O senador Styvenson Valentim (Podemos) foi parceiro de Rogério Marinho (PL) nas eleições de 2024. O alinhamento dos dois levou Styvenson ao grupo que apoiou Paulinho Freire (UB) à Prefeitura de Natal, com União Brasil, Republicanos, Podemos, PSDB, PL e Solidariedade. O mesmo grupo que, até agora, pretende permanecer unido na eleição de 2026. Apesar disso, filiados do PL já saíram na frente, e colocou Rogério Marinho como o nome do partido ao Governo do RN daqui a dois anos, embora existam outros do mesmo grupo cogitados nos bastidores, como Álvaro Dias (Republicanos), Allyson Bezerra (UB) e o próprio Styvenson Valentim.
Os novos filiados do PL, deputados estaduais Tomba Farias, Doutor Kerginaldo, Gustavo Carvalho e José Dias, filiados na última sexta-feira (29), em evento do partido, em Natal, deixaram claro o apoio à candidatura de Rogério ao Executivo Estadual. Em paralelo, Styvenson o presenteou com um vinho português chamado “Governador”. “Foi uma gentileza, eu já tinha ganho aquele vinho, aí eu disse ‘eu vou repassar para ele’, mas isso não quer dizer muita coisa não, é só um gesto mesmo”, disse Styvenson ao Diário do RN. Segundo ele, Rogério “tem esse desejo, essa vontade.
Ele narrou, já me falou”, conta acenando para um apoio à intenção do colega de bancada.
Para Rogério, conforme afirmou em evento de filiação ao PL dos deputados estaduais, a parceria dele com Styvenson é certa em 2026. “Nós temos um compromisso. Preciso dizer isso aqui e reiterar. Nós estamos juntos, eu e senador Styvenson. Falo isso pelos dois porque somos pessoas que têm postos majoritários. Não serei candidato contra ele, nem ele será candidato contra mim.
Ou podemos estar juntos, ou ele será candidato”, afirmou o secretário nacional do PL.
Styvenson, por sua vez, afirma que “não teria problema nenhum” em votar em Rogério, “mas ninguém sabe ainda quem vai ser o candidato”. Ele conversou com o Diário do RN sobre o assunto e demonstrou não ter definições concretas sobre seu posicionamento e as parcerias firmadas na aliança de 2024.
“Olha, eu ainda não decidi meu destino não, tá? Eu ainda vou pensar nisso aí com calma. Então, eu não sei se uma decisão minha poderia modificar esse cenário todinho”, afirmou o senador do Podemos.
Antes de decidir o voto em Rogério, ele explica que tem, primeiro, que decidir a posição dele. Styvenson diz que não está subordinado a nenhum partido ou grupo.
“Eu tenho que decidir a minha [candidatura]. Eu não estou subordinado e submetido a partido, nem a grupo não. Eu tomo a decisão sempre ouvindo a população também, mas vamos ver futuramente”, avisa.
Apesar disso, o senador ressalta que o grupo está alinhado, e que não estão procurando “fissuras” entre eles: “Graças a Deus, que a gente está bem alinhado. Aqui, o Rogério, Paulinho, todo mundo.
A gente talvez não queira ter essa discussão, esse racha não. Ninguém está procurando fissurar nenhum tipo de relacionamento entre a gente não”.
No entanto, coloca que o racha pode acontecer, caso seja a vontade dos eleitores. Styvenson destaca que a definição do cargo ao qual deve se candidatar depende “do povo”: “No meu caso, [quem escolhe é] o povo. O grupo é secundário”, diz.
Então, para o senador, a fissura que eles não estão procurando pode sim acontecer. “Pode. Quem me comanda é o povo, não sou eu não”, finaliza o parlamentar.