
Escolas públicas de 12 municípios do Rio Grande do Norte serão transformadas em “laboratórios práticos de ensino” onde conceitos de física, geografia e matemática serão aprendidos com a ajuda de mini usinas de geração de energia solar.
O projeto-piloto, implantado a partir do primeiro semestre deste ano, chamado de “Escolas Solares”, será desenvolvido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e terá investimento de R$ 1 milhão para implantação de usinas como laboratórios didáticos. A iniciativa também prevê capacitação de professores durante o processo e a elaboração de uma cartilha para auxiliar a realização das aulas.

Uma emenda parlamentar do senador da República Jean-Paul Prates viabilizou os recursos para desenvolvimento das atividades. O investimento será viabilizado por meio de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
“Trata-se de uma iniciativa em que vamos montar unidades geradoras de energia para, mais do que ajudar na conta de luz, fomentar a educação, deixar nessas escolas uma cultura de energia mais limpa, que seja usada de forma transversal no aprendizado dos alunos”, diz o diretor do Instituto, Rodrigo Mello.
As usinas serão implantadas em escolas estaduais de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Nova Cruz, Alto do Rodrigues, Macau, Pendências, Currais Novos, Mossoró, Apodi, João Câmara e Caicó.
De acordo com informações do projeto, as iniciativas serão levadas inicialmente a 13 das 620 escolas que compõem a rede estadual de ensino. A estimativa é que mais de 1.500 estudantes do ensino médio sejam beneficiados inicialmente.
“Temos conversado com SENAI e Secretaria de Educação do Estado para a realização de um convênio que deve viabilizar a inclusão de mais sete escolas, chegando ao total de 20 ainda em 2022”, diz o senador Jean-Paul Prates, ressaltando que há expectativa de estender a iniciativa para todo o Rio Grande do Norte. “A ideia é que possamos aumentar a quantidade de cidades e escolas beneficiadas ao longo dos anos, com recursos disponíveis de emendas parlamentares”.
O início dos experimentos com os alunos dependerá de calendários elaborados pelas próprias escolas. Além de facilitar a compreensão de conceitos tradicionais estudados em sala de aula, o objetivo é usar as mini usinas de geração para aumentar a conscientização quanto ao uso racional de energia e reforçar a importância da sustentabilidade.