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CARLA DICKSON QUER CONTINUAR PROJETOS PENDENTES NO PARLAMENTO

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A suplente de deputado federal, Carla Dickson (UB), deverá assumir cadeira na Câmara dos Deputados a partir de janeiro. Ex-deputada, Carla ocupará assento na Casa Legislativa Federal pela segunda vez. Em 2019, assumiu como suplente de Fábio Faria. Agora, com a eleição de Paulinho Freire a Prefeitura de Natal, deverá compor a bancada potiguar mais uma vez.

“Eu estou muito feliz, trabalhei bastante para Paulinho Freire ser prefeito de Natal e eu voltar para a Câmara, porque ficaram muitos projetos meus pendentes lá. E a chance de voltar a trabalhar nas causas como o combate à violência contra a mulher, proteção da criança, a terminar a obra que eu mandei emenda para Natal para o Centro de Referência do Autismo, que a obra está paralisada, enche meu coração de alegria. Eu estou cansada de estar descansando. Foram dois anos de descanso”, diz a suplente.

Afirmando que aproveitou o período para exercer os papéis de mãe, esposa e médica, diz que agora está preparada para voltar a ser deputada. Inclusive, tem planos para ocupar espaço em comissão temática da qual já fez parte.

“Eu não sei em que comissão eu vou poder atuar, mas se eu puder atuar na Comissão de Relações Exteriores, eu quero trazer de volta uma subcomissão que eu cheguei a instalar, eu fui presidente da subcomissão que falava sobre tráfico humano. É um assunto muito complexo, um assunto denso, mas que podia ser conversado. Então eu vou sentir como é que está Brasília e, sendo possível, eu vou começar o trabalho”, explica.

Opositora do PT, Dickson ressalta que vai apresentar as contradições do Governo Lula. “Para mim é um governo das contradições. Prega-se uma coisa e na prática se faz outra. Hoje, o orçamento secreto tem outro nome. Era tão condenado e hoje tem outro nome e continua a mesma coisa. É a Amazônia pegando fogo, Pantanal pegando fogo, e os artistas fazendo cara de paisagem como se nada tivesse acontecendo. Então, é um negócio muito maluco, é um negócio muito esquisito. E besteira por besteira, que diziam que Bolsonaro falava muita besteira, Lula não fica para trás não. Nem ele nem dona Dilma”, pontua.

União Brasil e Allyson Bezerra
De acordo com a suplente de deputada, o União Brasil, partido do qual faz parte, que elegeu os prefeitos dos dois maiores colégios eleitorais do RN, além de participar da vitória em Parnamirim, o partido está muito fortalecido. “O senador José Agripino já é uma grande liderança, mas mostrou para que veio à frente do União Brasil no RN (…) Tem tudo para fazer uma grande campanha para 2026”, adianta.

Questionada se aponta um nome para esta “grande campanha” ao Governo do Estado, Carla Dickson lembra prontamente do prefeito reeleito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB). A suplente frisa que o assunto ainda precisar ser conversado dentro da sigla e decidido pelo grupo político, mas que ela tem uma opinião: “Ele é jovem, eu tive contato com ele. Allyson é extremamente elogiado em Brasília. (…) Todas as emendas que eu mandei, ele realizou. Para mim, sinal de competência. Ele não deixou perder nenhuma emenda. Se ele mostrou compromisso com o segundo colégio eleitoral do Estado, eu acho que ele tem competência sim para o Governo”.

Após posse de Paulinho, deputada terá 48 horas para ser empossada

A suplente de deputada do União Brasil Carla Dickson deverá tomar posse em janeiro de 2025, após a posse do deputado federal Paulinho Freire como Prefeito de Natal. A diplomação, que deverá ocorrer até o dia 15 de dezembro, de acordo com a legislação eleitoral, o habilita ao cargo para o qual foi eleito na eleição de 2024, mas ele poderá continuar atuando enquanto deputado até o ato da posse, em 1º de janeiro.

“Ela foi diplomada junto com ele em 2022, ela, na condição de suplente, não passa por nova diplomação, basta tomar posse no cargo; se ele se licenciar até o dia da posse, ela pode assumir logo o cargo, caso ele não se licencie até lá, ela só vai ter acesso após a posse como prefeito”, afirma Márcio Oliveira, especialista em direito eleitoral.

As regras estão estabelecidas pela Constituição Federal. O artigo 56 define que o deputado ou senador eleito para cargos de prefeitura de capital, entre outros, não perdem o mandato; determina, ainda, que o suplente será convocado nos casos de vacância, superior a 120 dias. Já a convocação do suplente para substituir deputado que assumirá cargo eletivo em 48 horas é definido pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados.


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