Argel contará com a experiência do atacante Wallyson e a juventude do meia-atacante Andrey – Foto: Reprodução
Depois de voltar a vencer após 14 rodadas, o ABC mesmo virtualmente rebaixado, tentará hoje diante da Chapecoense, às 19h, na Arena Condá, em Chapecó/SC, conquistar a segunda vitória consecutiva e a quarta no Campeonato Brasileiro da Série B. O técnico Argel Fuchs quer aproveitar o bom momento da equipe para construir uma sequência positiva e deixar a lanterna da competição.
Com 19 pontos e faltando oito rodadas para o encerramento da Série B, o ABC segue na zona de rebaixamento com 99,96% de chances matemáticas de rebaixamento. Como será impossível escapar do retorno à Série C, a meta é lutar para não encerrar a competição em último lugar. Cinco pontos separam o clube do 19º colocado, no caso o Londrina, outro candidato ao rebaixamento.
Também lutando contra a degola, a Chapecoense aparece em 17º lugar com 29 pontos, mas como não vence há seis rodadas, a expectativa é de que o ABC consiga tirar proveito da situação adversária. O técnico Argel Fuchs espera contar com o aproveitamento do atacante Paulo Sérgio, artilheiro do time com três gols no campeonato, a experiência de Wallyson e a juventude do meia Andrey.
O atacante Anderson Cordeiro, que sofreu uma queda na vitória contra a Ponte Preta, foi reavaliado e recebeu alta médica. Os desfalques ficam por conta de Fábio Lima e Maycon Douglas, entregues ao DM, assim como os zagueiros Genilson e Geovane. A novidade poderá ser o garoto Randerson. O volante foi promovido aos profissionais e pode aparecer na escalação atuando pelo lado direito.
A tradicional Exposição Fotográfica do Grupo Bonitas retrata a beleza da mulher e suas nuances, ressignificando o diagnóstico de câncer -Foto: Anderson Régis/Diário do RN
Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. No Brasil, esse é o tipo mais comum entre as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer, para este ano são estimados 73.610 novos casos, que representam uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres.
“À noite eu passei a mão no seio e senti um nódulo na mama, me preocupei na hora porque minha mãe teve câncer de mama e meu pai morreu de câncer de pulmão, só que a gente vive numa correria tão grande que eu ‘esqueci’. Após uma semana, no trabalho, eu lembrei que tinha sentido o nódulo e no outro dia já marquei a consulta”, foi por meio do auto toque, em fevereiro deste ano, que Dayane Wanderley, 42, sentiu que deveria buscar ajuda, não tardando em marcar consultas para uma avaliação e, consecutivamente, os exames que na mesma semana já foram solicitados pela médica, que desde o começo das consultas, ressaltava a urgência da investigação do nódulo.
Exposição Fotográfica do Grupo Bonitas -Foto: Anderson Régis/Diário do RN
Incentivada a buscar ajuda e ir a fundo na investigação do nódulo, aceitar o processo não foi fácil, “Passava um filme na minha cabeça de tudo que eu tinha vivenciado com a minha mãe, com o meu pai. Depois, chegava a negação: não, não vai dar, porque eu tô bem, não tem nada. Aí depois entra a aceitação. E na parte da aceitação entra a fé. Não é fácil aceitar esse diagnóstico. Só que é possível, sim, e se tem que enfrentar mesmo com medo. Medo tem, a gente tem, mas a gente enfrenta”. A maior insegurança era de como seu marido iria reagir ao diagnóstico, ela também se preocupava com o filho de apenas 4 anos. No entanto, ao contrário do que ela imaginava, seu esposo não chorou e não se desesperou, ele a incentivou a ir à luta e não desistir.
Morando em Natal desde janeiro de 2022, a goiana Dayane precisou contar com o apoio das mulheres e de sua igreja, formando uma rede de apoio indispensável para o tratamento. A médica que acompanhava seu caso, a orientou a fazer a quimioterapia e depois a cirurgia que será realizada dia 17 deste mês, para que em seguida, ela comece a fazer radioterapia.
Nesse caminho, Dayane também encontrou apoio no grupo Bonitas, que apoia mulheres com câncer fugindo do convencional quando o assunto é pautar a autoestima, conversando sobre inúmeros assuntos que vão além do diagnóstico. Lá, ela sente como se não estivesse sendo julgada por ninguém, pois muitas mulheres já tinham passado pelo mesmo processo: “É gente pra cima, gente feliz, é disso que eu estou precisando agora. E é isso, você pode sair de casa triste, mas quando você chega lá não tem tristeza. Não é questão de romantizar a doença, não é isso que acontece, mas é uma dando apoio para a outra, porque todo mundo está no mesmo barco”, afirma Dayane.
Um olhar além do câncer – autoestima e redescoberta
Em 2015, o Grupo Bonitas surgiu com a proposta de amenizar as aflições durante o tratamento oncológico de mulheres que, em meio a inúmeros problemas, também sentem inseguranças em função da perda de cabelo, por vezes, comum ao tratamento. No mês de outubro, alusivo ao debate sobre o câncer de mama, o Bonitas abre espaço para sua tradicional exposição que retratam a beleza da mulher e suas nuances além do diagnóstico, que para muitas pessoas, pode ser um atestado de morte , mas no Bonitas, o diagnóstico é ressignificado.
Exposição Fotográfica do Grupo Bonitas -Foto: Anderson Régis/Diário do RN
A 6ª edição da exposição acontece dentro da própria sede do Bonitas – localizada na Rua Souza Pinto, 1157, Tirol – e traz, pelo olhar da fotógrafa Ana Galvão, treze mulheres que celebram a vida e chamam atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A exposição ocorre de 10h às 17h, de segunda à sexta-feira.
Adilza Holanda, diretora do grupo Bonitas, destaca: “A importância desse projeto é mostrar cada vez mais a importância e urgência desse projeto, o Bonitas trabalha a autoestima das mulheres e de uma equipe multidisciplinar. Além de tudo, a casa é aberta porque muitas vezes elas não aguentam a pressão. Aqui pensamos na qualidade de vida delas, elas adentram aqui e querem ser acolhidas e são de todas as formas”.