GESTÃO FÁTIMA BEZERRA TEM O MAIOR CRESCIMENTO DO TURISMO NA HISTÓRIA

Renúncia de ICMS no querosene da aviação e investimentos na segurança foram alguns dos principais motivadores para o impulsionamento positivo do setor do turismo no Rio Grande do Norte. A avaliação é do secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier, que atribui os números recordes alcançados pelo turismo potiguar em 2024 às ações do Governo do Estado voltadas à promoção de destinos, concessão de incentivos fiscais e melhoria da infraestrutura. Segundo ele, mesmo diante de restrições orçamentárias, o turismo tem sido tratado como uma das prioridades da gestão Fátima Bezerra (PT).
“O turismo tem sido uma das prioridades do governo. Mesmo com as dificuldades, o governo vem investindo na promoção dos nossos destinos, em concessão de renúncia de ICMS no querosene de aviação para atração de voos, concessão de subsídios para voos internacionais diários e na própria recuperação da infraestrutura rodoviária que leva às nossas principais atrações turísticas”, afirmou o secretário.
As declarações de Cadu Xavier ao Diário do RN foram dadas após a divulgação de estudo do Instituto Fecomércio RN, que apontou que o Estado registrou em 2024 a maior receita turística de sua história, no valor de R$ 11,3 bilhões. O levantamento mostra que o turismo cresceu 57,4% no pós-pandemia, desempenho acima da média nacional, e que o setor representa 6,62% da economia potiguar, a segunda maior participação do Nordeste. No recorte acumulado (2006–2024), o RN cresceu 165,3% na receita turística, acima da média brasileira (152%), mantendo participação na receita turística nacional na faixa de 0,9% a 1,1%.
As ações na área da segurança pública, segundo Xavier, têm contribuído para fortalecer a confiança dos visitantes e dos próprios potiguares. “O trabalho que foi feito na reestruturação da segurança pública, com mais policiais nas ruas, viaturas novas e policiais equipados, culminou com uma sensação de segurança que encoraja os turistas a virem conhecer as maravilhas do nosso Estado”, afirmou.
De acordo com o levantamento da Fecomércio, Natal foi responsável por 58,14% da arrecadação turística estadual, alcançando R$ 6,6 bilhões em 2024, enquanto municípios como Tibau do Sul, onde o turismo responde por 58,46% da economia local, se consolidaram como referências nacionais no setor.
Para o diretor-presidente da Emprotur, Raoni Fernandes, o crescimento em faturamento é mais importante do que o próprio crescimento do fluxo: “Isso significa dizer que estamos, através de um trabalho de inteligência, encontrando um perfil de turista que tem mais afinidade com o produto. Ou seja, a gente está usando a comunicação certa, a linguagem certa para atrair o público certo para o destino certo”.
Fernandes ressalta que esse trabalho é realizado pelo Governo do Estado, com investimento de aproximadamente R$ 13 milhões em 2024.
“O grande investidor de recursos em promoção é o Governo do Estado. Em 2024, o governo do Rio Grande do Norte investiu 13 milhões de reais, vai passar disso em 2025 e praticamente dobrar em 2026”, garante, destacando fatores de contribuição para os resultados, como “a parceria com o trade, com a hotelaria, com os receptivos, com a Fecomércio e com o Sebrae”.
Interiorização
O estudo ainda evidencia forte concentração geográfica no RN: o Litoral Sul responde por R$ 9,1 bilhões, 80,83% da receita turística estadual, e, somado ao Litoral Norte, concentra 84,95% da arrecadação, sinalizando que ainda há predominância do turismo de sol e mar no território potiguar. Cadu Xavier reforçou que, embora o litoral concentre a maior parte da atividade turística, o governo tem buscado ampliar o alcance das políticas públicas para o interior.
“A interiorização do turismo é uma meta do nosso governo. Temos trabalhado nossos potenciais como o Geoparque Seridó, as nossas serras e também o estímulo ao turismo religioso. Essas ações em conjunto certamente trarão mais desenvolvimento, emprego e renda para a nossa população”, ressaltou.
Raoni Fernandes corrobora com a perspectiva e acredita que o novo público que tem procurado o RN deverá começar a diversificar as visitas para além do sol e mar.
“Tem nesse ambiente a oportunidade de apresentar outros produtos, principalmente de interiorização, como tem Galinhos, como tem Santa Cruz com a Santa Rita, como tem as cavernas de Felipe Guerra, como tem Geoparque Seridó. Uma diversidade que Rio Grande do Norte tem, mas que ainda não atingiu tanto crescimento e que agora tem a oportunidade a partir desse público diversificando a sua demanda”, conclui Raoni.