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ESTAÇÃO MAIS QUENTE TRAZ TAMBÉM AUMENTO DE CASOS DE CONJUNTIVITE

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Durante os meses de verão, uma das condições mais comuns que afetam os olhos das pessoas é a conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva ocular, a camada superficial que cobre o olho. Com o aumento do calor, o número de casos tende a aumentar, especialmente em lugares com grande concentração de pessoas, como praias e piscinas.

Em entrevista ao Diário do RN, Anderson Martins, médico oftalmologista e presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte, explica que “a conjuntivite pode ser causada por diferentes fatores, como agentes químicos, alérgicos ou infecciosos, incluindo vírus e bactérias”. Ainda segundo ele, a condição pode se manifestar de diversas formas, com sintomas que variam conforme o tipo, mas geralmente incluem lacrimejamento excessivo, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar.

Por que os casos de conjuntivite aumentam no verão?
O aumento de casos de conjuntivite no verão está diretamente relacionado à maior convivência social e aglomerações típicas da estação. “No calor, principalmente no verão, aumentam as aglomerações. Banhos de piscinas coletivos, banhos de mar coletivos, shows, e com isso as transmissões virais também aumentam”, comenta o oftalmologista. Como a conjuntivite viral é de fácil transmissão, as pessoas em locais com grande concentração de público estão mais expostas ao risco de contrair a doença.

Sintomas e cuidados essenciais
Os principais sintomas da conjuntivite incluem “lacrimejamento, desconforto ocular, sensação de areia, vermelhidão, secreção e olhos grudados ao acordar”, destaca o médico. O tratamento é, em sua maioria, sintomático, com o uso de anti-inflamatórios e lubrificantes para aliviar o desconforto, além de antibióticos ou corticoides em casos mais graves. A boa notícia é que, em geral, a conjuntivite é uma doença autolimitada, ou seja, tem uma resolução espontânea após cerca de 5 a 7 dias, período de atividade do vírus. “A gente como médico precisa dar um conforto a esse paciente e tratar essa conjuntivite para ele aguentar passar esses 7 dias com sintomas.

Então, normalmente, faz uso de anti-inflamatórios e lubrificantes. Em alguns casos, pode ser necessário associar antibióticos ou corticoides. Por isso é necessário na hora da irritação ter uma consulta com um médico oftalmologista”, orienta o profissional.

No entanto, Anderson Martins alerta sobre as complicações, que são raras, mas podem ocorrer. “As complicações são raras, mas podem incluir cicatrizes palpebrais, que podem ser permanentes, e infecções corneanas, como a úlcera de córnea, que é um quadro grave”, reforçando porque é fundamental buscar orientação médica para garantir um tratamento adequado, principalmente diante de sintomas persistentes ou agravantes.

Prevenção
Prevenir a conjuntivite viral, especialmente no verão, exige cuidados simples, mas eficazes. O presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte enfatiza que “para prevenir, tem que se fazer uma prevenção dos contágios virais tradicionais: lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar aglomeração, uso de máscaras e, principalmente, as pessoas contaminadas não circularem em ambientes com outras pessoas”. A transmissão da doença é extremamente fácil, por isso, o autocuidado é essencial para evitar a propagação.

Portanto, durante o verão, além de aproveitar o calor e a diversão, é importante redobrar a atenção com a higiene e, caso surjam sintomas de conjuntivite, a consulta com um oftalmologista é fundamental para um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.


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