O candidato a vice-prefeito de Natal na chapa formada com Carlos Eduardo (PSD), Jacó Jácome (PSD), não acha que esteja definido um segundo turno na disputa pela Prefeitura da capital. “A perspectiva é muito boa. Nós estamos em franco crescimento, a aceitação é excelente, nas (pesquisas) internas Carlos Eduardo tem baixa rejeição. Então, a gente está trabalhando com pé fundo no acelerador”, afirma Jacó Jácome, em conversa com o Diário do RN, nesta quarta-feira, 18.
O ex-vereador e ex-deputado estadual que compõe a chapa puro-sangue ao lado de Carlos Eduardo, diz não achar possível avaliar as diversas pesquisas de diferentes institutos e prefere não comparar os números durante a entrevista. No entanto, define que há um sentimento nas ruas do eleitor “em receber um candidato que trabalhou, que construiu”. E complementa, ainda: “Existe sim essa possibilidade de vitória no 1º turno”.
Para ele, os adversários de Carlos Eduardo estão batalhando pelo 2º lugar na disputa em um empate técnico e não é possível definir se há um nome mais forte em oposição a Carlos Eduardo, entre Paulinho Freire (UB) e Natália Bonavides (PT).
Na corrida eleitoral, ele defende que as disputas judiciais entre os candidatos, incluindo o ex-prefeito “é do jogo e toda campanha majoritária tem isso”. “Os jurídicos agem forte nos bastidores. Tanto de um (Carlos Eduardo) como do outro (Paulinho) é esperado isso aí. Toda campanha de prefeito de uma capital tem essa guerra judicial. Ganhou um, um dia, perde o outro”, diz Jacó, se referindo à série de representações e ações judiciais que vêm culminando em decisões no TRE, principalmente em relação às propagandas eleitorais, entre os candidatos.
É comum, segundo ele, os opositores terem Carlos Eduardo como foco. “Quem está liderando as pesquisas em franco crescimento claramente ia ser atacado, né? E é engraçado ver os ataques da atual gestão, que em todos os aspectos comparativos perde com relação ao que Carlos Eduardo já fez”, ressalta, se referindo à gestão Álvaro Dias (Republicanos), cujo apoio é à Paulinho Freire.
“Por exemplo, a questão da construção de CMEIs e escolas. Carlos Eduardo construiu várias escolas, quase 20 escolas foram construídas por Carlos Eduardo. Quantas atuais estão construindo? Em relação às vagas isso foi explicado, porque enquanto havia construção de escolas e CMEIs Carlos Eduardo teve que alocar alunos e estudantes na rede privada fazendo uma PPP para, enquanto construía outras unidades de escolas, pudesse realocar essas crianças para não ficarem sem o ano letivo. Então, isso não era uma política criada por ele para ser permanente e hoje o atual gestor mantém e faz isso como uma política permanente, a questão da distribuição das fichas e sorteios”, esclarece.
Para Jacó, as acusações são eleitoreiras: “Ataques meramente eleitorais na propaganda de televisão, porque eles têm muito tempo e usam isso, fazendo ataques. Mas a população de Natal sabe, comparou, já decidiu que está muito consciente em relação ao que foi a gestão de Carlos Eduardo, que saiu com 75% de aprovação”, defende.
Nas ruas, o apoio de somente um vereador, Luciano Nascimento (PSD), entre os 29 parlamentares municipais, não tem prejudicado a campanha da chapa do PSD. “Claro que a gente precisa respeitar, os outros vereadores são fortes, mas isso não tem trazido prejuízo não para campanha de Carlos”, garante.
Já ele, enquanto candidato a vice-prefeito, e representante do segmento evangélico, evita quantificar o apoio do setor ao projeto, porque é um “segmento plural”, mas que a receptividade no segmento em que está inserido há mais de 30 anos tem sido “favorável a aceitação”. Jacozinho, como é conhecido, vem defendendo a candidatura em vários segmentos.
“Trabalhando muito no sentido de aproximar ele (Carlos Eduardo) aos outros segmentos sociais de Natal, nos reunindo de manhã, de tarde, de noite, porque eu já tenho experiência. Fui vereador e deputado. Então eu sei como realizar uma campanha e o ritmo dela é um ritmo que o vice está agregando a campanha majoritária junto com o prefeito. Então nós estamos alinhadíssimos trabalhando em compasso, isso não quer dizer que no mesmo lugar que ele está, até porque estamos atacando várias frentes diferentes e isso tem sido positivo, a campanha tem crescido com isso”, explica.
“O Cabeção humaniza Carlos Eduardo”
Tendo como novidades da campanha de Carlos Eduardo a busca pela popularização do “Cabeção” e a chegada do boneco gigante do candidato, o boneco de Olinda, em alusão a dois apelidos atribuídos a ele, mas nunca antes utilizados explicitamente no meio político, Jacó diz que a estratégia foi muito positiva e a brincadeira trouxe aceitação “melhor ainda”.
“Eu acho que aproximou mais ainda ele do eleitor simples que ou já chamava ou tinha até vergonha de chamar, mas agora não tem mais. Deu uma humanizada no candidato e isso é muito bom; humanizou ainda mais aquele candidato que é conhecido. Ficou mais acessível esse nome ou esse apelido, que não é pejorativo, mas é uma característica, que ele ouviu a vida toda. Então, isso foi muito positivo por parte da campanha e a aceitação está melhor ainda em relação a essa brincadeira”, avalia.