Após a divulgação do resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), com o RN registrando o pior índice da educação do Brasil, a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer se debruçou sobre os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que servem de base para a aferir o Índice IDEB, que nesta edição é relativo ao ano de 2021.
Na análise feita pela pasta, a aprovação automática adotada por alguns estados na pandemia e baixa participação dos estudantes no SAEB provocaram distorções que impedem uma comparabilidade entre redes de ensino por meio do IDEB.
A secretaria de educação também lembra que as avaliações do SAEB foram aplicadas no fim de 2021, quando, em razão da pandemia, muitas escolas públicas ainda não estavam realizando atividades 100% presenciais, ou haviam acabado de promover este retorno. O cenário atípico impactou, de forma distinta, a taxa de participação dos estudantes conforme a realidade de cada escola, o que também repercute nos resultados apurados, conforme observa o próprio INEP: “Pedagogicamente, a ausência dos alunos pode criar vieses de interpretação da real condição do processo de ensino-aprendizagem nas escolas de todo o Brasil, ao longo dos dois últimos anos, com possíveis impactos na série histórica do Saeb”.
A secretaria destaca ainda que as escolas das redes de ensino do RN, especificamente as que dispõe de ensino fundamental (anos finais) e ensino médio, registraram avanços na proficiência em língua portuguesa e na aprendizagem da matemática. Por sua vez, o ensino fundamental anos finais da Rede Estadual obteve crescimento na aprendizagem de +6,4 em língua portuguesa e + 0,4 em matemática. No ensino médio a rede estadual cresceu +4,4 em língua portuguesa e 0,8 em matemática. Assim, o RN está entre os seis estados brasileiros que avançaram no aprendizado em matemática e língua portuguesa ao mesmo tempo.