junho 20, 2021

Neste sábado (19), entre depoimentos acerca da morte de 500 mil brasileiros pela Covid-19, destoou o tom irônico adotado pelo ministro das Comunicações de Bolsonaro, o potiguar Fábio Faria. Na publicação, o filho de Robinson debochou da onda de protestos e manifestações de solidariedade nas redes sociais, pouco antes de a expressão “meio milhão” liderar os assuntos mais comentados no Twitter.

“Em breve vcs verão políticos, artistas e jornalistas ‘lamentando’ o número de 500 mil mortos. Nunca os verão comemorar os 86 milhões de doses aplicadas ou os 18 milhões de curados, porque o tom é sempre o do ‘quanto pior, melhor’. Infelizmente, eles torcem pelo vírus”, escreveu.

Na legenda, o chargista pontuou:

“Falou o político filhinho de papai, filho de político (aliás um péssimo político), casado com a dona de uma emissora que ganha muito dinheiro com o trabalho de artistas e jornalistas. #meiomilhaodemortes #pandemia #fabiofaria #secom #governobolsonaro Sigam, tem charge todos os dias @rabiscosdobrum“

O total de mortos por Covid no Brasil chegou a 500.868, segundo as secretarias estaduais de Saúde

O consórcio de veículos de imprensa que acompanha os dados da Covid junto às secretarias estaduais de Saúde registrou 2.247 mortes em razão da doença no Brasil nas últimas 24 horas.

O número deste sábado é menor que o do Conass, que contabilizou 2.301 óbitos no período. A média móvel de mortes (números dos últimos sete dias, divididos por sete) está agora em 2.073 óbitos diários.

O total de mortos por Covid no Brasil chegou a 500.868, segundo o “pool” de veículos. O país registrou hoje 78.869 casos da doença, aumentando para 17.881.045 o total de infectados.

*Informações do Antagonista.

Em todos os meses do ano passado, o percentual de mortes por Covid fora do grupo de idosos sempre ficou abaixo dos 30%

Segundo levantamento do Estadão, 54,4% das vítimas que morreram em junho por causa da Covid-19 tinham menos de 60 anos. Em maio, esse índice era de 44,6%. Em todos os meses do ano passado, esse percentual sempre ficou abaixo dos 30%.

Ou seja, pela primeira vez desde o início da pandemia, a maioria dos novos óbitos pela doença registrados no país não ocorreu no grupo dos idosos. 

O começo da vacinação dos idosos pode explicar em parte o fenômeno. Especialistas ouvidos pelo jornal, porém, também alertam para a disseminação das novas variantes e o desrespeito a medidas de proteção, como distanciamento social.

*Com informações do Estadão.