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O MARKETING, A VACINAÇÃO, O GENOCIDA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

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Por: Bosco Afonso

Enquanto o período do horário eleitoral no rádio e na televisão não chega, as equipes de marketing dos milhares de candidatos vão se municiando com informações, documentos, causos e tudo o mais com o objetivo de detonar seus adversários.

Certamente, os marketings dominantes serão estrategicamente os dos candidatos aos cargos de presidente da República, senador e governador.

Será um verdadeiro fogo cruzado.

Quem tiver podre que se aguente.

Na guerra dos marqueteiros dos candidatos a presidente da República, vão valer os últimos acontecimentos, principalmente entre Lula e Bolsonaro, que predominam entre a preferência do eleitorado.

Evidente que as histórias do Mensalão e do Petrolão irão ser contadas, tim, tim por tim, tim, contra Lula. Verdades e mentiras serão ditas e contestadas.

Da vacinação contra a covid-19 virão vários episódios, principalmente aqueles que mais influenciaram na imagem negativa de Bolsonaro, relembrando o genocida.

Desses episódios, vale lembrar que insistentemente fizeram valer que Bolsonaro seria responsável pelas mortes de mais de 400 mil das quase 680 mil pessoas que vieram a falecer por conta da covid-19. Tudo por conta de ele ter desacreditado da eficácia das vacinas surgidas durante o desencadear da pandemia.

Mas, como responsabilizar Bolsonaro pela morte de 400 mil pessoas e taxá-lo como genocida? Como essa conta é feita?

Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, país de primeiro mundo que tem uma população de 330 milhões de pessoas, os primeiros lotes de vacinas chegaram por lá a partir do dia 15 de dezembro de 2020 e morreram pouco mais de 1 milhão pessoas, com o número de óbitos representando 0,3% da população. Nem por isso chamaram Joe Biden de genocida.

Aqui no Brasil, mesmo Bolsonaro desdenhando da covid-19, com uma população de 215 milhões de brasileiros, 680 mil foram a óbitos por conta da doença, representando os mesmos 0,3% dos Estados Unidos, enquanto que as vacinas por aqui chegaram em 19 de novembro de 2020. Por que Bolsonaro é genocida, e Joe Biden não?

Nesse caso, a liberdade de expressão permitiu ao presidente Bolsonaro, como a inúmeros profissionais da medicina, duvidar da eficiência da vacina contra a covid-19.

Mesmo a gestão Bolsonaro gastando R$ 645 bilhões em dois anos (dados do Poder 360), o marketing espontâneo da oposição ao atual presidente da República funcionou e o gestor ficou marcado, para uma grande parcela da população de brasileiros, como um genocida; matematicamente responsável por 400 mil mortes, segundo a CPI da covid-19.

Alguém – sem a paixão e o ódio que dividem o país – vai responsabilizar membros da CPI da Covid por espalhar fake news, ou todo esse estardalhaço para fazer Bolsonaro de genocida será creditado à liberdade de expressão?


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