firmada a Federação, o Republicanos de Álvaro Dias – que continuará no comando do partido até 2026 – deverá andar ao lado do PP de João Maia e do União Brasil de José Agripino.

Além deles, ainda há Robinson Faria, que já se desfiliou do PL e deve seguir rumo ao PP ou Republicanos.

Robinson deverá compor a bancada da Federação, que acomodará João Maia, Benes Leocádio e Carla Dickson, substituta do prefeito eleito Paulinho Freire. Alguns nomes deverão alinhar as expectativas da Federação com o Governo Lula ao seu posicionamento político-ideológico.

Inicialmente, a Federação vinha sendo conversada entre PP e Republicanos. O União Brasil chegou aos diálogos posteriormente. Nos bastidores de Brasília, se comenta que a presença do partido de Antônio Rueda estaria atrelada também à eleição da presidência da Câmara. No final de outubro, o deputado Elmar Nascimento (UB) retirou sua candidatura ao cargo de comando da Casa. De acordo com o Estado de São Paulo, há uma avaliação de que a Federação poderia ajudar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Ao Diário do RN, em entrevista no último dia 06 de novembro, o presidente do PP no Estado, João Maia, questionou a inclusão do União Brasil na Federação, justamente pela diversidade de posicionamentos e lideranças.

“Federação é um problema, você toma uma decisão nacional e os estados têm que se adaptar. Por exemplo, uma federação com Republicanos sou eu e Robinson. Já a federação Republicanos-PP-União Brasil sou eu, o Robinson, Benes Leocádio e Carla Dickson. Eu não tenho restrição quanto a isso não, mas quando você faz uma federação muito ampla você começa a complicar nos estados, eu estou falando no Rio Grande do Norte que é bem pequenininho, a gente já ia ter que partir com quatro deputados federais. Imagina em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro”, explica.

João Maia ressaltou que a decisão, no entanto, deverá ser seguida após tomada de decisão. “Isso é uma decisão da direção nacional, e os estados têm que se adequar. A gente briga aqui, mas uma vez tomada a decisão, seguimos”, diz.

O Diário do RN entrou em contato com o senador José Agripino, líder do União Brasil, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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