Depoimento de Wajngarten expôs omissão do governo Bolsonaro na compra das vacinas
Foto: Adriano Machado/Crusoé
O Globo disse, em editorial, “por mais que tenha tentado blindar Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello das acusações de omissão no combate à pandemia, Fabio Wajngarten, em seu depoimento tenso à CPI da Covid ontem, acabou por expor ainda mais a negligência do governo”.
“Wajngarten confirmou que a Pfizer enviara em 12 de setembro carta ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice Hamilton Mourão e aos ministros Pazuello, Paulo Guedes e Braga Netto. Oferecia opção de compra da vacina, solenemente ignorada pelo governo — que só assinou contrato com a Pfizer seis meses depois.
Embora a farmacêutica demandasse celeridade, em vista da alta demanda, Wajngarten afirmou ter respondido quase dois meses depois, por iniciativa própria (…). A negligência custou milhares de vidas que poderiam ter sido salvas. Como resultado, a posição do governo na CPI fica a cada dia mais enfraquecida.”
No final da noite desta quarta-feira (12), o presidente Jair Messias Bolsonaro, fez uso de suas redes sociais para reforçar o que foi dito pelo filho e escreveu: “com mais de 10 inquéritos no STF, Renan tem moral para querer prender alguém?”
A sessão de ontem, quarta-feira (12), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado Federal, que busca irregularidades na condução das ações contra a pandemia da Covid-19 foi palco de várias confusões e até pedido de prisão foi registrado pelo senador Renan Calheiros contra o depoente Fábio Wajngarden, ex-secretário de comunicação do governo federal, além de bate-boca desrespeitoso entre os senadores Flávio Bolsonaro e Renan Calheiros.
Presente à sessão, o senador Jean-Paul Prates (PT/RN), líder da minoria no Senado Federal, foi incisivo em seu questionamento ao depoente Fábio Wajngarden e informou que
“Questionei hoje, na CPI da Covid, o ex-secretário da Presidência da República sobre as campanhas negacionistas do Governo Federal durante a pandemia. Um exemplo foi a campanha ‘O Brasil não pode parar‘, feita pela Secretaria de Comunicação (SECOM) e que rapidamente foi retirada do ar e agora é um fantasma nas declarações do ex-secretário, que afirma não ter autorização a veiculação oficial, como ocorreu”.
Jean-Paul Prates (PT/RN), líder da minoria no Senado Federal,
Depois que o ex-vice-governador Fábio Dantas tornou pública uma relação de justificativas que poderia amparar a aprovação, por parte da Assembleia Legislativa na abertura de CPI contra as contas públicas da gestão Fátima Bezerra, relativas às verbas utilizadas no combate à Covid-19, o assunto começou a circular pelos corredores da sede do legislativo estadual sem que qualquer partido tomasse a iniciativa de levar a proposta ao plenário.
Nesta quarta-feira (12), convidado a falar sobre o assunto, o deputado Kelps Lima, do Solidariedade, disse que a bancada de seu partido não se posicionaria contrário a abertura de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, seja ela proposta pela oposição ou situação e, assim, estaria disposto a votar pela abertura de CPI para investigar as contas da saúde, principalmente das verbas voltadas para o combate à pandemia da Covid-19 da gestão da governadora Fátima Bezerra.
As fortes chuvas que caem em Natal desde esta quarta-feira (12) voltaram a causar transtornos para os moradores de algumas localidades da capital potiguar. O acúmulo de água está formando diversos pontos de alagamento na e provocado engarrafamentos na cidade.
Os transtornos são acentuados com a falha no funcionamento de alguns semáforos, que acabam deixando ainda mais confuso o fluxo de veículos em pelo menos dois lugares. Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), no início desta manhã dois semáforos apresentaram problemas: no cruzamento das avenidas Prudente de Morais e Trairi, e no cruzamento da avenida Prudente de Morais e da rua Potengi.
Pelo menos dez pontos de alagamento foram registrados nas primeiras horas desta manhã em Natal. Segundo a STTU, dos dez, pelo menos dois estavam intransitáveis.
Cruzamento das avenidas Nevaldo Rocha e Coronel Estevam, próximo à linha do trem (Sentido Midway);
Avenidas Nevaldo Rocha, em frente à Semtas. (Sentido Zona Norte);
Rua Almino Afonso, próximo à Igreja Bom Jesus [Intransitável];
Avenida da Integração, próximo à BR-101;
Cruzamento das avenidas Antônio Basílio e Coronel Estevam (Sentido Alecrim);
Senador Salgado Filho, na altura do Hotel Maine (Sentido Centro);
Cruzamento das avenidas Prudente de Morais e Alexandrino de Alencar, em frente ao Corpo de Bombeiros (Sentido Sul);
Avenida Lima e Silva, em frente ao Arena das Dunas (Sentido Oeste);
Avenida Salgado Filho, próximo ao Viaduto do 4º Centenário;
Avenida Ayrton Senna, após o Supermercado Favorito (Sentido Neópolis) [Intransitável]
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, ex-prefeito Jaime Calado, usou as redes sociais para anunciar que gravou um vídeo para ser apresentado durante a realização da “Brazil Investiment Forum 2021, que será realizado entre os dias 31 de maio e 01 de junho deste ano.”
Jaime disse que o vídeo será apresentado “aos empresários nacionais e internacionais que irão participar do maior evento da América Latina, organizado pela Apex Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo Federal.”
O problema é que o referido vídeo, gravado pelo secretário, para mostrar as ‘potencialidades econômicas’ do RN para o mundo, nada mais é do que um vídeo amador, de 1 minuto de duração, em que o marido de Zenaide aparece na cidade de Lajes e aponta para o que seria uma estação de energia eólica e solar, que vai “gerar emprego e renda” para o RN, ao produzir o “Atlas Solar e Eólico”.
Ou seja: Se for esse o vídeo que o Governo do Estado vai usar para atrair o empresariado para investir nas potencialidades do RN, a governadora Fátima Bezerra vai passar uma vergonha nacional com pitada internacional. Afinal de contas, o RN realmente tem inúmeras potencialidades e o Governo tem todas as condições de gravar um vídeo de vergonha com conteúdo a ser aplaudido pelo empresariado. Levar o vídeo de Jaime com o cabelo a caju assanhado no sol de Lajes, é virar meme internacional.
O deputado Federal licenciado e ministro das Comunicações, Fábio Faria, assumiu o cargo com o objetivo de tentar pacificar os ânimos da turbulenta relação do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa.
Pesou no convite o fato de Fábio ser casado com uma filha de Sílvio Santos, Patrícia Abravanel. Ser genro do dono do SBT, uma das maiores emissoras do País, não só manteria o alinhamento da emissora paulista com o Governo, como também o credenciaria a negociar com as demais que estavam distantes do Planalto.
De início, Fábio Faria conseguiu mostrar que poderia ser capaz de fazer essa ponte entre a imprensa e o Governo. Diretores da Globo, em pé de guerra permanente com Bolsonaro, compareceram discretamente à cerimônia de posse do filho de Robinson.
O problema é que Fábio, que não é considerado radical e transita bem na Câmara e até na imprensa, passou a ser contaminado pelo radicalismo do presidente e apoiar publicamente as pancadas que ele dava em tudo e em quase todos.
Com esse comportamento, o filho de Robinson se fortaleceu junto ao chefe, mas rompeu pontes de pacificação que lhe farão falta na construção de uma aliança positiva mais adiante.
Recentemente, Fábio Faria, para ser ‘simpático’ ao presidente, esnobou publicamente a China, grande parceiro comercial do Brasil e salvador de vidas via insumos para vacinas. A postura não é só indelicada e grosseira. É perigosa e com consequências explosivas politicamente.
Fábio administra um ministério com conteúdo e capilaridade; com influência e poder. Se quer realmente ajudar a melhorar a imagem do presidente, tem que usar tudo isso para agregar, convencer, pacificar; não para espalhar brasa e sujar as mãos.
Afinal, ele só será interessante lá na frente, se tiver as qualidades que o credenciaram para o cargo. Perdê-las para bajular o poder, é ativar o bumerangue da derrota.
Já há um movimento no Senado Federal para se constituir Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no sentido de apurar as denúncias formuladas contra o Ministério do Desenvolvimento Regional sob a alegação da existência de irregularidades na distribuição de emendas parlamentares. Sobre o assunto, o ministro Rogério Marinho já se colocou à disposição “para esclarecer os equívocos”, negando a existência do chamado Orçamento Secreto.
Ontem (12), o senador potiguar Styvenson Valentim registrou em seu Instagram:
“Assinei o requerimento para a criação da CPI do Orçamento Secreto. Esses 3 bilhões em emendas, que supostamente foram usados para garantir apoio não pode ser um: toma lá, dá cá. Não nesse governo. Então vamos apurar”. Em outro trecho de sua postagem, o senador Styvenson fortaleceu o seu apoio à CPI e escreveu: “Pessoal, eu vou ser sempre favorável a que se investigue qualquer denúncia de irregularidade. Afinal, quem não deve não teme, não é?”.
O Governo Bolsonaro já tinha motivos suficientes para ter pesadelos na noite passada. O depoimento do ex-secretário de Comunicação, mentindo na CPI da Covid e encalacrando o presidente com a história da carta da Pfizer não respondida; o pedido de prisão feito pelo relator, mas negado pelo presidente; a ‘troca de elogios’ entre os senadores Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro… Um coquetel para balançar qualquer estrutura. Mas tinha mais. Uma pesquisa em que Lula bate Bolsonaro nos dois turnos. É para assombrar o Palácio.
O instituto Datafolha, outrora execrado pelo PT, ontem foi extremamente elogiado e festejado pelos petistas justamente por trazer uma pesquisa avassaladora para Lula e destruidora para Bolsonaro. O candidato do PT abriu vantagem de mais de 20 pontos diante do pai de Flávio, o que chamou Renan de vagabundo.
A questão é: Existe motivo para Lula disparar assim como se já não houvesse adversário? O que vemos e sentimos hoje no Brasil é uma polarização explícita e consolidada entre o grupo que apoia de forma ostensiva o presidente Jair Messias Bolsonaro e o grupo que também apoia de forma ostensiva o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. E os apoiadores de um, tiram o coro do outro nas redes sociais. A pancadaria não tem limites.
A bem da verdade, Lula recebeu uma injeção do STF que anabolizou seu nome e o fez crescer rapidamente. Isso é fato. Estava solto, mas como se tivesse preso, com um carimbo de corrupto na testa. Foi solto de verdade e recebeu uma enorme placa de inocente na frente e outra de injustiçado nas costas. Inevitavelmente esse candidato cresceria. E cresceu de verdade.
Porém, do outro lado está um presidente que ocupa todos os espaços possíveis para manter acesa a chama da paixão de seus apoiadores. Faça o certo ou o errado, lá estão eles para aplaudir. Ele conseguiu até um protesto positivo, em favor de seu Governo. Levar gente para rua para criticar algo já é difícil. Imagine para defender. Bolsonaro conseguiu levar gente de todas as regiões para a rua defender seu nome. Não é fácil.
Bolsonaro absorveu o desgaste da Pandemia e como se comportou com relação às vacinas. Perdeu adeptos e é alvo permanente de pancadas da imprensa. Com críticas justas ou não. Mas continua forte.
Portanto, geralmente não é aconselhável questionar pesquisa de opinião. Dizem que uma pesquisa só se contesta com outra. É fato. E há outras pesquisas, de outros institutos, afirmando números diferentes. Há alguns que até apontam a dianteira de Bolsonaro sobre Lula. Outros, mais equilibrados, apontam empate. O Datafolha é que se diferenciou de todos.
Aguardemos os próximos levantamentos feitos por diferentes institutos. E também pelo Datafolha, que tem credibilidade pelo histórico de acertos. Mas que é esquisito Lula disparar com mais de 20 pontos na frente de Bolsonaro, isso é.
Mas, pesquisa é isso. Quem está na frente comemora. Quem está em desvantagem, reclama.
O fato é que o Datafolha deu um gigantesco motivo para Lula tomar uma e dormir o sono da vitória. E um grandioso motivo para Bolsonaro sair chutando cadeira no Palácio e vomitar a picanha de 1800 reais em pesadelos intermitentes.
A sessão de ontem (12) na Assembleia Legislativa, apesar de continuar a acontecer em sistema remoto foi recheada de discussões, prevalecendo as críticas às atitudes do governo estadual em relação ao setor de saúde. Os parlamentares discursaram acerca de problemas do Estado na área de saúde, bem como cobraram explicações do governo estadual a respeito do convênio não renovado com o Hospital Infantil “Varela Santiago”.
Enquanto isso, o Doutor Bernardo(MDB) utilizou o seu tempo para denunciar precariedade no Hospital de Apodi, no Médio Oeste, “onde o governo implantou 05 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria, mas a estrutura está funcionando com certa precariedade. Nós temos uma particularidade lá, que é o fato de 100% dos pacientes intubados irem a óbito. Isso é muito sério”.
Dentre os problemas diagnosticados no hospital de Apodi, o parlamentar informou que não há nas UTIs equipamentos de ultrassonografia, nem raio-x portáteis, além da falta de foco cirúrgico. “Outro problema detectado lá, mas já estou correndo atrás para resolver, é que o mesmo fisioterapeuta de plantão atende tanto os pacientes da UTI quanto os 20 da enfermaria. É humanamente impossível que um único profissional faça esse serviço”, concluiu o deputado Doutor Bernardo.
A partir da próxima terça-feira (18), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pautou discussão sobre eventuais mudanças nas regras restritivas para a realização de publicidade por advogados e advogadas, tanto em relação aos conteúdos quanto aos meios de comunicação.
O DATAFOLHA elaborou pesquisa sobre o perfil e as opiniões de advogadas e advogados brasileiros, realizada por telefone, entre 26 de fevereiro e 08 de março com margem de erro de seis pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa indicou que 44% da classe defendem que as atuais regras da publicidade sejam flexibilizadas, enquanto que 48% se posicionaram pela manutenção delas, enquanto outros 8% dizem que as regras atuais devem ser endurecidas. As principais regras no país exigem que os conteúdos de publicidade tenham caráter meramente informativo, com discrição e sobriedade, e que nunca levem a uma mercantilização da profissão.
Sobre a reforma administrativa, no primeiro momento, o governo decidiu não incluir integrantes do Judiciário e do Legislativo sob o argumento de que isso caracterizaria uma interferência do Executivo sobre as regras dos outros Poderes. Mas, na ocasião, técnicos da equipe econômica afirmaram que o Congresso poderia fazer a mudança durante a apreciação da matéria.
Agora, deputados começaram a articular a inclusão dos chamados membros de Poderes – como juízes e desembargadores – na proposta da reforma administrativa que tramita na Câmara, com regras mais duras para futuros servidores públicos, o direito de mais de 30 dias de férias e a aplicação de aposentadoria compulsória como punição não valerão para esses servidores no futuro.