A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sofreu redução de 34% no orçamento de custeio e de capital nos últimos três anos. A instituição terá à disposição cerca de R$ 115 milhões para este ano, contra os R$ 176 milhões registrados em 2018. A queda dos valores decorre do corte de R$ 1 bilhão feito pelo governo federal no orçamento das instituições federais de ensino superior em 2021.
De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento de 2021 para as 69 universidades federais é 18,16% menor do que o destinado no ano passado. Com isso, o temor dos reitores é de que os cortes inviabilizem o custeio das atividades. A redução atingiu em cheio o uso das despesas discricionárias, que são as utilizadas para pagamento de água, luz, limpeza e manutenção da infraestrutura.
Na UFRN, o orçamento de custeio é de R$ 115 milhões para 2021. No entanto, 58% do orçamento permanece sob supervisão e depende ainda de aprovação pelo Congresso. Dessa parte sob supervisão, outros 13,89% foram bloqueados.
O reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, avalia que as restrições podem gerar entraves à administração da universidade.
“Nessa perspectiva, é urgente que ocorra o desbloqueio de 13,89% da verba, a reposição dos valores cortados em relação ao orçamento do ano passado e que se abra uma agenda de recomposição do orçamento das universidades federais”, analisa Daniel Diniz
Diante desse cenário, reforça o reitor, a UFRN vem participando do esforço coordenado pela Andifes e espera que o diálogo com o Ministério da Educação (MEC) e com o Congresso Nacional viabilize a recuperação do orçamento de todas as instituições federais de ensino superior.
O Ministério da Educação afirmou, por nota, que “não tem medido esforços nas tentativas de recomposição e/ ou mitigação das reduções orçamentárias” das instituições federais e que “está promovendo ações junto ao Ministério da Economia para que as dotações sejam desbloqueadas e o orçamento seja disponibilizado em sua totalidade para a pasta”.
A Educação informa que não houve corte no orçamento das instituições mas um bloqueio orçamentário. “O MEC está promovendo ações junto ao Ministério da Economia para que as dotações sejam desbloqueadas e o orçamento seja disponibilizado em sua totalidade para a pasta”, encerrou.
Fonte: Novo Notícias.