
O deputado Julian Lemos, responsável por conduzir o ex-juiz e candidato a Presidência Sérgio Moro, durante sua visita à Paraíba, se livrou do terceiro processo por violência doméstica. O caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba em setembro. Movidos pela ex-mulher e irmã do parlamentar, os três processos tiveram o mesmo desfecho: após a denúncia, as supostas vítimas recuaram e retiraram as queixas.
Segundo a denúncia da irmã, Kamila Lemos, a agressão ocorreu no início da noite de 27 janeiro de 2016, em sua casa. No ano seguinte, contudo, Kamila voltou atrás e afirmou à Justiça que não tinha mais interesse em manter a acusação.
Ex-mulher de Julian Lemos, Ravena Coura denunciou ter sofrido violência doméstica duas vezes, em 2013 e 2016, como mostraram os repórteres Ranier Bragon e Camila Mattoso. Na primeira vez, o deputado foi preso em flagrante. “Você não passa de hoje”, teria dito Julian à ex-companheira. Depois, Ravena informou ao juiz que havia desistido do processo.
Julian Lemos já teve outros problemas com a Justiça: foi condenado por estelionato em 2011. O caso deixou de tramitar porque prescreveu.
Lemos é filiado ao PSL, que se tornará o União Brasil com a fusão ao DEM. Em 2018, foi eleito na onda bolsonarista depois de ter chefiado a campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste. Hoje, ataca os Bolsonaro sempre que pode.
Um dos eventos promovidos por Julian durante a estadia de Moro na Paraíba, foi sua festa de aniversário. Na ocasião, o ex-juiz discursou agradecendo a oportunidade recebida e desejou que ele e o deputado “sejam grandes amigos. “Queria, meu irmão, te agradecer pela oportunidade. Espero que sejamos grandes amigos”.
No Twitter, Moro agradeceu ao deputado pela recepção durante sua estadia na Paraíba.