A estação mais quente do ano começou, e, nesses meses de verão, os potiguares marcam presença nas praias e aproveitam o período de férias escolares para levar a família para viagens e atividades ao livre. No entanto, é preciso ficar atento à saúde dos pets antes de expô-los a atividades diferentes das habituais e prestar atenção aos sinais de que eles possam estar sofrendo com o calor.
A médica veterinária Cristiane Freitas explica que o cuidado mais importante nesta época é com a ingestão de água dos animais. “Nós moramos em uma cidade em que é verão o ano inteiro, mas nesta época do ano, especificamente, a cidade tende a estar ainda mais quente, e nós precisamos, de certa forma, ter cuidados mais específicos com os nossos pets. O primeiro, é essencial, extremamente básico: aumentar a ingestão hídrica dos nossos pets, ou seja, espalhar mais potinhos de água pela casa”, orienta.
“Aos primeiros sinais que você observar que seu animalzinho está apático, sem querer se alimentar, muitas vezes fica ofegante, isso pode ser indício de que seu animal está passando por um processo de desidratação. Mas o importante é: se você observar qualquer alteração, levar logo ao médico veterinário”, recomenda a especialista.
PARASITAS E DERMATITES
Outro cuidado essencial é com parasitas, como pulgas e carrapatos, cujas infestações são aumentadas no calor. Além disso, é preciso ficar atento às doenças de pele, também mais frequentes no verão. “Nessa época, é muito comum o animal apresentar dermatites, então, o tutor precisa ficar bem atento a inflamação na pele, coceira, vermelhidão, feridinhas e, aos primeiros sinais, levar o pet ao veterinário. É importante também que o pet esteja protegido contra parasitas, afinal de contas, ele vai estar exposto muitas vezes, passeando, indo à praia, onde muitas vezes tem outros animais que podem não estar protegidos e o seu animal acabar se infectando com pulgas e carrapatos”, ressalta.
PRAIA E PROTEÇÃO SOLAR
E por falar em praia, as visitas a esses locais, bem como práticas de atividades ao ar livre, exigem um outro cuidado com a pele dos pets: a proteção solar. Assim como os seres humanos, os cães e gatos podem ter complicações de saúde devido à exposição aos raios ultravioletas.
“Os raios solares também podem ser bastante nocivos para os pets, inclusive, causando câncer de pele. Então, o ideal é evitar a exposição nos horários mais quentes do dia e, quando o pet precisar se expor ao sol, fazer uso de filtro solar. E se você for levar para a praia, o ideal é que fique debaixo de um guarda sol. Aqueles animais com a pele clarinha sofrem ainda mais com a exposição solar, então, devemos redobrar os cuidados”, ressalta a médica, que dá uma dica extra para tornar o passeio à beira-mar mais seguro: “Lembrar, também, dele estar com uma plaquinha de identificação, afinal de contas, ele pode se perder, pode fugir”.
MAIS BANHOS
Ainda falando sobre os cuidados dermatológicos, será que é saudável dar mais banhos nos animais de estimação durante o verão? De acordo com Cristiane Freitas, para animais sem doenças de pele, não há contraindicação. “Aqueles animais de pele saudável que, por ventura, o tutor queira dar um banho para refrescar – um banho de mangueira, banho de piscina –, não tem problema nenhum. Tem até alguns tutores que compram piscinas infláveis próprias para o pet se refrescar nessa época e isso acaba sendo um momento de diversão para o pet”, diz.
No entanto, é necessário cautela com os que apresentam alguma complicação na pele. “Com aqueles animais que têm problemas dermatológicos, os tutores devem redobrar os cuidados nessa época e não devem descuidar do uso do banho terapêutico, fazendo sempre uso do shampoo recomendado pelo médico veterinário”, ressalta.
RAÇAS MAIS SENSÍVEIS AO CALOR
De acordo com a médica veterinária, os animais que são braquicefálicos – aqueles com focinho mais curto – como os cães das raças Pug, Bulldog Francês, Bulldog Inglês, e Shih Tzu, precisam de ainda mais atenção durante o verão, pois podem sofrer com a síndrome do cão braquicefálico.
“É fundamental que o tutor redobre os cuidados evitando exposição nos horários mais quentes do dia, evitando também que eles façam exercícios com grande esforço ao longo do dia. A gente sabe que alguns tutores acabam levando o pet para correr, para fazer exercício e que, devido a essa própria formação anatômica do focinho, eles têm essa certa dificuldade respiratória. Nas altas temperaturas, isso pode se agravar ainda mais. Então, deve-se evitar esse tipo de passeio, esse tipo de esforço para esses pets dessas raças”, afirma.