
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid-19, apresentou na manhã desta quarta-feira (20) o parecer oficial aos integrantes da comissão. O documento, que tem 1.180 páginas, pede o indiciamento de 66 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e duas empresas.
Além do presidente, estão inclusos no relatório os filhos do mandatário Carlos (Republicanos-RJ), Flávio (Patriota-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além dos ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Walter Braga Netto (Defesa) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência). Os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) também foram indiciados.
O portal G1 reuniu uma série de declarações de pessoas que tiveram o indiciamento pedido pelo relator Renan Calheiros, veja:
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde: “O Ministério da Saúde informa que não foi notificado.”
Precisa Medicamentos e Francisco Maximiano: “A Precisa nega veementemente as supostas acusações e está à disposição da justiça para esclarecer todos os fatos.”
Paolo Marinho De Andrade Zanotto: “O ônus da prova é do acusador.”
Carlos Wizard (resposta do advogado, Carlos Alberto Toron): “A pretensão de responsabilizar o senhor Wizard por epidemia culposa com resultado morte beira o ridículo” Como se pode responsabilizá-lo se ele não definiu políticas? Ele pode ter as opiniões dele, como empresário que é, mas ele não é definidor de políticas para se poder afirmar que ele concorreu culposamente para a epidemia. Além do mais, se se imputa genocídio ao presidente Bolsonaro, como nós costumamos dizer, não há participação culposa em crime doloso. Então, é preciso que os senhores senadores pensem um pouquinho antes de cometer esse absurdo.”
Nise Yamaguchi: “Vamos aguardar o relatório oficial da CPI para nos manifestarmos.”
Luciano Hang: “Estou agradecido e honrado por ter participado da CPI. Tive a oportunidade de explicar aos brasileiros o que eu e a Havan fizemos durante a pandemia. Sobre o relatório mencionar o meu nome, não esperava nada diferente, pois trata-se de uma comissão política amparada em narrativas e não em fatos. Tenho certeza que a verdade irá prevalecer. Quem não deve, não teme.”
Senador Flávio Bolsonaro: “O relatório do senador Renan Calheiros é uma alucinação, não se sustenta e é um desrespeito com as quase 600 mil vítimas da Covid que esperavam algo de útil da CPI. Trata-se apenas de uma peça política para agradar ao PT e para tentar desgastar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. As acusações contra mim e contra o governo não têm base jurídica e sequer fazem sentido. É preciso lembrar que todas as vacinas aplicadas no País, sem exceção, foram compradas pelo governo Bolsonaro. E que, apesar da CPI insistir no rótulo de negacionista, foi o governo Bolsonaro que aplicou mais de 254 milhões de doses de vacina, distribuiu 300 milhões de doses aos Estados e que por conta desse esforço alcançou 65% da população adulta totalmente imunizada, até o momento. Além disso, foi Bolsonaro que garantiu oxigênio e dezenas de milhares de leitos de UTI em todo o Brasil para fazer frente a pandemia. Se não fosse Bolsonaro, que por meio do auxílio emergencial, transferiu R$ 335,6 bilhões e atendeu 68 milhões de brasileiros, o País teria se transformado num caos.”
Deputado Ricardo Barros: “O senador Renan Calheiros não engoliu eu ter dito na CPI o mal que ela fez ao Brasil. Todos os depoentes ouvidos na CPI, sem exceção, me isentaram de envolvimento na Covaxin. A CPI não pode ignorar o fato de que a investigação negou as suspeitas. Vou processar o relator por abuso de autoridade e denunciação caluniosa.
Deputada Bia Kicis: “A deputada não vai se manifestar.”
Deputado Carlos Jordy: “O vazamento do relatório por Renan Calheiros é criminoso e demonstra sua intenção, desde o início, de usar a CPI para fins político-partidários criando narrativas contra o Presidente e seus aliados. Será representado na PGR.”
Roberto Dias, ex-diretor do Ministério da Saúde: “Todas manifestações já foram feitas perante a PF, CGU e demais órgãos competentes.”
*Com ifnromações do Portal G1