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outubro 15, 2025


ROGÉRIO: “O PROBLEMA DO RN NÃO É A DÍVIDA, É A AUSÊNCIA DE GOVERNO”

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O senador e presidente do PL no Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), falou sobre o endividamento do Estado e afirmou que a situação fiscal atual é resultado de “falta de planejamento e de gestão” da administração petista. Pré-candidato ao Governo do RN em 2026, Marinho avaliou os dados do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), que apontam uma dívida consolidada líquida de R$ 6,29 bilhões, conforme publicado pelo Diário do RN nesta terça-feira (14), e disse que o problema “não é o tamanho da dívida, é a ausência de governo”.

“O endividamento crescente do Rio Grande do Norte é um retrato da falta de planejamento e de gestão do atual governo do PT. Herdar um Estado com mais de R$ 6 bilhões em dívidas seria, sem dúvida, um grande desafio, mas não é impossível de enfrentar”, declarou, se colocando como nome disposto a assumir a missão de administrar o problema.

De acordo com o levantamento do TCE, com dados enviados pelo Governo do RN ao órgão, o valor da dívida aumentou R$ 1,8 bilhão desde 2019, início do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra (PT). O total, que soma R$ 3,2 bilhões em dívidas contratuais e R$ 2,49 bilhões em empréstimos, cresceu mais de 260% em relação a 2018, último ano da gestão anterior.

Para Rogério Marinho, o cenário reflete uma condução equivocada das contas públicas e a ausência de planejamento estratégico. O senador ressaltou que, em sua avaliação, o Estado perdeu capacidade de investimento e dinamismo econômico nos últimos anos, justamente por falta de foco administrativo.

“É possível reorganizar as contas, investir em infraestrutura e devolver a confiança da população com responsabilidade fiscal. O que falta ao RN hoje é justamente isso: gestão, prioridade e compromisso com quem produz e gera emprego”, afirmou.

Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo de Jair Bolsonaro, tem defendido o retorno de uma política de parcerias com o setor privado e investimentos estruturantes, e afirmou que pretende conduzir um governo com base em critérios técnicos.

“Se tivermos uma equipe técnica competente, uma visão de Estado e a coragem de tomar decisões necessárias, vamos colocar o Rio Grande do Norte de volta nos trilhos. O problema não é o tamanho da dívida, é a ausência de governo”, finalizou.

A declaração do senador se opõe ao posicionamento do secretário de Fazenda e pré-candidato do sistema governista, Carlos Eduardo Xavier (PT), que defende a atual situação fiscal, afirmando que o próximo gestor herdará um Estado “infinitamente melhor” do que o recebido em 2019.

A situação financeira do Rio Grande do Norte, como principal tônica da campanha eleitoral de 2026 expõe o tom que deve dominar a disputa eleitoral de 2026: o embate entre o legado fiscal do governo Fátima Bezerra e a crítica oposicionista ao aumento da dívida.

O posicionamento de Rogério Marinho reforça o discurso que o PL tem consolidado no Estado. O partido, que vem estruturando sua presença política com novos apoios e articulações regionais, tem usado a pauta econômica como principal eixo de confronto com o Governo do PT.


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CADU XAVIER MINIMIZA DÍVIDA DIANTE DO ESTADO “INFINITAMENTE MELHOR”

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O secretário de Fazenda e pré-candidato do sistema governista ao Governo do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier (PT), reagiu às críticas sobre o aumento da dívida pública estadual e afirmou que o próximo governador ou governadora encontrará um Estado “infinitamente melhor” do que o que a atual gestão recebeu em 2019.

De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), repassado pelo próprio Governo do Estado ao órgão, a Dívida Consolidada Líquida do Rio Grande do Norte chegou a R$ 6,29 bilhões em agosto deste ano, o equivalente a um aumento de R$ 1,8 bilhão desde o início da administração da governadora Fátima Bezerra (PT), em 2019, quando o total era de R$ 4,46 bilhões.

A realidade financeira do Estado se torna um componente decisivo na corrida eleitoral de 2026. A menos de um ano da sucessão, o Rio Grande do Norte entra no ciclo eleitoral com um dado incontornável: o próximo governador ou governadora começará o mandato sob o peso de uma dívida bilionária.

Mesmo diante dos números, Cadu Xavier, que anda em pré-campanha eleitoral mostrando disposição de sentar na cadeira do Executivo estadual, justificou o cenário. Segundo ele, parte significativa desse montante vem de precatórios originados de gestões passadas, referentes a descumprimentos de direitos de servidores e atrasos acumulados.

“Esses processos estavam tramitando na Justiça e se transformaram em precatórios na nossa gestão”, disse.

O secretário afirmou ainda que o atual governo reverteu um quadro de colapso fiscal e administrativo herdado de 2018: “Não sou eu que estou dizendo, são os fatos. A gente vivia numa terra onde os salários estavam atrasados, onde o Estado se comprometia com gasto de pessoal de 66%. Hoje estamos na casa dos 55% e devemos entregar o governo na casa dos 54%”, declarou.

Cadu também citou fatores externos que, segundo ele, reduziram a capacidade de arrecadação dos Estados, como as leis complementares 192 e 194, que alteraram a tributação sobre combustíveis, energia e telecomunicações. “Mesmo no meio desse processo, a situação hoje é infinitamente melhor do que era antes, do ponto de vista fiscal e administrativo”, complementou.

O pré-candidato ressaltou ainda avanços em áreas como segurança pública, estradas, saúde, educação e agricultura familiar, mencionando a criação dos Institutos Estaduais de Educação Profissional (IERNs) e reformas em mais de 100 escolas. Para ele, há uma enorme distância entre a situação contábil do estado entre 2018 e o momento atual.

“Quem receber o Estado em 2027 vai encontrar uma situação muito melhor do que aquela que nós recebemos — com o servidor com quatro folhas em atraso, consignados atrasados, fornecedores atrasados. Era um verdadeiro caos. Naquela época o Estado não tinha nem contabilidade. Nem esses relatórios que hoje a oposição usa para nos atacar eram possíveis, porque nem eram fidedignos. A nossa contabilidade era a pior do país. Hoje é a quinta melhor. A realidade é completamente diferente”, garante.

Com trajetória técnica e perfil de gestor, Carlos Eduardo Xavier é secretário desde o primeiro mandato de Fátima (PT) e tem sido o porta-voz da defesa do legado fiscal da atual administração.

O cenário das finanças no Rio Grande do Norte tende a se consolidar como um dos temas centrais da disputa eleitoral do próximo ano.

Thabata Pimenta: “Dívida do RN é fruto de décadas de má gestão”

A pré-candidata ao Governo do Estado, vereadora Thabatta Pimenta (PSOL) afirmou que a dívida bilionária do Rio Grande do Norte é resultado de “um acúmulo histórico de más gestões, falta de planejamento e decisões equivocadas” que se estende por várias administrações. Para ela, o endividamento atual não é responsabilidade exclusiva de um governo, mas de um modelo de gestão que priorizou o imediatismo em detrimento de políticas estruturantes.

“Essa situação não surgiu de um dia para o outro, é consequência de administrações que comprometeram a capacidade de investimento do Estado e prejudicaram serviços essenciais, como saúde, educação e segurança”, afirmou.

A parlamentar, que tem defendido um discurso de renovação administrativa e foco em resultados, propõe renegociar a dívida de forma inteligente e investir em medidas de austeridade e eficiência fiscal, sem abrir mão da responsabilidade social. “Precisamos reverter esse quadro por meio da renegociação da dívida, do combate ao desperdício e da aplicação eficiente dos recursos públicos”, declarou.

Thabata destacou ainda que pretende conduzir um governo pautado pela transparência e pela credibilidade: “Nosso foco deve ser resgatar a confiança do Estado, atrair investimentos e garantir que o dinheiro do povo volte a trabalhar pelo povo, com justiça, desenvolvimento e oportunidades para todos os potiguares”.

O Diário do RN tentou, ainda, conversar sobre o desafio das finanças estaduais com os pré-candidatos ao Governo do RN, Álvaro Dias (Republicanos), Allyson Bezerra (UB) e Carlos Eduardo Alves (PSD), mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


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DESMENTIDA POR AGRIPINO, CARLA ADMITE QUE MENTIU SOBRE ANUÊNCIA

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A deputada federal Carla Dickson (União Brasil) admitiu, por meio de nota enviada à imprensa, que mentiu ao afirmar ter solicitado uma carta de anuência para deixar o partido e se filiar ao PL, legenda comandada no Estado pelo senador Rogério Marinho. A confissão veio quatro dias depois de a própria parlamentar, em discurso acalorado durante evento do PL em Mossoró, ter declarado que o pedido havia sido “negado” pela direção do União Brasil. A assessoria de Carla enviou nota reconhecendo que nenhum pedido foi protocolado, uma forma diplomática de confirmar que a declaração feita no palanque foi, no mínimo, inventada.

“A Deputada Carla Dickson não protocolou oficialmente nenhum documento de desfiliação, porém, em conversa informal com a nacional do partido, a deputada foi informada que não seria assinado sua carta de anuência”, diz o texto, sem nominar com quem, da direção nacional do partido a deputada teria conversado e quando teria ocorrido essa conversa.

O comunicado tenta amenizar o constrangimento ao afirmar que a parlamentar mantém “grande admiração e carinho” por José Agripino e que a desfiliação “conforme já antecipado pelo Senador José Agripino, ocorrerá no período apropriado, respeitando a legislação eleitoral”. A fala do presidente do União Brasil foi feita ao Diário do RN, em publicação desta terça-feira (14).

Na prática, a nota oficial desmonta o principal enredo do discurso que Carla havia feito dias antes, o de uma deputada “impedida” de ingressar no PL por resistência do seu atual partido. O episódio, que começou como ato de entusiasmo político, terminou com um desmentido e uma confissão de mentira.

No evento de filiação do novo presidente do PL Mossoró, Jorge do Rosário, na última sexta-feira (10), Carla afirmou diante de uma plateia repleta de lideranças bolsonaristas: “Infelizmente, a minha carta de anuência foi negada pelo meu atual partido e eu não posso estar de fato e de direito no PL, mas eu já caminho no plenário da Câmara com a oposição, com o PL. Já sou de coração e eu quero vocês tudinho na minha festa de filiação”.

A fala foi recebida com aplausos puxados pelo próprio Rogério Marinho, além do presidente do PL Mossoró, Jorge do Rosário, deputados estaduais e federais da sigla, pré-candidatos ao Senado e vereadores da região. Em tom de entusiasmo, Carla completou o discurso dizendo que estava “como uma soldada” do senador e declarou apoio à sua pré-candidatura ao Governo do Estado.

A empolgação do palanque durou pouco. Em entrevista ao Diário do RN, o presidente estadual do União Brasil, José Agripino, negou que a deputada tenha sequer feito o pedido de anuência mencionado no evento.

“Não, nem foi pedida, nem foi atendida, nem nada. Ela tem uma janela, ela não precisa da anuência. Se ela é candidata a deputada federal, ela terá uma janela assegurada pela lei na época oportuna”, afirmou o ex-senador.

A cena expôs também a pressa da deputada em se alinhar ao grupo de Rogério Marinho, de olho na eleição de 2026, e o desconforto crescente dentro do União Brasil potiguar. José Agripino classificou uma eventual saída como “indesejada”, mas admitiu que a decisão caberá a ela. “Não é desejável, mas ela é dona dos caminhos dela”, finalizou.


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