DEPUTADOS AVALIAM JULGAMENTO DE BOLSONARO NO STF POR TRAMA GOLPISTA

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) segue movimentando a política nacional e também repercute no Rio Grande do Norte. Deputados estaduais potiguares expressaram opiniões opostas sobre o processo, que apura a conduta do ex-presidente diante da tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Para o deputado Francisco do PT, líder do Governo Fátima na Assembleia Legislativa, o julgamento é uma etapa essencial na defesa da democracia. Ele defende que os responsáveis por conspirar contra as instituições republicanas sejam exemplarmente punidos.
“Essas pessoas que planejaram, que fomentaram um golpe de Estado, elas precisam ser punidas exemplarmente para que isso nunca mais aconteça na história do nosso país”, afirmou.
Para ele, essa é a possibilidade de manter a democracia e combater todos que buscaram e buscam atentar contra ela: “Esse julgamento é a possibilidade da gente preservar a nossa democracia, combater todo tipo de autoritarismo e combater também todas aquelas pessoas que flertam com o golpismo para se manter no poder”, declarou o parlamentar.
O Supremo iniciou o julgamento na última quarta-feira (1º), com a apresentação das sustentações da acusação e da defesa. O processo investiga a participação de Bolsonaro em ataques ao Estado Democrático de Direito e outros sete réus. A sentença deve sair no próximo dia 12, após seis dias e oito sessões de julgamento, que continuam na próxima semana.
Luiz Eduardo: “Julgamento político praticado pela união de membros do status quo de Lula”
Enquanto o resultado do julgamento ainda não foi definido, e o país acompanha os votos dos ministros, em um processo que deve ter repercussão política profunda e consequências para o futuro eleitoral do ex-presidente, o deputado Luiz Eduardo (PL), do outro lado, critica o processo e afirma enxergar motivação política por trás da ação do Supremo. Para ele, o julgamento é uma tentativa de enfraquecer o ex-presidente e desviar a atenção de problemas econômicos e sociais do país.
“O que eu sinto é que se trata de uma espécie de cortina de fumaça para esconder a péssima administração e o desastre econômico pelo qual o país está passando devido ao mau governo do PT. O julgamento está comprometido perante parte da opinião pública pelo fato de os ministros que formam a maioria da turma terem sido todos indicados por Lula ou por seus aliados de esquerda”, opinou Eduardo.
O deputado do Solidariedade acrescentou que as manifestações públicas de ministros antes do julgamento comprometem a imparcialidade da Corte.
“Claramente, os ministros emitiram opinião política fora dos autos e deixaram a decisão anunciada antes mesmo do julgamento. Isso compromete o tribunal. O correto é o magistrado falar dentro dos autos, e não fora deles. A minha impressão é que se trata de um julgamento político, praticado pela união de membros do status quo do entorno de Lula desejando o afastamento de Bolsonaro do processo eleitoral. Isso é ruim, pois a sociedade ficará, sempre, com aquela pulga atrás da orelha em relação aos verdadeiros interesses do processo”, avaliou Luiz Eduardo.