
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec/RN) prevê a construção do Porto Indústria-Multipropósito Offshore do Rio Grande do Norte ainda em 2023. A obra será construída entre os municípios de Caiçara do Norte e São Bento do Norte.
O empreendimento é necessário para a exploração da energia eólica offshore (no mar) e exportação de outros produtos, como o Hidrogênio Verde (H2V). O local foi escolhido após estudos técnicos feitos pela Universidade Federal do Rio Grande, através da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec).
Segundo Silvío Torquarto, secretário da pasta, após a escolha do local, o próximo passo é iniciar o processo de licenciamento em 2023 e as obras físicas entre 2023 e 2024.
“Em 2023, poderemos fazer, em paralelo, a chamada pública, que pode ensejar nova documentação. As obras físicas, acreditamos que podem começar entre 2023 e 2024 e serem concluídas até 2029… 2030. Vamos agora providenciar a documentação legal para encaminharmos à Secretaria do Portos e partirmos para o processo de licenciamento ambiental. Com isso, ficará tudo preparado para a Parceria-Público-Privada (PPP). Temos lei da PPP mas ela precisa ser atualizada”, pontuou o secretário.
O Estado atualmente busca investimentos para implantar o porto. Ainda segundo o secretário, empresas já assinaram protocolos de intenção junto ao Governo do RN. Também disse que oito empresas já realizaram o pedido de licenciamento ao IBAMA, interessadas em produzir energia offshore na área do porto.
Na terça-feira (09), Fátima Bezerra participou do 10º Fórum LIDE de Infraestrutura, Logística e Energia, que reuniu empresários em São Paulo. Na ocasião, apresentou o projeto pioneiro aos empresários, com o anúncio de R$ 45 bilhões de investimentos para o setor de energia éolica para os próximos quatro anos.
O porto indústria tem previsão de ser o primeiro da América Latina com características da produção de energia no mar e hidrogênio verde, havendo ainda a possibilidade de englobar a produção de aço de verde, já que o estado também é produtor de ferro. Com o novo terminal, o RN deverá avançar na produção sustentável, já que o aço verde nada mais é que a produção do metal usando energia renovável, como a eólica.
“Temos condição de geração energia eólica no mar equivalente a 10 usinas de Itaipu, ou seja, 140 Gb de energia eólica offshore. Nossa costa é rasa, até 20 km uma profundidade máxima de 15 metros, o que facilita a afixação de aerogeradores além de termos os melhores ventos do mundo”, destacou Torquato.
Com informações da Tribuna do Norte.