José Luis Oreiro, economista da Universidade de Brasília, viu com ceticismo a nota de recuo divulgada por Jair Bolsonaro sobre os ataques ao STF no 7 de Setembro. Ele disse à Folha:
“Até quando vamos ter de acreditar nesses recuos? Ele já passou do ponto e depois recuou várias vezes (…).
Crise política sempre gera aumento da percepção da incerteza e afeta contratações de trabalhadores e investimento. Tudo que Bolsonaro não poderia ter feito era agitar as águas institucionais, mas também mostra que ele não tem preocupação com o Brasil e nem projeto para o país.”
José Luis Oreiro
*Com informações da Folha de São Paulo e o Antagonista.
Foto: Carlos Magno/Governo do Estado do Rio de Janeiro
Neste sábado (11), o Rio Grande do Norte foi um dos cinco estados a registrar falta de vacinas da AstraZeneca para a aplicação da segunda dose, segundo o Uol. Outros estados que também registraram o problema foram: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Há pouco tempo, a Fiocruz não recebeu as quantidades esperadas de novos lotes de IFA vindos da China para a produção das vacinas. Dessa forma, os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiram usar os imunizantes da Pfizer para completar o esquema vacinal.
Segundo a Fiocruz, a distribuição da vacina da AstraZeneca deverá ser normalizada entre a próxima terça e sexta-feira.
Nos atos de 7 de Setembro, chamou a atenção a enorme quantidade de cartazes com mensagens escritas em inglês. Várias dessas manifestações pregavam, entre outras coisas, a saída imediata dos onze ministros do STF e o uso das Forças Armadas.
Segundo a Crusoé, por trás da iniciativa, há uma tentativa do bolsonarismo de, a seu modo, ‘internacionalizar‘ o discurso para se colocar como uma força conservadora no continente capaz de sobreviver a uma eventual queda ou derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, seguindo os passos dos apoiadores de Donald Trump.
Um dia depois dos atos, “a rede social Gettr, abraçada pela extrema-direita americana, ganhou mais de 50 mil inscritos brasileiros, segundo seu criador, Jason Miller, ex-assessor de Trump.”
Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 712 mortes por Covid e 14.314 novos casos, neste sábado (11). Dessa forma, o número de vítimas fatais da doença no país, desde o início da pandemia, chegou a 586.558, e o total de casos aumentou para 20.989.164.
O documentário “Nem tudo se desfaz”, sobre a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República, terá estreia internacional em Washington. A sessão, marcada para novembro, será organizada por Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump.
Josias Teófilo, diretor do filme, declarou à Folha que Bannon sinalizou interesse em distribuir o filme nos EUA há três meses e que os detalhes da estreia foram acertados nesta semana. A versão internacional se chamará “The Brazilian Revolution”.
*Com informações da Folha de São Paulo e de O Antagonista.
Evento promovido pelo Governo do RN, em parceria com o Conselho Estadual da Juventude, visa a estimular o debate, reduzir desigualdades e pautar os direitos dos jovens potiguares
A construção de políticas públicas específicas para garantir a inserção e o protagonismo dos jovens na sociedade, sobretudo neste momento de vulnerabilidades impostas pela pandemia da Covid-19, é o objetivo da Semana Estadual da Juventude (SEJ), que chega em 2021 a sua quarta edição e será aberta nesta segunda-feira (13). Promovida pelo Governo do RN por meio da Secretaria Estadual das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH), numa articulação com o Conselho Estadual de Juventude (CEJUV), a programação segue até o dia 22 de setembro com atividades em sete municípios, além de momentos virtuais envolvendo todo o estado.
A SEJ 2021 terá como tema “O Poder da Juventude na Transformação do RN” e contará com mutirões de emissão de documentos, rodas de conversa, oficinas, audiências públicas, torneios e momentos culturais em Natal, Pau dos Ferros, Baraúna, Mossoró, Currais Novos, Parelhas e Lajes. De acordo com Gabriel Medeiros, subsecretário de Juventude da SEMJIDH, a mobilização, que conta com adesão das prefeituras, movimentos estudantis e outras entidades da sociedade civil organizada, também visa a estimular a criação e fortalecimento dos conselhos e planos municipais da Juventude.
“A Semana Estadual da Juventude é um marco anual para as nossas políticas de juventude no estado. É o momento de debater com a sociedade a realidade da juventude no estado, apresentar a política do nosso governo e realizar ações de promoção de políticas públicas de juventude em diversos territórios do estado. Depois de uma terceira edição completamente virtual, a quarta SEJ retoma as atividades presenciais com todos os cuidados sanitários e celebra o reencontro da juventude potiguar com a construção das PPJs”, disse Gabriel.
Promovida pela SEMJIDH, em parceria com o CEJUV, a Semana Estadual da Juventude também busca estimular a participação dos jovens no processo de decisão política, reduzindo desigualdades e garantindo acesso à educação, cidadania, cultura e ao mercado de trabalho. “A SEJ por si só já é a materialização de diversas políticas públicas que trazem os jovens para o verdadeiro protagonismo. E, nesse sentido, a programação inclui mutirões de emissão de documentos, oficinas de elaboração de projetos culturais, rodas de conversa sobre direitos humanos, economia solidária, ética, mercado de trabalho, ambiente virtual, igualdade racial, diversidade e outras pautas que fazem parte do universo jovem”, destacou a secretária da SEMJIDH, Júlia Arruda.
A SEJ 2021 será aberta nesta segunda-feira (13), às 14h, na Escola Estadual Raimundo Soares, em Natal, e segue até o dia 22.
Confira a programação completa:
SEGUNDA-FEIRA (13) 9h – Reunião Ordinária do Conselho Estadual da Juventude – CEJUV; Escola de Governo, Natal 14h – Abertura Oficial da IV Semana Estadual da Juventude; Escola Estadual Raimundo Soares – Natal
TERÇA-FEIRA (14) Casa da Cultura Popular Joaquim Correia – Praça da Matriz, 157 – Pau dos Ferros 9h – Mutirão de Emissão de Documentos e Entrega dos cheques do CredJovem/RN; 14h – Oficina de Elaboração de Projetos Culturais com Adler Barros, do Setor de Projetos da Fundação José Augusto; 16h – Roda de Conversa: Juventude e Direitos Humanos com o Conselho Estadual da Juventude.
QUARTA-FEIRA (15) Secretaria Municipal de Educação – Av. Jerônimo Rosado, Centro – Baraúna 9h – Mutirão de Emissão de Documentos; 14h – Oficina de Elaboração de Projetos Culturais com Adler Barros, no Setor de Projetos da Fundação José Augusto;
QUINTA-FEIRA (16) Escola de Artes – Av. Jerônimo Dix-Neuf Rosado, 34-46 – Bom Jardim, Mossoró – RN 9h – Roda de Conversa Juventude e Economia Solidária com Lidiane Freire, subcoordenadora de Economia Solidária do Governo do RN; 9h – Mutirão de Emissão de ID Jovem; 13h – Visita a Escola que irá receber o Programa Jovem Potiguar;
SEXTA-FEIRA (17) (atividades virtuais) 9h – Roda de Conversa Sobre Ética, Cidadania e Direitos Humanos no Mundo do Trabalho com Joseane Bezerra, secretária Adjunta do Trabalho e Anna Waleska, Professora da UNI-RN. 14h – Roda de Conversa Juventude Negra e Igualdade Racial com Lia Araújo, presidenta do Conselho Estadual da Juventude, Giselma Omille, coordenadora Estadual da Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ivênio Hermes, coordenador de Informações, Estatísticas e Análise Criminal – COINE, Pedro Gorki, vereador de Natal e Brisa Brach, vereadora de Natal.
SÁBADO (18) E DOMINGO (19) (atividade virtual) 9h – 2º Torneio de E-Sport da SEJUV
SEGUNDA-FEIRA (20) Praça Cristo Rei – Currais Novos 9h – Mutirão de Emissão de Documentos; 14h – Roda de Conversas sobre Políticas Públicas para a População LGBTI+ com Janaina Lima, coordenadora de Diversidade Sexual do Governo do RN e Luzitercio Albuquerque, coordenador da Casa dos Conselhos de Currais Novos; 16h – Roda de Conversas sobre Políticas Públicas para a Juventude com Mattson Ranier, vereador de Currais Novos e Fernando Ferreira, conselheiro Estadual da Juventude.
TERÇA-FEIRA (21) 9h – Audiência Pública de Juventude e Entrega dos Cheques do CredJovem/RN, Câmara Municipal de Parelhas – Praça Arnaldo Bezerra, Centro, Parelhas – RN; 13h – Audiência com a Prefeitura Municipal de Parelhas; 14h – Roda de Conversa: O Esporte Como instrumento de Inclusão e Transformação Social com Matheus Jancy, doutorando em Educação Física e Membro da Academia Paralímpica Brasileira, com participação pela plataforma ZOOM.
QUARTA-FEIRA (22) 9h – Audiência com a Prefeitura Municipal de Lajes; 14h – #ConversaSegura: Um Bate-Papo Sobre Privacidade, Criptografia e Reputação Online com Yuri Lima, embaixador do Programa Cidadão Digital pelo Rio Grande do Norte.Agente de Inovação Jurídica ÍRIS Lab Gov e Gustavo Barreto, embaixador do Programa Cidadão Digital de Pernambuco e membro da Organização Seja a Mudança, com participação pela plataforma Zoom.
Depois de vinte anos dos atentados de 11 de setembro, a Al Qaeda continua a ser vista pelo Pentágono como uma ameaça e tem mostrado influência junto ao Talibã no Afeganistão.
Segundo a Crusoé:
“Caso a Al Qaeda consiga operar em um território amplo e com impunidade, assim como fez no primeiro governo do Talibã, entre 1996 e 2001, especialistas não têm dúvida de que o grupo passará a planejar ataques no exterior, reiniciando o ciclo do terror.”
O ministro Luís Roberto Barroso comentou, por meio do seu perfil no Twitter, neste sábado (11), os 20 anos dos atentados terroristas de 11 de setembro e declarou que não se alcança a democracia “com tropas, mísseis e tanques”.
“20 anos dos atentados de 11/9, triste momento da história recente”, pontuou.
“Duas lições: 1. O terror, como a violência em geral, nada constrói. 2. Não se leva Iluminismo e democracia a nenhum lugar do mundo com tropas, mísseis e tanques. Educação, cultura e justiça são as armas certas.”
20 anos dos atentados de 11/9, triste momento da história recente. Duas lições: 1. O terror, como a violência em geral, nada constrói. 2. Não se leva Iluminismo e democracia a nenhum lugar do mundo com tropas, mísseis e tanques. Educação, cultura e justiça são as armas certas.
A Pfizer Brasil entrega ao Ministério da Saúde, entre os dias 8 e 12 de setembro, 8,97 milhões de doses da vacina ComiRNAty, contra a covid-19, produzida em parceria com a BioNTech. Sete voos que sairão do Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos (EUA), com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
A previsão é que a Pfizer envie 200 milhões de doses do imunizante ao país até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O contrato fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março prevê a entrega de 100 milhões até o fim de setembro.
Já o segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de mais 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. As doses do imunizante que estão chegando ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos EUA, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, em Purrs, na Bélgica.
Após chegarem no Aeroporto Internacional de Viracopos, as vacinas seguem para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos, e depois são enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.
De acordo com o fabricante, já foram enviados mais de 1,2 bilhão de doses da vacina para mais de 120 países, incluindo o Brasil. A Pfizer apresenta uma taxa de sucesso de 99,9% em enviar lotes da vacina ao seu destino, dentro de todos os parâmetros pré-estabelecidos. Com base nas projeções atuais, a Pfizer e a BioNTech estimam que podem fabricar até 3 bilhões de doses da vacina no total, até o fim de 2021. Para 2022, a produção estimada é de 4 bilhões de doses.
Neste sábado (11), a média móvel de mortes diárias provocadas pela Covid-19 no Brasil subiu, atingindo a taxa de 456,57, pouco acima da registrada na sexta (10), quando marcou 543.
Em comparação com a taxa verificada há duas semanas, houve retração de 33,1%. É o 20º dia seguido em que a tendência de redução das mortes é mantida e o 4º em que o indicador fica abaixo de 500.
Somente nas últimas 24 horas, foram notificados 712 óbitos e 14.314 novos infectados em todo o país. Os dados constam no mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Ao todo, o Brasil já perdeu 586.558 vidas para a doença e computou 20.989.164 casos de contaminação.
O senador pelo Rio Grande do Norte Jean Paul Prates (PT) afirmou neste sábado (11) que a Medida Provisória 1068/21, apelidada de MP das Fake News, “foi publicada um dia antes das manifestações de caráter golpista de 7/9 para proteger os apoiadores do governo que disseminam fake news”. De acordo com o parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “mente e protege os mentirosos”.
O novo ato normativo dificulta que sejam removidas das redes sociais postagens com notícias falsas e discurso de ódio, além da exclusão definitiva de contas. Segundo o projeto, as plataformas deverão notificar o autor da publicação a ser apagada e garantir ampla defesa.
“Esperamos que o Presidente Rodrigo Pacheco devolva essa MP, como pediram líderes partidários e a OAB. Ela é uma afronta à verdade e à transparência!”, declarou Jean.
Em visita a uma feira do agronegócio no Rio Grande do Sul neste sábado (11), presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar que uma nova interpretação em torno das demarcações das terras indígenas no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF) vai representar o fim do agronegócio.
A corte discute há semanas a repercussão da tese do marco temporal, uma interpretação defendida por ruralistas e grupos interessados na exploração econômica das terras indígenas que restringe os direitos constitucionais dos povos originários. De acordo com a tese, essas populações só teriam direito a terra se estivessem sob sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
“Nós temos um problema pela frente que tem que ser resolvido: o Supremo volta a discutir uma data diferente daquela fixada há pouco tempo, conhecida como marco temporal. Se a proposta do ministro Fachin vingar, será proposta a demarcação de novas áreas indígenas que equivalem a uma região Sudeste toda. Ou seja, o fim do agronegócio. Simplesmente isso, nada mais do que isso”, disse Bolsonaro.
A fala ocorreu em almoço na casa da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), dentro do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), região metropolitana de Porto Alegre, onde Bolsonaro fez uma visita à feira 44ª Expointer. As declarações foram transmitidas pela TV Brasil.
Lideranças de povos indígenas de todo o país estão acampados em Brasília há semanas para acompanhar o debate e protestar contra a tese do marco temporal e o garimpo ilegal. Esta semana, a análise pela Suprema Corte foi novamente adiada.
O governo federal é favorável à tese do marco temporal. O presidente Jair Bolsonaro já disse em outras ocasiões que se o Supremo mudar a interpretação, a agricultura brasileira será inviabilizada.
No discurso, após receber a Medalha Mérito Farroupilha, maior honraria da Assembleia Legislativa gaúcha, Bolsonaro ainda elogiou o agronegócio e um dos presidentes da ditadura.
“O agronegócio vai bem. Começou lá atrás com nosso presidente Emílio Garrastazu Médici quando ele colocou na agricultura Alisson Paulinelli e a revolução começou por lá e logo depois fizemos então invasão do centro-oeste. Centro-Oeste hoje que é uma marca na produção rural do nosso país.”
“O trabalho do nosso governo, em primeiro lugar, é não atrapalhar. É um governo que não cria dificuldade para vender facilidade. Deixamos o campo completamente livre, escolhemos uma excepcional pessoa para estar à frente do Ministério da Agricultura”, prosseguiu.
Na primeira viagem realizada depois dos discursos de 7 de Setembro e da nota em que recuou dos ataques, Bolsonaro evitou ataques diretos ao STF e defendeu que todos os poderes devem ser respeitados.
“Não é hora de dizer se esse ou aquele Poder saiu vitorioso, a vitória tem que ser do povo brasileiro, tem que ser de vocês, porque assim nós podemos viver em harmonia e sonharmos com um Brasil realmente bem melhor do que aquele que nós recebemos em janeiro de 2019.”
Entenda o marco temporal
Em 2013, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) acolheu a tese do marco temporal ao conceder ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (antiga Fundação de Amparo Tecnológico ao Meio Ambiente – Fatma) reintegração de posse de uma área que está em parte da Reserva Biológica do Sassafrás, onde fica a Terra Indígena Ibirama LaKlãnõ. Lá, vivem os povos xokleng, guarani e kaingang.
Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão tomada neste caso servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios. A pauta é considerada o julgamento do século para os povos indígenas.
O STF julga um recurso da Fundação Nacional do Índio (Funai) que questiona a decisão do TRF-4.
O caso começou a ser julgado no dia 11 de junho, mas foi interrompido quando o ministro Alexandre de Moraes pediu vista. O relator, ministro Edson Fachin, proferiu nesta semana seu voto contrário à demarcação do marco temporal.
Segundo Fachin, “a proteção constitucional aos direitos originários sobre as terras que (os indígenas) tradicionalmente ocupam independe da existência de um marco temporal em 05 de outubro de 1988 (data da promulgação da Constituição) porquanto não há fundamento no estabelecimento de qualquer marco temporal”.
A discussão deve seguir na corte na próxima quarta-feira (15/9), com a continuação do voto do segundo ministro a se manifestar, Kassio Nunes Marques.
A secretária de Saúde de Parnamirim, Terezinha Rêgo, acusada em entrevistas pelo ex-coordenador de Saúde Bucal Sebastião Geovani Terto de Holanda, conhecido como Dr. César Holanda, de tê-lo agredido fisicamente, afirmou que chegou a “entrar em uma briga para evitar briga física” entre o dentista e um funcionário da pasta. De acordo com a gestora, quatro servidores relatam terem sido vítimas de agressões do profissional de saúde.
A titular do órgão disse que Dr. Holanda sofre de transtorno mental e está passando por uma crise. “Esse senhor está bastante doente, sofre de transtorno mental. Infelizmente, não se trata”. Quanto ao relato de que uma “empresa de material de construção ia ganhar a licitação para fazer manutenção em equipamentos odontológicos” e que o suposto ato ilícito foi evitado pelo dentista, Terezinha Rêgo declarou que a companhia foi “desclassificada pelo próprio pregoeiro”.
Ao ser questionada se nega ter havido agressão física e sobre ter algum parente contratado na Secretaria de Saúde, a gestora respondeu que se pronunciará oficialmente através de carta. “Não vou me trocar com um desequilibrado mental, até porque está em momento de crise”, disse.
A secretária relatou que, diante de “agressões em meios de comunicação” realizadas pelo ex-coordenador, ela iniciará um processo judicial. “Segunda entraremos na Justiça. Até então, não fizemos por entender que se trata de uma pessoa com problemas de saúde mental, porém, extrapola os limites”, revelou.
Neste sábado (11), a deputada estadual Isolda Dantas (PT), mais uma vez, comentou sobre as posturas incoerentes adotadas pelo presidente Bolsonaro (sem partido). Desta vez, ela disse: “o Brasil atinge a marca de 19,3 milhões de pessoas passando fome e Bolsonaro vem dizer que o descontrole na inflação é culpa do povo que tá comendo demais. Incompetente e desrespeitoso. O sonho de muitos brasileiros hoje é ter o que comer, quem dirá comer demais”.
O Brasil atinge a marca de 19,3 milhões de pessoas passando fome e Bolsonaro vem dizer que o descontrole na inflação é culpa do povo que tá comendo demais. Incompetente e desrespeitoso. O sonho de muitos brasileiros hoje é ter o que comer, quem dirá comer demais. #ForaBolsonaro
Ao falar sobre o aumento da inflação no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que um dos motivos é o consumo de alimentos pelos brasileiros, que, segundo ele, cresceu. “Se você olhar seu peso ano passado, e agora, vai ver. Essa é uma realidade”, disse.
“Não vou negar que aumentou a inflação no Brasil. Foi no mundo todo. O mundo cresceu em média mais 60 milhões de habitantes por ano, começou a consumir mais”, justificou o presidente.
Segundo Bolsonaro, “muitos brasileiros passam fome, mas a média dos que começaram a comer mais foi bem maior”.
Ele voltou a culpar os governadores e prefeitos pela crise na economia. “Vocês sofreram com a pandemia, além de morte, vocês viram prefeitos e governadores fechando tudo, prendendo mulheres, algemando banhistas, jogando no chão o trabalhador que estava vendendo água. Muitos informais, que trabalhavam de manhã para comer à noite, ameaçados a morrer de fome”.
As declarações foram dadas durante a live semanal, na última quinta-feira (9). Na ocasião, o presidente também fez um apelo para que os brasileiros economizem energia.
Chico Buarque entrou na Justiça contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), segundo o G1. O cantor e militante petista acusa o tucano de ter usado, sem autorização, seu nome e imagem em um vídeo divulgado nas redes sociais.
A defesa de Chico Buarque solicita a imediata retirada do material da internet e o valor de 40 salários mínimos como indenização.
“Como o vídeo está circulando, a gente tinha que tomar uma providência imediata. Isso espalha como rastilho de pólvora”, disse o advogado do cantor.
O vídeo foi feito por ocasião do 7 de Setembro. Na gravação, Leite diz, entre outras coisas, que o Brasil “precisa voltar para o centro” e critica a política do “nós contra eles”.
“Basta ver em Chico Buarque e Sérgio Reis duas belezas musicais, e não só duas escolhas políticas. Basta lembrar que nós, assim como eles, somos todos brasileiros”, diz o governador.
Neste sábado (11), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) comentou a entrevista do ministro Gilmar Mendes para a Folha. O decano do STF disse que é preciso acreditar na “boa-fé” de Jair Bolsonaro depois que o presidente divulgou a nota de recuo em seus ataques a Alexandre de Moraes.
“O difícil é acreditar na boa-fé do Gilmar Mendes”, afirmou o senador no Twitter.
Articulada por Michel Temer, a nota de recuo deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
O MBL divulgou no Twitter a lista das manifestações deste domingo (12) contra o presidente Jair Bolsonaro. Convocados por movimentos ligados ao centro e à direita —como MBL, Vem Pra Rua e Livres—, os atos devem contar ainda com a presença de ao menos três presidenciáveis. Partidos de esquerda também confirmaram presença. O grande ausente continua sendo o PT.
Posicionamento do PT/RN:
Nota do PT/RN sobre o ato do dia 12/09
O Diretório Estadual do PT/RN reunido virtualmente no dia 11/09, deliberou que o partido não convocou e não participará dos atos convocados para o dia 12/09 por alguns movimentos de direita. Reafirmamos a construção coletiva, ao lado de movimentos sociais, sindicatos, frentes e partidos de esquerda, na luta pela democracia, pelo impeachment de Bolsonaro, da pauta em defesa da classe trabalhadora e reconstrução do Brasil.
Nesse sentido, o partido assinou e protocolou diversos pedidos de impeachment no Congresso Nacional, convocando sua militância para atos e mobilizações com esse objetivo. Saudamos a todos os setores que venham a fortalecer esse processo, mesmo aqueles que tenham responsabilidade pelo momento atual em que vivemos, ao ter participação no golpe contra a presidenta Dilma em 2016 e mesmo ter apoiado Bolsonaro em 2018.
Os atos deste domingo, dia 12/09, não pedem o impeachment imediato de Bolsonaro, e, sem o menor pudor, ainda atacam o presidente Lula. São, em verdade, uma tentativa de viabilizar uma alternativa de direita à crise atual.
Sendo assim, compreendemos a necessidade de superar Bolsonaro, mas também poder estancar o conjunto de ataques aos direitos, ao patrimônio público e soberania nacional ocorridos nos últimos cinco anos, retomar o desenvolvimento do país, a distribuição de renda, combate à fome e a valorização do serviço público.
Convocamos toda a militância petista e simpatizantes a empenhar suas melhores energias na construção e mobilização para o ato do dia 02/10, convocado coletivamente pelas Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Movimentos Estudantis, pelo PT, demais partidos de esquerda e movimentos sociais.
Nesta segunda-feira (13), um dos projetos mais emblemáticos para o setor turístico da cidade, o Complexo Turístico da Redinha, na zona Norte, dará mais um passo para a sua concretização. Neste dia, serão abertas as propostas de empresas de todo o Brasil, interessadas nos lotes de serviços para o complexo e o seu entorno.
De acordo com o prefeito Álvaro Dias, a administração municipal planeja iniciar as obras o mais rápido possível assim que sair o resultado das empresas vencedoras. “É um projeto de grande envergadura, orçado em R$ 25 milhões, numa parceria entre a Prefeitura do Natal e o Governo Federal (Ministério do Turismo). Pretendemos iniciar os serviços já nos próximos 40 dias e transformar, de vez, aquele setor de nossa cidade, dando pujança econômica para todo o segmento turístico que trabalhará no complexo e no seu entorno”, ressaltou o prefeito.
A obra do Complexo Turístico da Redinha englobará a reformulação completa do mercado, criação de novos acessos ao local, abertura de nova rua ligando a ponte Newton Navarro ao mercado; construção de deck para passeio, recuperação do quebra-mar e instalação de nova iluminação na área. “Além disso, iremos promover novos 29 boxes e seis restaurantes na obra final do Complexo Turístico”, ressaltou o secretário Municipal de Obras Públicas, Carlson Gomes.
Previsão
As obras têm previsão de conclusão para 18 meses. “Se tudo correr bem na segunda e iniciarmos os lotes, temos uma estimativa de finalizar tudo dentro desse prazo. Mas acredito que pode sair até antes disso”, finalizou o secretário Carlson Gomes, da Semov.
O preço do litro da gasolina no país subiu 2,02% em agosto na comparação com julho, chegando a um valor médio de R$ 6,157. Foram um ano e três meses de altas consecutivas, com um acumulado de 53,54% desde maio do ano passado, dois meses após o começo da pandemia, quando o preço médio era de R$ 4,01.
As informações constam em levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Os dados foram por meio do registro das transações realizadas entre os dias 1º e 29 de agosto com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados.
Em agosto, Amapá (6,65%) e Distrito Federal (6,43%) registraram as maiores altas. Apenas o Rio Grande do Norte apresentou queda no valor do combustível no período (-1,43%).
Entre as capitais, o valor médio do combustível foi de R$ 6,111. Rio de Janeiro (R$ 6,52) e Brasília (R$ 6,379) foram as que apresentaram maiores preços em agosto. Já os menores valores médios foram encontrados em Curitiba (R$ 5,658) e São Paulo (R$ 5,692).
Etanol
O preço médio do etanol no mês de agosto foi de R$ 4,499. Apesar da sequência de altas da gasolina, o combustível ainda segue sendo o mais vantajoso para se abastecer. O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.
Em primeira aparição pública após manifestação do 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, neste sábado (11), que não é fácil ser mandatário da República:
“A vida de presidente não é fácil, se alguém quiser trocar comigo, troco agora”.
Jair Bolsonaro
A fala foi proferida em Esteio (RS), onde Bolsonaro visitou a feira agropecuária Expointer e recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
“A vida de presidente não é fácil, se alguém quiser trocar comigo, troco agora”, diz @jairbolsonaro.
Ele também falou sobre o 7 de setembro: “muitos poderiam achar que foi um momento de glória para mim. Quero dizer, não o contrário, mas um pouco diferente disso”. pic.twitter.com/ZVp4A5uqxv
No último 7 de Setembro, Bolsonaro participou de atos pró-governo em Brasília e em São Paulo, quando voltou a ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a atacar o sistema eleitoral de urnas eletrônicas.
As declarações e as bandeiras levantadas por apoiadores em tons golpistas causaram forte reação entre autoridades e levaram Bolsonaro a recuar. Na quinta-feira (9/9), ele apresentou uma Declaração à Nação na qual disse que às vezes fala “no calor do momento” e que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.
Neste sábado, Bolsonaro, que mobilizou seus simpatizantes para os atos do dia 7/9, voltou a dizer que foi mais um na multidão nas manifestações. “Tive a oportunidade de usar a palavra por duas vezes e senti o calor da nossa população, senti os reais motivos pelos quais esse povo foi às ruas”. “Em primeiro lugar, foi pra realmente dizer que não aceita retrocesso. O povo quer respeito a Constituição por parte de todos. E acima de tudo, eles sabem que não podem deixar de lado sempre a defesa e a luta pela nossa liberdade, o bem maior que um país pode ter”, prosseguiu.
Acompanham o presidente na agenda no Rio Grande do Sul: os ministros Gilson Machado (Turismo), Tereza Cristina (Agricultura), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previência), além de parlamentares da região.
O presidente deve regressar a Brasília no fim da tarde deste sábado, segundo agenda oficial.