O Brasil e o mundo estão testemunhando constantes mortes por conta da pandemia de Covid-19 que continua amedrontando a humanidade. Aqui no Rio Grande do Norte, não é diferente. Nos picos de maior gravidade da doença as autoridades envidaram esforços, buscaram recursos financeiros, convocaram profissionais e instalaram mais leitos em enfermarias e em unidades de terapias intensivas espalhadas na capital e em vários municípios do interior.
Na semana passada, um hospital mantido pela Prefeitura de Natal foi alvo de críticas por registrar índice de 70% de mortandade dos pacientes acometidos por Covid-19 em seus leitos de UTI e até mesmo manifestação do parlamentar Robério Paulino sugerindo providências para investigar o fato.
Ontem, o www.blogtuliolemos.com, registrou a manifestação do deputado estadual Doutor Bernardo (MDB) falando da precariedade do funcionamento do Hospital de Apodi, mantido pelo governo do estado, ocasião em que o parlamentar denunciou o fato de que 100% dos pacientes intubados na UTI daquele hospital iam a óbito. Hoje, em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública – SESAP tenta justificar a injustificável a precariedade de funcionamento do Hospital de Apodi e faz uma descoberta, traduzindo de que o alto índice de mortalidade naquela UTI (não fala nos 100%) se dá em razão de que os pacientes já chegam em alto estado de gravidade.
Primeiro a pergunta: e durante essa pandemia, qual é o paciente que vai para a UTI sem se encontrar em risco de morte? Será que há diferenças entre a morte em UTI da Capital para a do Interior?