Início » Arquivos para 20 de junho de 2021, 18:27h

junho 20, 2021


VIRADA ALVINEGRA: ABC VENCE AMÉRICA POR 3 A 2. CONFIRA CADA GOL

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Helitão marcou o primeiro gol do ABC no clássico
Helitão marcou o primeiro gol do ABC no clássico (Foto: Andinho Júnior/9CINCO)

De virada, o ABC venceu o América-RN por 3 a 2 e manteve os 100% de aproveitamento na Série D do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória alvinegra foi marcado por Marcos Antônio aos 50 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti. O Alvirrubro esteve duas vezes à frente do placar na Arena das Dunas, mas acabou amargando a segunda derrota na competição. Helitão e Valderrama fizeram os outros gols do ABC. Esquerdinha e Flávio Boaventura marcaram para o América.

Confira os gols:

6’/1T | América 1×0 ABC: falta em cima de @maxbrendon09. Na cobrança, @esquerdinha30 mandou sem chances para o goleiro. Gol na estreia com a camisa rubra. Veja vídeo:

Tudo igual: 1 a 1. Jogada de escanteio, Marcos Antônio tocou para Bruno Souza, que levantou na área. Helitão subiu e testou no canto.


12’/2T | América 2×1 ABC: após cobrança de falta de @mazinhokm@_jr.oficial05 cabeceou pra dentro da pequena área para @flavioboaventura_fb recolocar o Mecão na frente.

Segundo gol do ABC: invertida de Bruno Souza, Levi recebeu e rolou para Netinho. O lateral cruzou na medida e Valderrama apareceu para testar para a rede. Tudo igual outra vez: 2 a 2.

Aos, 50min do segundo tempo: Marcos Antônio cobrou com categoria, goleiro de um lado, bola do outro e virada do “Mais Querido”. ABC 3 a 2!

Agora, o ABC é o líder do Grupo 3, com nove pontos em três jogos. O América é o quinto colocado, com três pontos.

O América-RN, na próxima rodada, joga fora de casa contra o Caucaia, no sábado (26), no Estádio Raimundão. O ABC encara o Atlético-CE no domingo (27), no Frasqueirão.


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BIA E UM SOPRO DE ESPERANÇA

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Bia Gurgel irá representar Mossoró na sexta edição do The Voice Kids |  VARIEDADES | Mossoró Hoje - O portal de notícias de Mossoró

Por Carlos Emerenciano – Arquiteto e Advogado

“Quando eu soltar a minha voz/ Por favor, entenda/ Que palavra por palavra/ Eis aqui uma pessoa se entregando./ Coração na boca/ Peito aberto/ Vou sangrando/ São as lutas dessa nossa vida/ Que eu estou cantando./ Quando eu abrir a minha garganta/ Essa força tanta/ Tudo o que você ouvir/ Esteja certo/ Que estarei vivendo”.

Na canção “Sangrando”, lançada em 1980, Gonzaguinha, compositor visceral que sabia tocar a alma das pessoas, expressava bem o sentimento do brasileiro à época, sedento por liberdade e democracia.

Apesar de estarmos num contexto diferente, creio que as palavras atemporais de Gonzaguinha nos alcançam em cheio. Parte dos brasileiros (e me incluo) está cansada com tudo o que está ocorrendo, tanta insensibilidade e desumanidade diante de uma pandemia tão cruel. Aliás, não sei o que é mais cruel, se a pandemia ou quem deu ensejo para que chegássemos ao quadro atual.

A verdade é que não temos paz sequer para velar os nossos mortos. Brincam com a nossa paciência. Todo dia é uma “brincadeira” diferente. Colocam em dúvida as vacinas, negligenciam a sua compra, apegam-se a medicações ineficazes, fazem pouco caso das medidas protetivas, incluindo o uso de máscaras.

Tudo isso, venho notando, está gerando uma desconfiança que sabota o Plano Nacional de Imunização. Só isso explica que 4,5 milhões de pessoas não tenham ido ainda tomar a 2ª dose da vacina, mesmo já estando aptas a serem vacinadas.

Essa irresponsabilidade, esse escárnio, essa desumanidade, esse total desapreço pela vida, tudo isso gerou 500 mil mortes por covid. E nos chamam de frouxos, de idiotas e de coisas piores. O que querem com isso? Difícil saber.

É o momento de colocar a cabeça no lugar e buscar caminhos. Haveremos de encontrá-los. Como comecei o artigo com uma bela canção de Gonzaguinha, quero terminar com outra do cearence Belchior. Temos uma representante potiguar no “The Voice Kids”, a jovem Bia Gurgel, de 14 anos, bisneta de Glorinha Oliveira, que brilhou no palco interpretando “Como nossos pais”.

A música, lançada em 1976, expressa de certa forma o mesmo sentimento vocalizado por Gonzaguinha. Belchior e o neto de Januário eram pródigos em colocar para fora as dores da alma. Vejam esse trecho da canção imortalizada também por Elis Regina: “Viver é melhor que sonhar/ E eu sei que o amor é uma coisa boa/ Mas também sei/ Que qualquer canto/ É menor do que a vida/ De qualquer pessoa./ Por isso cuidado, meu bem/ Há perigo na esquina/ Eles venceram e o sinal/ Está fechado para nós/ Que somos jovens”.

Que a voz sufocada de tantos possa ecoar por todo o país. Seja por meio de belas canções como a que a jovem Bia interpretou ou através da incontrolável expressão da cidadania de todos nós. Que o sinal esteja aberto a jovens como Bia que representam um sopro de esperança.


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VETO A VACINA CORONAVAC VAI CRIAR UM NOVO EMBATE POLÍTICO

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Pesquisa: Vacinação no Brasil evitou pelo menos 43 mil mortes em 2021 | VEJA

Por Bosco Afonso

Embora a ANVISA tenha liberado e o governo paulista tenha surfado na onda de já vacinar mais de 50% da população, agora o governo federal quer suspender o contrato com o Butantã e anuncia que não vai mais aceitar que a vacina Coronavac, com insumos da China e fabricação do instituto paulista, seja aplicada nos brasileiros.

A pretensão é comprar somente as doses já contratadas e suspender o contrato com o Instituto Butantã, que é do governo de São Paulo. A alegação do ministro Marcelo Queiroga é de que a Coronavac tem eficácia baixa na população idosa e alega que existem muitos casos de pessoas que tomaram o imunizante e mesmo assim foram infectados, após as duas doses.

Ora, mas a classe médica não diz categoricamente que o fato de tomar as duas doses não evita que a pessoa venha a ser contaminada? E o idoso que tomou Coronavac, vai ter que tomar nova vacina para se garantir? Com certeza vai surgir um novo quiproquó por conta dessa vacina.


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O EXTREMISMO DO BOLSANARISMO E DO LULISMO ESTÃO CEGANDO O BRASIL

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O futuro do bolsonarismo - Carta Maior

Por Bosco Afonso

O petismo nasceu de um movimento sindicalista, de esquerda, tomou forma partidária e se consolidou sob a auréola da honestidade, no afastamento do presidente Collor por conta da reforma da Casa da Dinda e da compra do carro Elba, se transformando recentemente no lulismo 13. Hoje, quase não se fala no PT.

Opinião | Lula mostrou ser capaz de pôr medo em Bolsonaro e Moro - Época

O bolsonarismo, movimento de direita já nasceu extremado, aproveitando o vácuo deixado pelo próprio petismo que agonizava por conta da perda de sua auréola e se envolvera em escândalos de desvios de dinheiros públicos desde a formação do mensalão que tirou de cena uma de suas figuras mais reluzentes chamada de José Genuíno e chamuscou o talentoso e todo-poderoso José Dirceu e, posteriormente, entrou em queda livre por conta do afastamento da presidente Dilma e os escândalos da Petrobras que terminou por envolver quase todo o Partido do Trabalhadores e crucificar o seu líder maior Luiz Inácio Lula da Silva.

Enquanto o ainda petismo decaia por conta do envolvimento nos escândalos de corrupção, o bolsonarismo crescia numa velocidade incontida, deixando para trás as demais siglas partidárias (algumas delas também envolvidas com os escândalos do PT) e dando visibilidade ao até então insignificante PSL (Partido Social Liberal) liderado pelo ofuscado deputado federal Jair Messias Bolsonaro.

O desgaste moral do Partido dos Trabalhadores contribuiu para as dificuldades em encontrar em seus quadros um nome para a disputa da eleição presidencial de 2018, enquanto o Partido Social Liberal saia do ostracismo por conta da presença de Bolsonaro que, mesmo sem projeto de governo crescia para mostrar a proposta da direita, com os seus exageros.

Durante a campanha eleitoral, com as várias alternativas de esquerda, de direita, de centro, de centro-direita, de centro-esquerda, com algumas propostas de governo lúcidas e viáveis é que a população brasileira, decepcionada com todos os que antecederam aquele momento, terminou por migrar gradativamente para a direita, que mesmo sem proposta amplamente discutida, entusiasmava pelo radicalismo. Em plena campanha eleitoral de 2018, pouco se ouviu de Bolsonaro uma proposta de governo e no momento em que se permitiu a realização de debates nos meios de comunicação, eis que o candidato direitista é vítima de uma facada.

Afastado de todas as movimentações e sem poder participar das discussões públicas para embates com os seus adversários, mas embalado pelo seu exército das redes sociais, Bolsonaro ganha a eleição. Hoje, há quem acredite, que se não houvesse a facada Bolsonaro estaria sem mandato por conta de sua verborragia.

Bolsonaro e o bolsonarismo chegam ao poder e o Chefe de Estado se achando o “dono do mundo”, promete moralizar o país, garante isolar políticos corruptos de seu governo, corta regalias da imprensa toda poderosa, mas se indispõe com correligionários, fica sem partido, amplia sua desavença no parlamento, familiares seus se envolvem com o ilícito, não dá importância ao número de mortes pela Covid e tropeçando nas promessas massificadas de campanha começa a enfrentar a pandemia, enquanto que o seu adversário maior em popularidade, Luiz Inácio Lula da Silva ressurgia das cinzas por conta de um erro jurídico que apagara suas condenações mesmo sem conseguir esconder as falcatruas em que se envolvera e que estão registradas nos anais da história.

A partir daí, com a sua verborragia no enfrentamento da pandemia do Covid-19 Bolsonaro chama o bolsonarismo da “gripezinha” para enfrentar o lulismo santificado que se posiciona contra o uso da Ivermectina e assim o “samba do criolo doido” passa desfilar em todo o território brasileiro criando amores e ódios, se constituindo um perigo para todos nós.

Tudo por conta de uma eleição que se avizinha e para se ganhar uma eleição, na concepção de muitos, tudo é válido. Até destruir uma Nação. O extremismo irracional tomou conta do país. Verdadeiramente, e o Brasil sabe disso, não há nesses movimentos a preocupação com o número de mortes que singra o território nacional.

O momento requer que se desarmem os espíritos, se erga a bandeira da paz, sentem numa só mesa, apresentem propostas de solução para tudo o que estamos enfrentando. Fora disso, vai prevalecer, sim, interesses eleitoreiros, pois o extremismo dos bolsonarismo e do lulismo estão cegando o Brasil.


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SECRETÁRIO DA SEMSUR SOBRE FURTO DE CABEAMENTO: “O PRINCIPAL PREJUDICADO É O CIDADÃO”

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Neste sábado (19), o Secretário Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur), Irapoã Nóbrega, se manifestou sobre mais furtos de cabeamento, que aconteceram na noite da última sexta-feira (18). Ele escreveu, por meio de seu perfil nas redes sociais, que a equipe registrou duas ações de criminosos.

“Nas fotos, como podem ver, os bandidos levaram parte da fiação da iluminação da orla da Praia do Meio. Acho importante destacar que recentemente fizemos a modernização de toda a iluminação do local. Trocamos o posteamento, substituímos todos os cabos e colocamos luminárias de LED de alta potência.

Ontem também registramos furto de cabeamento na Praça das Mangueiras, em Lagoa Nova. Dois postes estão apagados por causa disso e estamos trabalhando para resolver a situação.

No final das contas, o principal prejudicado é o cidadão. Como gestão, nós vamos reparar. É nosso dever. Mas sabemos que esse tipo de episódio vai se repetir. Então, reforço por aqui a necessidade do apoio do contribuinte. Se você presenciar alguma atitude suspeita de furto de cabeamento, não deixe de acionar a polícia. Com o apoio do cidadão, podemos combater essas ações criminosas!


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CONFIRA O EDITORIAL DO JN SOBRE AS 500 MIL MORTES PELA COVID

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Globo divulga editorial no Jornal Nacional: “sentimento de horror” e  “erros” | Poder360

Texto na íntegra:

Em agosto de 2020, quando o Brasil ultrapassou o registro escandaloso de 100 mil mortes pela Covid, o Jornal Nacional se manifestou sobre essa tragédia num editorial. Parecia que o país tinha superado um limite inalcançável, 100 mil mortos. Neste sábado (19), são 500 mil. Meio milhão de vidas brasileiras perdidas.

O sentimento é de horror e de uma solidariedade incondicional às famílias dessas vítimas. São milhões de cidadãos enlutados.

Hoje, é evidente que foram muitos – e muito graves – os erros cometidos. Eles estão documentados por entrevistas, declarações, atitudes, manifestações.

A aposta insistente e teimosa em remédios sem eficácia, o estímulo frequente a aglomerações, a postura negacionista e inconsequente de não usar máscaras e, o pior, a recusa em assinar contratos para a compra de vacinas a tempo de evitar ainda mais vítimas fatais.

No editorial que marcou as 100 mil mortes, nós dissemos que era preciso apurar de quem é a culpa. Dissemos textualmente que esse momento chegaria.

Desde o início de maio, o Senado está investigando responsabilidades. Haverá consequências. E a mais básica será a de ter levado ao povo brasileiro o conhecimento sobre como e por que se chegou até aqui.

Quando todos nós olharmos para trás, quando nos perguntarem o que fizemos para ajudar a evitar essa tragédia, cada um de nós terá a sua resposta. A esmagadora maioria vai poder dizer, com honestidade e com orgulho, que fez de tudo, fez a sua parte e mais um pouco.

Nós, do Jornalismo da Globo, estamos há um ano e meio, com base na ciência, cumprindo o nosso dever de informar, sem meias palavras. Muitas vezes nós pagamos um preço por isso, com incompreensões de grupos que são minoritários, mas barulhentos. Não importa. Nós seguimos em frente, sem concessões. E seguiremos em frente, sem concessões.

Porque tudo tem vários ângulos e todos devem ser sempre acolhidos para discussão. Mas há exceções. Quando estão em perigo coisas tão importantes como o direito à saúde, por exemplo. Ou o direito de viver numa democracia. Em casos assim, não há dois lados. E é esse o norte que o Jornalismo da Globo continuará a seguir.

Jornal Nacional

*Fonte: G1.


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“SERIA COMO, EM POUCO MAIS DE UM ANO, UMA CIDADE COMO FLORIANÓPOLIS DESAPARECESSE”

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“Negacionismo e descaso com a pandemia de um governo que ataca a ciência com desinformação, rejeitou e ignorou vacinas e se alia a morte”. Esse foi o posicionamento do jornalista Celso Amâncio, ao se manifestar sobre a trágica marca de 500 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. Confira a publicação:


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“É MUITO TRISTE VER INCITATUS FALANTES TENTANDO VALORIZAR SEUS CALÍGULAS”, DIZ JÂNIO VIDAL

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Não há quem não se indigne com a satirização da dor dos brasileiros ao lidar com as perdas consequentes da Covid-19 no Brasil. Ontem (19), o jornalista potiguar Jânio Vidal, mais uma vez, externou sua opinião sobre a gestão da pandemia pelos representantes políticos.

Confira a publicação feita pelo jornalista Jânio Vidal:


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ARTIGO: CONTRADITÓRIO IMAGINADO

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Charles Dickens

Por Marcelo Alves Dias de Souza – Procurador Regional da República e Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL.

Charles Dickens (1812-1870) é autor de vastíssima obra, sobretudo em forma de romances: “The Pickwick Papers”, “Oliver Twist”, “Nicholas Nickleby”, “The Old Curiosity Shop”, “Christmas Carol”, “David Copperfield”, “Bleak House”, “Hard Times”, “Little Dorrit”, “A tale of Two Cities” e “Great Expectations” são alguns dos seus títulos em inglês. Acredito que quase todos esses romances já foram traduzidos para o nosso português. Isso sem falar nas adaptações para o cinema e a TV. Dickens merece a fama que tem.

Dos romances de Dickens, o mais “jurídico” deles é sem dúvida “Bleak House”, de 1853 (embora serializado na imprensa, como de estilo à época, entre 1952 e 1953). Hoje é facilmente achado em edições baratas paperback. Eu mesmo possuo duas, uma da Penguin Books (de 2003) e outra da Wordsworth Editions (2001). “A casa soturna”, esse é o título em português, também possui várias edições entre nós. Mesmo que não tão badalado quanto outros títulos de Dickens, “Bleak House” é considerado uma obra-prima.

Na verdade, embora a questão de gênero na literatura seja algo polêmico, segundo minha classificação da coisa, “Bleak House” é um “romance jurídico” na “precisão integral do termo”, como diria (e disse certa vez nos seus “Sertões”) o nosso Euclides da Cunha (1866-1909).

Tudo gira em torno de um bizarro caso de herança, denominado “Jarndyce and Jarndyce”, que é julgado nas extintas Chancery Courts, sob o sistema da Equity. O pano de fundo da trama é o moroso desenrolar do caso e a vida nas cortes de justiça de Chancery Lane. Inúmeros eventos afetam as personagens – Esther Summerson, a heroína, Dr. Woodcourt, Richard Carstone e Ada Clare, entre outras –, cujas vidas restam, em maior ou menor grau, determinadas pelo vai e vem de um arbitrário sistema judicial. E, absurdamente, ao cabo do processo, a herança acaba consumida pelas despesas com os advogados e as custas legais.

Imaginem os aspectos jurídicos que podem, interdisciplinarmente, ser analisados e estudados a partir desse romance de Dickens. Inúmeros, eu garanto. Mas eu hoje vou destacar apenas um deles, que me foi outro dia sugerido pela leitura de “An Introduction Guide to English Literature” (Longman York Press, 1985), de Martin Stephen: a existência de dois narradores no romance. E, portanto, a existência de mais de uma “história/estória/versão” dos acontecimentos. Segundo consta do referido Guia, “há a narração em primeira pessoa por Esther Summerson, uma garota envolvida pelas consequências dos grandes eventos da trama, e um onisciente narrador, que dá detalhes de uma estória aparentemente diferente, mas que vai progressivamente se parecendo com a narrativa de Esther à medida que o romance avança”.

Para mim, o fato de o romance ter mais de um narrador vai além da mera opção literária. Afinal, em um processo não temos exatamente isso? Mais de uma versão do acontecido. As versões do autor, do réu, das testemunhas, condensadas/recriadas pelo supostamente onisciente juiz, depois avalizadas pelo tribunal e por aí vai. E, para os fins da filosofia e da teoria geral do direito e do processo, esse contraditório não é um dos pilares do devido processo legal?

Isso diz muito de Dickens. Ele tinha formação jurídica. Foi assistente na advocacia, foi um clerck (um tipo de escrivão na Inglaterra) e repórter judiciário. Dickens era preciso no direito. Seja por experiência na área, por labor de pesquisa ou por genialidade inata. Ou pela mistura disso tudo. O fato é que acho que ele quis mesmo criar uma espécie de contraditório no seu “romance jurídico”. Com limites, claro, para não ter inconsistências intransponíveis no seu

Bom, alguém poderá dizer que eu estou viajando e que o escritor não pensou em nada disso. Pode até ser. Mas então ponham esta crônica inteiramente na conta/imaginação deste fã de Charles Dickens.


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“INACREDITÁVEL QUE ALGUNS NÃO CONSIGAM PERCEBER TANTA GENTE MACHUCADA AO SEU REDOR”, DIZ JORNALISTA POTIGUAR

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Neste sábado (19), como muitos brasileiros, o jornalista Jacson Damasceno, baiano que estabeleceu carreira em solo potiguar, emitiu declaração sobre o comportamento de homens e mulheres que estão no comando do Brasil tratarem, mesmo que em meio ao caos, tudo com sorrisos, ironias, humilhações. Segundo ele, é o mais torturante.

A ilustração da publicação foi feita com foto da mãe do comunicador, que não é “só” mais um número, mas sim o amor de alguém, o sorriso, a história e o aconchego.

Confira a publicação:

Para mim é a morte da minha mãe e de outros 500.000 maiores amores de tantas outras pessoas devastadas. Para mim a pandemia terá sido o período mais trágico da humanidade, com todo o planeta em estado máximo de pânico e eu não sei como explicarei isto aos meus netos. A energia de dor emanada é inimaginável e levaremos anos para reconstruir tudo ou a todos. O mais torturante é que em meio ao caos os homens e mulheres que estão no comando do meu país trataram tudo em meio a sorrisos, ironias, humilhações. Nenhum apoio emocional a vítimas ou médicos, não lembro de ter visto um semblante de angústia ou tristeza no presidente e seus auxiliares. São milhões de pessoas sofrendo e é simplesmente inacreditável que alguns não consigam perceber tanta gente machucada ao seu redor. Nós potiguares conhecemos há algum tempo o senhor ministro das Comunicações, Fabio Farias. Grandes atos e sábias palavras nunca foram seu forte, durante sua brilhante carreira política. Poderia então nos presentear com o acalanto de seu silêncio. #vacinasim #500mil #piedadesenhor #chega #basta #xocovid #fé


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“É UM ESCÁRNIO UMA DECLARAÇÃO DESSA”, DIZ NATÁLIA BONAVIDES PARA FÁBIO FARIA

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A deputada federal potiguar pela bancada do PT, Natália Bonavides, externou, neste sábado (19), sua indignação diante da declaração emitida pelo ministro das comunicações, também potiguar, Fábio Faria, acerca das lamentações pelo fatídico número de mortos pela Covid-19 no Brasil. A parlamentar escreveu:

“Meio milhão de mortos e o ministro da comunicação tá reclamado de quem acha ruim!!!! É um cúmplice do genocídio. Da ala canalha do governo“, logo depois ela postou também, de forma isolada: “É um canalha mesmo!”


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PREFEITURA DE SÃO GONÇALO E BANCO DO BRASIL DESENVOLVEM FERRAMENTA PARA RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS POR MEIO DO SISTEMA PIX

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Prefeitura de São Gonçalo e Banco do Brasil desenvolvem ferramenta para recolhimento de tributos por meio do sistema PIX
O pagamento utilizando a plataforma é válido para todos os impostos recolhidos no município

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/ RN, por meio da Secretaria Municipal de Tributação (SMT), e em parceria com o Banco do Brasil, está lançando uma nova forma de pagamento de tributos. Agora, o contribuinte pode quitar os débitos através do PIX – o recém-lançado sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.

O município é o primeiro do estado a adotar o PIX como uma forma de pagamento de impostos. Para isso, um QR-CODE será disponibilizado no Documento de Arrecadação Municipal (DAM). Através dele, é possível abater o tributo de forma instantânea. O DAM pode ser emitido no Portal do Contribuinte, no endereço eletrônico https://bit.ly/3wz1yoP, ou presencialmente, na própria secretaria de Tributação.

A nova forma de pagamento é uma maneira de dar mais agilidade às transações. Com o tempo de compensação estimado em até 30 minutos, os contribuintes podem ter acesso a certidões negativas de forma mais rápida. O novo sistema é válido para recolhimento de todos os tributos municipais.

Paulinho Emídio, prefeito do município, comemora: “nossa gestão segue modernizando os serviços e sendo pioneiro no Rio Grande do Norte”.


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ENTREVISTA ESPECIAL: ‘ALGUMA COISA NÃO ANDA BEM’, DIZ MARCO AURÉLIO SOBRE STF

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Fonte: Revista Crusoé

Prestes a pendurar a toga, o atual decano do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, se sente ainda mais confortável agora para falar de uma condição que ele sempre fez questão de cultivar: a de “outsider” da corte, ou, como prefere dizer, de ministro que não integra “Clube do Bolinha”, como ele chama o grupo de colegas que se reúnem para compartilhar seus votos antes de julgamentos importantes em plenário. Recentemente, Marco Aurélio completou 31 anos no Supremo, o que representa mais de um terço de sua vida. No período, sete presidentes passaram pelo Palácio do Planalto, incluindo o primo Fernando Collor, que o indicou para a corte, em 1990. O atual, Jair Bolsonaro, o ministro enxerga com olhos críticos – especialmente ao tratar do critério anunciado para a escolha de seu sucessor.

Nesta entrevista a Crusoé, Marco Aurélio fala da responsabilidade de Bolsonaro sobre a tragédia da pandemia no Brasil e sobre um eventual processo de impeachment. Também revela o desejo para que um nome da chamada terceira via consiga romper a polarização política nas eleições de 2022 e discorre sobre o processo de destruição da imagem do ex-juiz Sergio Moro e da Lava Jato, além de explicar decisões polêmicas que proferiu, como a soltura do traficante André do Rap, e abordar temas que são tabus no STF, como a suspeição de ministros em julgamentos e o desconforto com a condução do chamado inquérito do fim do mundo. Para Marco Aurélio, se a corte hoje vem sofrendo críticas da população, é porque há algo em sua atuação que precisa ser examinado – e o melhor resposta para as cobranças, defende, é a transparência. O ministro afirma que, a partir de julho, irá aproveitar o ócio para mergulhar na leitura de romances e para a assistir às suas séries de TV preferidas. Eis o que ele disse.

O sr. sempre fala com certo saudosismo dos tempos em que chegou ao Supremo, há 31 anos. Qual é a diferença daquele colegiado para este do qual está se despedindo agora?

No tempo da velha guarda eu podia prever a concepção do caso submetido a julgamento. Atualmente, já não posso prever. O colegiado é uma caixa de surpresas. Outro dado que me faz ter saudade da velha guarda é que o tempo era otimizado. O relator sempre levava seu voto estruturado e os demais votavam no improviso. Como costumo dizer no jargão carioca, de gogó. E isso era muito bom. Para acompanhar o relator, como preconiza o ministro Moreira Alves, bastava dizer “de acordo”. Agora, cada colega leva um voto extenso e profere quase todo ele. Há exceções. O ministro Ricardo Lewandowski e o ministro Dias Toffoli às vezes votam de improviso. Mas a maioria leva um voto escrito e daí surge uma incongruência. Se eu sou o relator, por exemplo, eu busco o poder de síntese, conciliando celeridade e conteúdo, porque a fila de processos precisa andar. Às vezes, como uso o poder de síntese, o voto do colega que não é relator chega a ser mais longo do que o meu. E olhe que eu fundamento as decisões. Por isso que eu digo, sem demérito algum para a composição atual do Supremo, eu tenho saudade da velha guarda.

Como funciona o tal “Clube do Bolinha” que o sr. diz existir na corte e do qual se recusa a participar?

Vamos rememorar o passado. O ministro Moreira Alves, por exemplo. Nem a assessoria do gabinete dele conhecia o voto dele. Ficava numa pasta com chave que ele só abria na hora do julgamento. Hoje em dia, o que se tem? O relator encaminha aos colegas um voto preparado. Eu não recebo voto de ninguém porque eu quero estar solto na bancada, decidindo segundo minha ciência e consciência, e nada mais. E também não compartilho o meu voto. O que tenho percebido agora é que, diante de situação que tem repercussão maior no cenário nacional, eles (refere-se a outros ministros) chegam a entrar em contato pela internet, por WhatsApp, eu não sei, e comparecem afinados quanto a um determinado resultado. Para mim, haver isso no colegiado não é bom porque o colegiado é um somatório de forças distintas. Nós nos completamos mutuamente. Se já de início você tiver a concepção do relator, a tendência é você aderir. É a lei do menor esforço, inerente ao ser humano. Por isso penso que não cabe costurar decisão. Um colega chegou até a aventar a possibilidade de, nesses casos de maior repercussão, nós nos reunirmos, acertamos a decisão e colocarmos a capa para simplesmente fazer um arroubo de retórica, um teatro. E o advogado que fosse à tribuna falaria às paredes, não aos integrantes da corte.

Muitas vezes o Supremo é criticado por se portar como onze tribunais distintos, por causa do elevado número de decisões monocráticas e por rever jurisprudências de forma ocasional, como ocorreu na revisão da prisão após condenação em segunda instância. No caso, o sr. manteve sua decisão. Como o sr. enxerga essas críticas?

Você disse bem, e me fez Justiça. Desde o primeiro dia, ante o princípio da não culpabilidade, eu sustentei que não cabe inverter a ordem natural do processo, que é apurar-se para selar a culpa, executar-se a condenação e prender-se. O que ocorre é que o Supremo recebe um número de processos inimaginável. Hoje, prevalecem praticamente as decisões individuais. E o recurso ao colegiado muitas vezes cai em um automatismo tão grande que as razões apresentadas praticamente não são discutidas pelos colegas. Por isso que se diz muito que o Supremo hoje são onze Supremos. Sob a minha ótica deveria ser um único Supremo. E já não é porque temos hoje duas turmas, dois órgãos fracionados. O ideal seria a atuação do Supremo em colegiado maior, com as onze cadeiras ocupadas. Evidentemente, isso teria de passar por uma reforma processual e constitucional profunda para enxugar a competência do Supremo. Hoje, nós julgamos questões do direito penal e não apenas constitucional, por causa dos inúmeros habeas corpus que chegam, e daí entramos na matéria legal. O ideal seria transformar o Supremo em corte exclusivamente constitucional, para se manifestar sobre a harmonia da lei com a Constituição, mas por enquanto não é o que temos. Hoje eu costumo dizer que não sou mais um operador do direito, mas um estivador do direito. A partir do dia 5 (quando deverá se aposentar) a carga estará aliviada e não vou morrer de tédio.

Depois de tanta divisão no plenário, o Supremo demonstrou unidade recentemente no julgamento sobre a constitucionalidade do chamado inquérito do fim do mundo, que investiga supostas ofensas e ameaças contra os ministros. O sr. foi o único que votou contra e criticou a condução do inquérito pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele segue em curso, sob total sigilo, após mais de dois anos. Por que o STF legitimou essa apuração conduzida por quem é, ao mesmo tempo, vítima e julgador?

Nós sabemos que a busca da responsabilidade penal cabe ao estado acusador, ao Ministério Público. O que ocorreu no caso foi que o (então) presidente (Dias Toffoli), ele próprio personificando a vítima, que era o Supremo, determinou a instauração do inquérito. E o pior é que pinçou o relator. Nem sequer houve a distribuição democrática para saber quem seria o relator. Escolheu o relator da preferência dele, o ministro Alexandre de Moraes. Esse inquérito está tramitando, e quando surge qualquer coisa que tenha relação mínima com a matéria básica, que seria divulgação de notícias contrárias ao Supremo e seus integrantes, há remessa do tema para o relator. Por isso, cheguei até a dizer que esse era o inquérito do fim do mundo. Nele cabe tudo.

Outro inquérito, também conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, apura os atos antidemocráticos. Como o sr. observa esses ataques feitos às instituições pelos apoiadores do presidente Bolsonaro e, às vezes, por ele próprio e pelos filhos dele?

De início eu percebo a crítica como construtiva, visando ao aperfeiçoamento das instituições. E essa visão deve ser a tônica no estado democrático de direito, já que é cláusula básica da Constituição Federal a liberdade de expressão. Claro que, se ocorre violência, essa violência deve ser mitigada, mas não mediante uma persecução criminal, a não ser que haja dano, seja pessoal ou patrimonial, a um integrante do Supremo. Por isso não concebo esse furor, quase um furor punitivo, quanto às manifestações. Afinal, a Praça dos Três Poderes é uma praça do povo. O que eu penso é que se deve encarar com naturalidade as manifestações. E elas, na maioria das vezes, visam ao resultado que é o anseio da maioria da sociedade, ou seja, elas são quase sempre procedentes. Quando há uma manifestação contrária a uma instituição, é porque ela não está realmente dentro do figurino institucional e seguindo as aspirações populares. E não pode a manifestação ser cerceada, sob pena de retrocesso.

Hoje temos percebido a volta daquele velho alinhamento entre os poderosos que possibilita a impunidade, uma espécie de acordão que tem reunido o establishment político do país. Que papel o Supremo vem desempenhando nisso a seu ver?

O Supremo não está engajado em qualquer política. A política do Supremo é única, de respeito à Constituição Federal, a lei das leis.

Mas o Supremo reviu decisões, como a da prisão após condenação em segunda instância, além de ter trancado ou arquivado investigações de corrupção envolvendo políticos. Isso não trouxe de volta a sensação de impunidade que a Lava Jato combateu?

É impensável se tentar negar, por exemplo, o trabalho desenvolvido pelo ex-juiz Sergio Moro em termos de combate à corrupção. A corrupção sempre existiu, mas não pode ter o diapasão maior que foi notado. E precisa ser combatida. Há que se distinguir situações. Evidentemente, o Supremo tem um compromisso de zelar pela supremacia de garantias legais e constitucionais. Por vezes, o Supremo é contra majoritário. Ou seja, para tornar prevalecente a Constituição, ele tem que empunhar uma bandeira que não é simpática à população. A população, de início, quer correção de rumos. Mas a correção de rumos não pode ocorrer mediante atropelos, a ferro e fogo. Isso precisa ser compreendido. Agora não há, e eu julgo por mim, uma visão voltada a simplesmente passar a mão na cabeça daquele homem público que claudicou na arte de proceder, como cometer desvio de conduta, seja o homem público que for.

Mateus Bonomi/Crusoé

Alguns ministros da Segunda Turma, ao julgar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, usaram as mensagens hackeadas da Lava Jato como “reforço argumentativo” para não apenas analisar a suspeição do Moro como colocar toda a Lava Jato em descrédito, apontando abusos na condução da operação. Como o sr. vê esse caso, em que o plenário já formou maioria em favor do ex-presidente Lula?

O sistema em si não fecha. Ou a prova é ilícita, e não tem qualquer serventia, qualquer valia, ou ela não é ilícita, e daí pode ser manuseada. No caso concreto, eu ainda vou votar agora no dia 23. Continuamos julgando a questão, muito embora a turma tenha apreciado um habeas corpus, que por decisão do ministro Edson Fachin tinha arquivado esse caso. Praticamente desarquivaram o caso e colaram essa pecha da parcialidade no ex-juiz Sergio Moro. É a pior pecha que pode ser colada na vida de um juiz. A ordem natural não me leva a conceber que alguém que foi aclamado como herói nacional possa, da noite para o dia, ante o diálogo mantido com uma das partes, que é a parte acusadora, ser tido como tendencioso. De início, eu presumo a isenção, não presumo o excepcional extravagante. Presumo uma postura digna por parte de um juiz, e não extravagante ou excepcional. Por isso, devemos atuar com uma certa cautela. Que houve um avanço presente no trabalho da 13ª Vara Federal de Curitiba no combate à corrupção, e todos nós somos interessados neste combate, houve. Temos que reconhecer.

A reação do sistema político à Lava Jato trouxe retrocessos. A Câmara, por exemplo, acabou de votar o afrouxamento da Lei de Improbidade.

Para mim, a Lei de Improbidade é uma lei que tem resultados positivos. Eu costumo dizer que no Brasil não precisamos de novas leis, não precisamos de mais leis. O que nós precisamos é de homens públicos que observem as leis reinantes. Não vejo como se pretende modificar para mitigar a Lei de Improbidade. Será que vivemos ares em que ela não é mais necessária? Não. Os desvios na arte de proceder no campo da administração pública existem e existiram sempre. E a Lei de Improbidade, sob a minha ótica, é uma lei positiva.

O Ministério Público já apontou algumas vezes a suspeição do ministro Gilmar Mendes em julgamentos relacionados a parentes da mulher dele, por exemplo. Recentemente, o ministro Dias Toffoli votou para anular a delação do ex-governador Sergio Cabral na qual ele era um dos acusados. Por que a suspeição de um ministro do Supremo é tratada como tabu e não é levada adiante para análise na corte?

O que eu penso é que não pode haver ideia pré-concebida. Não cabe no âmbito do Supremo o “não me toque”. Se é comigo, eu atuo objetivando afastar a suspeição. Mesmo porque o Supremo é o órgão máximo do Poder Judiciário. O exemplo vem de cima. E a pior coisa é um julgamento em causa própria. Nessa participação do ministro Dias Toffoli, se eu fosse presidente, eu questionaria a participação dele na anulação da delação do ex-governador Sergio Cabral porque ele seria, desde o início, um delatado. Como participar desse julgamento? Eu fiz isso quando houve um caso envolvendo um ex-presidente da República (Fernando Collor) que é meu parente. Mesmo não estando impedido pela lei no caso dele, eu não tinha obrigação de me dar como suspeito, mas me afastei do processo porque ninguém entenderia o meu voto. Se fosse para condená-lo, iam dizer que eu estava sendo mais realista do que o rei para mostrar independência. Se fosse voto a favor, iam dizer que estava votando para atender a consanguinidade, o que eu nunca faria. Agora mesmo, veio para mim um processo em que se ataca uma lei do Distrito Federal que prevê a distribuição dos honorários das causas aos procuradores do estado, o que eu sou contra. Minha filha é procuradora concursada do Distrito Federal. O que eu fiz? Eu assentei a minha suspeição. Não me senti numa situação confortável para votar.

O sr. foi criticado recentemente por uma decisão polêmica que levou à soltura do traficante André do Rap, foragido até hoje. Os advogados que fizeram o pedido eram ex-assessores do seu gabinete. Houve equívoco nessa decisão? Faria diferente hoje?

Eu não me arrependo de nenhum voto. A situação do processo envolvia o paciente André do Rap. Em primeiro lugar, eu não julgo segundo o paciente e nem segundo o impetrante. Julgo segundo o convencimento que eu formo, considerando os elementos existentes no processo. Em segundo lugar, não vejo quem está assinando a petição, a não ser que seja algo escancarado. Parece que a advogada que subscreveu a inicial do habeas corpus teria trabalhado no meu gabinete, não sei em que função. Eu tenho cerca de 40 servidores no gabinete. Agora, eu sempre entrei e saí do gabinete rapidamente. Trabalho em casa, sempre trouxe processo para casa. E não verifico, e não saio pesquisando para ver se há alguma coisa que me leve a ser tido como suspeito no processo. No caso do André do Rap, eu cumpri a lei. O que preceitua o artigo 316 do Código de Processo Penal? Que a prisão provisória vigora por 90 dias. Alegou-se, portanto, que ele já estaria preso havia mais de 90 dias e que não houvera a renovação dessa custódia. A lei prevê que pode haver a renovação, e certamente, na origem, alguém falhou. Ou o Ministério Público ou o próprio juiz, que poderia ter implementado a renovação, de ofício (sem que fosse provocado). Constatando o fato, ou seja, que ele estaria preso além dos 90 dias sem uma decisão renovando essa custódia, eu simplesmente cumpri a lei. Daí a celeuma toda. Um colega, o presidente Luiz Fux, ombreando comigo, cassou minha decisão e ele (André do Rap) já tinha colocado o pé na estrada e sumido do mapa. No plenário, eu disse que era inconcebível porque nós somos iguais, o presidente apenas coordena os trabalhos, não é um superior hierárquico. Mas o plenário resolveu decretar uma nova preventiva. E confirmou o ato dele, restabelecendo a custódia. Paciência. Colegiado é colegiado, é um órgão democrático por excelência e vence a maioria, e não a minoria.

O Brasil está próximo de atingir meio milhão de mortos por Covid-19. Isso está sob investigação na CPI no Senado. Mas com base em tudo que já se sabe, o sr. vê responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro nessa tragédia?

Claro que eu não tenho o presidente da República hoje no banco dos réus, sendo eu incumbido de julgá-lo por crime comum. Mas, evidentemente, ele deve fazer um reexame quanto à postura inicialmente adotada, negacionista quanto aos nefastos efeitos da pandemia. Ele chegou mesmo a dizer que seria uma gripezinha, né? E com isso eu creio que de alguma forma a população baixou a guarda e chegamos a praticamente 500 mil mortos. É algo inconcebível. Agora, a CPI, que tem a tarefa própria de investigar isso, está ressaltando tudo o que nós sabemos de cor e salteado. Ou seja, que realmente o presidente da República subestimou a crise e deixou de adotar a coordenação que se imagina que tenha o poder central no trabalho de governadores e prefeitos. Quando eu enfrentei no Supremo a matéria alusiva à incumbência quanto ao trato da saúde, eu disse que a incumbência é do poder central, dos estados e também dos municípios. Claro que normatizar sobre a saúde cabe ao poder central, e que presumiríamos um trabalho de coordenação do presidente da República. Seria o que ocorreria de mais normal. Tivemos uma exceção, que ele marchou contra a tomada de providência e ainda chegou ao ponto de dizer que o STF o teria impedido de tomar providências. Não foi isso que ocorreu. O Supremo reconheceu o condomínio: ou seja, a tarefa dele, presidente da República, e dos governadores, dos municípios, prefeitos, quanto ao trato da saúde. Agora, temos que esperar para saber os desdobramentos.

Nesses 31 anos de Supremo, o sr. vivenciou dois processos de impeachment, de Fernando Collor e de Dilma Rousseff. O que o sr. pensa de um eventual processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro neste momento?

A situação ainda é embrionária, porque nós não temos sequer em tramitação um requerimento de impedimento do presidente da República, cujo processo tem que ser aprovado para remessa à Câmara dos Deputados. Agora, a repercussão internacional de se apear um presidente do poder é muito ruim. E nós já ultrapassamos a metade do mandato. Que ele complete o mandato e que se dê a palavra aos eleitores quanto ao que ele fez, porque ele se candidatará à reeleição. Aí, que digam se ele merece um segundo mandato de quatro anos ou não. Sem solavancos, sem atropelos, e sem pretensão de apear o presidente da República da cadeira ocupada. De início, eu sou contra afastar o presidente. Ele deve responder pelos atos praticados? Deve responder, mas observando o figurino instrumental previsto na Constituição.

O cenário eleitoral hoje aponta para a repetição da polarização entre Bolsonaro, na extrema-direita, e um candidato de esquerda, o ex-presidente Lula. O que o sr. pensa sobre essa polarização política? Acredita na possibilidade de uma candidatura competitiva na chamada terceira via?

O ex-presidente Lula foi praticamente ressuscitado politicamente quando se devolveu os processos dele à estaca zero, porque entendeu-se que a 13ª Vara não era competente para julgá-lo e, portanto, não persistem as condenações. Agora, o interessante em termos de democracia é que o leque se abra em termo de candidatos. Como eleitor, eu não gostaria de me defrontar com essa polarização, essa dualidade de candidatos, o atual presidente da República e o ex-presidente Lula. O ideal seria surgir uma terceira via. Um outro candidato. Mas é cedo ainda para nos anteciparmos ao que ocorrerá em 2022.

Adriano Machado/Crusoé
Foto: Adriano Machado – Crusoé

O sr. tem algum nome de preferência entre os que se apresentam como pré-candidatos?

Eu espero que se apresente alguém que seja merecedor do voto dos eleitores. Em 2017, fechando um seminário no fim do ano na Universidade de Coimbra, eu fui compelido a falar sobre essa tendência de se eleger um populista de direita para um cargo de direção maior. Aludi à Hungria, à Polônia, falei sobre o Trump e disse com todas as letras: temo pelo Brasil se for eleito presidente da República o deputado federal Jair Bolsonaro, que fez a vida dele batendo em minorias. É a minha visão. E o temor que tive não foi premonição, se revelou em termos de acontecimentos, considerando o desempenho dele no mandato. E agora, sou favorável à permanência dele na cadeira para se aguardar as eleições de 2022.

É o presidente Bolsonaro quem vai indicar o seu sucessor no STF, e ele já deixou claro que o escolhido terá de ser evangélico. O que acha disso? Quais critérios deveriam ser utilizados para a escolha do seu sucessor?

A escolha é do presidente da República. Agora, ele não deve escolher pela religião em si. Se for pela religião em si, teríamos um católico de batismo sendo substituído por um evangélico. Não é isso que está no figurino constitucional. O que precisa ter o candidato é ilibada conduta e um domínio que se presume técnico do direito. De qualquer forma, nós precisamos aperfeiçoar as instituições e ter realmente um crivo pelo Senado da República quanto ao perfil do indicado pelo presidente da República. Os atos são sequenciais. Se não houver aprovação pelo Senado, ele não será nomeado, evidentemente. Agora, a escolha é livre por parte do presidente. Eu só espero que realmente o escolhido esteja à altura não do sucedido, mas à altura da cadeira que será ocupada no Supremo, porque o Supremo tem a última palavra sobre as matérias. Depois que ele bate o martelo, não se tem a quem recorrer. Então, a envergadura da cadeira é que tem que ser percebida pelo candidato.

Qual é a avaliação do sr. sobre os nomes mais cotados para a vaga, o do advogado-geral da União, André Mendonça, o do presidente do STJ, Humberto Martins, e o do procurador-geral da República, Augusto Aras?

Em primeiro lugar, o presidente da República gosta de surpreender. Foi uma surpresa para todos nós a escolha do ministro Nunes Marques. Em segundo lugar, os dois mais mencionados pela imprensa estão, pelos cargos ocupados, credenciados: o procurador-geral da República e o doutor André Mendonça, que é advogado do quadro permanente da advocacia-geral da União e foi, até bem pouco tempo atrás, ministro da Justiça. Os dois estão credenciados. Agora, cabe ao presidente da República a escolha.

Um dos legados do sr. no STF é a TV Justiça, que deu mais visibilidade ao tribunal. O que mudou a partir das transmissões das sessões?

É mola mestra da administração pública, norma básica, a publicidade. A TV Justiça levou o Judiciário à sociedade. Ela fez com que a sociedade acompanhasse o dia a dia do Judiciário. Creio que foi um avanço, e não pode haver retroação quanto à publicidade. Penso que a TV Justiça, como ela revela a possibilidade de um controle externo do Supremo, contribui para melhores dias em termos de entrega na prestação jurisdicional.

Qual é a sua visão sobre ministros do Supremo que atuam próximos da política?

Antes da pandemia, com a roupa que eu fico em casa, eu saía aqui na 23 (refere-se à quadra onde mora, no Lago Sul de Brasília) e ia ao comércio local. Eu ia sem segurança. Me identificavam e me diziam: ministro Marco Aurélio, o senhor está aqui sem segurança? Eu dizia: ‘sim, sou um cidadão e presto contas aos contribuintes’. Toda vez que um integrante do Judiciário é fustigado pela população, ele precisa rever os atos que vem praticando. Alguma coisa não anda bem para ele ser fustigado pela população. Que percebam o juízo que a população tem sobre o desempenho e busquem proceder dentro do figurino constitucional e legal. Agora, repito: a melhor coisa em termos de dias melhores para a República é a publicidade. Devemos todos, principalmente os veículos de comunicação, estar vigilantes e criticando quem mereça, principalmente na administração pública.

Como o sr. gostaria de ser lembrado no futuro e o que pretende fazer após se aposentar, no início do próximo mês?

Sinto-me um homem com o sentimento do dever cumprido. Quero ser lembrado pelo que eu fui sempre como juiz. Pela minha atuação espontânea, independente, pela minha atuação corajosa. Sou um homem que tem estabilidade econômica e financeira. Não pretendo sair atrás da prata pela prata, ombreando, por exemplo, na disputa de clientela. Não. Não morrerei de tédio porque gosto muito de ler, sempre tive à mão um romance. E por que um romance? Porque nós nos defrontamos no romance com conflitos de interesses e adotamos posições com isso, aguçamos a sensibilidade de julgador. Sempre tive à mão um romance. Estou acabando agora um da trilogia da Hilary Mantel, a última obra sobre Henrique VIII. Sempre tive à mão um romance, e também gosto de ver as minhas séries. Eu peço que, com 75 anos de idade, muito embora a saúde esteja magnífica, eu tenha direito ao ócio com dignidade.

Fonte: REVISTA CRUSOÉ.


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MARCO AURÉLIO: “COMO ELEITOR, NÃO GOSTARIA DE ME DEFRONTAR COM A POLARIZAÇÃO ENTRE BOLSONARO E LULA”

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Marco Aurélio: “Como eleitor, não gostaria de me defrontar com a polarização entre Bolsonaro e Lula”
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Em entrevista à Crusoé, o ministro falou sobre a responsabilidade de Bolsonaro na pandemia, sobre um eventual processo de impeachment, entre outros temas

Prestes a se aposentar, o ministro Marco Aurélio Mello disse em entrevista à Crusoé sobre seu desejo para que um nome da terceira via consiga romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e Lula nas próximas eleições presidenciais.

Agora, o interessante em termos de democracia é que o leque se abra em termos de candidatos. Como eleitor, eu não gostaria de me defrontar com essa polarização, essa dualidade de candidatos, o atual presidente da República e o ex-presidente LulaO ideal seria surgir uma terceira via.”

Marco Aurélio afirmou também que temia a eleição de Bolsonaro em 2018, mas defendeu a permanência do presidente “na cadeira para se aguardar as eleições de 2022”.

O ministro falou ainda sobre a responsabilidade de Bolsonaro na pandemia, sobre um eventual processo de impeachment, sobre o processo de destruição da imagem da Lava Jato e de Sergio Moro, sobre a decisão de soltura do traficante André do Rap, entre outros temas.

*Com informações do Antagonista.


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TRT PROMOVE LEILÃO DE HOTEL, HOSPITAL E DIVERSOS OUTROS IMÓVEIS NO RN

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Serão leiloados 64 lotes de imóveis, automóveis, máquinas e equipamentos – Foto: TRT

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) promove, nesta quarta-feira (23), a partir das 10h, mais um Leilão Virtual de bens penhorados pelas Varas do Trabalho de Natal, Mossoró, Caicó e Currais Novos.

Serão leiloados 64 lotes de imóveis, automóveis, máquinas e equipamentos. Os valores apurados com o leilão serão utilizados para o pagamento de dívidas trabalhistas e previdenciárias.

“O leilão terá a publicação de dois pregões, com intervalo de 30 minutos entre si, observada a proporcionalidade de 100% e 50% do valor da avaliação, sem que haja necessidade de renovar a publicação do edital”, explica o juiz Cacio Oliveira Manoel, que presidirá o leilão.

A realização é da Lance Certo Leilões e as inscrições e lances poderão ser apresentados no site www.lancecertoleiloes.com.br.

Entre os bens que serão leiloados estão o prédio do hotel Divi-Divi, em Ponta Negra, com 34 apartamentos e dois motéis, o L’Amore Motel, na praia do Meio, em Natal, e o Havana Motel, no Vale do Sol, em Parnamirim.

Em Mossoró, o destaque é um terreno (150 x 65 m²) próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, o prédio de um restaurante na rua Dionísio Filgueira, no centro, e a sede da Associação Cultural e Desportiva Potiguar, com área de 5.493,11m², avaliada em R$ 5,7 milhões, que poderão ser arrematados até pela metade desse valor em segundo pregão.

Há, também, a sede da APAMI de Apodi e um imóvel que abriga uma fábrica de gelo na praia de Barreiras, em Macau.

O terreno e as instalações da Associação Comunitária de Desenvolvimento do Trairi, medindo 27 mil m², em Santa Cruz, que foram penhorados pela Vara do Trabalho de Currais Novos, também vão a leilão.

O TRT-RN também leiloará uma fazenda com 34,89 hectares, em Jandaíra, na região do Mato Grande, com três poços novos, tanques para produção de camarão com estrutura de despesca, avaliado em R$ 1 milhão (1º leilão), que poderá ser arrematado por até R$ 500 mil (2º leilão).

Terrenos, apartamentos e casas em Natal e nas praias do litoral sul, uma loja comercial no CCAB Sul, equipamentos de academia de ginástica e de uma queijeira, dezenas de armações para óculos e até uma embarcação também serão leiloados pelo TRT-RN.

SERVIÇO

Leilão Virtual do TRT-RN

Data: Quarta-feira (23/06/2021)

Horário: 10:00h

Endereço: www.lancecertoleiloes.com.br


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COM 500 MIL MORTES, GOVERNO DIZ ESTAR “NOS TRILHOS DA PRESERVAÇÃO DE VIDAS”

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Com 500 mil mortes, governo diz estar “nos trilhos da preservação de vidas”
Foto: Alan Santos/PR

A Casa Civil divulgou neste sábado um balanço dos 900 dias do governo Bolsonaro

No mesmo dia em que o Brasil alcançou a marca de meio milhão de mortos por Covid, a Casa Civil divulgou um balanço dos 900 dias de governo Jair Bolsonaro, dando destaque para as ações de combate à pandemia. 

O governo do presidente Jair Bolsonaro completa, neste dia 19 de junho, 900 dias de ações com foco no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Muitos esforços têm sido direcionados para as ações de promoção à saúde e também para a retomada do crescimento econômico do País”, diz trecho do texto.

O documento, intitulado “900 dias: nos trilhos da preservação de vidas e da retomada da economia” diz ainda que o Brasil é o quarto no ranking mundial de vacinação. Considerando a aplicação de doses das vacinas contra a Covid na relação a cada 100 habitantes, porém, o país aparece em 67º lugar.

Mais de 110 milhões de doses de vacinas contra a doença já foram enviadas a todos os estados brasileiros, o que coloca o País em quarto lugar no ranking mundial de países que mais aplicam vacinas contra a Covid-19. Até o fim do ano, todos os brasileiros, que assim o desejarem, serão vacinados.”

*Informações do Antagonista.


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D2: 112 MIL DOSES DA ASTRAZENECA CHEGAM AO RN

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Neste domingo (20), a governadora Fátima Bezerra comemorou a chegada de 112 mil doses para o RN concluir imunização com a segunda dose. Por meio das redes sociais, a gestora escreveu: “Vacinas já em solo potiguar, pessoal. Essas 112 mil doses da AstraZeneca serão direcionadas para a D2 de idosos e membros das forças de segurança pública que tomaram a primeira dose há cerca de três meses e agora terão o reforço garantido, se Deus quiser! #AceleraVacina

Mais cedo, ela havia anunciado que o novo lote já estava vindo para solo potiguar.

Confira publicação:


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LULA: “UM PAÍS QUE JÁ FOI REFERÊNCIA MUNDIAL EM VACINAÇÃO”

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Lula é vacinado contra covid-19 em São Bernardo do Campo | Poder360

Solidária e humanamente, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Lula (PT), se manifestou sobre as 500 mil vidas perdidas no país pelas complicações decorrentes da Covid-19. Ele escreveu, por meio de seu perfil nas redes sociais: “500 mil mortos por uma doença que já tem vacina, em um país que já foi referência mundial em vacinação. Isso tem nome e é genocídio. Minha solidariedade ao povo brasileiro“.

Sob governo Lula, Brasil foi o país que mais vacinou contra H1N1 pelo sistema público

Vacinação contra H1N1 em São Paulo, em 2010 – Agência Brasil

Em 2010, o país foi o que mais vacinou cidadãos contra H1N1 pelo sistema público no mundo. A gripe A foi considerada uma pandemia global até agosto daquele ano, e matou 2,1 mil brasileiros. A imunização contra o vírus H1N1 começou em março de 2010 e pretendia conter uma “segunda onda” de casos da doença no outono e no inverno.

O Ministério da Saúde definiu então cinco grupos prioritários para a vacinação: indígena, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças entre seis meses e dois anos de idade e jovens com idade entre 20 e 39 anos. Diferentemente da covid-19, os idosos não eram considerados grupo de risco.

Segundo o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), o legado da campanha de vacinação implementada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meio à pandemia do vírus H1N1, entre 2009 e 2010, deveria ser usado como exemplo pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) contra a covid-19

Em 2008, Lula (PT) e o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se uniram para divulgar campanha de vacinação em massa contra gripe. Hoje, Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) colocam disputa política acima da preocupação sanitária / Foto: Ricardo Stuckert

*Com informações do Brasil de Fato.


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BOLSONARO IRONIZA MANIFESTAÇÃO CONTRÁRIA AO GOVERNO

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Confira a publicação em que o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, como se não vivesse no Brasil e desconhecesse a adesão dos atos contrários ao seu governo, zomba de ato realizado em interior paranaense, na cidade de Paranaguá (com pouco mais de 150 mil habitantes), ao escrever legenda oposta ao sinalizado no vídeo:

“Manifestação contra Bolsonaro fecha rua e paralisa o centro de Paranaguá/PR.”

O apoiador bolsonarista alfineta ao dizer: “a passeata foi com seis pessoas, voltou com quatro. Vão para casa, rapaziada. Tá chovendo”.

#Manifestações

Neste sábado (19), mais de 750 mil pessoas saíram às ruas em cidades por todo o país, e também no exterior, em mais uma grande manifestação contra Bolsonaro organizada pelas frentes: Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais e partidos políticos. Ao todo, foram 427 atos nas 27 unidades da federação em mais de 400 municípios daqui e outros 17 de fora, em um grito contra a gestão do presidente da República.

No mesmo dia, o país alcançou a sombria marca de 500 mil mortes pela covid-19, doença cuja vacina foi oferecida e recusada por Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Teve cartaz culpando Bolsonaro pela morte de parentes.

Foto: @ricardostuckert

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DEPUTADA BOLSONARISTA APARECE DE FUZIL EM HELICÓPTERO E CRITICA CAIADO

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A deputada Magda Mofatto, do Partido Liberal (PL) de Goiás, publicou em seu perfil nas redes sociais um vídeo em que ela aparece armada com um fuzil dentro de um helicóptero. Na gravação, ela declara que sairá em busca do serial killer Lázaro Barbosa.

A parlamentar escreveu: “Te cuida, Lázaro. Se o @ronaldocaiado não deu conta de te pegar, eu estou indo aí te pegar. Comandante 🚁 rumo para Cocalzinho ☝🏻🚁🔫👊🏻💣”

Desde o dia em que assassinou brutalmente uma família no Distrito Federal, em 9 de junho, Lázaro é alvo de uma megaoperação de buscas, que conta com mais de 200 de agentes de forças de segurança.

Confira o vídeo:


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