Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A participação média da Petrobras no valor do litro da gasolina, que bate os R$ 7 em algumas cidades do país, é de aproximadamente R$ 2. A informação foi divulgadas nesta segunda-feira (27), no Rio de Janeiro, pelo presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna.
Ainda segundo o gestor, o valor da parte da companhia no litro do diesel é de R$ 2,49 e, no preço do botijão de 13 kg do gás de cozinha, é de R$ 46,90.
De acordo com Silva e Luna, há diversos fatores que, juntos, impactam diretamente o Brasil: crise da pandemia de covid-19, e uma elevada alta nas commodities e período de baixa afluência hídrica com impacto na energia.
“A Petrobras recebe cerca de R$ 2 por litro [de gasolina] na bomba. Essa parcela, que corresponde à Petrobras, se destina a cobrir o custo de exploração, de produção e refino do óleo, investimentos permanentes, juros da dívida, impostos e participações governamentais”, explicou.
A estatal informou que do total do preço do litro da gasolina, apenas 34% são referentes à Petrobras. Os 66% restantes são formados por outros componentes de custo, como impostos e margem de lucro das empresas.
Já quanto ao diesel, a parcela da empresa fica em 52%, e os outros 48% são relativos aos demais fatores de mercado. No preço do botijão de gás GLP de 13 kg, a Petrobras fica com 48% do valor, e os outros 52% ficam por conta das empresas de envase, distribuição e revenda e dos impostos estaduais.
Questionado sobre como a Petrobras poderia contribuir para reduzir os preços dos combustíveis e do GLP, Silva e Luna disse que esses debates cabem ao Ministério de Minas e Energia, ao Ministério da Economia e à Casa Civil. O presidente da petrolífera ainda reiterou que não há mudança na política de preços da companhia. “Continuamos trabalhando da forma como sempre, declarou.
*Com informações da Agência Brasil