Início » Arquivos para 3 de julho de 2024, 18:00h

julho 3, 2024


LBV BUSCA APOIO PARA ENVIAR MAIS DE 15 TONELADAS DE DOAÇÕES AO RS

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A Legião da Boa Vontade, por meio de sua campanha LBV — SOS Calamidades, reuniu esforços humanitários e segue com um grande mutirão nacional em prol das pessoas afetadas pela enchente que causou danos em 473 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul.

Com pontos de arrecadação em todo o país, a LBV já enviou mais de 440 toneladas em donativos, via terrestre, com apoio de empresas de transportes de SP, PR, SC, além de aviões da FAB e dos Correios.

Em Natal/RN, as empresas parceiras para o envio dos suprimentos ao Estado, estão com seus armazéns e caminhões superlotados de doações, e com isso, não recebem mais suprimentos para o envio ao Rio Grande do Sul. Com isso, a LBV potiguar tem mais de 15 toneladas em doações para o envio e solicita a sociedade o apoio de Transportadoras em Natal que tenham seus fretes para o Rio Grande do Sul ou para o Estado de São Paulo, que estejam com espaços não comercializados em seus caminhões e possam levar gratuitamente as doações arrecadadas pela Instituição.

“Do total de 30 toneladas arrecadadas na capital, conseguimos enviar 10 toneladas até 20 de junho. E, na última semana, foi possível encaminhar outras 5, com apoio dos Correios”, informa a instituição por meio da assessoria de comunicação.

As transportadoras interessadas em apoiar a Campanha SOS Calamidades da LBV podem entrar em contato com a gestora da LBV, Zelinda Viana, pelo número de celular/WhatsApp (83) 98136-6759.

DOIS MESES DEPOIS
Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas, de alguma maneira, pelos impactos das enchentes no RS que deixaram 179 mortes, mais de 800 feridos e 34 desaparecidos.

O Estado chegou a ter mais de 80 mil pessoas em abrigos muitas vezes improvisados em ginásios e galpões. Hoje, mais de 6 mil pessoas ainda não tiveram condições de voltar a seus lares e contam com a solidariedade para e manterem vivas e reconstruir a vida.


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POTIGUAR DE 6 ANOS SE APRESENTA COM MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS EM SP

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Cerca de 20 mil pessoas no Rio Grande do Norte têm o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É o caso do natalense João Filipe Dantas, de 6 anos, que possui hiperfoco em orquestras e se apresentará ao lado do maestro João Carlos Martins nesta quarta-feira (03), no Teatro do Sesi, em São Paulo. A viagem é uma iniciativa do Sistema Fecomércio RN, que apresentou o menino ao pianista em abril, quando trouxe o maestro para participar de evento em comemoração aos 75 anos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo potiguar.

Para o presidente da entidade, Marcelo Queiroz, promover um novo encontro do garoto com o maestro é motivo de orgulho e reforça o papel fundamental da cultura. “A música tem o poder de unir as pessoas. É por isso que o Sistema Fecomércio RN, por meio do Sesc, não mediu esforços para tirar esse encontro emocionante do papel. Unidos pela cultura, João Filipe e João Carlos Martins tornaram nosso aniversário de 75 anos ainda mais especial, então tenho certeza que essa apresentação também será inesquecível”, ressaltou Marcelo.

João Filipe Dantas chegou à capital paulista com seus pais na última sexta-feira e já no sábado começou a ensaiar com o maestro João Carlos Martins. A dupla se apresentará em Concerto da Temporada da Bachiana Filarmônica, no Teatro do Sesi-SP da Avenida Paulista. O evento, que acontece uma vez por mês, democratiza o acesso a clássicos da música erudita e popular.

“A gente não podia imaginar o que está acontecendo com nosso filho nem em nossos melhores sonhos. Somos muito gratos ao presidente Marcelo Queiroz e à toda a equipe da Fecomércio, que têm nos apoiado para realizar esse sonho grandioso, que é estar ali com um dos maiores pianistas do mundo. Tudo que está acontecendo é espetacular, então estamos muito animados para conhecer a estrutura do maestro e ver o nosso filho viver essa experiência, que com certeza vai ficar marcada para o resto da vida”, agradeceu Filipe Dantas, pai do menino João.


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GEORGE WILDE, UM COLECIONADOR DE VITÓRIAS ELEITORAIS MUNDO AFORA

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Ele nasceu em Brasília, em agosto de 1978. Mas, foi na capital potiguar, ainda na juventude, onde começou a construir boa parte de sua vencedora carreira. Estamos falando do publicitário George Wilde, especialista em marketing político. “Alguns, me chamam de marqueteiro. Outros, estrategista. Assim como alguns me chamam de George. E outros, Wilde. Para mim, mais do que a forma como chama, é o resultado da entrega”, diz ele. Wilde deixou Natal há cinco anos para morar em São Paulo, mas garante que ainda há muito trabalho a fazer em terras potiguares.

“Tenho clientes no Sudeste e no Nordeste, e ainda este ano vou trabalhar algumas campanhas no Rio Grande do Norte”, revelou.

Antes de falar sobre o futuro, George Wilde contou um pouco sobre sua trajetória no universo publicitário, mais precisamente sobre os trabalhos realizados em campanhas políticas de destaque no cenário nacional. Algumas, inclusive, fora do país. O fato é que todas elas lhe renderam vivência, experiência, bagagem e, consequentemente, grandes vitórias profissionais.

Em entrevista ao Diário do RN, Wilde disse que tudo começou quando tinha 18 anos, logo que ingressou no curso de Publicidade e Propaganda na UnP, em Natal. Filho de jornalistas, José Wilde e Aldenira Oliveira, ele lembra que, na época, também fez vestibular para Jornalismo na UFRN, mas pela liberdade em poder criar, preferiu desbravar o mundo publicitário. “Foi uma decisão acertada. Adorava poder ter clientes e desafios diferentes todos os dias”, recorda.

“Meu pai sempre foi a minha referência. Ele trabalhou muitos anos para Garibaldi Alves Filho. Foi assessor de comunicação dele no Governo do RN, no Senado Federal e no Ministério. Então, eu sempre vivi muito próximo à política. E essa influência me levou a me especializar cada vez mais em marketing político”, acrescentou.

Ainda estudante, Wilde começou a trabalhar em algumas agências de publicidade de Natal.

“Trabalhei na RAF, de Agnelo Filho e Rogério Nurmberger, onde dei meus primeiros passos e conquistei alguns prêmios com clientes privados e públicos, até ser convidado para ingressar no time da agência Duda Mendonça de Marketing Político, que atendia na época clientes em mais de 20 estados. Foi lá que tive meu primeiro contato com o marketing político legítimo, raiz”, pontuou.

Wilde contou que também se apaixonou pela área a partir do momento em que começou a desenvolver campanhas em que percebia o quanto o marketing político estava associado aos alicerces e à anatomia da comunicação. “Percebi que podia desenvolver ideias e projetos a partir do entendimento da essência da comunicação. Para mim, a estratégia é o alicerce para o desenvolvimento de conteúdos voltados às narrativas políticas”, afirmou.

Primeira campanha
E para quem George Wilde trabalhou em sua primeira campanha política? Não podia ser para outro. “Sim, foi para Garibaldi. Na época, eu era o redator de rádio. Ser redator de rádio era subir o primeiro degrau na hierarquia de uma agência voltada para comunicação política. Em 1998, fizemos as campanhas de Garibaldi para governador e de Fernando Bezerra para o Senado”.

Quem não lembra do jingle “É Fernando costurando e Garibaldi dando o nó”? Ao final da campanha, ambos foram eleitos.

“Foi uma campanha muito especial. Ganhei muito mais pela experiência, pelo aprendizado, do que qualquer outra coisa. Foi uma satisfação muito grande estar em um time de Série A, sair do banco e poder entrar em campo. Se eu puder fazer uma analogia com o futebol, é essa que eu faço”, disse Wilde.

Vitória em São Paulo
A empolgação do marqueteiro não parou por aí. Em 2000, ao lado do jornalista Osair Vasconcelos, Wilde venceu mais uma campanha. Desta vez, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O candidato foi Emanuel Fernandes, reeleito prefeito. Na ocasião, Wilde também já produzia comerciais de televisão. “Mais um degrau na hierarquia da comunicação política”, comemorou.

Angola, o divisor de águas
“O ano de 2005 foi um divisor de águas para mim. Tanto do ponto de vista pessoal como profissional. Aceitei um desafio em Angola, e fui morar na África. Foi numa agência da Bahia, chamada Link Propaganda. Lá, em Angola, fiquei um ano e meio. Não fizemos campanhas eleitorais, mas trabalhei bastante e ganhei muita experiência como diretor de criação. Conduzi o desenvolvimento de campanhas publicitárias para o governo do país e para empresas dos ramos de exploração de diamantes, petróleo e telefonia móvel, esta última em ampla expansão naquele período. Foi muito desafiador porque o país havia passado por uma guerra dois anos antes, e nós encontramos uma nação ainda bastante traumatizada por conta dos conflitos internos e muito desorganizada socialmente. Tivemos, praticamente, que reaprender a fazer comunicação, pois tivemos que trabalhar com os princípios mais básicos da publicidade para podermos nos fazer entender, porque envolvia toda uma questão de costumes e de cultura”, explicou Wilde.

“Naquela época, eu comecei a escrever crônicas, que eram publicadas nos principais jornais de Natal. Nos textos, eu falava sobre o que eu via e vivia em Angola. As crônicas, inclusive, escrevo até hoje. Quem sabe não vira um livro, em breve”, acrescentou.

Prêmios no RN
Já em 2006, e de volta ao Brasil, George Wilde desembarca novamente na capital potiguar. Com mais experiência e bagagem no ramo, o publicitário assume a campanha de Rosalba Ciarlini para o Senado Federal. Vitória!

Após ganhar a campanha. Wilde entra para equipe da Art&C, onde conquista vários prêmios de destaque. Um deles, com a campanha “Natal em Natal”, publicada na revista Veja, lhe rendeu a “Árvore de Ouro”, da editora Abril, considerada o Oscar da publicidade gráfica brasileira. “Foi um marco para a publicidade e para a propaganda potiguar”, lembrou.

Wilde ainda venceria três vezes o Prêmio Bárbaro de Publicidade, maior premiação do mercado potiguar, na categoria “Publicitário do Ano”. “Foi um período muito importante na minha vida. Eu, Cassiano e Arturo Arruda tivemos uma relação muito exitosa. Acima de tudo, conseguimos colocar o Rio Grande do Norte na vitrine da publicidade nacional”, disse.

“Aqui, eu preciso voltar um pouco no tempo para lembrar que, ainda em 2002, eu comecei a trabalhar com o jornalista João Santana, que havia sido sócio do também marqueteiro político Duda Mendonça. E ali fiz minhas primeiras campanhas nacionais, na agência Polis Comunicação”.

“Em 2008, João me chamou para trabalhar novamente com ele. Criamos programas e comerciais para várias campanhas. Uma delas foi a de Dr. Hélio, que ajudamos a eleger como prefeito de Campinas, em São Paulo. Naquele mesmo ano, fui para Curitiba, na campanha de Gleisi Hoffmann (derrotada para Beto Richa), e depois para a capital paulista, onde trabalhamos na campanha de Marta Suplicy, que perdeu para Gilberto Kassab”, listou. “Apesar dos resultados, conseguimos construir, eu e o João Santana, uma relação muito forte de confiança, amizade, respeito e profissionalismo”, destacou Wilde.

Campanhas nacionais
Não demoraria muito e o publicitário George Wilde logo alçaria voos mais altos. Isso significava encarar as grandes campanhas eleitorais, os embates presidenciais. Ao todo, até agora, foram nove.

A primeira campanha presidencial aconteceu em 2009, em El Salvador, com a eleição do jornalista presidente Mauricio Funes, pondo fim a 20 anos de hegemonia da direita salvadorenha.

O segundo grande desafio foi no Brasil, com a primeira eleição de Dilma Roussef, na época sucessora do então presidente Lula. “Foi uma campanha muito inovadora. Dilma era uma pessoa praticamente desconhecida naquele momento, uma novidade para o grande público. Mas, ao final, vencemos mais uma!”.

Em 2012, mais uma campanha de peso. Não foi presidencial, mas o resultado foi tão gratificante quanto. O candidato foi Fernando Haddad, eleito prefeito de São Paulo, a maior capital brasileira.

“Começamos com 3% nas pesquisas, em março daquele ano. Celso Russomano liderava, com cerca de 28%, e Serra vinha com 20% das intenções de voto. Lembro que, junto com Haddad, descobrimos uma contradição no plano de governo do Russomano, em uma questão envolvendo o transporte público. Dava a entender que a população mais pobre pagaria uma tarifa mais alta para pegar um ônibus, um trem, um metrô. Exploramos bem a situação, e em pouco tempo ele despencou na avaliação popular. Fomos para o segundo turno contra o Serra, e vencemos após uma virada sensacional”.

Ainda em 2012, George Wilde foi para a Venezuela, onde trabalhou na campanha presidencial de Hugo Chávez. “Na Venezuela, não existe o horário eleitoral gratuito, como ocorre no Brasil. Lá, a campanha é feita com comerciais pagos, assim como ocorre em quase toda a América Central e parte da América do Sul. Foi mais uma vitória importante para o nosso grupo”, ressaltou.

Em 2014, mais três grandes campanhas entraram para o currículo de George Wilde. A primeira, em janeiro, novamente em El Salvador. E, mais uma vez, acabou com vitória. Foi com a eleição do ex-líder guerrilheiro Salvador Sánchez Cerén.

A segunda campanha presidencial daquele ano, a quinta da carreira de Wilde, foi no Panamá, durante os meses de março e maio. O candidato foi o oficialista José Domingo Arias, que acabou derrotado nas urnas para o opositor Juan Carlos Varela.

A terceira empreitada do ano, a sexta campanha presidencial de George, foi, segundo ele próprio, a mais desafiadora e também a mais prazerosa de se trabalhar. Foi na reeleição da presidente Dilma, no Brasil. “Foi a campanha mais difícil, sem dúvida. Dilma enfrentava questionamentos legítimos sobre a economia do país. Nas pesquisas, ela aparecia com aproximadamente 27% das intenções de voto, contra 19% de Aécio Neves e 9% de Eduardo Campos. Foi quando recebemos a notícia da queda de um avião, onde estava o Eduardo. A morte dele gerou uma consternação nacional. Marina Silva, vice dele, soube navegar nos mares abertos por Eduardo. Ela assumiu um discurso de que, apesar da morte do Eduardo Campos, ela não desistiria do Brasil, e logo começou a disparar nas pesquisas. Em poucos dias, a Marina já estava empatada tecnicamente com a Dilma. Dali em diante, o nosso trabalho foi de desconstruir aquele cenário e o discurso criado pela Marina. Foi uma disputa muito acirrada, mas conseguimos ir para o segundo turno com o Aécio e vencemos bem a campanha na reta final”, revelou.

“Quando a estratégia é bem aplicada, somos capazes de mudar os rumos de uma campanha. Essa é a lição que fica”, acrescentou o marqueteiro.

A sétima disputa presidencial que Wilde participou aconteceu no ano seguinte, em 2015. Foi na Argentina, na campanha chamada “Las Paso”, uma espécie de prévia, uma campanha primária para a escolha dos candidatos que disputariam o comando do país. José de La Sota, pela província de Cordoba, não obteve sucesso nas primárias e ficou fora do pleito principal.

Em 2016, veio a oitava campanha presidencial de George Wilde. Aconteceu na República Dominicana, com a reeleição de Danilo Medina. Ainda em 2016, em Natal, Wilde trabalhou em parceria com Alexandre Macedo. E mais uma vitória. Desta vez, com Carlos Eduardo.

No ano seguinte, mais uma campanha pesada entrou para o portifólio do marqueteiro. Desta vez, no Amazonas, com a disputa a governador de Eduardo Braga. “Foi uma eleição suplementar, para um mandato de um ano, chamado mandato tampão. Perdemos”, disse Wilde.

A nona campanha presidencial de Wilde, foi em 2018, com Henrique Meirelles. “Meirelles foi uma pessoa importante nos governos de Lula e FHC. Portanto, fizemos uma campanha marcada pela criatividade. Ao contrário do que se imaginava dele, por ter uma idade mais avançada e estilo mais conservador, conseguimos fazer um trabalho com uma comunicação mais leve, de linguajar mais solto. Foi uma campanha bem ousada e até hoje é lembrada por quem acompanha a comunicação política”, explicou. O eleito naquele ano foi Jair Bolsonaro, que no segundo turno venceu Fernando Haddad.

Outros trabalhos
Em 2022, Wilde foi convidado para assumir o marketing geral da campanha de Wilson Lima, no Amazonas. “Também foi uma ação difícil. Wilson estava diante do escândalo dos respiradores em meio à pandemia de Covid. Por causa disso, a perspectiva de vitória era muito baixa, de aproximadamente 10%. Os favoritos eram Eduardo Braga e Amazonino Mendes, cada um com mais de 20% de probabilidade de eleição. No final, ganhamos a campanha com mais de 56% dos votos e elegemos o Wilson Lima governador do Amazonas após segundo turno contra o Eduardo.

Só quem estava lá, definitivamente, sabe o quanto foi difícil vencer aquela eleição”, destacou.

Por fim, chegou o ano de 2024, Wilde promete seguir fazendo consultoria nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. “É tudo que posso dizer. Vou trabalhar em campanhas no Rio Grande do Norte, isso é certeza, mas prefiro manter sigilo sobre os candidatos, por enquanto”. E em 2026, nas eleições para o Governo do Estado e Senado Federal, volta ao RN? “Vamos trabalhar, vamos trabalhar”, concluiu.


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“FAÇO PARTE DO TIME E AGUARDO INSTRUÇÕES”, DIZ JEAN-PAUL SOBRE PT

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Após 45 dias de saída da presidência da Petrobras, após demissão pelo presidente Lula (PT), Jean-Paul Prates (PT) afirma que ainda não fez um “balanço completo” da situação da sua saída e das divergências com o presidente. O ex-presidente da estatal conversou com a reportagem do Diário do RN durante lançamento de parceria do IFRN com o ex-senador na implementação do projeto “Areninhas Potiguares”, viabilizado por R$ 25 milhões de emendas parlamentares do então senador. O evento aconteceu nesta terça-feira (02), no auditório da reitoria do IFRN Natal.

Apesar de afirmar que não queria ter deixado a companhia e analisar a situação como “ruim” e “desagradável”, encara como “saudável” a relação dentro do Governo. O CEO da Petrobras enfrentou, desde março até maio, intensa fritura interna, acumulando disputas com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que almejavam ampliar o poder sobre a estatal.

“A gente sabe que política faz diferença numa empresa estatal, nós divergimos de algumas coisas que os ministros colocaram, o presidente mediou o conflito dessa forma, a gente acha que ele obviamente tem a responsabilidade de não deixar que conflitos permaneçam prejudicando o Governo, não é? Mas nós também temos o direito de escolher a nossa visão profissional sobre o que a empresa precisa, sobre o que o governo precisa fazer com ela. Então achamos por bem agora nos preservar um pouquinho e ver o que que a gente vai fazer mais para frente”, ressaltou.

Sobre a atual administração da Petrobras, Jean-Paul afirma que “não tem opinião, porque não foi anunciado nada de grandioso”, e diz acreditar que a administração de Magda Chambriard, sua substituta, não será muito diferente da sua.

Na ocasião da sua saída da estatal, no último 15 de maio, Prates chegou a afirmar ao jornal O Globo que não sabia se permaneceria no PT. Hoje, diz que não há razão nenhuma para deixar o partido. Porém, afirma que não deverá assumir nenhum cargo dentro do Governo do RN.

Ele destaca, ainda, que sua administração à frente da Petrobras quebrou todos os recordes de 70 anos na empresa. Veja a entrevista completa:

Diário do RN – Jean-Paul permanece no PT?
Jean-Paul Prates – Sim, claro. Não há absolutamente nenhuma razão para sair do PT né? Eu sempre levei a minha vida política em paralelo a minha vida profissional. São coisas bem distintas para mim e a política eu sempre disse também que é determinada pelo partido ao qual eu estou filiado. Se eu estou num time, como no futebol, eu faço parte daquele time e aguardo instruções do time. Enquanto isso, vou levando minha vida profissional normalmente.

Diário do RN – O senhor analisa a demissão da Petrobras como uma saída mais política e não técnica?
Jean-Paul Prates – É, basicamente política, mas eu ainda não fiz um balanço completo disso aí, eu tenho seis meses de quarentena agora, inclusive profissional para isso e me deu o direito de filosofar um pouco sobre esse processo e aí sim, misturando um pouco a política, com a área profissional, porque nesse caso, claro, a presidência da Petrobras é o auge da minha carreira profissional. Comecei como estagiário na Petrobras. Passei 35 anos da minha vida fazendo consultoria e trabalhos na área de petróleo e gás e energia. Presidir a maior empresa do Hemisfério Sul e a maior empresa petroleira dos países em desenvolvimento, obviamente é o topo da carreira. Então, você tem que agora pensar o que vai fazer dali para frente em paralelo à questão da política. A gente sabe que política faz diferença numa empresa estatal, nós divergimos de algumas coisas que os ministros colocaram, o presidente mediou o conflito dessa forma, a gente acha que ele obviamente tem a responsabilidade de não deixar que conflitos permaneçam prejudicando o Governo, não é? Mas nós também temos o direito de escolher a nossa visão profissional sobre o que a empresa precisa, sobre o que o governo precisa fazer com ela. Então achamos por bem agora nos preservar um pouquinho e ver o que que a gente vai fazer mais para frente.

Diário do RN – Qual a opinião da gestão da Petrobras desde a saída de Jean até agora?
Jean-Paul Prates – Não tenho opinião nenhuma porque faz um mês só e não foi anunciado nada de grandioso, quer dizer, eu não vejo muita diferença do que a gente já vinha fazendo e acho que não vai ser muito diferente não. Porque, como eu disse, tecnicamente, profissionalmente a gente estava entregando o melhor resultado. Nós entregamos em 2023, o melhor resultado da empresa na sua história inteira. De 70 anos de história da Petrobras só houve um ano que foi melhor, foi o ano que se venderam refinarias e a BR Distribuidora, todos os postos de gasolina da Petrobras.

Então, se vão contar com esse ano, que é um ano completamente atípico, que cai no caixa um dinheiro absurdo pela venda de uma parte de você, se você não contar com esse ano, 2023 foi o melhor ano sem venda de estratégicos, que a Petrobras teve em toda a sua história do ponto de vista financeiro, do ponto de vista operacional. Nós entregamos 15 recordes históricos em 15 meses. Quinze recordes operacionais: maior produção de asfalto, maior produção de diesel verde, maior produção de lubrificantes, maior redução de emissões de CO2, maior produção de gasolina de diesel, maior produção de petróleo, de gás natural, maior processamento de gás natural, maior fator de utilização das refinarias. Então, foram vários recordes históricos com menos refinarias inclusive. Então, os recordes de refino são mais impressionantes ainda, porque com menos máquinas nós fizemos mais produção. Além disso, entregamos uma política de preço que está aí e todo mundo achava que era impossível conciliar preço do petróleo, o preço interno do combustível para o consumidor brasileiro, com os objetivos do governo Lula, que eram de baixar, de abrasileirar os preços, e a gente conseguiu fazer isso sem prejudicar a companhia. O mercado olhou, entendeu e a ação inclusive subiu. Então, quem esperava que a gente fosse dar uma intervenção, um choque de preço, congelamento, uma redução artificial, não, nós aplicamos apenas as vantagens logísticas que a empresa apresenta, a forma melhor do que a das outras das concorrências, entregar combustível em cada parte do país e por isso conseguimos praticar um preço que ele está hoje acessível. Claro, tem que ficar controlando a outros fatores também de distribuição, revenda, impostos, a próprio movimentação dos mercados locais; aqui no Rio Grande do Norte, por exemplo, nós não temos refinarias da Petrobrás, então tem que ser visto de forma diferente; na Bahia também, porque foram vendidas, mas no mais, no geral, a gente acaba influenciando inclusive essas refinarias privadas a manter os seus preços mais comedidos.

Diário do RN – Fica alguma mágoa do presidente Lula, ou do PT?
Jean-Paul Prates – Não há razão para ter mágoa. O presidente é um administrador, como eu estava sendo também um administrador. Eu vejo isso como uma administração interna. Se você tem um determinado conflito, determinada polarização ali de interesse, você tem que dar chance a um ou outro, para prevalecer o seu ponto de vista e infelizmente não dá para ficar brigando sempre. Então chegou um ponto que você dirime aquele conflito e espera, aguarda, dá uma chance, e nós vamos ver e eu tenho que respeitar isso também. E como partido, nós temos uma série de pessoas que nos apoiaram também, os nossos pontos de vista. Então dentro de partido e dentro de governo é saudável essa relação. Claro que é ruim, é desagradável para mim, eu não queria ter saído, nem a Petrobras talvez tenha gostado disso, porque a gente estava num ritmo bastante acelerado e animado de trabalho. Mas faz parte da vida política esse tipo de momento. Como fará parte também eventualmente outro momento de forma inversa no futuro.

Diário do RN – Vai assumir algum cargo no Governo do RN pós-quarentena?
Jean-Paul Prates – Não. Por enquanto não. Por enquanto eu não penso em fazer isso não.


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CÂMARA AUTORIZA R$ 150 MILHÕES PARA ÁLVARO DIAS GASTAR ATÉ FIM DO MANDATO

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A Câmara Municipal de Natal aprovou, nesta terça-feira (02), em regime de urgência, o Projeto de Lei que altera a redação da Lei Complementar nº 200 de 16 de novembro de 2021. Na prática, o prefeito Álvaro Dias conseguiu aumentar o prazo para contração de empréstimo de R$ 400 milhões junto à Caixa Econômica Federal, dentro da linha de crédito do Finisa, programa de financiamento de infraestrutura e saneamento público. Até agora, utilizou cerca de R$ 250 milhões. A autorização deve permitir que contraia mais R$ 150 milhões até agosto.

Pelo projeto, o Poder Executivo fica autorizado a contratar e garantir as operações até 30 de agosto de 2024. Além do Finisa, a autorização abrange créditos junto a “organismos e entidades de crédito nacionais, como Banco do Brasil e outras, e internacionais, públicas e privadas, observada a legislação vigente”.

Na Lei aprovada em 2021, a Câmara Municipal de Natal autorizou a Prefeitura a contratar até junho de 2024 um empréstimo de R$ 400 milhões para obras de infraestrutura, como reestruturação da orla urbana, recuperação e preservação do patrimônio histórico, ampliação de equipamentos públicos, mobilidade urbana e drenagem e pavimentação urbana. O projeto foi acatado em regime de urgência.

Em ano eleitoral, em que a arrecadação da Prefeitura nos seis primeiros meses foi de R$ 1.947.419.040,47, de acordo com o Portal da Transparência, as obras são as que vêm sendo publicizadas por Álvaro Dias como o legado da sua gestão.

A justificativa ao projeto de prorrogação da autorização para o empréstimo informa a necessidade de promover compatibilidade da data de autorização prevista por Resolução do Senado Federal, que estabelece a vedação de contratação de operação de crédito nos 120 (cento e vinte) dias anteriores ao final do mandato do Chefe do Poder Executivo do Estado, do Distrito Federal ou do Município.

O projeto de lei enviado à Casa Legislativa Municipal foi assinada pelo prefeito Álvaro Dias em 26 de junho de 2024.

Segundo o vereador da oposição, Daniel Valença (PT), essa é a “farra do Álvaro”: “Ele tinha aprovado na câmara um empréstimo no valor de R$ 400 milhões sob a desculpa que seria para obras inacabadas. Pois bem, às vésperas da eleição, ele então prorroga esse prazo para torrar os R$ 150 milhões que faltam. (…) Não chegou nenhum PL que o funcionalismo público da cidade espera, não chegou o PL da data base, não chegou da carreira SUAS, não chegou dos auxiliares de enfermagem, da saúde bucal na atenção básica, dos fisioterapeutas na urgência, emergência, enfim”, disse o vereador em áudio enviado à imprensa.

Daniel complementa: “Álvaro Dias quer milhões de reais, mas não para valorizar o funcionalismo dos trabalhadores da cidade. Ao contrário. Para torrar nas festas das eleições e fazer uso como bem entender desses recursos que pertencem aos servidores da cidade”.

A reportagem do Diário do RN entrou em contato com o líder do governismo, Raniere Barbosa, e com o presidente da Câmara, Ériko Jácome, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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ROSALBA CIARLINI DESISTE DE DISPUTARA PREFEITURA DE MOSSORÓ EM 2024

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A ex-prefeita de Mossoró por quatro mandatos, Rosalba Ciarlini (PP), desistiu de disputar a eleição municipal deste ano. A informação teria sido comunicada ao presidente estadual do partido, João Maia (PP), há alguns dias. Rosalba justifica sua decisão com o estado delicado de saúde do marido, ex-deputado Carlos Augusto, que desde maio inspira cuidados. Ela vem se dedicando totalmente ao mentor político do grupo.

Apesar de decidida, o dirigente estadual da sigla ainda pretende conversar com a ex-prefeita e ex-governadora para tentar reverter a definição. De acordo com o jornalista Carlos Santos, o deputado federal deve ir à Mossoró na próxima quinta (04) ou sexta-feira (05) para ter conversa definitiva com o rosalbismo.

Em entrevista ao Diário do RN no último dia 05 de abril, ele defendia que Rosalba deveria sair às ruas com candidatura própria do partido, apesar do contexto eleitoral apontarem como baixas as chances de vitória.

“Time que não joga não tem torcida”, disse ele, defendendo a manutenção do nome dos Rosado em Mossoró. Na entrevista, no entanto, Maia reafirmou que não iria interceder nas decisões.

O Diário do RN entrou em contato com Rosalba Ciarlini e com o presidente municipal do PP em Mossoró, ex-deputado Beto Rosado, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

Derrotada pelo atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), nas eleições de 2020, Rosalba Ciarlini vinha aparecendo nas pesquisas pré-eleitorais com cerca de 10% de intenções de votos dos mossoroenses. Apesar de uma distância de cerca de 50 pontos percentuais do gestor municipal, ela ainda possui o maior capital eleitoral entre os nomes da oposição em Mossoró.

Vinha conversando com diversas frentes para aliança política, ou mesmo formalizar o apoio caso não saísse candidata. Chegou a aparecer publicamente com Fátima Bezerra (PT) e Isolda Dantas (PT) e se reuniu com o pré-candidato do bolsonarismo em Mossoró, Genivan Vale (PL). De acordo com Genivan, nenhum retorno foi dado pelo grupo sobre convite para aliança até agora.


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