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NATÁLIA BONAVIDES: “O NÚMERO DE BILIONÁRIOS AUMENTOU, ENQUANTO POBRE SE LASCOU”

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Foto: Elpídio Júnior

Em uma entrevista ao Jornal agora RN, a deputada federal Natalia Bonavides (PT), falou sobre a queda na popularidade do presidente Bolsonaro, e disparou: “Durante a pandemia, o número de bilionários aumentou, enquanto a população pobre se lascou”.

“Essa queda na popularidade é um reflexo do que está acontecendo na vida do povo. Os índices de desemprego, falta de salário, subsalários, a população está passando por um momento difícil. As pessoas estão tendo queimaduras por cozinharem com álcool por não poder comprar um botijão de gás. As pessoas estão comendo restos, quilo que não se vendia, hoje o povo tá comendo resto. Estamos em um país que permitiu o aumento no número de bilionários, enquanto a população pobre se lascou. O desemprego, a pobreza, a fome voltaram com tudo. Isso tem se refletido na queda da popularidade do governo”, afirmou Natália.

A deputada voltou a se posicionar contra a aliança do Partido dos Trabalhadores com o MDB para as eleições de 2022. Os diálogos acontecem desde a visita do ex-presidente Lula ao Rio Grande do Norte, no fim de agosto, quando o petista encontrou o ex-senador Garibaldi Filho e o filho dele, o deputado federal Walter Alves, ao lado da governadora do Estado, Fátima Bezerra.

Na ocasião, Lula buscou apoios além da esquerda para sua provável candidatura à presidência e também para o palanque local de Fátima Bezerra, que vai concorrer à reeleição no próximo ano. A aproximação entre as duas legendas foi alvo de críticas de Natália, que já se posicionou anteriormente contra a possível aliança. Ao Agora Entrevista nesta quarta-feira (13), a parlamentar disse que as pautas políticas dos dois partidos são divergentes: ‘Nosso partido começa agora a fazer o debate das eleições do ano que vem, ainda está bastante longe. A própria governadora Fátima coloca que agora precisamos recuperar nosso Estado, é a prioridade. Mas existem conversas que são feitas, hipóteses que passam a ser debatidas, que as instâncias do partido vão decidir. Minha posição sobre a possível aliança já é pública. Acredito que na eleição é o momento de apresentar nosso projeto para sociedade e devemos fazer isso com partidos diferentes, até porque nem se chamaria aliança. Mas acho que é necessário para isso uma identidade mínima comum, a ser defendida, para mostrar para o povo qual é o projeto que se quer construir.”

Natália reafirmou seu posicionamento contrário a possibilidade de aliança das duas siglas: “A partir daí que não acredito que esse tipo de aliança seja a melhor opção porque hoje temos divergência política muito grande. No próprio Congresso, como é que esse partido [MDB] vota? Qual é a porcentagem de identidade que tem com o governo Bolsonaro? É muito grande, enquanto o que nós defendemos é um programa oposto. Se a gente conseguir eleger Lula, a gente vai ter que repensar o papel da Petrobras, desfazer as privatizações que estão sendo feitas, e quem topa esse programa? Com quem a gente pode ter pontos em comum para retomar o desenvolvimento do Brasil e continuar revertendo a situação em que o Rio Grande do Norte foi deixado? São essas as razões pelo qual eu acho que não seria adequado”, defendeu a deputada.

Natália enfatizou a necessidade de fortalecimento de uma chapa para conseguir manter ou até aumentar as cadeiras nos parlamentos: “O PT é um partido democrático, que não tem dono, ninguém decide sozinho. A gente debate, vota e, a partir das decisões, seguimos. [A aliança com o MDB] é um debate que não está fechado, ainda vai ser feito nas instâncias e, dentro disso, temos a liberdade de divergência e de defender coisas diferentes. Nosso partido precisa fortalecer a nominata e precisamos garantir nossas cadeiras na Câmara federal e também na Assembleia”, pontuou.

Ela relembrou a vida do ex-presidente Lula ao estado e as conversas que ele teve em busca de apoios: “Quando esteve em Natal, Lula foi questionado sobre a parceria com Garibaldi mesmo depois de ele ter apoiado o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. O ex-presidente disse que vê a situação com naturalidade. “Eu não posso pensar com fígado. Eu preciso pensar de forma civilizada como é que a gente vai manter relações com todas as forças políticas porque você precisa, se candidato, ganhar as eleições. E, se ganhar as eleições, precisa governar o país”, afirmou.

*Texto publicado no Jornal Agora RN


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