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OBRAS INACABADAS QUE FORAM INAUGURADAS POR ÁLVARO DESMORONAM

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“Porque nunca mais haverá problema, nem perigos, nem dificuldades, mesmo que haja o maior inverno na cidade de Natal. Agora, definitivamente, a Avenida Nossa Senhora do Ó é segura, tranquila, e nunca mais haverá problema, mesmo que tenhamos o inverno muito complicado, com muita chuva caindo aqui”. Esse é um trecho do discurso feito pelo ex-prefeito Álvaro Dias durante a inauguração das obras inacabadas da Avenida Nossa Senhora do Ó, no dia 30 de dezembro de 2024.

Porém, os momentos que os moradores da avenida passaram na madrugada desta segunda-feira (13), não foram de “segurança ou tranquilidade”, mas de aflição e desesperança.

Por volta das três horas da manhã, um barulho ensurdecedor acordou os moradores, que se depararam com uma cratera aberta na esquina da Avenida Nossa Senhora do Ó com a Rua Santa Luzia, na qual uma retroescavadeira havia sido “engolida” pela terra, além de um poste ter caído.

O estrondo gerou pânico na comunidade, que já sofre há anos com os transtornos causados pelas chuvas e obras inacabadas.

Mariluce Matias, dona de casa e residente no local há mais de 40 anos, relatou à reportagem do Diário do RN o momento de desespero: “Eu não acreditava no que estava vendo. A escavadeira estava afundando, e eu saí correndo para tirar minha neta de dentro de casa, com medo de que a terra levasse nossa casa. Fui até o vigia da obra, mas ele não estava lá. As barreiras de proteção já estavam caindo, e eu pensei: ‘Agora vai levar a minha casa’. A situação está cada vez pior. Desde antes do Natal, não conseguimos dormir por causa do fedor de fezes da obra, que se espalha aqui.

E agora, essa cratera, essa situação horrível”, desabafou.

REVOLTA
Além de Mariluce, o sentimento compartilhado também por outros moradores da região é de revolta. O estudante Paulo Victor criticou a postura da gestão do ex-prefeito Álvaro Dias. “Esse é um problema que já existe há mais de três anos, e a gestão anterior não deu a devida atenção aos moradores. O prefeito inaugurou a primeira parte da obra, mas essa área onde ocorreu o acidente ainda estava em obras”, afirmou ele, referindo-se ao trecho onde a retroescavadeira caiu.

Paulo também relatou que, após a inauguração, a obra na região parecia ter sido apenas uma fachada para a mídia: “Eles prometeram que tudo ia ser resolvido, mas a obra foi entregue com buracos e problemas ainda visíveis. E agora, estamos vendo o que aconteceu, uma retroescavadeira afundando no meio da rua, um poste caindo e a população em pânico”, relata.

Pedro Henrique está no bairro há 27 anos e destacou a precariedade das obras entregues pelo então prefeito Álvaro Dias, já com rachaduras e outros problemas. “Está apresentando problemas, fica rachando, que é aqueles blocos de pedra intercravados e aí eles [funcionários das obras] ficam trocando continuamente”, afirmou Pedro.

Procurada pela reportagem do Diário do RN, a prefeitura de Natal informou que a situação na Rua Nossa Senhora do Ó está controlada, as casas não correm riscos e os postes atingidos não são de energia, mas de telecomunicações.

A secretária municipal de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, explicou que o que ocorreu na rua Nossa Senhora do Ó foi uma fuga de material devido às fortes chuvas que resultou em uma máquina caindo nessa escavação. No final da manhã de segunda-feira, a secretaria afirmou que a situação já estava sendo sanada e a máquina retirada do local. “É importante dizer que não houve nenhum dano aos imóveis. Todos esses imóveis estão protegidos por uma contenção dessa própria obra, e a previsão é que hoje à tarde mesmo a obra já seja retomada, ela já continue”, referindo-se à continuidade das que seguem na região, sem previsão de prazo de conclusão, apesar do trecho inaugurado na gestão anterior.

Parte da Engorda amanhece alagada e secretário alega problemas na drenagem

Outra obra não concluída pelo ex-prefeito Álvaro Dias, e que apresentou problemas depois da forte chuva da madrugada e início de manhã de segunda-feira, foi a Engorda de Ponta Negra.

O trecho entre os postos 8 e 15, nas imediações do hotel Manary, amanheceu completamente alagado. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, o que aconteceu é consequência de um erro de execução por parte da empresa contratada para a obra.

O titular da Semurb explicou que o volume de água deveria ter sido direcionado para a caixa 9, mas acabou seguindo para a caixa 8, que não tem a mesma capacidade.

Ainda de acordo com o secretário, o Consórcio DTA/AJM, já trabalha para a correção do problema
Sobre reclamações relacionadas ao mau cheiro, Thiago Mesquita informou que ocorreu um extravasamento do sistema de esgotamento sanitário da CAERN e a Companhia de águas e Esgotos deverá ser autuada pelo fato.

O secretário ainda destacou que não houve perda de material da Engorda, nem prejuízos a obra que continua com previsão de conclusão total até 31 de janeiro.

REUNIÃO
Também na manhã de segunda-feira, o prefeito Paulinho Freire, convocou uma reunião de emergência com parte do secretariado para acompanhar as ações de enfrentamento dos impactos das chuvas em Natal.

Em publicação nas redes sociais afirmou: “Reforcei a importância do trabalho em conjunto das pastas, com foco em medidas preventivas e estratégias eficazes para minimizar os danos e garantir a segurança da população. Nossas equipes seguem trabalhando!”.


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BRASIL TEM O SEGUNDO MAIOR ÍNDICE DE CASOS DE HANSENÍASE DO MUNDO

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A hanseníase, uma doença que remonta a milênios, continua a desafiar a saúde pública no Brasil, onde quase 20 mil novos casos foram registrados entre janeiro e novembro de 2023, de acordo com o Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase do Ministério da Saúde. A Região Nordeste é a mais afetada, contabilizando 7.779 diagnósticos. A Secretaria de Estadual de Saúde foi procurada pela reportagem, mas não forneceu números até o fechamento dessa reportagem.

Com o país ocupando o segundo lugar no mundo em incidência da doença, a luta contra o preconceito e pela conscientização torna-se cada vez mais urgente. Desde a década de 1980, o Ministério da Saúde implementa medidas significativas para desestigmatizar a condição, incluindo a proibição do termo “lepra” e o investimento em campanhas educativas.

Além disso, desde 2009, o último domingo de janeiro é marcado como o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma data fundamental para reforçar a importância do diagnóstico precoce e dos tratamentos disponíveis na rede pública. Esta reportagem aborda os aspectos clínicos da hanseníase, as iniciativas em curso para fomentar a conscientização e as histórias de superação que emergem desse contexto.

Todo ano, no mês de janeiro, a sociedade é convidada a refletir sobre a hanseníase e seus impactos, por meio da campanha Janeiro Roxo. Criada em 2016, a ação busca desmistificar, alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e combater os estigmas que ainda cercam a doença. Em entrevista ao Diário do RN, a Dra. Bárbara Carriço, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional RN (SBD-RN), detalha os objetivos e os desafios dessa importante iniciativa.

A campanha “Janeiro Roxo” nasceu com a missão de esclarecer a população sobre a hanseníase, uma doença curável, mas que ainda é marcada por preconceito e desinformação. “O objetivo principal é promover o diagnóstico precoce, quebrar preconceitos e garantir que as pessoas afetadas tenham acesso ao tratamento adequado, evitando complicações e transmissibilidade”, explica Dra. Bárbara Carriço.

A hanseníase é uma doença transmitida por gotículas respiratórias de uma pessoa infectada para outra pessoa suscetível, geralmente por meio de contatos próximos e prolongados. Contudo, um dos maiores mitos é sobre a forma de transmissão. “Um dos principais mitos é que a doença é altamente contagiosa. Na verdade, o simples toque não transmite a hanseníase, e ela pode afetar qualquer pessoa, independentemente da higiene ou condição socioeconômica”, esclarece a Dra. Bárbara.

Os sinais da hanseníase são muitas vezes sutis e podem ser facilmente confundidos com outras condições de pele. Os principais sintomas incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração ou perda de sensibilidade ao calor, dor ou toque. A Dra. Bárbara orienta: “É importante estar atento também a sensações de formigamento ou dormência nas extremidades, diminuição da força muscular, especialmente nas mãos e pés, e engrossamento dos nervos periféricos.”

“O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves, como deformidades físicas e incapacidades permanentes. Além disso, o tratamento iniciado precocemente interrompe a transmissão da doença, protegendo a comunidade e reduzindo o impacto do estigma social”, enfatiza Dr. Bárbara.

O tratamento da Hanseníase, cura e perspectivas

A hanseníase tem cura, e a poliquimioterapia (PQT) é o tratamento mais eficaz para erradicar a doença. O tratamento, que pode durar entre seis e 12 meses, dependendo do tipo da doença, é oferecido gratuitamente pelo SUS e interrompe tanto a transmissão quanto o desenvolvimento de complicações. Com a adesão ao tratamento, a maioria dos pacientes se recupera sem deixar sequelas.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos pacientes com hanseníase é o estigma social. A sociedade, muitas vezes, ainda associa a doença a preconceitos históricos, o que dificulta a busca por tratamento. “A sociedade pode contribuir disseminando informações corretas sobre a doença, evitando o uso de termos pejorativos e acolhendo as pessoas diagnosticadas”, afirma Dra. Bárbara. A inclusão social e o tratamento respeitoso são fundamentais para que os pacientes se sintam encorajados a procurar ajuda médica.

Campanhas de conscientização: aliadas na luta contra a desinformação

Para mais informações sobre a campanha, acesse o site oficial: www.sbd.org.br – Foto: Reprodução

As campanhas de conscientização desempenham um papel crucial na detecção precoce da doença. Dra. Bárbara destaca: “As campanhas de conscientização têm um papel crucial em educar a população sobre os sinais e sintomas da hanseníase, incentivando as pessoas a buscarem atendimento médico.”

Neste Janeiro Roxo, a SBD traz uma novidade: a campanha “Enredos da Hansen(IA)se”, que usa inteligência artificial para criar um funk brasileiro. “A letra do funk é composta com base nas palavras e nos temas mais comentados sobre hanseníase, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento”, explica Dra. Bárbara. A ideia é alcançar um público mais jovem de forma criativa e inovadora.

Além da campanha digital, estão sendo realizadas capacitações de profissionais de saúde para aprimorar o diagnóstico e o manejo da hanseníase. O foco é garantir que os profissionais estejam bem preparados para identificar e tratar a doença de maneira eficaz.


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OPERAÇÃO VERÃO 2025 É LANÇADA COM AÇÕES INTEGRADAS DE SEGURANÇA E TRÂNSITO NO LITORAL

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Iniciado o período de maior tráfego e ocupação nas praias potiguares, foi lançada nesta terça-feira (9) a Operação Verão 2025. A iniciativa tem o objetivo de prover ações integradas da segurança pública e de trânsito na região litorânea Rio Grande do Norte, e inclui atividades da das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em parceria com municípios e órgãos federais.

Os trabalhos, que se estenderão até 27 de fevereiro, irão combater o porte ilegal de armas de fogo, furtos e roubos a turistas, veranistas, moradores e comerciantes, furtos e roubos de veículos, tráfico de drogas, exploração sexual infanto-juvenil, crimes ambientais como poluição sonora, embriaguez ao volante, perturbação do sossego e outras modalidades de delitos.

De acordo com o secretário de estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Francisco Araújo, estarão à serviço da Operação efetivos ordinários e extraordinários, com o objetivo de “prevenir, educar e dar mais tranquilidade à população e aos visitantes”.

Ao todo, 1.300 policiais atuarão diariamente em todo litoral e nos locais de especial interesse turístico. A polícia civil terá postos fixos nas praias de Pirangi do Norte, Camurupim e de Barra de Maxaranguape e postos móveis, tipo “van”, em Ponta Negra, Pirangi e em Búzios e em Muriú. De acordo com informações do Governo do Estado, estão sendo investidos mais de R$ 10 milhões na operação.

Além disso, postos fixos estarão em funcionamento nos municípios de Tibau e Grossos, Praia da Pipa em Tibau do Sul e São Miguel do Gostoso – com atuação em São Miguel, Touros e Rio do Fogo.

Equipes de apoio tático operacional e educativas irão atuar compostas por seis policiais civis e deverão interagir com as equipes das delegacias fixas e móveis, bem como poderão ser acionadas por qualquer uma delas.

Quanto ao trabalho do Corpo de Bombeiros, haverão equipes espalhadas por todo o litoral, com postos móveis na Redinha e São Miguel do Gostoso e em praias urbanas de Natal – Praia do Forte, Praia do Meio/Artistas e Areia Preta (posto fixo), Miami e Ponta Negra. No Litoral Sul, em Búzios (posto móvel e fixo), Camurupim (posto fixo) e Pipa – Praia do Amor (posto móvel). No Litoral Extremo Norte, na Praia do Ceará (posto fixo) e na Praia das Emanuelas (posto móvel).

O Instituto Técnico de Perícia (ITEP) terá equipes de plantão no Laboratório Forense e na Identificação Criminal durante os finais de semana de 11 e 12, 18 e 19, 25 e 26 de janeiro.


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ROUPAS COM FOTOPROTEÇÃO OU FILTRO SOLAR TÓPICO: QUAL A MELHOR ESCOLHA?

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Durante os meses de verão, diante do frequente aumento da exposição solar, se faz ainda mais necessário proteger a pele dos efeitos do sol. Atualmente, além de protetores tópicos, há ainda uma ampla gama de roupas que bloqueiam os raios nocivos. Diante das opções, a reportagem do Diário do RN procurou saber se existe algum mais indicado do que o outro.

De acordo com a dermatologista Priscilla Vargas (CRM 5649 RN), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia no RN (SBD RN), as roupas com proteção solar oferecem uma proteção melhor do que os filtros solares devido à durabilidade da ação.

“As roupas são superiores aos filtros por garantirem uma durabilidade maior. Enquanto ela está intacta, com aspecto do tecido íntegro, ela protege, independente do tempo de uso, enquanto os protetores precisam ser reaplicados para manterem a proteção adequada e também dependem da quantidade aplicada para essa proteção ser adequada. Portanto, idealmente, sempre que possível, para a área que é possível ser coberta, como tronco e braços, priorizar a camisa”, explica.

Segundo a especialista o uso das roupas com fotoproteção dispensam o uso do filtro, mas é importante lembrar de aplicar o protetor nas áreas que a vestimenta não está cobrindo. “Onde a roupa cobre, não é necessário aplicar protetor embaixo, mas nas outras áreas, que a roupa não está cobrindo, é fundamental o uso do protetor”, afirma.

Dra. Priscilla Vargas ressalta que, na hora de escolher um protetor solar, é preciso priorizar marcas que sejam bem conceituadas na indústria, preferencialmente recomendadas por um médico dermatologista de confiança. Além disso, ela recomenda a opção por produtos com Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 30, sendo o ideal maior que 50. Quanto às roupas, ela destaca a necessidade de atenção à qualidade do tecido.

“Para os protetores solares, escolher marcas confiáveis, com fator de proteção acima de 30, e, idealmente, acima de 50, e, nas roupas, também priorizar a boa qualidade para ter certeza de que o tecido está correspondente ao recomendado”, afirma. “Quanto maior o FPS, maior a proteção oferecida, no entanto, o fator 50 já é um número bem adequado, com uma proteção bem satisfatória”, completa a dermatologista.

Ainda de acordo com a médica, FPS acima de 50 são muito recomendados para situações em que haja mais exposição solar ou ainda para pessoas com peles mais sensíveis e mais claras. Mas ela destaca também que peles mais escuras não dispensam uso de filtro solar.

“A melanina presente na pele morena ou negra tem uma potencial proteção. Não dispensa o uso do protetor, mas permite que o fator seja um pouco mais baixo, enquanto que nas peles mais brancas a proteção é muito menor e exige que, idealmente, os protetores sejam de números mais altos; 70 ou superior”, frisa.

Para as crianças, a orientação é dar preferência a protetores infantis e as roupas com fator de proteção também são bastante indicadas. “A pele infantil é mais suscetível a alergias e, por isso, o ideal é que a gente priorize sempre protetores infantis, que, normalmente, são compostos só de filtros físicos, e por isso, sendo menor o risco de alergias. As roupas [com proteção solar] são muito recomendadas, assim como os chapéus”, afirma.


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80% DOS CASOS DE AFOGAMENTO NO RN SÃO REGISTRADOS DURANTE O VERÃO

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Nos meses de verão, potiguares e turistas lotam as praias do extenso litoral do Estado, bem como aproveitam o clima e as férias escolares para frequentar lagos e lagoas no interior. Esta época, porém, acende um alerta a mais para a segurança em ambientes aquáticos. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), aproximadamente 80% dos casos de afogamento no Estado são registrados durante a “Operação Verão” realizada pela corporação.

Apenas nos seis primeiros dias deste ano, o CBMRN contabilizou 25 resgates de pessoas em situação de afogamento nas praias do litoral norte e sul do estado. No período, também foram registrados dois óbitos.

Segundo o subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático (GBSA), tenente Christian Bari, o ponto que mais merece atenção na costa norte-rio-grandense é a corrente de retorno, “presente em todo o litoral e indicada com bandeiras vermelhas”. Já no interior, ele explica que é preciso ter cuidado com as barragens e as correntes nos rios. “Tem lugares muito escorregadios e em que não há certeza da profundidade. Então, ter cuidado com saltos, com aumento rápido da profundidade”, afirma.

Situações aparentemente sem risco
De acordo com o militar, os motivos mais frequentes para as fatalidades são a falta de respeito à sinalização ou superestimação da capacidade de natação, aliada ao consumo de álcool. Além disso, ele afirma que os afogamentos em áreas externas, como praias e lagoas, são mais comuns entre homens jovens, entre 18 a 24 anos.

“As pessoas que superestimam sua capacidade se colocam em uma situação em que aparentemente não há risco, como uma lagoa em que não há presença de correntezas, mas ficam se desafiando como ‘vou até aquele ponto e volto’, e nisso, gera o afogamento. Muitas vezes, é aquele afogamento que a gente chama de afogamento múltiplo, em que uma pessoa está se afogando, outra pessoa do grupo vai tentar salvar sem treinamento, se coloca em uma situação de risco e acaba se afogando também”, disse.

Bari alerta que é essencial respeitar as sinalizações nas praias e seguir as orientações do Corpo de Bombeiros. “Chegou em alguma praia, busca informação sobre os lugares seguros para banho.

Caso não existam guarda-vidas naquela praia, nem placas indicando locais de risco, se informar com pessoas da população local – seja pessoas de um restaurante, de um comércio onde você está presente ou até mesmo surfistas e banhistas locais”. Ele alerta, ainda, para evitar a ingestão de bebidas alcoólicas em ambientes aquáticos.

Atenção especial com as crianças
Quanto ao cuidado com crianças, o tenente recomenda o uso de roupas que facilitem a identificação e proximidade de um adulto ao entrar na água. “Utilizar roupas chamativas que facilitem identificá-las tanto fora quanto dentro da água e entrar na água sempre com um adulto responsável ao lado, a uma distância máxima de um braço”.

Orientações gerais
Em caso de presenciar um afogamento, a orientação é ligar 193 e acionar o Corpo de Bombeiros ou informar o Corpo de Bombeiros presente na região de alguma outra forma. Além disso, caso haja preparo, pode ser oferecida uma “flutuação”.

“Caso a pessoa tenha segurança, fornecer uma flutuação, que seria ofertar uma boia, um flutuador, uma tampa de isopor, uma prancha, qualquer objeto flutuante que aquela pessoa que está numa situação de risco possa segurar e venha a ficar na superfície. Dessa forma, ela ficará mais calma e auxiliará no tempo-resposta, até que o guarda-vidas chegue lá e consiga fazer a retirada”, recomenda.


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A JORNADA DE UM JOVEM EM BUSCA DE SEUS SONHOS E A LUTA POR ACESSIBILIDADE

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A vida de Arthur Andrade não foi definida pelo que ele não podia fazer, mas pelo que ele sempre acreditou ser capaz de alcançar. E o maior alicerce dessa trajetória, marcada por lutas e vitórias, é uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, mesmo quando o mundo parecia não acreditar.

A história de Arthur começa em um momento de dor, mas também de um amor imenso. Valécia Andrade sempre teve o sonho de ser mãe. Casada há dez anos, ela e o marido, em um momento de grande frustração devido a três gestações interrompidas, decidiram adotar. “Foi tudo feito muito rápido, levamos tudo o que nos foi pedido, passamos por entrevistas, treinamentos e no final era só aguardar. Foram seis meses de espera, fiquei surpresa porque sempre que chegava a ligação eram duas crianças e meu esposo sempre dizia querer só uma, mas nas ligações eram sempre duas ou mais. Até que em um dia ele me ligou no trabalho e disse que recebeu outra ligação e estavam pedindo para irmos ver sem compromisso dois bebês. E aí começou nossa história de amor por duas crianças que mudaram nossas vidas”, conta Valécia.

Os dois irmãos gêmeos chegaram a Valécia e seu marido em uma situação extremamente delicada. Nascidos prematuros, com apenas três meses de vida e com um peso muito abaixo do esperado, Arthur e Ana Beatriz tiveram que passar por uma série de cuidados intensivos. “Eles nasceram prematuros e até completar os três meses pesavam apenas um quilo. Eram tão pequenos que não tive coragem de pegar no primeiro dia, o pai que foi logo pegando nos braços e eu fiquei só de olho. Com uma semana finalizamos o pedido de adoção e levamos para casa. Tudo maravilhoso. Passava horas olhando eles dormindo sem acreditar que eram meus”, relembra Valécia.

E o amor incondicional de Valécia não demorou a se revelar. Arthur e Ana Beatriz enfrentaram uma série de complicações de saúde, incluindo uma deficiência visual diagnosticada em ambos.

Valécia, sem hesitar, assumiu o desafio de lutar por eles: “Marcamos uma consulta com um médico que se dizia ser o melhor pediatra de natal, com mais experiência, foi quando tive o diagnóstico de que eles tinham deficiência visual e que eu não esperasse nada deles que nada poderia ser feito. Voltamos para casa, meu marido em choro, e eu falei que eles eram crianças como qualquer outras e iríamos lutar juntos”.

O diagnóstico de paralisia cerebral nos dois filhos foi outro golpe duro, mas Valécia, longe de desmoronar, se levantou e batalhou: “Minha família ficou em cima para devolvermos eles pois, de todas as perguntas que nos fizeram, a única que eu disse não foi a que se eles tivessem algum problema de saúde que precisasse de muitos cuidados eu não queria, pois pretendia continuar trabalhando para dar o melhor para eles. Apesar de saber que isso era legal, eu fiquei revoltada e questionei: ‘Se tivesse saído da minha barriga vocês iriam mandar eu fazer o quê? ’. Começamos, então, a luta para ajudar eles a terem uma vida de qualidade, fisioterapia diária, fono, terapias de tudo que foi possível, acompanhamento com oftalmologista que até hoje os acompanha, uma profissional de uma sensibilidade incrível”, complementa Valécia.

A luta pela inclusão: enfrentando o sistema educacional
Mas a luta de Valécia não parou por aí. No caminho para garantir um futuro melhor para Arthur e Ana Beatriz, a inclusão educacional se tornou outro grande desafio. “Eles foram crescendo e a luta aumentando, momento de matrícula em uma escola, vários “não” ouvidos, escola pública não tinha estrutura na época”, relata Valécia ao lembrar de todas as portas fechadas que enfrentaram.

A escola pública em frente à sua casa não tinha recursos suficientes para criar uma estrutura que atendesse as necessidades de crianças com deficiência. “Eles tinham o material, mas ele estava guardado, entulhado. Não havia uma sala adequada para eles. Eu tive que ir atrás, conversar com políticos, pressionar, buscar a inclusão de verdade”, lembra. Mesmo após conseguir a matrícula dos filhos em uma escola privada, Valécia logo percebeu que a educação que eles estavam recebendo era precária. “Os meninos perderam um ano, mas resolvi colocar numa escola privada que a princípio recebeu muito bem. Porém, ao longo do tempo, vimos que as crianças estavam sendo apenas um jarro na sala de aula. Até começar o processo de aprendizagem dele, eu insistia que eles tem o cognitivo perfeito e capacidade de aprender. Você só precisa explorar e saber como utilizar esse aprendizado”, relata.

Foi só quando Valécia encontrou uma escola pública que realmente acreditava na inclusão que os filhos começaram a florescer. “Nesse período a escola pública já havia aberto a sala do AEE, que é uma expressão que eles usam para crianças especiais, na escola que ficava de frente à minha casa, então no sétimo ano eles foram para a escola pública onde eles tiveram todo o desenvolvimento. O sonho da minha filha era um caderno e escrever o nome dela, o sonho de Arthur era apenas conseguir tirar notas boas em suas atividades, e tudo isso eles conseguiram nessa escola, que inclusive hoje é referência na zona Norte em relação a crianças com deficiência “, conta Valécia.

O sonho de ser jornalista esportivo: “É isso que eu quero fazer”

O sonho de Arthur é extremamente claro: ser jornalista esportivo. Desde pequeno, orientado pela fonoaudióloga, quando ainda não falava, para ouvir coisas que gostasse e assim aprendesse a falar, o futebol se tornou uma ferramenta importante nessa jornada. “Uma coisa que ele gosta muito e sempre gostou foi futebol e ele passou a ficar ouvindo jogos de futebol e isso fez com que ele desenvolvesse a fala e aí o desejo de ser um jornalista esportivo”, comenta Valécia.

“O meu sonho começou eu ouvindo rádio. Eu comecei a ter essas referências por ouvir muitas transmissões. Isso foi uma coisa que me pegou e me veio logo na mente com 9 ou 10 anos. E pensei ‘É isso que eu quero fazer’. Por mais que muita gente questione que eu não tenho a visão, perguntam ‘Como você vai fazer isso?’, ninguém tirou isso da minha cabeça e ninguém vai tirar, porque é o que eu quero fazer para o resto da minha vida”, explica Arthur.

Quando chegou a hora de entrar na faculdade, Arthur precisou superar uma frustração anterior. “Bom, eu já vinha de uma frustração porque eu não tinha passado na prova do IFRN, então eu já vinha frustrado, e não queria realmente fazer o Enem. Mas eu fiz um combinado com meus pais que eu faria por experiência, então eu fui sem esperança nenhuma e acabei passando”, conta Arthur.

Quando Arthur recebeu a notícia de que havia sido aprovado no curso de Jornalismo da UFRN, foi uma celebração de lágrimas e emoção. “A sensação foi incrível, foi uma sensação de êxtase mesmo na hora não consegui controlar, a emoção foi muito grande. Eu chorei, eu gritei, fiquei surpreso porque não acreditava que ia passar. Para mim, foi uma surpresa muito grande, emoção, sensação incrível, que eu acho que eu raramente vou sentir de novo na minha vida”, diz ele.

As barreiras da universidade: uma nova luta
A realidade da universidade trouxe novos desafios. A mãe, como sempre, é uma figura fundamental nesse processo. Valécia está sempre presente em cada aula, descrevendo os slides, auxiliando nas atividades, para garantir que Arthur tenha as mesmas oportunidades dos outros estudantes.

Arthur enfrentou o preconceito de alguns professores, que não estavam preparados para lidar com a sua deficiência. “Eu sabia que a luta seria dura, mas eu não ia deixar que ninguém me fizesse sentir menor. Se eles não podiam me dar a atenção que eu precisava, minha mãe estava ali. Ela não iria me deixar sozinho”, revela Arthur.

A jornada de Arthur não foi apenas sobre superar obstáculos pessoais. Ela foi uma jornada que envolveu também a luta pela mudança no ambiente acadêmico. “Fomos até a CIA (Centro de Inclusão Acadêmica) para garantir que os professores soubessem das dificuldades de Arthur.

Muitos professores estavam dispostos a nos apoiar, mas nem todos. Alguns ainda acreditam que pessoas com deficiência não são capazes de aprender da mesma forma. Mas Arthur mostrou a todos que ele estava lá porque tinha conquistado o seu lugar”, diz Valécia.

Hoje, Arthur está no quarto período de Jornalismo e continua sonhando alto. “Eu sei que meu caminho é difícil, mas estou disposto a lutar por cada conquista. Minha mãe me ensinou isso: nunca desistir. E, a cada dia, eu me torno mais forte”, afirma Arthur.

E Valécia, sempre ao seu lado, reforça: “Ninguém tem o direito de dizer o que ele pode ou não pode fazer. Ele é um ser humano, um cidadão, e está lutando pelos seus sonhos. E ninguém vai tirar isso dele.”

Arthur e sua irmã, Ana Beatriz, com suas vitórias diárias, são a prova viva de que o amor, a dedicação e a coragem podem transformar vidas. A jornada deles é uma história de superação e, principalmente, de uma mãe que nunca deixou de acreditar em seus filhos, não importa o que o mundo dissesse.


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DETRAN RN VAI REALIZAR TRÊS DIAS DE MUTIRÃO DE EXAMES PRÁTICOS

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O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) abrirá, nesta quarta-feira (08), a partir das 12h, novas vagas para agendamento de exames práticos de direção veicular, destinados aos mutirões de habilitação de condutores que ocorrerão na próxima semana. As ações acontecerão na quarta-feira (15), quinta-feira (16) e sexta-feira (17), na sede do Detran, em Natal. Os agendamentos devem ser realizados exclusivamente no Portal de Serviços do Detran/RN: https://portal.detran.rn.gov.br

Serão ofertadas 500 vagas por dia de mutirão, sendo 150 para a categoria A (motocicletas) e 350 para a categoria B (automóveis). No total, serão disponibilizadas 1.500 vagas, sendo 1.050 para a categoria B e 450 para a categoria A.

A Coordenadoria de Habilitação do Detran/RN orienta que os usuários com processos de habilitação próximos do vencimento aproveitem a oportunidade para realizar a última etapa, que consiste na aprovação no exame prático de direção, necessária para a obtenção da permissão para conduzir veículos automotores.

Vale lembrar que os processos de habilitação cuja carga horária do curso prático já estava concluída e que dependiam apenas da prova prática para finalização e com vencimento previsto para o final de dezembro do ano passado, tiveram o prazo prorrogado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Esses candidatos podem agendar e realizar o exame prático até o dia 31 de março deste ano.

Os exames práticos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são realizados em veículos disponibilizados pelo Detran. A prova prática de direção, etapa final para a emissão da CNH, é aplicada aos candidatos que já foram aprovados nos exames médico e psicológico e que concluíram as aulas teóricas e práticas. Para aprovação, o candidato não pode cometer faltas eliminatórias, e a soma dos pontos negativos deve ser inferior a três.

Agendamento
Para participar do mutirão, o candidato deve realizar o agendamento antecipado no Portal de Serviços do Detran (https://portal.detran.rn.gov.br). Após acessar o portal com login e senha, é necessário clicar no botão “Agendamentos”, selecionar a opção “Habilitação” e, em seguida, “Mutirão CNH”. O candidato deve indicar a categoria de habilitação desejada (“A” ou “B”), marcar o local de atendimento como “Sede – Setor de Habilitação” e escolher uma das datas disponíveis para o exame.


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EXPORTAÇÕES DO RN CRESCEM 42,6% NO ANO DE 2024 E ULTRAPASSAM MAIS DE 1 BILHÃO DE DÓLARES

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As exportações do Rio Grande do Norte registraram um aumento de 42,6% em 2024, totalizando US$ 1,1 bilhão. Esse crescimento impulsionou o comércio exterior do estado, que atingiu um volume recorde de US$ 1,7 bilhão, considerando tanto as exportações quanto as importações (US$ 595 milhões). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (07/01) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), com informações da Balança Comercial do estado, obtidas por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Entre os produtos exportados, destacaram-se óleos combustíveis (US$ 558,7 milhões), melões frescos (US$ 120,1 milhões), óleo diesel (US$ 86,7 milhões) e melancias frescas (US$ 52,9 milhões). Esses itens refletem a combinação da forte base agrícola do Estado, principalmente na fruticultura, com a crescente importância do setor energético, especialmente no comércio de combustíveis.

No lado das importações, o RN destacou-se pela aquisição de células fotovoltaicas (US$ 129,1 milhões), “outras gasolinas” (US$ 92,2 milhões), grupos eletrogêneos de energia eólica (US$ 54,6 milhões), trigo e centeio (US$ 49,6 milhões) e óleo diesel (US$ 40,7 milhões). A predominância de tecnologias voltadas para a transição energética reforça o compromisso do Estado com o desenvolvimento sustentável, consolidando sua posição como líder nacional na geração de energias renováveis.

Os cinco principais destinos das exportações potiguares foram: Singapura (US$ 199,3 milhões), Países Baixos (US$ 189,2 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 187,8 milhões), Estados Unidos (US$ 66,1 milhões) e Reino Unido (US$ 52,2 milhões).

Nas importações, os maiores parceiros foram: China (US$ 260,4 milhões), Estados Unidos (US$ 76,2 milhões), Suíça (US$ 44,1 milhões), Argentina (US$ 34,3 milhões) e Países Baixos (US$ 32,7 milhões).

Boletim de Dezembro
Em relação ao mês de dezembro, as transações comerciais do Rio Grande do Norte somaram US$ 126,8 milhões, com exportações de US$ 64,6 milhões e importações de US$ 62,2 milhões.


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INDÚSTRIA SALINEIRA COMEMORA NOVA CESTA BÁSICA E INCLUSÃO NO PROEDI

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Maior produtora de sal marinho do Brasil, a indústria salineira do Rio Grande do Norte comemora avanços alcançados no ano de 2024. Entre as conquistas comemoradas pelo setor, está a inclusão da atividade no Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI), pelo Governo do Estado, nos últimos dias de dezembro.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Sal do RN (Siesal), Airton Torres, o último ano foi favorável. De acordo com ele, uma das grandes conquistas foi exatamente o benefício adquirido com o PROEDI. Além disso, ele ressalta a incorporação do sal na Cesta Básica Nacional de Alimentos (CBNA) a partir da reforma tributária – o produto ficou na lista dos itens isentos de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).

“O ano foi positivo. Dentre as conquistas alcançadas, vale a pena destacar a inclusão do sal na cesta básica nacional criada pela Reforma Tributária e a inclusão da atividade salineira no PROEDI”, ressaltou Torres. “A indústria salineira do Estado está muito feliz com a inclusão do sal neste programa. É o governo da senhora Fátima Bezerra voltando seu olhar para essa indústria secular que se destaca como uma fonte de riqueza local”, completou.

O PROEDI foi criado para fomentar o desenvolvimento da atividade industrial no Estado por meio da concessão de crédito presumido no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a empresas de determinados setores, possibilitando isenção de 75% a 95% de isenção no referido tributo. O programa é administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), segundo a gestão estadual, atualmente beneficia 300 indústrias que, ao todo, geram mais de 56 mil empregos no Rio Grande do Norte.

A inserção da indústria salineira no rol de segmentos beneficiados pelo programa foi garantida no último dia 27 de dezembro, através do Decreto nº 34.264/2024. De acordo com informações do governo do estado, a decisão atende a uma reivindicação histórica do setor.

Apesar de considerar o último ano como benéfico, o presidente ressaltou que a forte concorrência com produtores internacionais tem sido um problema. “A acirrada concorrência que o nosso sal enfrenta diante do produto importado tem sido uma dificuldade para os industriais produtores”, afirmou.

Para o gestor, o PROEDI vai ajudar a tornar o produto potiguar mais competitivo, fortalecendo a indústria local. “O incentivo contribui para melhorar a competitividade do nosso sal, dando inclusive, previsibilidade e segurança jurídica, na medida em que ele vai permanecer vigorando até que seja implantada a Reforma Tributária por inteiro em 2032”, ressaltou Airton Torres.

Outro problema enfrentado no ano de 2024 foram as fortes chuvas, que provocaram uma queda na produção. “No ano que passou, choveu muito na região salineira. Em consequência, os estoques estão muito baixos”. O comportamento do período chuvoso, que tem início neste trimestre, será decisivo para que a recuperação do estoque ocorra em 2025.


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TURISMO COMEMORA SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA EM NATAL

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O primeiro santuário de Natal está sendo construído no conjunto Pajuçara, na Zona Norte, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, e já é comemorado pelo setor turístico. O Complexo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima terá uma imagem da santa com 35 metros de altura e base de 8 metros, que foi recebida na capital potiguar nesta quinta-feira (26).

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), Abdon Gosson, a iniciativa de instalação do equipamento religioso e turístico em Natal é digna da gratidão do setor pelo potencial de fazer os turistas ficarem mais um dia no destino e gerar empregos e renda para a população. No entanto, o gestor ressalta que um fator determinante para o sucesso é a qualidade da estrutura e a manutenção do espaço.

“Natal nunca teve um santuário. Esse vai ser o primeiro assim, imponente, grande, bem estruturado. Se, ao término dele, estiver muito organizado, com certeza, a cidade de Natal será também um destino para o turismo religioso. Indiscutivelmente, o turista deverá ficar mais um dia no destino. Que coisa boa, né? Se o turista, normalmente, fica quatro a cinco dias; agora, vai ficar cinco a seis dias. Pelo menos, mais um dia, mais dinheiro na nossa economia, gerando mais emprego e renda para nossa população”, afirmou.

Gosson afirmou, ainda, que um novo atrativo turístico para a capital era necessário, já que há quase 15 anos não havia uma novidade para atrair visitantes a Natal. “Precisávamos de mais opções para incrementar a qualidade do turismo no nosso destino. O nosso destino vem há pelo menos 12, 15 anos sem opções diferentes; em especial, a cidade de Natal. Então, é extremamente louvável. O turismo agradece essa iniciativa e vamos torcer para que continue bonito, organizado, estruturado e respeitoso àqueles que aqui chegarem. O que é ‘respeitoso’? Não podemos permitir que os ambulantes invadam, que não tenha segurança”, afirmou.

Para o presidente, essa manutenção adequada garantirá “sucesso absoluto” para o novo equipamento. “Se for preservado, tiver respeito àqueles que aqui chegarem, for seguro, limpo, se tudo funcionar direitinho, indiscutivelmente, será sucesso absoluto e o turismo haverá de agradecer, e o turista, mais ainda”, reafirmou.

NATAL ENTRA NA ROTA DO TURISMO RELIGIOSO
O turismólogo especialista em turismo religioso, Sidnesio Moura, afirma que o novo espaço vai colocar Natal em evidência no cenário desse tipo de viagem no país e que o fato da cidade ser litorânea soma ainda mais ao potencial de geração de impacto econômico.

“Natal acaba ganhando por ser uma cidade que está no litoral. Se torna bastante importante o turismo religioso porque o turista não vai vir apenas pelo turismo religioso. O turista religioso também gosta de lazer. Costumo dizer que quem faz turismo religioso, é possível fazer outros segmentos de turismo, como sol e praia, cultural, histórico. Natal tem tudo isso. Isso aí vai potencializar mais e colocar oEstado, a partir da capital, em evidência, e em evidência no turismo religioso nacional. Principalmente porque a imagem e a devoção a Nossa Senhora de Fátima são mundiais”, disse.

Moura também ressaltou a necessidade de uma gestão adequada, especializada no segmento de turismo religioso para alavancar os resultados do santuário para a economia local. “Não depende só da construção. Tem que ter técnicos, pessoas que entendam de turismo religioso, para que a coisa aconteça como deve acontecer, ordenadamente. Então, não é a imagem que vai impactar, mas algo bem trabalhado dentro do espaço sagrado”, afirmou.

O COMPLEXO
De acordo com informações da Prefeitura de Natal, além da estátua, o Complexo do Santuário de Nossa Senhora de Fátima será composto por uma praça em forma do Espírito Santo, dedicada aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu; uma réplica exata da Capelinha das Aparições, que segue as mesmas dimensões da original no Santuário de Fátima, em Portugal; um espelho d’água; uma imagem do Anjo, simbolizando as aparições de Nossa Senhora e um vitral de 13 metros, além de um anfiteatro para apresentações culturais e um prédio administrativo, em que serão ofertados cursos de formação para crianças. Enquanto a construção da estátua é de responsabilidade do município, as demais obras estão sob a coordenação da Arquidiocese de Natal.


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“NATAL LUZES DO SERTÃO”

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Nem só de scheelita e ouro reluz Currais Novos. As luzes do Natal neste fim de ano encantam e destacam a cidade “Princesa do Seridó” e a consolidaram como um dos destinos turísticos mais procurados no interior do Rio Grande do Norte neste período de festividades natalinas.

Criado em 2019 para estimular o comércio e resgatar a essência das festividades de fim de ano, o “Natal Luzes do Sertão” teve como um dos idealizadores o artista plástico Assis Costa, com experiência em grandes eventos de mesmo formato em municípios gaúchos como Gramado e Canela, planejou junto à CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas e Prefeitura de Currais Novos, um modelo de evento que reunisse arte, cultura, autos natalinos, e o “Pavilhão Natalino” com shows de artistas nacionais que atraem grande público.

Para este ano, o evento tornou-se ainda maior. Além da decoração na Praça Cristo Rei com a grande árvore e luzes em diversos pontos da cidade com elementos natalinos, o “Natal Luzes” contou com uma extensa programação desde o dia 29 de novembro (aniversário da cidade), com apresentações artísticas e musicais das escolas, o “Auto do Belo Amor” entre as praças Cristo Rei e Tomaz Salustino, e os shows de Diogo Nogueira, Batista Lima e Giullian Monte no último sábado, 21, que atraiu grande público no largo da Avenida Cel. José Bezerra


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NATAL NAS RUAS: TRANSFORMANDO A CEIA DE NATAL EM SOLIDARIEDADE E ACOLHIMENTO

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A ceia de Natal é, para muitos, um dos momentos mais aguardados durante as festividades de final de ano. Em muitas casas ao redor do mundo, ela simboliza não apenas a celebração do nascimento de Jesus Cristo, mas também o reencontro com familiares e amigos, em torno de uma mesa farta.

Mas, afinal, como essa tradição nasceu? O que ela representa e como ela é celebrada em diferentes culturas?

O Natal, como celebração religiosa, começou a ser festejado oficialmente apenas no século IV, quando o Papa Júlio I, após um minucioso estudo sobre o nascimento de Jesus, escolheu o dia 25 de dezembro como data para a comemoração.

A ceia de Natal, tradicionalmente realizada na noite de 24 de dezembro, é um momento de celebração do nascimento de Cristo, mas também de acolhimento e união. Nos primeiros tempos, era comum que as portas das casas ficassem abertas para receber peregrinos e viajantes. Esse espírito de acolhimento permanece até hoje, em muitas partes do mundo, onde as famílias se reúnem para compartilhar uma grande refeição, marcada por abundância e diversidade de pratos.

CEIAS PELO MUNDO
A ceia natalina varia significativamente ao redor do globo. Em países como os Estados Unidos e Canadá, o peru assado é o prato principal, acompanhado por purê de batatas e molhos.

Na Europa, as tradições também são distintas: na Itália, o “cenone di Natale” pode incluir peixe e uma variedade de pratos regionais; enquanto na França, a “Réveillon de Noël” é marcada por iguarias como o “foie gras” e o “bûche de Noël”, um bolo em forma de tronco.

No Brasil, a ceia de Natal adquire características muito especiais, refletindo a diversidade cultural do país. Por aqui, os pratos servidos variam conforme as preferências regionais, mas alguns alimentos são praticamente obrigatórios em qualquer mesa natalina.

A estrela principal é o peru, mas outras aves festivas também ganham espaço. Os acompanhamentos mais comuns são o arroz – que nesse dia ganha ingredientes especiais, como o arroz à grega – as saladas, farofas e uma grande variedade de doces, incluindo alguns típicos desta época, como rabanada e panetone.

A RESSIGNIFICAÇÃO DO NATAL
Ao longo dos séculos, a mesa farta e outras tradições como, por exemplo, o ato de presentear, deram ao Natal uma característica peculiar quando o consumismo aflora nas pessoas e, algumas vezes, chega até a desconectá-las do verdadeiro significado Natal.

Por muitos anos, observar tanta fartura trazia também muita inquietação para a servidora pública Ilane Virgílio. Ela conta que sempre se sentiu desconfortável ao ver a abundância de alimentos nas festas de Natal em sua família: “Eu sempre ficava olhando e achava meio sem sentido ter tanta comida para a gente e tanta gente na rua sem comida. Sempre achei contraditório as pessoas comemorarem o Natal com um banquete só para sua família, quando Jesus nos ensinou que o amor e a solidariedade são para todos, principalmente para os mais necessitados. O Natal não deveria ser uma festa egoísta. É essa reflexão que tento provocar no projeto, para que mais pessoas se sensibilizem”, reflete Ilane.

Foi a partir dessa reflexão que, junto com as irmãs, ela decidiu transformar o Natal em um momento de solidariedade. Assim nasceu, em 2021, o projeto “Natal nas ruas”, com a ideia de levar a solidariedade e o cuidado com o próximo para aqueles que mais precisavam. Dali em diante, o Natal ganhou um novo significado para Ilane e sua família, além de mostrar um potencial multiplicador. “Na primeira edição, éramos apenas minha família – meus pais, minhas irmãs e eu. No ano passado, já envolvemos cerca de 15 pessoas, com três carros para a entrega.

Agora, a cada ano, mais pessoas se juntam a nós, e a gente espera crescer ainda mais”, conta Ilane, acrescentando que “alguns vêm pelo desejo de ajudar, outros por estarem sozinhos no Natal e verem no projeto uma forma de contribuir para um fim maior”.

O projeto prepara entre 300 e 350 marmitas com refeição completa, sobremesa, refrigerante e kits de higiene, que são distribuídos nas ruas da capital potiguar, na noite do dia 24 de dezembro. Além disso, o grupo também promove um momento de acolhimento e reflexão com as pessoas em vulnerabilidade que encontram pelas ruas.

Tudo isso é possível com a ajuda de uma rede de amigos, familiares e voluntários; afinal, como todo projeto social, o “Natal nas Ruas” tem um custo elevado. A produção das marmitas, a compra dos alimentos e a logística envolvem um investimento significativo. A arrecadação sempre é feita de maneira simples e intimista, por meio de campanhas entre amigos, familiares e com recursos próprios. “Nós sempre nos organizamos durante o ano e, quando falta algo, complementamos com nossos próprios recursos. Mas o principal vem de doações de amigos e familiares”, explica.

Além das doações financeiras, também é possível se juntar de outras formas. “Quem não puder ajudar com dinheiro, pode vir ajudar na cozinha, na organização e montagem das marmitas ou na entrega. Toda ajuda é bem-vinda”, afirma Ilane que finaliza a conversa com um convite “Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pelo WhatsApp ou fazer uma doação via PIX. O importante é que todo apoio é bem-vindo.”

Contatos:

  • WhatsApp: (84) 98833-8833
  • PIX: ilanevirgilio@gmail.com

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CAJUEIRO DE PIRANGI, O MAIOR DO MUNDO, CELEBRA 136 ANOS COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

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O Maior Cajueiro do Mundo, localizado em Pirangi do Norte, município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, celebra nesta sexta-feira (20), seus 136 anos. A árvore é uma das principais atrações turísticas do RN e, para marcar esta data, recebe uma programação repleta de atividades culturais, educativas e ambientais, a partir das 8 horas da manhã. Organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) – órgão responsável pela gestão do Cajueiro – o evento homenageia esse gigante da natureza e promove ainda mais a interação com a comunidade e os milhares de turistas que visitam o local.

De acordo com o IDEMA, o enorme cajueiro possui uma área de cerca de 9.100 metros quadrados, com perímetro de aproximadamente 500 metros. O Cajueiro de Pirangi entrou para o Guinness Book como o Maior Cajueiro do Mundo, em 1994. Seu formato único, com galhos que crescem horizontalmente e criam raízes ao tocarem o solo, transforma a árvore em um espetáculo da natureza.

Além de seu tamanho impressionante, o Cajueiro de Pirangi também é notável pela produção de caju. Cada fruto pesa, em média, 150 gramas. A safra acontece de dezembro a fevereiro, sendo janeiro o mês de maior produção, com cerca de 2,5 toneladas de caju. “Agora, estamos realizando a contagem da atual safra”, explicou Iracy.

A origem do cajueiro é envolta em mistério: enquanto algumas versões atribuem o plantio ao pescador Luiz Inácio de Oliveira, outras apontam o ex-prefeito de Natal, Sylvio Pedroza, como responsável.

Outras Curiosidades
O Cajueiro de Pirangi possui alguns desvios genéticos, permitindo que seus galhos se espalhem para os lados e, ao entrarem em contato com o solo, formam novas raízes, tornando a árvore cada vez maior. Este crescimento expansivo continua a impressionar visitantes do mundo inteiro, transformando o Cajueiro em um dos maiores símbolos naturais do Rio Grande do Norte, importante ponto turístico que impulsiona o turismo sustentável na região.

Ao longo de todo o ano, o local atrai vários turistas, que participam de atividades culturais e educativas promovidas no espaço. De acordo com a gestora Iracy Wanderley, são “cerca de 5 mil visitantes por semana em baixa estação. No verão e outros períodos de alta estação, esse número chega a triplicar.”

A poda e a gestão do Cajueiro de Pirangi
A poda do Cajueiro de Pirangi é um tema frequentemente, especialmente no que diz respeito à manutenção da árvore dentro dos limites estabelecidos. De acordo com Iracy Wanderley, a poda é realizada anualmente, após a frutificação, de maio a junho, com foco na limpeza e manutenção.

“Temos uma equipe de 40 pessoas que cuidam do gigante”, explicou a gestora. As podas incluem a remoção de galhos secos, doentes ou danificados, com o objetivo de garantir a saúde da árvore e a segurança dos visitantes.

Contudo, a poda no Cajueiro de Pirangi é um processo delicado. De acordo com especialistas, podas severas podem gerar danos irreversíveis à árvore devido ao desequilíbrio bioquímico que causam. A poda de segurança, por exemplo, é realizada para evitar que galhos caiam sobre as pessoas, mas qualquer poda fora de época ou sem a técnica adequada pode resultar em estresse e enfraquecimento da planta.

Outras intervenções, como a suspensão de galhos, também foram tomadas para manter a árvore fora das vias públicas. Embora tenha sido construída uma estrutura, o Caramanchão, em 2012, para suspender os galhos que invadiam a RN 063, o impacto da obra gerou estresse na árvore, com a remoção de galhos e alteração no seu crescimento.


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ALECRIM PODE TER FATURAMENTO RECORDE: “NOSSA META É SUPERAR OS R$ 5 MILHÕES”

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O bairro do Alecrim, conhecido como um dos maiores polos comerciais de Natal, está vivendo um fim de ano de vendas aquecidas. De acordo com Matheus Feitosa, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), a expectativa para o comércio local é bastante positiva, com um aumento nas vendas em comparação ao ano passado.

Feitosa explica que o 13º salário representa uma “injeção” de dinheiro para o comércio de rua do Alecrim, sendo um dos períodos mais aguardados por empresários, camelôs e ambulantes. “A expectativa é de um crescimento de vendas entre 10% a 15% em relação a 2023. E, no mês de dezembro, esse aumento pode ultrapassar 50% quando comparado aos meses anteriores de 2024”, afirmou.

O presidente da AEBA também destaca que o setor tem se preparado para este crescimento desde junho, com uma série de cursos, palestras e workshops para capacitar tanto empresário quanto colaborador.

Outro fator positivo, apontado por Feitosa, é o aumento nas contratações desde setembro, o que fortaleceu ainda mais as expectativas para o mês de dezembro. Ele também elogiou as campanhas promovidas pela Fecomércio e pela CDL Natal, como o “Brilha Natal” e o “Natal Luz de Prêmios”, que impulsionam a movimentação no comércio local.

“Além das promoções, os consumidores estão concorrendo a prêmios, o que cria um ecossistema muito positivo e contribui para o aumento das vendas”, destacou o presidente da AEBA.

O empresário também apontou os setores que mais têm se destacado no comércio do Alecrim neste fim de ano. “Os segmentos de vestuário, presentes, bebidas, eletrônicos, eletrodomésticos, perfumes, sapataria, acessórios, peças para veículos, artigos e acessórios para festas, descartáveis, tecidos, decoração de Natal, cosméticos, joias e bijuterias, cestas e embalagens para presente estão entre os que mais movimentam as vendas”, afirmou Feitosa. Esses setores, com sua vasta gama de produtos, atendem às necessidades e desejos do consumidor durante as festas de fim de ano, especialmente com a proximidade do Natal.

Para a reta final do ano, as expectativas de Matheus Feitosa são bastante otimistas. O presidente da AEBA acredita que o comércio de rua no Alecrim está bem preparado para alcançar resultados ainda melhores que os de 2023. “Nossa meta é superar os 5 milhões de reais em vendas no mês de dezembro, o que seria um recorde de faturamento”, declarou.

“2025 será um ano ainda mais promissor”
O presidente da AEBA também conversou com a reportagem do Diário do RN sobre a revitalização da Cidade Alta e as obras na rua João Pessoa. Matheus Feitosa vê essas melhorias de forma muito positiva, pois acredita que a boa movimentação comercial da Cidade Alta impacta diretamente no Alecrim, já que os bairros, além de serem vizinhos, são centros comerciais de grande importância para a economia do Estado. “Quando a Cidade Alta fatura mais, o Alecrim também segue essa boa tendência”, observou.

No entanto, ele apontou que além de obras é preciso pensar o ordenamento urbano e fiscalizar. “A Cidade Alta já está recebendo ambulantes de forma desordenada, e isso precisa de uma fiscalização e orientação permanente para garantir que o comércio seja bem organizado, sem prejuízo para os consumidores e para os empresários”, afirmou. Feitosa também enfatizou a importância da manutenção da iluminação pública, que teve melhorias com a instalação de iluminação LED, proporcionando mais segurança e conforto para quem frequenta os bairros comerciais de Natal.

Finalizando, o presidente da AEBA mostrou um olhar otimista para o futuro: “Nossa expectativa para os próximos meses é das melhores possíveis. Acreditamos que 2025 será um ano ainda mais promissor, com grandes oportunidades para o comércio de rua, especialmente com a chegada de uma nova gestão municipal”.


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CARAVANA NATAL FELIZ LEVA A MAGIA DO NATAL PARA PELO INTERIOR DO RN

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À medida que as luzes brilham nas ruas, o Natal se aproxima trazendo um espírito de esperança e união. Este período, considerado por muitos como “mágico”, não é apenas uma oportunidade para trocar presentes, mas também um momento para refletir sobre o amor e a solidariedade.

O projeto Caravana Natal Feliz tem a missão de levar essa magia do Natal para comunidades carentes do interior do RN, arrecadando e transportando doações para as famílias que necessitam de ajuda não apenas financeira, como também espiritual. Este ano, a Caravana acontecerá neste sábado (21) e 850 famílias irão receber mais de 10 toneladas de alimentos, além de roupas, lençóis, toalhas, produtos de higiene e imagens de Nossa Senhora com o Menino Jesus.

O projeto começou há 27 anos, em 1998, na igreja Nossa Senhora das Graças Santa Terezinha, com o Monsenhor Lucas Batista, quando em um encontro de jovens, Aminadabe e Cristiane Vilar participantes movidos pela alegria do que vivenciaram naquele final de semana, resolveram convidar um casal, Vieira e Ivana, e apresentar o projeto.

Paulo Lima é caravaneiro e está no projeto desde sua fundação. Ele conta que durante o encontro, os jovens perceberam que eles tinham tudo, enquanto os “irmãos interioranos” não tinham acesso aos bens materiais e, principalmente, à palavra de Deus. “Então, ficou decidido que nós faríamos essa ação no Natal. A gente buscava com essa ação que esses nossos irmãos, até então não conhecidos tivessem um Natal feliz”, relembra Paulo.

Mas apenas seis pessoas não conseguiriam realizar tudo sozinhos, então, foram chamados novos adeptos, e foram feitas as caravanas. No início, apenas 35 pessoas viajaram, já na edição deste ano, 190 voluntários irão viajar para levar a magia do Natal adiante. José Avelino também é trilheiro, e entrou no projeto em 1999, um ano depois de sua fundação, e relata sua experiência com as viagens: “Algumas das pessoas mais felizes que já conheci na vida tinham pouco mais de quatro paredes e um teto sobre a cabeça. Os exemplos de fé e confiança em Deus que vemos a cada ano fazem com que sempre voltemos muito mais cheios de Deus que quando saímos”. José também ressalta que a caravana se inspirou na visita que os três reis magos fizeram a Jesus no seu nascimento “Eles levaram presentes ao menino-Deus e voltaram muito mais ricos para suas casas. Assim como voltamos a cada ano no Natal da Caravana”.

Segundo Luciene Keyla, uma das coordenadoras gerais do projeto, as expectativas para esse ano são as melhores possíveis “Sempre falo que meu Natal começa nesse final de semana, onde vivemos o verdadeiro sentido. Aquelas pessoas que visitamos nos ensinam tanto, que elas nem imaginam, e com isso eu tento vivenciar esse sentimento ao lado da minha família“.

PREPARATIVOS
Apesar da caravana acontecer somente no mês de dezembro, a preparação começa desde o início do ano, com o cadastramento de novos caravaneiros, logo após o carnaval. Infelizmente, nem todos os inscritos podem entrar no projeto, mas é feita uma lista de suplência para entrar no lugar de eventuais desistências.

Para que a Caravana possa acontecer, cerca de 200 voluntários se reúnem e trabalham ao longo do ano, organizados em equipes com diferentes funções: Coordenação Geral, Roupas, Alimentos, Espiritualização, Integração, Trilhas, Comunicação, Projetos, Eventos, Higiene e Saúde. São realizados diversos eventos durante o ano, como campanhas de arrecadação em supermercados, festas beneficentes, ações sociais em bairros carentes, entre outros.

Além das atividades específicas de cada equipe, é dever de todo caravaneiro conseguir a doação de cestas básicas, roupas, toalhas e lençóis, vender ingressos para as festas organizadas pela equipe de eventos, participar das campanhas de arrecadação de leite e dos momentos de espiritualização.

DIFICULDADES
Como coordenadora, Luciene conta que a maior dificuldade é lidar com um grande número de caravaneiros que pensam totalmente diferente e tem ideais e desejos diferentes para a nossa Caravana, mas o maior desafio, para ela, é conseguir evangelizar o maior número de pessoas possíveis: “A caravana pode acontecer em qualquer local, perto ou longe da capital. Pode chegar a casas muito necessitadas e outras nem tanto, mas o que ficará de forma igual para todos é a mensagem de esperança, de que Ele renasce no Natal em nossos corações. Então nosso maior desafio é conseguir comunicar essa boa nova ao maior número de pessoas em nosso estado”.

“Além das doações, nós deixamos na casa também redes, cada família recebe uma rede nova e uma imagem de Nossa Senhora com o menino Jesus em gesso. Então, tudo isso são custos, são despesas. Além disso, ainda temos as despesas operacionais: as cestas são transportadas em dois caminhões e lá é que é feita a distribuição para os carros nas trilhas. O custo é muito elevado”, relatou Paulo Lima.

COMO AJUDAR
Para ajudar, não precisa ser necessariamente caravaneiro. Durante todo o ano, são feitas diversas campanhas para arrecadação de doações e, para ajudar, basta entrar em contato com um caravaneiro ou com a coordenação geral da caravana Natal Feliz e doar aquilo que tiver à sua disposição. Além das doações via Pix (14.525.417/0001-82), existem os canais de comunicação por instagram (@caravananatal) e também o site caravananatalfeliz.com.br

Números da Caravana em 2024

  • 54 carros;
  • 02 caminhões;
  • 190 voluntários;
  • 850 casas visitadas;
  • 2475 pessoas
  • Mais de 10 toneladas de alimentos distribuídas
  • 600 Brinquedos;
  • Mais de 500 lancheiras;
  • Lençóis, toalhas , produtos de higiene e saúde;
  • Roupas para todos os habitantes da casa (quase 8.000 peças de roupas);
  • 900 bandejas de ovos;
  • <ais de 1000 kits de produtos de higiene pessoal e de casa (sabão, sabonete, pasta e escova de dentes);
  • 900 imagens de Nossa Senhora com o Menino Jesus;

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XXI TROFÉU CULTURA: UMA CELEBRAÇÃO À ARTE NO PALCO DO TEATRO RIACHUELO

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A noite desta quinta-feira (19), promete entrar para a história cultural do Rio Grande do Norte com a realização da 21ª edição do consagrado “Troféu Cultura”. O evento idealizado pelo colunista Toinho Silveira, um entusiasta pela rica cultura do nosso RN, será realizado no icônico palco do Teatro Riachuelo, a partir das 18 horas, reunindo artistas, produtores e personalidades que se destacaram ao longo do ano de 2024 em diversas áreas da cultura potiguar.

Toinho tem quase 50 anos de atuação no jornalismo e colunismo social, mas somente neste segmento cultural, Silveira se orgulha de contar com uma trajetória de 21 anos, e dessa forma o “Troféu Cultura” consagrou-se como a mais importante premiação do setor cultural do Rio Grande do Norte. O evento é mais do que uma simples entrega de troféus; é um momento de reconhecimento e valorização de quem faz a cultura acontecer, promovendo a arte e inspirando novas gerações a seguirem seus passos.

Toinho Silveira, um dos nomes mais respeitados do colunismo potiguar, se destaca pela dedicação e paixão à cultura. Desde a primeira edição, em 2002, ele tem como missão reconhecer talentos locais que brilham nas mais diversas linguagens artísticas, do teatro à música, passando pela literatura, artes visuais, cinema, dança e produções culturais.

A celebração de 2024
Este ano, o Teatro Riachuelo, com sua atmosfera glamourosa e sofisticada, será palco para uma noite de emoção, aplausos e encontros memoráveis. Serão premiados os destaques culturais do ano em categorias que englobam a vastidão e a diversidade da produção artística local. A festividade é aguardada com grande expectativa pela sociedade potiguar, que tem no Troféu Cultura uma verdadeira vitrine dos talentos e das conquistas do estado.

Nomes consagrados e novos talentos dividirão o protagonismo dessa noite, em um verdadeiro mosaico de expressões artísticas. Além das premiações, a programação contará com apresentações culturais, emocionando a plateia com performances que prometem deixar sua marca no coração do público.

“O Troféu Cultura é a minha maneira de agradecer e reconhecer aqueles que, com dedicação e talento, transformam sonhos em arte. São 21 anos celebrando o que há de mais belo na cultura potiguar, valorizando artistas e produtores que nos inspiram. Esta edição, mais do que nunca, é um brinde à resistência, à criatividade e ao amor pela arte. A cultura é a nossa identidade, o nosso legado. Palmas a todos os que fazem dela a essência do nosso estado!”, diz orgulhoso.

A comemoração será conduzida pela influencer Fernanda Guimarães e contará com apresentações culturais que prometem encantar o público presente, destacando a força e o talento dos artistas locais, como “Caboclos de Major Sales – Amigos do Mestre Tiquinho”, o Ballet e o encerramento que ficará por conta de ninguém menos que a nossa estrela, Deusa do Forró.

Além disso, será uma oportunidade para promover o diálogo e fortalecer os laços entre os diversos agentes que movimentam o cenário cultural potiguar. Na ocasião, Dona Militana, Antônio Fco e Guaraci Gabriel serão homenageados pelas suas ricas histórias.

“É um momento de reafirmar nosso compromisso com a valorização da cultura do Rio Grande do Norte e convidamos toda a sociedade a prestigiar esse momento tão especial. A entrada é gratuita.”, declara Toinho.

O legado de Toinho Silveira
Toinho Silveira, com sua visão apurada e compromisso inabalável com a cultura, se tornou sinônimo de incentivo e reconhecimento. Ao longo de mais de duas décadas de Troféu Cultura, ele tem sido uma figura essencial na valorização do artista potiguar, abrindo espaço para que suas vozes, talentos e histórias ecoem dentro e fora do Rio Grande do Norte.

O Troféu Cultura não apenas homenageia os talentos individuais, mas também reforça o papel da cultura como elo essencial para o desenvolvimento social, econômico e identitário do estado.

Como costumam dizer os admiradores de Toinho: “o Troféu Cultura é um prêmio que pertence a todo o povo potiguar”.

Uma noite imperdível, onde a cultura e a arte potiguar serão celebradas com a grandiosidade que merecem. Palmas para o talento, a dedicação e a beleza da arte do nosso Rio Grande do Norte.


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IBAMA RN PROMOVE REUNIÃO CONJUNTA SOBRE REGRAS PARA PESCA NO RIO POTENGI

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Em uma reunião conjunta, na manhã desta quarta-feira (18), Ibama, Federação de Pescadores do RN, Colônia de Pescadores de Natal, IDEMA, Polícia ambiental e Secretaria da pesca discutiram a questão da pesca no Rio Potengi. O debate foi coordenado pelo Superintendente do Ibama no RN, Prof. Rivaldo Fernandes, na sala da SUPES-RN.

Participaram do encontro os analistas ambientais Robson Lopes de Santana, Jean Schmitt e Cláudia Zagaglia pelo Ibama. Dois oficiais da Polícia Ambiental do Estado do RN, Wellington Junior, e Israel de Santana, e do IDEMA Carlos Junior e Denise Torres. Da Secretaria da Pesca do RN, Maria Medeiros e da Federação dos Pescadores a pescadora e presidente da Federação Rosangela Nascimento.

Rosangela denunciou que a fiscalização da polícia ambiental realizada, na semana passada, prejudicou dezenas de pescadores que sobrevivem da pesca no Rio Potengi. Rosa – como é conhecida entre os pescadores – disse ainda que ficou surpresa com a ação, pois, em quarenta anos os pescadores nunca foram abordados sobre a proibição de uso de rede no local.

A chefe de fiscalização do IBAMA, Cláudia Zagaglia, explicou que a instrução normativa nº 209, de 25 de novembro de 2008, em seu artigo 02, estabelece que é proibido o uso de quaisquer tipos de redes na atividade pesqueira e que só é permitido o uso de linha de mão ou vara, linha de anzol, enquanto perdurar o período previsto no art. 1 da instrução normativa. Esta instrução proíbe que a partir de 00h do dia 1º de dezembro até às 23h59 min do dia 28 de fevereiro não poderão pescar curimatã, piau, sardinha e branquinha.

A largada das canoas para o reinício das atividades pesqueiras será permitida somente a partir do dia 1º de março. Os policiais presentes na reunião justificaram que a ação seguiu a norma nacional.

A subsecretária de pesca do Governo do RN, Luiza Medeiros, sugeriu que o IDEMA – órgão responsável pela execução da política ambiental no RN – pudesse emitir uma nova norma que possa responder aos anseios dos pescadores do Rio Potengi.

O analista Jean Schmitt destacou que, para uma mudança na norma, é imprescindível ouvir a comunidade acadêmica para um embasamento técnico científico ouvindo todas as partes.


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FIM DE ANO COM ALTA PROCURA POR BUFFETS DE CHURRASCO

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A esperança da renovação faz o período de fim de ano ser de muita união e motivos para confraternizar. E quando celebração e reunião de pessoas queridas remetem a uma mesa farta, é aí que uma das maiores paixões do brasileiro entra em cena: o churrasco. É nessa época que os serviços de churrasqueiros costumam ser mais requisitados, como conta o empresário Alexandre Vieira, proprietário da Magão na Brasa, empresa sediada em Natal.

De acordo com o empreendedor – que atua no segmento há doze anos -, entre dezembro e janeiro, são raros os dias em que não há eventos para realizar. “Sem dúvidas a demanda aumenta exponencialmente [nesses meses]. Graças a Deus, é um período de muito trabalho, com eventos em praticamente todos os dias da semana”, afirma.

Em 2024, a demanda e o prestígio junto aos clientes têm sido especialmente gratificantes. “Graças a Deus, está sendo um bom ano, de muita luta, alguns ajustes e bastante reconhecimento da clientela”, revela Magão.

A Magão na Brasa oferece serviço de buffet de churrasco, incluindo cutelaria, garçons e bebidas. “Brinco, mas é bem verdade, que levamos a churrascaria até sua casa, ao seu evento, à sua confraternização. Levamos tudo, desde a cutelaria até o principal, os cortes de carne – que variam conforme o estilo de buffet contratado”, diz o proprietário.

O corte que faz mais sucesso entre os clientes da empresa é a picanha, “a rainha do churrasco”, nas palavras de Alexandre. Mas o que ganha os pequenos é o coração de galinha. “A criançada adora”, conta.

No entanto, é usual serem servidos nos eventos realizados pela empresa bife ancho, maminha, alcatra, linguiças, coxinha de frango e pão de alho. Outras opções oferecidas são: costelinha suína, fraldinha, coxão mole de sol, coxinha da asa e queijo de coalho. “Mas também temos demanda para cortes nobres”, afirma Vieira.

E não para por aí. Ao final de boas rodadas de carnes e acompanhamentos, o serviço continua com os churrascos doces: queijo de coalho regado com mel de engenho, e abacaxi com canela, mel e açúcar.

De acordo com o empresário, o maior diferencial da Magão na Brasa é o serviço de excelência, aliado à qualidade dos produtos. “Trabalhamos sem enfado com cortes de qualidade, frescos e somos generosos no servir”, ressalta.

Entre os tipos de eventos com os quais a empresa mais trabalha, estão aniversários, casamentos, festas de aprovação e confraternizações, além dos almoços em família. “Somos contratados para os mais diversos tipos de eventos; afinal, sempre cabe um bom churrasco”, diz.

Apesar da alta demanda e do reconhecimento já alcançado no mercado, o proprietário tem expectativas ainda melhores para o próximo ano, no qual aumentará o rol de serviços, oferecendo opções mais requintadas.

“Para 2025, queremos ainda mais. Vamos trazer algumas novidades, por exemplo, os eventos Prime, com quantidade mínima de clientes; um petit comité, com serviço oferecido em tábua de corte em chapa de ferro fundido e cortes especiais – os mais nobres do mercado”, adianta Alexandre.

A Magão na Brasa realiza orçamentos por WhatsApp e por ligação através do número (84) 99865 5674. No Instagram, o perfil é @magaonabrasa.


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IRMÃOS CONTAM “60 ANOS DO GOLPE CIVIL-MILITAR NO RIO GRANDE DO NORTE”

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Nesta quinta-feira (19), será lançado o livro 60 Anos do Golpe Civil-Militar no Rio Grande do Norte, uma obra que revisita a história do golpe de 1964 sob uma perspectiva local, trazendo à tona os acontecimentos que marcaram o período antes, durante e após o golpe no país. O evento acontecerá às 9h, no Auditório Zila Mamede da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com organização de Maria da Conceição Fraga, João Maria de Souza Fraga, Aipê Editora e Caravela Selo Cultural.

Em entrevista ao Diário do RN, João Maria de Souza Fraga explicou a importância do livro ao destacar o foco na história do Rio Grande do Norte, uma área muitas vezes negligenciada nas análises do golpe. “Esse tema, quando tratado, geralmente é centrado em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, criando a impressão de que o golpe se limitou a essas regiões. Mas a realidade é outra: o golpe aconteceu em todo o Brasil, e não poderia ser diferente aqui no Rio Grande do Norte”, afirmou.

A obra é composta por seis partes que discutem, com profundidade, desde a historiografia sobre o golpe até os impactos na resistência local. O primeiro bloco trata das produções acadêmicas sobre o golpe na região, com capítulos que abordam desde a repressão à campanha de alfabetização “Pé no chão também se aprende a ler” até as perseguições a militantes, como os trabalhadores da extração de sal em Macau, um dos focos do movimento sindical no estado.
Outro destaque é a parte que revisita a trajetória de militantes perseguidos, como Luiz Maranhão Filho, Glênio Sá e Luciano de Almeida, figuras emblemáticas na luta contra a ditadura no Rio Grande do Norte. O livro também aborda a postura da Igreja Católica e da OAB diante da ditadura, além da resistência estudantil, com ênfase no protagonismo das mulheres na luta pela democracia dentro das universidades potiguares.

A obra conta com a colaboração de 17 pesquisadores, incluindo mestres e doutores, e é organizada pelos professores Maria da Conceição Fraga e João Maria de Souza Fraga. Em suas palavras, João Maria destacou o valor dessa coletânea de conhecimentos acadêmicos sobre a ditadura no Brasil: “Este livro é um retrato do esforço coletivo de acadêmicos que, por meio de dissertações, teses e artigos, buscam apresentar os diversos recortes da história do golpe e da resistência, uma memória que deve ser preservada e entendida para que possamos refletir sobre os desafios atuais à democracia.”

O livro, mais do que um registro histórico, ganha relevância diante do cenário atual, como ressaltou João Maria: “O estudo do golpe de 1964, ocorrido há 60 anos, se torna ainda mais crucial hoje, em um momento de crise da democracia e de ameaças ao estado democrático de direito, como vimos no 8 de janeiro de 2023, quando a sede dos três poderes foi invadida.” A obra busca não só recordar o passado, mas também fornecer elementos para compreender os desafios políticos e sociais do presente.

A colaboração entre os organizadores e autores tem raízes profundas na trajetória acadêmica e de pesquisa, principalmente na UFRN, onde muitos dos envolvidos desenvolvem seus estudos sobre o impacto da ditadura na história local. A parceria entre Maria da Conceição e João Maria Fraga, promove uma análise detalhada e comprometida com a memória do estado.

O lançamento do livro será um momento para refletir sobre as cicatrizes deixadas pelo golpe civil-militar no Rio Grande do Norte e para lembrar a importância da preservação da memória histórica, essencial para a construção de uma sociedade mais democrática.


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AUTORIDADES PRESTIGIAM LANÇAMENTO DE LIVRO DO JUIZ FEDERAL WALTER NUNES

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O lançamento do livro “Código do Processo Penal do Estado do RN – Uma análise crítica”, do juiz federal e professor Walter Nunes, marcou, nesta segunda-feira (16), um importante resgate histórico e jurídico. O evento ocorreu no novo Memorial do Legislativo Potiguar, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, e reuniu autoridades, juristas e acadêmicos para celebrar a obra que revela o pioneirismo do Rio Grande do Norte ao promulgar seu próprio Código de Processo Penal em 1918.

A obra analisa o contexto histórico do período, no qual o pensamento jurídico brasileiro era fortemente influenciado pelo positivismo penal europeu, especialmente pelos teóricos Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. Em meio a essa influência, o estado do Rio Grande do Norte tomou a dianteira ao criar sua própria legislação processual penal, algo raro e significativo no Brasil federativo daquela época.

“Este código representou uma afirmação de autonomia e modernidade do direito potiguar, servindo, inclusive, como um importante indicador para o Código Brasileiro que viria a ser adotado posteriormente”, destacou Walter Nunes.

O Código do Processo Penal do RN consolidou a capacidade dos estados brasileiros em legislar sobre matérias processuais, refletindo os princípios de descentralização trazidos pela Constituição de 1891. A iniciativa potiguar demonstrou o compromisso do estado em acompanhar os avanços jurídicos e sociais da época, servindo como modelo inovador para a legislação nacional.

Na solenidade, importantes juristas potiguares marcaram presença como o juiz federal Marco Bruno e o desembargador aposentado Francisco Barros Dias. Para Walter Nunes, que assinou a obra ao lado do jurista Olavo Hamilton, o Rio Grande do Norte teve uma forte influência no atual Código do Processo Penal brasileiro.

“A análise revela a profundidade do conhecimento de Teotônio Freire. Foi uma personalidade ímpar, um homem extremamente culto e foi o autor intelectual do Código. Foi desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e presidente por 13 anos, o que evidencia uma clara liderança”, explicou Walter Nunes.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), reforçou a importância da obra e do evento. “Esta análise crítica traz à tona o protagonismo e a importância do Rio Grande do Norte no cenário jurídico brasileiro. É uma obra que faz um resgate histórico e coloca nosso estado como um ator fundamental na evolução do direito processual brasileiro”, afirmou.

O evento é o primeiro a acontecer no Memorial do Legislativo Potiguar, espaço dedicado à preservação da memória e cultura do estado. Localizado em um imóvel centenário, o memorial homenageia figuras históricas e reúne acervos legislativos, consolidando-se como um ambiente de reflexão sobre a trajetória política e jurídica do Rio Grande do Norte.


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