Um dos 15 estreantes na Câmara Municipal de Natal em 2025, Subtenente Eliabe (PL) não é novo na política. Com dois anos de experiência como deputado estadual no Rio Grande do Norte, ele diz que assumirá o cargo de vereador para “contribuir mais diretamente com a segurança” da capital e que se posicionará contra as drogas e o aborto, e pela autodefesa do cidadão.
O policial militar é graduado em Tecnologia da Gestão Pública pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e assumiu uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do RN em janeiro de 2021, após Allyson Bezerra (UNIÃO) deixar o legislativo para ser Prefeito de Mossoró, no Oeste Potiguar. Nas eleições de 2022, novamente candidato a deputado estadual, não foi reeleito.
No entanto, confiante em ser reconhecido pelo “serviço prestado”, Eliabe apostou numa vitória como candidato a vereador. “Com o trabalho que realizamos, estávamos confiantes na vitória.
Visitamos vários bairros de Natal, conversamos com as pessoas e percebemos que havia confiança no nosso projeto. Recebi a notícia [da eleição] com alegria e entusiasmo, mas também com serenidade, pois tínhamos convicção do reconhecimento pelo nosso serviço prestado”, disse o PM, que recebeu apoio dos deputados do PL Sargento Gonçalves e Coronel Azevedo.
Para o subtenente, a vaga na Câmara Municipal o dará “a oportunidade de contribuir mais diretamente com a segurança de Natal e com ações que impactem a vida das pessoas”. Ainda segundo ele, a política é uma missão. “Quero continuar representando a população, buscando soluções para problemas como segurança e mobilidade”, declarou.
“Vamos desenvolver ações de combate à violência, fortalecer a Guarda Municipal e as demais forças policiais, além de atuar pela preservação dos espaços públicos. Também nos posicionamos contra as drogas e o aborto, defendendo o cuidado com as crianças e adolescentes, e o direito de autodefesa do cidadão. Além disso, seremos a voz dos concurseiros”, completou o vereador eleito.
Ele afirma que fará um mandato pautado em servir à população. “A expectativa é cumprir os compromissos que assumimos, especialmente na área de segurança. Queremos dialogar com o executivo municipal e representar diretamente a população, visitando os bairros e buscando soluções para os problemas identificados. Nosso mandato será pautado no serviço às pessoas, declarou.
“Não tenho conhecimento de nenhuma emenda enviada pela deputada Natália Bonavides para o município de Natal. Não tenho conhecimento e é muito pouco provável que isso tenha acontecido.
O mais provável é que a deputada esteja fazendo colocações sem nenhum fundamento”. Quem rebate a candidata a prefeita de Natal, Natália Bonavides (PT), é o prefeito da capital, Álvaro Dias (Republicanos). Ele faz menção à fala da deputada federal, que aconteceu nesta manhã de quarta-feira, 23, em entrevista ao jornalista Miguel Weber, no programa Felicidade, da 98 FM.
A adversária de Paulinho Freire (UB), candidato apoiado por Álvaro, negou trato proposto pelo deputado de enviar, caso não eleita, R$ 20 milhões em emendas para o prefeito eleito, já que os dois são deputados federais. A justificativa apresentada pela parlamentar foi a “falta de responsabilidade” com o dinheiro público “desse pessoal”, afirmando que enviou R$ 68 milhões em emendas, mas que o dinheiro não foi executado por falta de projetos da Prefeitura e uma parte “voltou para Brasília”.
Questionado se estaria afirmando que a deputada está mentindo, o gestor complementou: “Eu continuo a afirmar que não é verdade, eu não tenho conhecimento de nenhuma emenda enviada pela deputada Natália Bonavides para o município de Natal. Se ela está dizendo isso, ela mostre, apresente os documentos, porque o município não tem conhecimento de nenhuma emenda, muito menos de R$ 60 milhões. Que conversa é essa? ”.
Álvaro Dias reconhece e admite que Natal tem problemas e “enfrenta muitas dificuldades em vários setores”. Por isso, a deputada poderia se preocupar em trabalhar pelo município com as emendas.
“É lamentável, porque a deputada possui um valor considerável de emendas, é candidata à prefeita de Natal. Se ela é candidata a prefeita de Natal, a sua preocupação, a sua vontade de trabalhar pelo município devia se materializar através de emendas, porque ela sabe os problemas, ela critica, ela sabe que a cidade de Natal enfrenta muitas dificuldades em vários setores, inclusive Paulinho Freire no último debate fez um apelo a ela que ela não cumpriu”, afirma ao se referir ao acordo proposto pelo opositor de Natália em debate.
De acordo com Álvaro, ele, caso fosse o candidato, “faria tranquilamente” o acordo com o adversário: “Qualquer pessoa, qualquer parlamentar, que tenha compromisso em melhorar a qualidade de vida da cidade de Natal, faz um pacto desse, porque os recursos não irão para o prefeito Paulinho Freire, viriam para a cidade de Natal, mas o PT é assim, eles não cumprem nem as obrigações constitucionais”.
As obrigações constitucionais que o prefeito cita são repasses que o Governo do Estado deveria fazer para a saúde, segundo ele. Lembrando da aliada de Natália Bonavides, Álvaro garante que o governo de Fátima Bezerra (PT) deve quase R$ 70 milhões à Prefeitura de Natal, mas faz questão de “calotear” o município.
“O Governo do Estado deve quase 70 milhões de reais de repasses constitucionais para o município e não faz. Ela (Natália) devia ter falado com a governadora para ela fazer esses repasses constitucionais, que são para a área da saúde, para a manutenção das UPAs, das UBSs, que o Governo do Estado tem obrigação de fazer pela Constituição, e não faz. É uma questão inclusive que está judicializada e o Governo faz questão de descumprir e a calotear o município”, afirma.
Neste ponto, Álvaro rebate especificamente declaração de Natália a respeito de R$ 2 milhões que ela teria enviado para equipamentos de saúde, mas que teriam sido devolvidos à Brasília por falta de projetos do Executivo Municipal.
“A deputada Natália, portanto, perde autoridade para fazer qualquer crítica à saúde pública do município de Natal, porque eles próprios não cumprem as obrigações constitucionais e legais que têm de cumprir”, completa.
O chefe do Executivo Municipal reitera, como exemplos, que “tentaram de toda forma atrapalhar” a engorda da praia de Ponta Negra, assim como as obras na Felizardo Moura, com a instalação do canteiro de obras da Ponte de Igapó sobre uma das vias, por parte do Dnit, “para prejudicar, para criar embaraço para as pessoas que trafegam diariamente” pela passagem sobre o Rio Potengi.
“Para você ver o tamanho da má vontade que tem o PT com a nossa gestão”, alega o prefeito.
“Paulinho vai ganhar com uma margem de 10 pontos”
Em uma nova previsão, que chama de “profecia”, o prefeito Álvaro Dias crava, para a eleição do próximo dia 27, uma vantagem de 10 pontos percentuais para Paulinho Freire.
“Eu vou prever agora, Paulinho Freire vai ganhar com muita facilidade, com uma margem bastante elevada, que vai surpreender o povo da cidade de Natal nessa eleição agora. Vamos ganhar aí com uma margem bastante diferenciada e diferente do que as pesquisas estão apontando. A maioria de Paulinho Freire vai atingir mais de 10 pontos percentuais. Anote aí.
Inclusive com a possibilidade de ultrapassar os 10 pontos percentuais”.
O prefeito lembrou que no 1º turno ele fez uma previsão que pouca gente acreditou, de disputa entre Paulinho Freire e Natália Bonavides.
“Agora, eu vou fazer uma previsão mais fácil de se realizar, mais fácil de ser feita, porque o que eu sinto nas ruas, nas reuniões, onde eu passo, a boa aceitação, com relação à gestão, com relação às obras que estão em andamento (…), com relação à candidatura de Paulinho Freire. Ele vai ter uma ampla vantagem”, complementou o prefeito de Natal.
A candidata a prefeita de Natal, deputada federal Natália Bonavides (PT), repetiu que não enviará “cheque em branco” para Paulinho Freire (UB), caso ele seja eleito prefeito, e ela permaneça deputada federal. A primeira vez que o assunto foi abordado foi no debate da Band, no último dia 14 de outubro, quando o candidato propôs o acordo de envio de R$ 20 milhões em emendas para Natal pelo candidato que não obtenha êxito nas urnas no próximo dia 27, dia do 2º turno da eleição. Os dois são deputados federais da bancada potiguar. Na ocasião, a candidata do PT não garantiu e disse que primeiro conversaria com sua assessoria. Já nesta quarta-feira, 23, Natália reiterou e falou mais sobre o seu posicionamento no programa Felicidade, na 98 FM de Natal.
“Recurso para a cidade, eu não preciso assinar papel de candidato para mandar não. O que eu não posso é confiar que essas pessoas que estão tendo esse desrespeito com o dinheiro público da cidade e que estão retaliando a própria população para eu não poder dizer que mandei recurso para tal coisa, eles retaliam a população, pessoas que estão tendo esse trato, você não assina R$ 20 milhões. Que bravata é essa? Apresente um projeto, vamos falar de projeto, vamos falar de ponte, vamos falar de UBS nova, vamos falar de creche”, disse a candidata.
O desrespeito que ela se refere é, segundo a deputada, o retorno de recursos que foram viabilizados por ela para a cidade de Natal, mas que retornaram por falta de projetos do Executivo natalense para aplicar as emendas.
“Eu destinei mais de R$ 68 milhões para a nossa cidade e uma parte desse recurso foi especificamente pela Prefeitura. Mas você sabe como é que a Prefeitura está tratando esse dinheiro? Eu mandei dinheiro para o Varella Santiago. A Prefeitura não cadastrou, o Varella não recebeu e, além disso, o mais grave, voltou para Brasília o recurso. Eu mandei recursos para várias UBSs da cidade, Creas, Cras, Caps, esses locais que a nossa população precisa utilizar e que eles têm recursos pagos desde o ano passado e não executam”, denunciou Natália.
Na entrevista, ainda, a deputada levanta a possibilidade de que a falta de aplicação das emendas tenha sido para evitar que ela utilizasse a propaganda anunciando que os equipamentos teriam sido viabilizados com sua iniciativa.
Bonavides afirma, ainda, que R$ 2 milhões do Governo Federal foram articulados por ela para a saúde de Natal, mas a Prefeitura não cadastrou. “Perdeu o prazo, o dinheiro voltou”, complementa ela. Além disso, afirma que o prefeito Álvaro Dias “perdeu dinheiro” de três creches novas pelo mesmo motivo.
“É assim que esse pessoal trata o dinheiro público. Eu não trato assim não, eu trato com responsabilidade. Tem projeto, eu mando dinheiro, tem conversa com os trabalhadores, eu mando dinheiro. O que eu não faço é assinar cheque em branco, porque isso é loucura de fazer com dinheiro público”, ressaltou a deputada.
Ela frisou que é adversária do prefeito e que sempre mandou emendas para a cidade, porque envia os recursos pensando em quem vai ser beneficiado, e não no gestor.
“Eu sempre destinei emendas para Natal, independente de ser adversária do prefeito, porque, ao contrário do que ele faz, que é uma política coronelista, eu tenho muito respeito pelo dinheiro público, eu tenho muito respeito pela nossa cidade. Então, quando eu mando emenda para Natal, não é pensando nele, é pensando em quem vai ser beneficiado”, ratifica.
Em um gesto de coragem e autenticidade, Matheus Peres, jornalista e diretor de comunicação da Prefeitura do Natal, decidiu usar as redes sociais para uma revelação. Em uma postagem no Instagram, no último dia 10 de outubro, Matheus se assumiu gay, compartilhando sua jornada pessoal e a importância desse momento em sua vida.
“Não foi fácil eu ir a público fazer esse anúncio, há muito tempo que eu tinha desejo guardado dentro de mim, as pessoas mais próximas a mim, já sabiam da minha orientação sexual, mas por medo de julgamentos, eu vivia com isso preso dentro de mim”, afirmou Matheus em entrevista ao Diário do RN. O apoio de pessoas próximas foi fundamental para que ele encontrasse a coragem necessária para compartilhar sua história.
Na manhã do anúncio, Matheus despertou com um impulso de autenticidade. “Acordei com uma coragem dentro de mim, e resolvi escrever um texto para publicar nas minhas redes sociais, foi algo libertador, como se eu tivesse tirado um fardo das minhas costas, que eu carregava há anos, por medo do que as pessoas iriam achar ou pensar”, disse ele relembrando o dia.
Na postagem, Matheus expressou: “Hoje, com o coração sincero, compartilho algo muito íntimo, algo que, por muitos anos, eu guardei apenas para mim. Eu sou homossexual. Durante grande parte da minha vida, escondi isso por medo, medo do que os outros pensariam, especialmente minha família. Esse segredo se tornou um fardo insuportável, levando-me ao fundo da depressão. Por muitas vezes, o medo dos julgamentos foi tão intenso que cheguei a pensar em tirar minha própria vida, achando que essa seria a única forma de impedir quem eu realmente sou”.
Matheus continuou sua mensagem ressaltando a importância da aceitação e do amor-próprio: “Viver com esse segredo me levou à escuridão, à solidão, e à uma batalha interna que parecia não ter fim. No entanto, eu estou pronto para viver a minha verdade, não foi fácil chegar até aqui, e sei que ainda há desafios pela frente, mas agora posso dizer que me sinto livre”. A postagem rapidamente ganhou atenção nas redes sociais, com amigos, colegas e seguidores enviando mensagens de apoio e carinho.
TRANSFORMAÇÃO INTERIOR A motivação para se assumir publicamente veio do desejo de ajudar outras pessoas que, como ele, podem estar lutando contra o medo e a discriminação. “Hoje em pleno século XXI, vivemos uma nova realidade, a homofobia ainda existe, mas não como antes, mesmo sem militar na causa, eu resolvi me assumir publicamente, para poder ajudar pessoas, que assim como eu, vivem aprisionadas, por medo do julgamento alheio. As pessoas precisam entender que o amor é para ser vivido, independente de orientação sexual”, explicou Matheus.
Após seu anúncio, Matheus percebeu uma transformação interna significativa. “Eu sofria muito guardando isso dentro de mim, ao ponto de querer tirar minha própria vida. Por muitos momentos, eu cheguei a pedir a Deus, que me “curasse”, achando que isso era uma doença. Hoje me sinto completamente liberto dessa prisão, vivendo minha vida da melhor forma”, refletiu.
Durante a entrevista, Matheus não hesitou em abordar suas vivências com a homofobia. Ele recordou os tempos de escola, onde o bullying era uma constante. “Sempre sofri homofobia, e com muita frequência no tempo de escola, onde as pessoas me tinham como chacota, pelo fato de ser gay”, relembra.
“No exercício da minha profissão como comunicador, também já fui vítima de ataques em redes sociais, onde as pessoas usavam da minha orientação sexual, para tentar me agredir” relatou Matheus.
Reflexões e a luta contra a homofobia: 257 vítimas de morte violenta em 2023
A luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA é marcada por desafios históricos e conquistas significativas. Desde as revoltas de Stonewall até as marchas do orgulho contemporâneas, o movimento se fortalece a cada dia, buscando igualdade, respeito e aceitação em todas as esferas da sociedade. Em meio a avanços legislativos e à crescente visibilidade cultural, os desafios persistem, com a necessidade de combater a discriminação e promover a inclusão.
Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2023, 257 pessoas LGBTQIA+ foram vítimas de mortes violentas no país. Isso significa que, a cada 34 horas, uma pessoa desse grupo perde a vida de forma brutal, consolidando o Brasil como a nação mais homotransfóbica do mundo.
Nesse contexto, em relação à sociedade, Matheus acredita que houve avanços, mas ainda há um longo caminho pela frente. “Temos leis que nos protegem, mas a luta contra a homofobia não acabou. Muitas pessoas ainda veem os LGBTQIA+ como ‘leprosos’”, lamentou. Ele se compromete a ser uma voz ativa no combate ao preconceito. “Enquanto eu viver, serei um instrumento contra a homofobia. ‘Deus é amor’ e se Jesus amou os improváveis, quem somos nós para julgar e espalhar ódio? ”, finalizou Matheus.
O defeso da pesca no Rio Grande do Norte começa no dia 1º de novembro. E, para coibir a pesca predatória neste período de procriação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) está preparando uma intensa ação de fiscalização e operações.
“A medida é considerada essencial para a preservação dos recursos pesqueiros e da sustentabilidade da pesca artesanal no estado”, destaca o professor Rivaldo Fernandes, superintendente do IBAMA no estado.
Ao Diário do RN, Rivaldo revelou que a primeira ação acontecerá no dia 6 de novembro, juntamente com a Federação de Pescadores do RN. Será na sede da Colônia de Pescadores, com o objetivo de debater a importância do período do defeso da lagosta. O superintende da Pesca no RN, David Soares, estará presente.
“A colaboração entre órgãos ambientais, pescadores e a sociedade é crucial para garantir que o defeso alcance seus objetivos e mantenha o equilíbrio ecológico no litoral potiguar”, acrescentou o superintendente.
Operação Decapoda Durante o período protetivo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) realiza a Operação Decapoda, em parceria com a Marinha do Brasil. A ação inspeciona barcos pesqueiros e pontos de armazenamento e comércio de camarão. Também são realizadas as operações Panulirus e Argos, especificamente para a lagosta. A missão é de fiscalizar se as normas estão sendo cumpridas, de forma a garantir a conservação das espécies.
Preocupações De acordo com o superintendente do IBAMA RN, a capacidade de suporte do oceano em relação à pesca da lagosta já está no limite. “Existem no Brasil mais de 3.000 barcos autorizados para a pesca do crustáceo no litoral brasileiro. Somente no Rio Grande do Norte, são aproximadamente 400. Nesta conta, não estão os barcos clandestino e sem licença, que operam na pesca ilegal contribuindo para o aumento do risco de extinção de diversas espécies”, destacou o professor.
Outro problema enfrentado na pesca do Rio Grande do Norte, ainda de acordo com Rivaldo, é uma ação do Banco do Nordeste que está em processo de leilão de dezenas de barcos no estado, que estão inadimplentes com o pagamento de financiamentos. “O leilão destas embarcações vai ter uma consequência na economia do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Defeso No Brasil, o período de defeso é estabelecido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele ocorre de novembro a fevereiro, conforme o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conepe). Foi criado em 1967 através do Código de Pesca.
Os pescadores artesanais recebem, do governo, proventos em dinheiro durante a época em que não podem obter renda da pesca por impedimento legal. O chamado “seguro defeso” foi instituído pela lei n.º 10.779, de 25 de novembro de 2003, e consiste em uma remuneração temporária no valor de um salário mínimo.
Quem descumprir o período de defeso, está sujeito ao pagamento de multa que varia de R$ 700 a R$ 100 mil, dependendo da quantidade de pescado.
Pesca predatória
Pesca predatória explora estoques de peixes além da capacidade de reprodução – Foto: Reprodução
A pesca predatória é uma prática que explora os estoques de peixes além da capacidade de reprodução natural, causando danos ao ecossistema marinho e à segurança alimentar. A pesca predatória pode ser caracterizada por:
Ser realizada em épocas ou locais proibidos, estabelecidos por órgãos ambientais
Utilizar técnicas que visam capturar o maior número de peixes em um curto período de tempo
Capturar indiscriminadamente peixes juvenis, espécies em extinção, ou animais que não são o alvo da pesca A pesca predatória pode causar:
Desequilíbrio no ecossistema marinho
Extinção de espécies
Danos aos recifes de coral e outras áreas de reprodução
Riscos para a segurança alimentar de pessoas que dependem dos recursos pesqueiros
Contaminação humana por plástico que entrou na cadeia alimentar marinha
Danos a embarcações A pesca predatória pode ser praticada tanto por pescadores industriais como artesanais.
Realizada três dias após a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à Natal, a pesquisa DataVero/98 FM, de intenções de votos, tem o candidato Paulinho Freire (UB) à frente de Natália Bonavides (PT). As entrevistas da pesquisa foram feitas também três dias após grande comício de Paulinho na Cidade Alta, na última quarta-feira, 16. A divulgação da nova sondagem, a segunda realizada no 2º turno, foi feira nesta terça-feira, 22, no programa Repórter 98.
Na estimulada, dos votos válidos, quando retirados os indecisos e os que dizem votar em nenhum, que correspondem aos brancos e nulos, Paulinho Freire aparece com 53,33%, quanto Natália Bonavides alcança 46,67%. No resultado oficial do TSE, são considerados apenas os votos válidos.
Em comparação à primeira pesquisa DataVero do 2º turno, realizada nos dias 14 e 15 de outubro, em relação aos votos válidos, Paulinho permaneceu com índice semelhante, de 53,96% para 53,33%. O mesmo acontece com Natália Bonavides, que apresentou na primeira pesquisa 46,04% e agora, 46,67%.
Já da sondagem geral, incluídos os nulos e brancos, o quadro é de empate técnico. Paulinho Freire chega a 46,92% das intenções de votos e Natália Bonavides a 41,05%. Dos entrevistados, 4,47% não souberam ou não quiseram responder; e 7,55% afirmaram votar em nenhum.
Em relação à sondagem anterior, Paulinho Freire teve leve queda de 47,70% para 46,92%. Já Natália Bonavides saiu de 40,70% para 41,05%, permanecendo com intenções de votos praticamente inalteradas.
Espontânea Já na espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos e os entrevistados respondem o primeiro nome que vem à mente, a distância entre os dois adversários diminui.
Paulinho Freire é lembrado por 43,84% e Natália Bonavides por 39,96%. Não souberam ou não quiseram responder, 9,54%; disseram ‘nenhum’ 6,66%.
Rejeição Na rejeição, Natália Bonavides fica à frente, com 43,54%. Já Paulinho Freire tem 36,68% de rejeição.
Não souberam ou não quiseram responder, 6,26%; não votaria em nenhum, ou seja, rejeitam todos, 4,57%; e afirmaram votar em todos, rejeitando nenhum, 8,95% dos entrevistados.
Mais de 90% dos eleitores de Natália e Paulinho afirmam que voto é definitivo
A pesquisa DataVero/98FM questionou os entrevistados também sobre a possibilidade de mudança de voto a uma semana da eleição. De todos que responderam, 87,9% afirmaram que a decisão é definitiva. Já 11,7% afirmaram que poderá mudar o voto e 0,4% não sabe ou não respondeu.
Dos que afirmam votar em Paulinho Freire, 94,7% disseram que não vão mudar a decisão de voto; outros 5,1% disseram que ainda podem mudar. Somente 0,2% não sabe.
Já dos que declararam voto em Natália Bonavides, 91,3% dizem que decisão é definitiva; 8,7% poderá mudar.
A pesquisa DataVero/98 FM foi realizada nos dias 19 e 20 de outubro e ouviu 1.000 pessoas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. O número de registro no TSE é RN-05504/2024.
Realizada três dias após a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à Natal, a pesquisa DataVero/98 FM, de intenções de votos, tem o candidato Paulinho Freire (UB) à frente de Natália Bonavides (PT). As entrevistas da pesquisa foram feitas também três dias após grande comício de Paulinho na Cidade Alta, na última quarta-feira, 16. A divulgação da nova sondagem, a segunda realizada no 2º turno, foi feira nesta terça-feira, 22, no programa Repórter 98.
Na estimulada, dos votos válidos, quando retirados os indecisos e os que dizem votar em nenhum, que correspondem aos brancos e nulos, Paulinho Freire aparece com 53,33%, quanto Natália Bonavides alcança 46,67%. No resultado oficial do TSE, são considerados apenas os votos válidos.
Em comparação à primeira pesquisa DataVero do 2º turno, realizada nos dias 14 e 15 de outubro, em relação aos votos válidos, Paulinho permaneceu com índice semelhante, de 53,96% para 53,33%. O mesmo acontece com Natália Bonavides, que apresentou na primeira pesquisa 46,04% e agora, 46,67%.
Já da sondagem geral, incluídos os nulos e brancos, o quadro é de empate técnico. Paulinho Freire chega a 46,92% das intenções de votos e Natália Bonavides a 41,05%. Dos entrevistados, 4,47% não souberam ou não quiseram responder; e 7,55% afirmaram votar em nenhum.
Em relação à sondagem anterior, Paulinho Freire teve leve queda de 47,70% para 46,92%. Já Natália Bonavides saiu de 40,70% para 41,05%, permanecendo com intenções de votos praticamente inalteradas.
Espontânea Já na espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos e os entrevistados respondem o primeiro nome que vem à mente, a distância entre os dois adversários diminui.
Paulinho Freire é lembrado por 43,84% e Natália Bonavides por 39,96%. Não souberam ou não quiseram responder, 9,54%; disseram ‘nenhum’ 6,66%.
Rejeição Na rejeição, Natália Bonavides fica à frente, com 43,54%. Já Paulinho Freire tem 36,68% de rejeição.
Não souberam ou não quiseram responder, 6,26%; não votaria em nenhum, ou seja, rejeitam todos, 4,57%; e afirmaram votar em todos, rejeitando nenhum, 8,95% dos entrevistados.
Mais de 90% dos eleitores de Natália e Paulinho afirmam que voto é definitivo
A pesquisa DataVero/98FM questionou os entrevistados também sobre a possibilidade de mudança de voto a uma semana da eleição. De todos que responderam, 87,9% afirmaram que a decisão é definitiva. Já 11,7% afirmaram que poderá mudar o voto e 0,4% não sabe ou não respondeu.
Dos que afirmam votar em Paulinho Freire, 94,7% disseram que não vão mudar a decisão de voto; outros 5,1% disseram que ainda podem mudar. Somente 0,2% não sabe.
Já dos que declararam voto em Natália Bonavides, 91,3% dizem que decisão é definitiva; 8,7% poderá mudar.
A pesquisa DataVero/98 FM foi realizada nos dias 19 e 20 de outubro e ouviu 1.000 pessoas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. O número de registro no TSE é RN-05504/2024.
A população que respondeu à pesquisa DataVero/98 FM, realizada no último final de semana, avaliou as gestões federal, estadual e municipal. Pela pesquisa, divulgada no programa Repórter 98 desta terça-feira, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem aprovação de 48,31%. A gestão federal tem desaprovação de 43,14%; e 8,55% não sabem ou não responderam.
Em relação à pesquisa anterior, realizada nos dias 14 e 15 de outubro, apesar do índice de aprovação do Governo Lula ser maior, apresentou queda, de 51,80% para 48,31%. A desaprovação cresceu de 41,10% para 43,14%.
A gestão estadual é desaprovada pela maioria. São 62,52% os que desaprovam o governo de Fátima Bezerra (PT). Outros 30,42% aprovam; e 7,06% não sabem ou não responderam.
Na comparação com a sondagem anterior, a desaprovação da gestão estadual subiu de 59,20% para 62,52%. A aprovação teve declínio, de 34,20% para 30,42%.
A gestão municipal sob o comando de Álvaro Dias (Republicanos) também é desaprovada. Quase metade, ou 49,30%, desaprova Álvaro. Os que aprovam são 38,27%; e 12,43% não sabem ou não responderam.
Em relação à pesquisa DataVero realizada em 14 e 15 de outubro, o prefeito foi o que teve a maior queda na aprovação, de seis pontos, caindo de 44,40% para 38,27%. A desaprovação subiu de 47,40% para 49,30%.
Após visita de Lula, votos em Natália crescem entre os que aprovam o presidente
A intenção de voto na candidata Natália Bonavides cresce entre os que aprovam presidente Lula desde a última pesquisa, realizada nos dias 14 e 15 de outubro. Na ocasião, 69,88% dos que aprovam a gestão federal declararam voto na candidata do PT. Já na pesquisa atual, o índice subiu para 74,69%.
Entre estes eleitores, na primeira pesquisa, 21,81% diziam votar em Paulinho Freire; agora, o índice caiu para 17,49%. Os números atuais foram coletados após a visita do presidente Lula à Natal, em agenda administrativa e participação em comício de Natália.
Já entre os que desaprovam Lula, 79,81% diziam votar em Paulinho na pesquisa anterior e agora permanece praticamente igual, com 79,72%. Dos que desaprovam o presidente, a intenção de voto em Natália caiu, de 8,27% para 6,22%.
Já dos que aprovam o Governo Fátima Bezerra, a intenção de votos em Natália Bonavides subiu de 78,36% para 81,37%. Por outro lado, caiu para Paulinho Freire, de 15,50% para 10,78%.
Dos que desaprovam a gestão estadual, Paulinho Freire ainda perdeu em intenções de votos, caindo de 66,89% para 65,82%. Mesmo entre os que desaprovam o Governo Fátima, as intenções de votos cresceram para Natália Bonavides, de 19,76% para 21,30%.
Entre os eleitores que aprovam a gestão do prefeito Álvaro Dias, as variações foram maiores. Paulinho Freire cresceu oito pontos em relação à pesquisa anterior, de 60,14% para 68,83%. Natália Bonavides caiu proporcionalmente, saindo de 30,41% para 22,08%.
Já entre os que desaprovam a gestão municipal, Natália Bonavides cresceu, de 53,59% para 60,08%. Paulinho Freire caiu de 33,97% para 27,42%.
A pesquisa DataVero/98 FM foi realizada nos dias 19 e 20 de outubro e ouviu 1.000 pessoas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança 95%. O número de registro no TSE é RN-05504/2024.
A Brazil Travel Market – BTM, é um evento cujo propósito é fomentar a integração do setor do turismo, bem como capacitar e apresentar novos produtos ao mercado. Reconhecido como o principal evento B2B do norte e nordeste, e um dos maiores do Brasil. Em sua décima terceira edição, a BTM inicia um passo novo em colocar em sua programação uma capacitação sobre o Turismo Religioso, fazendo com que seja o primeiro evento convencional no país a contar com capacitações para todos os segmentos do turismo. Em sua 13ª edição o evento acontece no período de 24 e 25 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará, com a presença de 5 mil profissionais de turismo, Rodada de negócios e 192 expositores.
Com esta visão de capacitação e para apresentar novos produtos, acompanhando o crescimento do Turismo Religioso no Brasil, o evento sai na frente no que se refere aos eventos convencionais do turismo e coloca a primeira Capacitação para o Turismo Religioso, onde contará com a presença do colunista do Diário do RN, Sidnesio Moura – referência do Turismo Religioso no Brasil, idealizador do Fórum Nacional de Turismo Religioso e vice-presidente da Associação Brasileira de Turismo Religioso.
Sidnésio também recebeu este ano o Prêmio Mérito e Talento da Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo, como destaque Nacional no Turismo Religioso. Um prêmio merecido depois de muitos anos de luta e incentivo ao turismo religioso no Brasil em vários destinos. Ele é idealizador de leis voltadas ao turismo Religioso no Estado do Rio Grande do Norte, como também foi o maior incentivador e um dos principais fundadores do GT de Turismo Religioso no RN, auxiliando na construção e elaboração do Decreto de formalização do Grupo de trabalho. “O turismo religioso avança no Brasil. E se não se desenvolve mais rapidamente, não é por falta de números expressivos tampouco por falta de fé, mas sobretudo o entendimento do que é um Espaço Sagrado e a infraestrutura que exige”, destaca Sidnésio Moura.
Entre 2014 e 2015, o Ministério do Turismo divulgou uma estatística referente às viagens religiosas, que alcançariam um público no Brasil de 17,7 milhões de pessoas, com um impacto econômico de 15 bilhões de reais, abrangendo 344 destinos e 96 atrações. Esses números já partiam de um equívoco: em 2006, quando o Mtur informava que o Brasil alcançava 8 milhões de pessoas no turismo religioso, apenas o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida (SP), já recebia 8.005.000 peregrinos.
Na pesquisa de 2014, o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (SP) registrava 12.112.583 peregrinos; o Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), atingia 4.000.000; o Círio de Nazaré em Belém (PA) atingia 2.400.000 e o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento (SC), 840.000 peregrinos. É só fazer o cálculo e perceber que apenas quatro destinos do Turismo Religioso no Brasil ultrapassam as informações divulgadas pelo Mtur. Essa pesquisa fora realizada na época por Sidnésio e o jornalista Amadeu Castanho, da revista eletrônica Viagens de Fé.
“O que vem acontecendo para que o TR se desenvolva mais ainda é a falta de compreensão sobre o segmento, e também a falta de entendimento que o Turismo Religioso é um segmento do turismo, como qualquer outro segmento e precisa do mesmo cuidado profissional e técnico”, afirma Sidnésio.
Para Sidnésio Moura é bastante importante este espaço que a direção da BBC Eventos, através do seu CEO Breno Mesquita, disponibiliza para o Turismo Religioso. Vejo que se falamos de Turismo não podemos esquecer nenhum segmento turístico. O turismo religioso conforme informações do Ministério do Turismo no início do ano de 2024 está no ranking do quinto segmento mais procurado no Brasil. “Com isto, precisamos de uma atenção especial do mundo de negócios das agências e Operadoras de Turismo. Acredito que precisamos formar a todos sobre o TR, principalmente as lideranças religiosas independente de religiões, mas devemos estar inseridos também em eventos como a BTM para dizer que existimos, ao mesmo tempo também preparar e formar expositores, agências, operadoras de turismo e demais equipamentos turísticos sobre o TR”, analisa Sidnésio.
Com a realização do evento, ainda este mês, no Ceará, a Brazil Travel Market –cumpre sua missão de fomentar a integração do setor do turismo e a capacitação, se tornando cada vez mais um evento atraente e rico não apenas na capacidade e quantidade dos expositores, mas principalmente no conhecimento.
A Arquidiocese de Natal promoveu, na última quinta-feira (17), sua reunião mensal do clero no auditório do Hotel D’Beach Resort, em Ponta Negra. O encontro, voltado exclusivamente para padres e diáconos, teve uma programação voltada para reflexões litúrgicas e apresentações estratégicas.
A primeira parte do evento foi conduzida por Dom Matias Medeiros, monge beneditino, que orientou o clero em uma profunda reflexão sobre a liturgia, destacando a importância da renovação espiritual e pastoral nos ritos e celebrações.
Na segunda etapa, os missionários Ivanildo Silva e Caíque Albuquerque, representantes da Comunidade Obra de Maria, apresentaram oficialmente a nova gestão da Rádio Rural de Natal, assumida por eles em 3 de outubro. A dupla destacou uma proposta de parceria entre a rádio e as paróquias, visando reforçar a comunicação e a evangelização por meio da emissora. A nova proposta foi recebida com entusiasmo pelos participantes.
Além disso, todos os presentes receberam uma edição especial do Diário do RN, que trouxe um caderno comemorativo sobre o primeiro ano de pastoreio de Dom João Santos Cardoso à frente da Arquidiocese de Natal.
A direção da Rádio Rural ressaltou que está aberta a novas colaborações e projetos para expandir sua atuação na Arquidiocese e fortalecer a presença católica nas mídias locais. “Nossa missão é utilizar a rádio como um instrumento de fé, cultura informação e unidade, em sintonia com as paróquias e comunidades”, destacaram os missionários.
Com a receptividade positiva do clero, a expectativa é que outras parcerias sejam firmadas em breve, ampliando o alcance e o impacto da comunicação católica na região metropolitana de Natal.
O Ministério Público Federal deu um novo prazo para o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), se manifestar a respeito do destino de alguns presos considerados desaparecidos desde o ‘Massacre de Alcaçuz’, como ficou conhecida a sangrenta rebelião ocorrida em 14 de janeiro de 2017. Na ocasião, 27 detentos foram mortos em confrontos entre duas facções criminosas. Alguns foram esquartejados, decapitados ou tiveram os corpos carbonizados. Ao final da recontagem, apurou-se a falta de outros 27 internos. São estes que o MPF quer saber onde estão.
Inicialmente, o Estado teve dez dias para se pronunciar, o que não foi feito até o momento. Na semana passada, o procurador da República Fernando Rocha expediu um novo despacho, desta vez dando mais cinco dias de tolerância. Em caso de o silêncio permanecer, medidas judicias deverão ser adotadas. O procurador preferiu não revelar quais punições podem recair sobre o Estado. “Prefiro aguardar o novo prazo”, disse Fernando Rocha de Andrade.
Medidas adotadas Além de dar novo prazo para que o Estado se pronuncie, o despacho expedido pelo procurar Fernando Rocha também requer informações à Defensoria Pública da União (DPU), à Defensoria Pública do Estado (DPE/RN) e ao Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Abaixo, segue trecho do documento: “Considerando os graves eventos ocorridos no Presídio de Alcaçuz, no RN, conhecidos como a “Chacina de Alcaçuz”, e a necessidade de garantir a proteção dos direitos das vítimas e de seus familiares, determino:
Expeça-se ofício à Defensoria Pública da União (DPU) e à Defensoria Pública do Estado (DPE/RN), solicitando que informem, no prazo de 10 (dez) dias, se foram adotadas medidas judiciais ou extrajudiciais com o objetivo de reparar os danos causados às vítimas e a seus familiares. As informações prestadas devem incluir: a) a natureza das medidas adotadas; b) a fase processual em que se encontram, caso já estejam em curso ações judiciais; c) quaisquer outras providências cabíveis tomadas no âmbito da Defensoria para assegurar os direitos das vítimas.
Expeça-se ofício ao Movimento Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, solicitando que, no mesmo prazo de 10 (dez) dias, forneça um resumo das medidas já adotadas no âmbito das suas atribuições em relação ao caso de Alcaçuz, indicando as ações de monitoramento, investigação ou outras providências adotadas para garantir a proteção dos direitos humanos e a prevenção da tortura no contexto dos eventos ocorridos.
Recomendações No início do mês, o MPF divulgou uma recomendação cobrando da União, através do Ministério dos Direitos Humano e Cidadania, e também do Estado do Rio Grande do Norte, mais precisamente da Secretaria da Administração Penitenciária, que localizem os 27 detentos considerados oficialmente desaparecidos.
“Eu fiz toda análise de todos os processos que existem sobre esses fatos. Fui fazendo trabalho de formiguinha. Analisei no Ministério Público Estadual, na Polícia Civil, os processos da Justiça, as informações dos dados da SEAP. Precisei que colegas, servidores, fizessem uma análise, reanálise, para ter certeza que essas pessoas não desapareceram na ocasião da rebelião. Então, eu tinha que ligar o desaparecimento com o motim, com o problema que aconteceu em Alcaçuz.
Como não tinha muitos dados no sistema, na época, em 2017, tudo era muito bagunçado, muito desorganizado, a gente teve que fazer esse trabalho passo a passo. E até agora, o fato é que não tem explicação razoável do paradeiro dessas pessoas. Na data que aconteceu o fato em Alcaçuz, elas estavam lá. Dali em diante, não tem mais documento sobre elas. É isso”, explicou o procurar da República Fernando Rocha.
Além de cobrar o paradeiro dos detentos desaparecidos. O MPF ainda listou uma série de medidas preventivas e de otimização de buscas dos desaparecidos. São elas:
Criação de um plano de contingência para resposta imediata a rebeliões e outras crises no sistema prisional, incluindo a identificação e localização de detentos;
Implementação de um sistema de registro eficaz de todas as movimentações, saídas, entradas, transferências de alas, vivências ou unidades prisionais e, especialmente, os desaparecimentos de detentos, mediante, preferencialmente, meios digitais, capazes de garantir os registros atualizados de todas as movimentações;
Mobilizar equipes especializadas para realizar varreduras e buscas em banco de dados e ou dentro das dependências do presídio em situação de rebelião, com o objetivo precípuo de localizar os desaparecidos;
Implementação do uso de câmeras de segurança, drones e outras tecnologias de monitoramento para facilitar a localização de detentos em áreas potencialmente afetadas pela rebelião;
Investigações coordenadas com a polícia e órgãos de monitoramento de direitos humanos para descobrir o paradeiro dos desaparecidos, devendo, se necessário, incluir entrevistas com funcionários e detentos que possam fornecer informações;
Manter contato contínuo e transparente com os familiares dos detentos, informando sobre as ações que estão sendo tomadas e fornecendo atualizações constantes sobre a situação;
Utilizar depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e informações da comunidade local para obter pistas sobre o paradeiro dos desaparecidos;
Trabalhar em conjunto com outras instituições como a Defensoria Pública, Ministério Público e órgãos de segurança para otimizar a busca e investigação do paradeiro dos detentos ainda em situação de desaparecidos; Caso sejam encontrados restos mortais ou evidências de crimes, realizar testes de DNA e outros exames forenses em cooperação com a polícia técnica para identificar possíveis vítimas e dar um desfecho às famílias.
Sobre omissão, falhas, transparência e responsabilidade Após todas as diligências adotadas, caso não seja possível localizar os desaparecidos, o MPF ainda recomenda à União e ao Estado do RN que, juntos, solidariamente, se responsabilizem por indenizar as famílias, “reconhecendo a omissão ou falhas no controle e proteção dos detentos sob sua custódia”, além da “emissão de relatórios públicos detalhados sobre o andamento das investigações, os esforços de busca e as medidas adotadas, garantindo transparência e responsabilidade perante a sociedade”.
Ainda segundo o MPF, “o desaparecimento forçado de presos, sem investigação adequada, constitui uma violação grave dos direitos humanos, tipificada como crime de lesa-humanidade em contextos de conflito e opressão, o que impõe ao Brasil a responsabilidade de não apenas buscar os corpos ou o paradeiro dos presos desaparecidos, mas também de assegurar que os culpados sejam devidamente responsabilizados”.
E considera também que “o desaparecimento de presos sem a devida apuração vai de encontro às obrigações do Estado brasileiro no tocante ao direito à vida, integridade física e garantia de segurança das pessoas sob custódia do Estado, conforme previsto no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos) e na Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado (Decreto 8.767/2016), dos quais o Brasil é signatário”.
O que disse o Estado Em nota enviada à imprensa logo após o primeiro prazo e recomendações iniciais feitas pelo MPF, a SEAP deu a seguinte resposta: “No que tange às competências legais da pasta, analisa as providências demandadas pelo Ministério Público Federal com intuito de observar quais, entre elas, já foram atendidas e as eventuais pendências”.
A Secretaria também disse que o sistema hoje é muito diferente do sistema de 2017, que o Estado hoje tem o controle e tem a disciplina de todas as unidades prisionais. E que, no que compete à SEAP, há mais de 1.500 câmeras de vigilância, câmeras corporais, aparelhos de raio-x, detectores de metal, softwares que dizem onde cada preso está, cada cela, cada pavilhão, que todos os presos são submetidos a técnicas de classificação, e que se sabe da periculosidade, quais estão aptos ao estudo e ao trabalho, e que a investigação da Polícia Civil foi concluída em 2019, indiciando 84 pessoas pelas mortes ocorridas no massacre de Alcaçuz.
O Massacre de Alcaçuz O Massacre de Alcaçuz, como ficou conhecido o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu em janeiro de 2017. Durou quase duas semanas. Começou no dia 14, mas o Estado só conseguiu retomar o controle da penitenciária dia 27. Ao final, 27 presos foram mortos durante um confronto envolvendo duas facções criminosas: o PCC e o Sindicato do Crime do RN. Muitos dos corpos foram encontrados sem cabeça e com os membros esquartejados. Outros, totalmente carbonizados. Exames de DNA foram necessários para a identificação.
O inquérito que apurou a matança só foi concluído em 29 de novembro de 2019. Ao todo, 216 presos se envolveram no massacre. Destes, 74 foram indiciados pelos homicídios.
A decisão referente ao processo número 0600131-13.2024.6.20.0003 foi assinada pelo juiz da 3ª zona eleitoral, Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, neste domingo, 20 de outubro. O magistrado julgou procedente pedido da coligação “Bora Natal”, do candidato Paulinho Freire (UB), contra a coligação “Natal Merece Mais”, da candidata Natália Bonavides (PT), sobre publicação de notícias sem comprovação sobre o candidato adversário.
“Não tendo a referida postagem apresentado qualquer comprovação de sua alegação, resta de fato demonstrada a natureza difamatória da veiculação e, que o vídeo possui o potencial de induzir o eleitor a erro, afetando negativamente a imagem do candidato Paulinho Freire”, afirmou o juiz na decisão que concedeu, a partir da conclusão, o direito de resposta. Paulinho terá o direito de esclarecer a informação considerada inverídica pelo juízo eleitoral.
De acordo com o processo, a candidata adversária postou no Facebook e no Instagram informação de que Paulinho Freire se utilizou de práticas coronelistas, compra de voto, assédio eleitoral e de orquestrar uma estrutura de ataques na internet. A informação se tratava, ainda, da relação entre Paulinho Freire e o diretor da Agência Reguladora de Natal (Arsban), que cobrou voto de funcionários em Paulinho Freire e acabou exonerado do cargo. No pedido de resposta, a campanha de Paulinho alega que não há relação direta entre o funcionário de Álvaro Dias e o candidato.
A referida resposta deverá ser veiculada no perfil do Instagram de Natália Bonavides em até dois dias após a intimação. A resposta deverá ser impulsionada, em caráter público, e ficar disponível por prazo não inferior ao dobro em que esteve disponível a publicação, ou seja, a resposta deve ser veiculada por no mínimo seis dias. O que deverá alcançar o dia da eleição.
Justiça Eleitoral aplica multa de 10 mil reais a Natália Bonavides
Já nos processos de número 0600122-51.2024.6.20.0003 e 0600123-36.2024.6.20.0003, que foram julgados em conjunto por se tratar de assunto conexo, o mesmo juiz Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, 3ª Zona Eleitoral, aplicou a Natália Bonavides a multa de R$ 10 mil reais, por propaganda eleitoral irregular. O processo trata da mesma propaganda eleitoral de teor negativo, impulsionada no Facebook e no Instagram pela candidata. O impulsionamento é proibido pela legislação eleitoral.
“Relativamente à análise da postagem em comento, constituída por vídeo publicado na rede social da representada, denota-se que há, de fato, um conteúdo com alto teor negativo direcionado especialmente a atingir a candidatura adversária, notadamente pela associação deste grupo político com a prática de crimes”, afirma o magistrado na decisão.
Antes da sentença, uma liminar já havia determinado a remoção do impulsionamento referente à propaganda negativa.
Na postagem, Natália Bonavides faz referência a práticas coronelistas, compra de votos, assédio eleitoral e fake news que teriam sido praticadas pela campanha de Paulinho Freire. “Para além das práticas coronelistas que a gente viu brutalmente no primeiro turno, de compra de voto, de assédio eleitoral a trabalhadores especializados, a servidores da prefeitura, eu sabia que esse tema de uma estrutura pra, de forma orquestrada, me atacar, que ia acontecer agora. E dito e feito. Eu tô falando de crime. De fake news, de discurso de ódio e de violência política contra as mulheres”, diz trecho do vídeo.
Paulinho Freire deve pagar multa por propaganda em site sem registro
O candidato a prefeito de Natal, Paulinho Freire (UB), terá que pagar R$ 7 mil reais em multa por veicular propaganda eleitoral irregular, por meio de site sem registro na Justiça Eleitoral. A decisão, referente à Representação eleitoral número 0600132-95.2024.6.20.0003, é do juiz da 3ª zona eleitoral, Gustavo Marinho Nogueira Fernandes. O processo fora impetrado pela coligação “Natal Merece Mais”, da candidatura de Natália Bonavides.
Segundo a ação, o canal do Youtube de Paulinho Freire está em pleno funcionamento com efetiva publicação de conteúdos eleitorais, sem que o endereço eletrônico esteja cadastrado ou tenha sido informado perante a Justiça Eleitoral. Publicar propaganda em site não cadastrado é vetado pela legislação eleitoral. O Ministério Público emitiu parecer comprovando o funcionamento do site sem a prévia comunicação à justiça especializada.
“No caso em apreço, verifico não cuidar-se de postagem de conteúdo meramente, mas de ausência de registro nesta Justiça Especializada de endereço eletrônico utilizado para difusão de material de campanha e propaganda eleitoral. Ainda que regularizada a situação, a legislação acima não dispensa a aplicação da multa”, afirmou o juiz.
O senador Styvenson Valentim (Podemos) tem sido um dos principais cabos eleitorais de Paulinho Freire (UB), na campanha à Prefeitura de Natal. Segundo o parlamentar, que vem participando de caminhadas ao lado do colega de Congresso Nacional por toda a Natal, “o pensamento é positivo que Paulinho Freire vai ter sucesso” no próximo domingo, 27, dia do 2º turno da eleição. Em conversa com o Diário do RN, Styvenson destaca o que chama de “mesquinharia e picuinha política da esquerda”, que impedem de ajudar Natal e o Rio Grande do Norte. Por isso, para ele, a presença de Lula na capital, que aconteceu na última quarta-feira, 16, não deve influenciar os rumos da campanha.
“Não, Lula não mora em Natal, Lula não mora no Rio Grande do Norte. E esse papo de que ‘Lula lá e Fátima aqui’ a gente já viu o prejuízo que foi: nada acontecendo nos últimos dois anos. ‘Ah mas está tendo as estradas’. Dinheiro de empréstimo, não minta para ninguém não. A gente não viu o dinheiro dos ministérios chegando aqui no estado do Rio Grande do Norte. Até agora nada. Nada.
Só promessas velhas. Promessas antigas, que nem conseguem ser concretizadas”, afirma.
A análise que o senador faz sobre a campanha é pela possibilidade de conseguir “ajudar” Natal e o Rio Grande do Norte. “Eu tentei ajudar Fátima, mas a vaidade, a mesquinharia, as barreiras políticas que esse pessoal coloca, eu não tenho como transpor. Eu perco dinheiro público, que deveria estar sendo aplicado para o povo, por conta de picuinha política. Então não dá. Eu não quero isso para Natal”, defende. O Capitão Styvenson relembra os R$ 12 milhões que encaminhou para a reforma do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, ainda em 2020, e os valores para a escola estadual Professora Maria Ilca de Moura, em Natal, além de outros recursos que encaminhou. “Já vão bater palmas para cinco anos de idade que esse dinheiro está lá, se fosse uma criança já estava falando”, diz.
De acordo com o senador parceiro de Rogério Marinho (PL), a expectativa para a reta final é que as pessoas tenham a consciência do que ele narra.
“Nem adianta ficar ameaçando dizendo que vai acabar com o Bolsa Família. A conversa que eu estou ouvindo pelas ruas são as pessoas perguntando: ‘se Paulinho ganhar, vai acabar o bolsa família?’; aí é explorar demais a ignorância humana, é maldade o que estão fazendo. Não tem nem risco, pelo contrário, é programa de Governo Federal aprovado pelo Congresso, então só quem pode acabar é o Congresso Nacional, nem o presidente acaba mais. O pessoal da esquerda é baixo, joga sujo para caramba”, ressalta.
Styvenson afirma que nas ruas, em caminhada com Paulinho Freire, ou mesmo quando está sozinho, sente esse entendimento da população. Ele frisa ao Diário do RN que, como parlamentar que manda recursos para o Estado, não tem como dar continuidade a “uma coisa que deu errado, e de mandar dinheiro público para uma coisa que não está sendo eficiente”.
“Eu apoio Paulinho Freire, primeiro, porque e eu não vejo ele como impedimento, barreira política para mim, como eu já citei, o que é a barreira política da Fátima para que eu melhore serviços públicos. Então, se as pessoas enxergarem isso com certeza vão votar em Paulinho Freire”, acentua.
O senador avalia, ainda, a disputa judicial em torno da propaganda eleitoral, que vem sendo travada pelas duas campanhas adversárias neste segundo turno. Normal do jogo político, segundo ele, “o que é fake news para um é a verdade para o outro”. E complementa: “Por exemplo, que o PT defende criminosos, que são contra projeto de lei que aumenta a pena, que torna a vida de bandido mais difícil, isso eu vejo lá no Senado, isso não é fake news”.
Sem querer arriscar um número ou percentual aproximado de votos, Styvenson palpita no resultado final: “Se for arriscar quem ganha é Paulinho, tá louco? O povo de Natal não é burro não, pô, o povo do Rio Grande do Norte. Ele comete erros, como todo mundo comete, mas aprende com seus erros. Então, ninguém vai errar de novo, já aprendeu com a conversinha de 2022, então não tem mais como vir aplicar o mesmo golpe”, finaliza.
O vereador Milklei Leite (PV), candidato a vice-prefeito de Natal ao lado da candidata a prefeita Natália Bonavides (PT), admite que a execução das suas emendas impositivas, nos três últimos orçamentos de Natal, destinadas à Zona Norte, foram sim para eventos culturais e festividades.
Isto, apesar de ter apresentado emendas de outras ações, mas que não foram executadas por parte da Prefeitura, destaca ele.
O parlamentar entrou em contato com o Diário do RN para esclarecer conteúdo da reportagem “Todas as emendas de Milklei Leite para a Zona Norte foram para realização de festas”. O texto foi publicado na última quarta-feira, 21.
“Nosso mandato sempre atuou em diversas frentes, visando ao bem do povo de Natal, mas não tivemos um prefeito ao nosso lado. Enviamos a orientação para a aplicação da emenda, mas o prefeito executa como lhe convém”, explicou.
O vereador completou, ainda: “Tivemos emendas impositivas de outras ações também necessárias, como melhorias em UBSs, construção de academias da terceira idade, pavimentação de ruas, construção e reforma de quadras poliesportivas e manutenção e limpeza de lagoas de captação, bem como para o fomento da cultura, e apenas estas tiveram sucesso por meio da Funcarte”, diz, ao se referir à Fundação Cultural Capitania das Artes, entidade da Prefeitura.
Segundo Milklei, os eventos atenderam às comunidades e contribuíram para a economia circular, “gerando emprego, renda e lazer”. O parlamentar esclareceu que, diante da impossibilidade da execução para obras estruturantes, seu mandato remanejou emendas de outras ações para a área cultural, já que “somente a Funcarte executava”.
“Destaco que os eventos realizados pela Funcarte através de nossas emendas impositivas foram eventos que não existiam em Nossa Senhora da Apresentação e na zona Norte, como o Carnaval, o aniversário do bairro e festas religiosas. A zona Norte é uma região desassistida pela Prefeitura em muitos aspectos, sobretudo cultura e lazer”, finaliza.
Em 2022, Milklei conseguiu que 11 emendas fossem pagas; em 2023, o vereador teve 13 emendas pagas; já em 2024 foram pagas sete das emendas propostas pelo atual candidato a vice-prefeito.
Um exemplo foi o valor de R$ 50 mil para a contratação da banda Grafith, para o evento “Do Lixo ao Luxo”, em Brasília Teimosa, no dia 11 de outubro de 2023. Já outros R$ 110 mil em emendas impositivas foram destinadas à contratação da banda Bonde do Brasil, para apresentação no Pólo Redinha, no Carnaval de Natal, no dia 11 de fevereiro de 2024. As emendas foram classificadas no projeto “Apoio às festas tradicionais e os festejos populares do município de Natal”.
“Chegou o momento de sair dos bastidores e ir para a linha de frente”. É assim que define Tárcio de Eudiane (UNIÃO) a decisão de se candidatar ao cargo de vereador. Marido da deputada estadual Eudiane Macêdo (PV), ele coordenou as quatro campanhas vitoriosas da legisladora.
Agora, o gestor público diz que encara o desafio do primeiro mandato por ser “um representante legítimo das comunidades”.
Tárcio diz que o resultado obtido nas urnas foi o esperado, mas comemora a aceitação popular.
“Não foi surpresa. (…) Nós sabíamos que não seria fácil. Participamos de uma chapa muito forte, onde tinha nove vereadores já com mandato. Mas nosso trabalho não começou de agora. Meu esforço foi reconhecido nas urnas”, contou.
Ele explica que seu envolvimento com a política teve início há muitos anos, no interior do estado.
“Percorrendo cidades e participando de diversas campanhas. Sempre agindo nos bastidores”, disse. “Chegou o momento de sair dos bastidores e ir para a linha de frente. Por ser morador de comunidade, sei das dificuldades que a população enfrenta. Transporte precário, falta de vagas nas creches e unidades de saúde sucateadas. Sou um representante legítimo das comunidades, e isso me fez encarar o desafio”, completou Tárcio.
O vereador eleito afirma que a esposa terá “um parceiro fiel na câmara Municipal” a partir de 2025. “Juntos, vamos cobrar melhorias para a população, principalmente para a Zona Norte, que é muito precária de infraestrutura. Vamos lutar para o seu desenvolvimento”, disse.
Sobre suas principais bandeiras, ele garante que saúde e transporte público serão prioridades e diz que quer ficar sempre em diálogo com a população da capital. “Faremos um mandato transparente, com lisura. Sempre atento às necessidades da população. Seguiremos abertos ao diálogo com a comunidade, ouvindo suas demandas e preocupações. Vamos agir de forma ética e responsável”, declarou.
O festival Música Alimento da Alma (MADA), comemora 26 anos de sua criação na edição que acontece nesta sexta-feira e sábado, em Natal. O festival se destaca como uma plataforma vital para artistas locais e regionais e oferece a eles oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música nacional e internacional, enriquecendo a cena regional, como afirma Jomardo Jomas, fundador idealizador do evento: “O MADA serve como uma plataforma importante para artistas locais e regionais, que têm a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música. Isso ajuda a promover a diversidade cultural e a riqueza artística da região, ao mesmo tempo em que incentiva a produção cultural local”, diz Jomardo.
Com mais de 48% do público vindo de fora do estado, o festival atrai turistas de todas as regiões do país. Esse fluxo intenso de visitantes impacta a economia local e beneficia setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio. Além disso, a realização do evento gera empregos diretos e indiretos, especialmente na área de eventos, impactando positivamente técnicos, produtores e comerciantes locais.
O festival também desempenha um papel social, promovendo o acesso à cultura e oferecendo uma programação inclusiva e democrática. Eventos paralelos e ações culturais de formação e incentivo à música ajudam a engajar diferentes públicos, ampliando o alcance e os benefícios culturais para a população potiguar.
COMO SURGIU? O MADA começou ao mesmo tempo em que festivais emblemáticos como Abril Pro Rock e Goiânia Noise estavam ganhando destaque. A proposta inicial foi criar um espaço que desse visibilidade às bandas locais e regionais, conectando-as diretamente ao público. Desde o início, o festival se destacou pela pluralidade musical, mesclando estilos variados como rock, pop, música eletrônica e MPB.
Em sua história, o festival já teve sede em diferentes lugares, desde o bairro histórico da Ribeira, por onde ficou de 1998 a 2003, até a Arena do Imirá, na beira mar da Via Costeira, que foi palco de 2004 a 2011. Após isso, o evento passou pelo bairro das Rocas em 2012 e 2013, no Estádio Senador João Câmara, até chegar ao estádio de futebol Arena das Dunas, onde é realizado até os dias atuais.
Ao longo dos anos, o MADA expandiu sua programação e atraiu artistas renomados como Franz Ferdinand, Planet Hemp, Pitty e Emicida. Essa evolução colocou Natal no circuito dos principais festivais de música do Brasil, e consolidou sua reputação como um espaço para manifestação da diversidade.
O festival passou por alguns desafios, mas para Jomardo, a resiliência é um dos principais marcos dos 26 anos do festival: “Um dos principais marcos desses 26 anos de festival é a resiliência em manter a continuidade e relevância mesmo diante de desafios econômicos, culturais e, mais recentemente, da pandemia. O MADA atravessou crises e se reinventou, mantendo sua identidade como espaço de inovação e inclusão na música”, disse o idealizador.
Outro marco significativo na trajetória do MADA foi o pioneirismo na adaptação à era digital, com transmissões nas suas redes sociais e uma presença forte em todas as redes, ampliando seu alcance para novos públicos.
O festival acontecerá nesta sexta-feira (18) e sábado (19), na Casa de Apostas Arena das Dunas, em Natal. Os shows terão início às 19h e os ingressos custam a partir de R$ 130,00. A programação completa está disponível no perfil do instagram @festivalmada, onde também é possível encontrar outras recomendações sobre, por exemplo, documentos necessários e objetos que podem ou não entrar no estádio.
NOVOS ESPAÇOS Pelo segundo ano consecutivo, a Claro é a patrocinadora oficial do MADA, e esse ano terá um espaço dedicado ao Just Dance, onde o público do evento poderá dançar e se divertir ao som de músicas populares, hits de animes e K-pops. Os participantes terão a oportunidade de mostrar toda a sua energia e habilidades em coreografias, seja sozinho ou com amigos. E, para quem quiser já entrar no clima do Festival, a Claro preparou uma playlist exclusiva no aplicativo Claro música.
“Nós temos muito orgulho de estarmos presentes no Festival MADA, pois acreditamos que juntos podemos proporcionar experiências únicas, tornando o dia a dia de nossos clientes mais produtivo e divertido. A Claro tem o propósito de apoiar eventos de entretenimento, cultura e esportes, para conectar as pessoas ainda mais com a marca e serviços da operadora”, afirma André Peixoto, Diretor Regional da Claro.
PROGRAMAÇÃO
18 de outubro (sexta-feira) 19h15 – Gracinha 20h05 – Ana Frango Elétrico 21h15 – Mago de Tarso 22h15 – Xande Canta Caetano 23h25 – Pitty 00h50 – Duda Beat 02h – BK’ 03h – Badsista 04h – Ramemes 05h – Miss Tacacá
19 de outubro (sábado) 19h40 – Cami Santiz 20h30 – Ebony 21h30 – Duquesa 22h30 – Fresno 23h40 – BaianaSystem 01h – Djonga 02h – FBC 03h – Taj Ma House 04h – Omoloko 05h – DJ Geni
Setembro bateu um recorde no Rio Grande do Norte. Com 590 ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar, este foi o mês mais intenso no combate a incêndios no estado desde 2021.
Do total de chamadas atendidas, 428 foram referentes somente a queimadas.
Em comparação com setembro de 2023, quando foram registradas 403 ocorrências de combate a incêndios no estado, o aumento foi de 46%. Em 2022 foram contabilizadas 389 ocorrências (+ 51%). Já em 2021, foram 419 chamadas atendidas (+40,8%).
Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
No RN Ao longo do ano, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), o RN já acumula 1.871 ocorrências de combate a incêndio e/ou queimadas. No caso apenas de queimadas em vegetação, são 980 registros entre janeiro e setembro. O número é 15% maior que em 2023, quando foram contabilizadas 849 chamadas de combate a fogo em áreas de vegetação.
No Brasil Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década.
Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.
Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.
Aérea queimada no Brasil entre janeiro e setembro foi 150% maior que no ano passado Uma área comparável ao estado de Roraima foi queimada no Brasil entre janeiro e setembro de 2024. Foram 22,38 milhões de hectares – 13,4 milhões de hectares a mais que em 2023. O salto de um ano para o outro foi de 150%. Mais da metade (51%, ou 11,3 milhões de hectares) da área queimada nos nove primeiros meses deste ano fica na Amazônia. Os dados são do mais recente levantamento do Monitor do Fogo do MapBiomas, lançado dia 11 de outubro.
O MapBiomas é uma iniciativa do SEEG/OC (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima) e é produzido por uma rede colaborativa de co-criadores formado por ONGs, universidades e empresas de tecnologia organizados por biomas e temas transversais.
Aproximadamente três em cada quatro hectares queimados (73%) eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens plantadas se destacaram, com 4,6 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano.
Mais da metade da área queimada no Brasil (56%) fica em apenas três estados: Mato Grosso, Pará e Tocantins. Sozinho, o Mato Grosso responde por 25% do total: foram 5,5 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro. Pará e Tocantins ficaram em segundo e terceiro lugares, com 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares, respectivamente. Os municípios com maiores áreas queimadas foram São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS), com 1 milhão de hectares e 741 mil hectares.
“O período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo este ano, agravando ainda mais a crise dos incêndios na região – um reflexo da intensificação das mudanças climáticas, que acabam tendo papel crucial para a propagação de incêndios. Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais”, ressalta Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo.
Até o momento, setembro mantém-se como o pico das queimadas deste ano. Enquanto em agosto foram queimados 5,65 milhões de hectares, em setembro foram 10,65 milhões de hectares – um salto de 90% de um mês para o outro. Na comparação com setembro de 2023, o aumento é ainda maior: 181%, ou 6,8 milhões de hectares a mais queimados. A extensão queimada apenas em setembro corresponde a 47,6% de toda a área queimada no Brasil até esse mês em 2024.
Repetindo o padrão verificado nos primeiros nove meses deste ano, também em setembro três em cada quatro hectares queimados (75%) no Brasil foram de vegetação nativa – a maioria em formações florestais, que representam 30% da área queimada no mês. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens novamente se destacaram, correspondendo a 20% da área queimada em setembro de 2024.
A exemplo do total acumulado de janeiro até o mês passado, também em setembro os estados que mais queimaram foram Mato Grosso com 3,1 milhões de hectares, Pará com 2,9 milhões e Tocantins com 1,3 milhões de hectares.Os municípios de São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA) e Ourilândia do Norte (PA) foram os que apresentaram as maiores áreas queimadas: 786 mil, 365 mil e 318 mil hectares.
Mais da metade da área queimada em setembro fica na Amazônia
Um salto de 196% em relação a setembro do ano passado: é o que os 5,5 milhões de hectares queimados na Amazônia no mês passado representam. Trata-se de mais da metade (52%) do total queimado no período em todo o país. Metade do que foi queimado eram de formações florestais (2,8 milhões de hectares queimados). Outros 33% (1,8 milhão de hectares) eram de pastagem, que foi a classe de uso da antrópico mais queimada.
O Cerrado foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro, com 4,3 milhões de hectares queimados – quase metade dos 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo nos primeiros nove meses do ano e um aumento de 117% em relação ao mesmo período de 2023. É a maior área queimada em um mês de setembro nos últimos cinco anos, com 64% a mais que a média histórica para o período. A maior parte das áreas queimadas (88,3%) em setembro foi em vegetação nativa: foram 3,8 milhões de hectares, com destaque para formações savânicas (2,2 milhões de hectares) e campos alagados (1,1 milhão de hectares).
O que é uma queimada e o que fazer No site da Neoenergia, empresa operadora do sistema elétrico no Rio Grande do Norte, há uma série de informações, recomendações e orientações sobre o que é o que fazer em caso de queimadas ou incêndios florestais. Confira:
O que é uma queimada? Existem dois tipos de queimadas: as naturais e as antrópicas (ou artificiais).
Queimadas Naturais As queimadas são fenômenos naturais que geralmente ocorrem em áreas secas de clima árido ou semiárido. Por conta do vento e da baixa umidade, é comum que fagulhas surjam naturalmente, causando incêndios que podem chegar a grandes proporções.
Queimadas Antrópicas Há também as queimadas antrópicas, ou seja, iniciadas propositalmente por seres humanos, e possuem diversas finalidades, como limpeza da vegetação ou preparo do solo para agricultura ou pecuária. As queimadas antrópicas podem ser consideradas crimes e as leis ambientais proíbem que elas sejam feitas:
A menos de 15 metros dos limites da faixa de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.
* Numa faixa de 100 metros, ao redor da área de domínio de subestação de energia elétrica.
* Numa faixa de 50 metros, ao redor das áreas de unidades de conservação ambiental.
Numa faixa de 15 metros de cada lado de rodovias estaduais e federais e de ferrovias.
Toda queimada precisa ser autorizada pelo órgão ambiental dos municípios e/ou do estado.
O que é possível fazer para combater as queimadas? A melhor solução para evitar queimadas é a prevenção. Conscientizar a população pela cobrança intensa das instituições de controle e combate a queimadas ilegais é um dever de todos. Conversar com as crianças sobre os perigos que as brincadeiras com o fogo podem provocar também pode ser eficaz para evitar acidentes no futuro.
No dia-a-dia, evitar descartar bitucas de cigarros em áreas de vegetação seca.
Não queimar, nem jogar lixo próximo a plantações, matas ou canaviais, nem mesmo em áreas privadas, pois faíscas transportadas pelo vento podem gerar novos focos de incêndio.
Separar o lixo e esperar que seja recolhido, com o apoio do sistema de coleta municipal. Se não tiver coleta na região, procurar a prefeitura do município ou as associações comunitárias.
Evitar plantar próximo da rede elétrica. Dar prioridade à colheita mecanizada, quando possível. Fazer sempre a limpeza nas áreas de plantações/ pastagem, eliminando materiais de fácil combustão.
Fazer aceiro (faixas ao longo das cercas livres de vegetação da superfície do solo) com grade e/ou enxada para que o fogo não passe para outros locais. A técnica tem baixo custo e é muito eficaz.
Não fazer queimadas embaixo e nem próximo da rede elétrica. É crime fazer queimadas nessas áreas. Caso encontre focos de incêndio e queimadas, chamar as autoridades competentes, como o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 e a Polícia Militar pelo telefone 190. Em caso de denúncia de incêndios criminosos, ligar para o Ibama (Linha Verde): 0800 061 8080.
O diretor da Agência Reguladora de Natal (Arsban), Victor Diógenes, foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT/RN) por um servidor da Prefeitura de Natal por supostamente cometer assédio eleitoral em reunião com os servidores. O encontro teria acontecido no dia 9 de agosto, fora do horário de expediente, e já teria sido o segundo com o mesmo tom.
Após a denúncia, Victor Diógenes, que é cunhado do prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), foi exonerado do cargo.
Uma gravação foi enviada ao MPT com a fala de Victor Diógenes instruindo os servidores comissionados e terceirizados a pedir demissão dos cargos caso não votassem em Paulinho Freire, candidato à Prefeitura de Natal, apoiado pelo prefeito Álvaro Dias.
“Isso aqui não é assédio moral e nem assédio político, mas a gente tem que ter ciência do que está fazendo, porque, se alguém tiver um posicionamento diferente, já avise. Vai ter que colocar o cargo à disposição, porque, senão, vai sobrar para mim”, teria declarado Diógenes.
“Fato é que a minha permanência e a de vocês, que são terceirizados e comissionados da Prefeitura, vai depender da gestão e do local onde o atual gestor está e de quem ele vai apoiar”, complementou, conforme áudio divulgado pela CNN Brasil.
Há informações extraoficiais que o MPT abriu notícia de fato sobre a denúncia. A notícia de fato serve como ponto de partida para um procedimento de apuração. O MP avalia o potencial da notícia para ser transformada, ou não, em ação judicial.
Ainda segundo a imprensa nacional, o funcionário que gravou o áudio teria sido demitido por não concordar com o posicionamento da direção da agência. Além disso, os funcionários terceirizados e comissionados eram obrigados a participar dos eventos de campanha de Paulinho Freire, sob ameaça de perder o emprego.
O segundo mais jovem eleito para assumir uma das cadeiras da Câmara de Natal em 2025, Matheus Faustino (UNIÃO), tem 26 anos, ensino superior incompleto e é influenciador digital.
Filiado ao Movimento Brasil Livre (MBL), entidade suprapartidária liberal e conservadora; ele afirma nunca ter acreditado na política e nunca ter votado – além de em si próprio –, mas quer ser inspiração para que outras pessoas desejem fazer parte do que chama de “boa política”.
“Nunca acreditei na política, não me considero um político; sou um cara comum fazendo política.
As minhas experiências políticas foram nos três últimos anos. Faço parte do MBL e tive a oportunidade de estar junto com eles no escritório de São Paulo, nacional. Aprendi muito com os deputados Guto Zacarias (UNIÃO) e Kim Kataguiri (UNIÃO). Nunca me candidatei a nada, nunca votei na minha vida. A única eleição em que saí de casa para votar foi agora e votei em mim mesmo. É que nunca identifiquei algum candidato que me representasse de verdade”, conta Matheus.
Mesmo com a descrença, o influenciador digital foi levado aos caminhos da política, diante da insatisfação com a realidade da segurança pública na capital potiguar. “Eu decidi [me candidatar a vereador] quando eu sofri o 5º assalto a mão armada. Tinha acabado de comprar uma moto e fui assaltado junto com minha mãe. Depois desse dia, fiquei me sentindo um lixo, porque no momento em que está assaltando, o bandido coloca a arma na sua cabeça e ele está arbitrando se você vive ou não. Ali, não existe lei e não existe Estado”, afirma.
Os primeiros passo dados rumo a esse universo foram com estudos. Ele passou a consumir mais conteúdos sobre política há 3 anos. “Comecei a me revoltar e querer aprender mais sobre política, sobre filosofia, como se deu a história da política no mundo, e foi quando comecei a adentrar nesses assuntos mais filosóficos e políticos, em meados de 2021”, diz. Apesar do envolvimento que iniciou com a área e com membros do MBL, Matheus afirma não ter contado com políticos para a candidatura. Mesmo assim, ele diz que esperava ser eleito e conseguir mais votos do que verificado nas urnas.
“Não foi uma surpresa para mim [ser eleito]. Fiquei surpreso porque esperava mais votos, mas dadas as proporções e que é minha primeira eleição, fiquei muito satisfeito com meus 5.195 [votos]”, conta o influenciador digital.
Para Matheus, o sucesso no pleito se deve ao seu viés independente e ao fato de mostrá-lo nas redes sociais. “Essa postura independente ecoou na sociedade, que estava indignada com tudo que acontece aqui, com os problemas reais da nossa cidade, e, com isso, eu consegui amontoar muitos seguidores”, relata.
O que o jovem eleito espera para o mandato é conseguir ter seus principais projetos aprovados, os quais são voltados para a área de segurança e para a educação cidadã. “Meu projeto principal se chama Jovem Fiscalizador, que, basicamente, institui aulas extracurriculares nas escolas a nível de 8º e 9º ano, para que as crianças saiam sabendo exercer a cidadania. Tenho um outro que é o Parada Segura, e tenho o Seguro Anticorrupção, que cria um critério no primeiro processo de licitação para que a Prefeitura analise a possibilidade de contratar um seguro para se encarregar de que a obra que foi contratada pela Prefeitura seja finalizada”, afirma.
Além disso, Matheus deseja ser uma inspiração para que novas pessoas entrem na política e cita que uma das características pelas quais se diferencia dos demais eleitos para a Câmara Municipal é que dispensará “privilégios” recebidos pelos parlamentares.
“Minha expectativa é fazer, primeiro, um mandato pelo exemplo, e que isso sirva para que outras pessoas se inspirem em mim e venham a querer também se candidatar e fazer parte da boa política”, diz. “Vou abrir mão de carro oficial, motorista, auxílio combustível, convênio médico; e também vou doar o aumento de salário”, completa o jovem.
Com a presença de lideranças políticas nacionais e locais do PT, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou parte de seu espaço de fala na Escola de Governo do Estado do RN para se dirigir ao ex-governador e ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB). Sentado nas primeiras filas da plateia, durante agenda administrativa do chefe do Executivo Federal em Natal, Garibaldi acompanhava de perto os anúncios de obras e ações por ministros do Governo Federal de olho no filho, o vice-governador Walter Alves, que compunha o palco ao lado das demais autoridades.
Foi justamente o filho de Garibaldi o assunto do presidente Lula no palanque. Abrindo um parêntese na conversa sobre sua origem nordestina, Lula disse: “Eu poderia evocar a experiência do companheiro Garibaldi, que foi governador desse Estado, foi um político muito importante desse Estado. O Garibaldi sabe que ele já plantou um fruto e uma boa árvore produz bom fruto. E o filho dele é vice-governador e eu tenho certeza que vai seguir a mesma carreira vitoriosa do pai”, afirmou o presidente sob sorrisos de Garibaldi e dos demais.
Em conversa com o Diário do RN, nesta quinta-feira, 17, o ex-governador, ex-senador e pai de Waltinho, afirmou que ainda é cedo para afirmar que a fala do presidente significou o lançamento de Walter para daqui a dois anos. “Porém ficamos lisonjeados”, ressaltou.
“Eu creio que foi um vaticínio alvissareiro”, disse, apontando para uma profecia positiva.
“Mas, como dizem nós políticos, muita água vai correr debaixo da ponte. Vai depender de uma configuração de forças políticas, mas ele pode ser um nome a ser escolhido”, completou Garibaldi.
O vice-governador, que é também presidente estadual do MDB vem pavimentando caminho de expansão no partido. Na eleição do último domingo, dia 06, conseguiu eleger 45 prefeitos entre os 167 municípios do Estado. Walter é um dos nomes citados nos bastidores para suceder a Fátima Bezerra no Executivo Estadual em 2026.
Em conversa com o Diário do RN, publicada no dia 09 de outubro, o vice-governador esclarece que o crescimento do maior partido do RN dá ao MDB “uma perspectiva do partido de uma majoritária” daqui a dois anos.
“Naturalmente que o partido sai muito forte para o pleito de 2026. A partir de agora, vamos ouvir os nossos gestores, ouvir a base, para que lá em 2026 a gente possa ver quais são os projetos do nosso partido”, disse Walter.
Entretanto, afirmou que “ainda está cedo” para antecipar qualquer decisão, ou até o próprio nome na disputa. “A gente tem que ouvir os aliados e partidos que estão conosco e está muito distante, mas o retrato, o reflexo das urnas, foi muito importante para o MDB”, complementou.
O cenário possível para que Walter, do MDB, seja o nome do PT ao Governo do Estado em 2026, parte da possibilidade da governadora Fátima Bezerra, já em seu segundo mandato, renunciar ao cargo Executivo no prazo legal de seis meses antes da eleição geral, em abril de 26, para concorrer ao Senado Federal. Desta forma, Walter assumiria o cargo de governador, podendo concorrer à reeleição.
Nesta situação, entra a chance do PT indicar um nome à vice para a chapa sob a perspectiva de que o filho de Garibaldi não poderia concorrer a mais quatro anos em 2030.
Entretanto, há condicionantes neste cenário. Primeiro, os planos de Ezequiel Ferreira e seu PSDB, cuja parceria com o MDB, que perdura desde 2022, foi reafirmada nesta semana entre os dois dirigentes partidários e deve se estender aos objetivos para daqui a dois anos. Além disso, depende também da conjuntura da aliança entre o PT e o MDB no plano nacional.