
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o transporte de armas e munições por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) na véspera, dia das eleições e dia seguinte ao pleito deste fim de semana. Conforme a Corte, quem for flagrado descumprindo a determinação, será preso em flagrante por porte ilegal de arma. O objetivo é evitar casos de violência nos dias das eleições, diante do cenário de polarização política e acirramento entre adversários.
Segundo o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, “no dia anterior e posterior ao pleito, não se justifica essa verdadeira licença para que pessoas possam transportar armas de grosso calibre”. A decisão tomada nesta quinta-feira altera uma resolução de 2021 do próprio TSE, que trata sobre os atos gerais do processo para as Eleições 2022. Nas últimas semanas, foi feita uma série de reuniões com autoridades da área de segurança pública para tratar o tema.
No Rio Grande do Norte, a proteção da população será garantida por um efetivo de 7,8 mil agentes de segurança públicas das forças estaduais, conforme o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/RN), desembargador Cornélio Alves. Ele afirmou que serão 6,3 mil homens e mulheres a mais atuando no policiamento nas proximidades dos 1.514 locais de votação e áreas onde houver chamados, nos 167 municípios potiguares.
“O efetivo será distribuído entre as cidades do Estado neste sábado, para manterem a ordem e a integridade física dos cidadãos potiguares durante o pleito. As forças de segurança estarão em todos os locais para garantir a tranquilidade das eleições e também, se houver algum problema, resolverem a situação. A proibição do porte de arma de fogo e de celulares nas cabines de votação sempre existiu, mas somente com a polarização política é que essas normas ganharam destaque”.