Em sessão remota na manhã desta sexta-feira (15), Integrantes da cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado mudaram, mais uma vez, a estratégia para os últimos depoimentos a serem tomados antes do término dos trabalhos do colegiado.
Desta vez, foram aprovados os requerimentos de convocação do integrante do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Nelson Mussolini, além de convites a pessoas que perderam entes queridos para a pandemia, todos marcados para a próxima segunda (18). Na semana passada, como último depoimento técnico, a CPI chegou a anunciar que ouviria o pneumologista Carlos Carvalho, mas a ideia acabou descartada.
Mussolini deve esclarecer na segunda-feira (18), pela manhã, se houve algum tipo de pressão ou interferência do governo na decisão tomada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec), na semana passada, de adiar a análise de um estudo que poderia condenar o tratamento precoce em pacientes diagnosticados com covid-19.
Apesar da alteração, está mantida a apresentação do relatório final pelo presidente da Comissão, Renan Calhieros (MDB-AL), para terça-feira (19) e a votação do parecer para o dia 20 de outubro. Em seguida, o texto será enviado ao Ministério Público, responsável por decidir se leva adiante ou não os pedidos de indiciamento feitos pela comissão. É ao MP que cabe apresentar uma denúncia formal ao Judiciário. A expectativa é de que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) seja indiciado no relatório.
*Com informações da Agência Brasil