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DESAPROVAÇÃO A LULA CRESCE E ALIADOS APONTAM FALHAS E DESINFORMAÇÃO

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A queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revelada pela pesquisa Genial/Quaest, gerou reflexões entre aliados e opositores políticos. Apesar da desaprovação de 49% contra uma aprovação de 47%, e uma queda de 7 pontos no Nordeste, onde tem maior popularidade, parlamentares próximos ao Governo destacaram avanços da gestão e apontaram problemas externos e de comunicação como fatores principais para o resultado.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é vice-líder do Governo no Senado, atribuiu o cenário a falhas na comunicação. “Eu acho que a falha maior é na comunicação. Eu não encontro motivo que justifique”, afirmou ao Diário do RN. Ela ressaltou conquistas do Governo, especialmente no combate à pobreza e na recuperação econômica.

“O presidente Lula tirou 39 milhões de pessoas da extrema pobreza, baixou o PIB apesar de qualquer previsão que fizeram, conseguiu baixar os preços, apesar de não muito, o pessoal tem que lembrar que há pouco tempo tinha fila para comprar osso; teve melhora no desemprego, é visível, o comércio cresce”, avaliou Zenaide.

A senadora também mencionou iniciativas importantes, como a retirada de impostos da cesta básica, mas criticou o setor varejista por não repassar os benefícios à população: “Agora, não é simples. Nós aprovamos a retirada dos impostos de todos os itens da cesta básica, mas os supermercados não estão nem aí. O presidente Lula está numa política internacional pujante. Não vejo motivos reais para essa desaprovação”, completou.

Já o deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) elencou três fatores que, segundo ele, contribuíram para os índices negativos da pesquisa: a forte campanha de desinformação, como a envolvendo o Pix, a demora na chegada dos resultados das políticas públicas e a inflação dos alimentos.

O deputado reconheceu que o Governo já tomou medidas para enfrentar esses desafios, como ajustes na estratégia de comunicação, mas ressaltou que só isso não é suficiente.

“A comunicação não substitui a política. Nesse sentido, penso que é preciso que todos os órgãos do Governo Federal (inclusive os no Estado) atuem de forma articulada e proativa para que os resultados das políticas públicas cheguem na ponta de forma mais rápida. E é preciso enfrentar o grave problema da inflação dos alimentos. Está mais do que claro que o Governo Lula sobre um permanente ataque especulativo. Vide a alta artificial do dólar”, destacou Mineiro.

“Lula está colhendo o que plantou”
Já a oposição atribui o cenário a erros graves da administração federal. O deputado federal General Girão (PL-RN) questionou a narrativa adotada pelo Governo para justificar a queda de popularidade, afirmando que o PT “sempre coloca a culpa em alguém”.

“Querem colocar a culpa no dólar, colocar a culpa nos alimentos, com essa invenção que queriam aprovar a dilatação do prazo de vencimento dos alimentos. Mas nós sabemos que essa queda na aprovação é porque o Governo não tem nenhum serviço para ser mostrado”, disse Girão.

Além de apontar a ausência de resultados concretos, o deputado Girão também apontou gastos excessivos e questionou os dados oficiais apresentados pela gestão petista, especialmente no que diz respeito à saúde.

“Gastos exorbitantes, sem justificativa, com festas para Janja, que gosta de gastar muito, gastos com as viagens dele [Lula], gastos com tudo que não deveria ser. E o pior de tudo: nós temos aqui o Rio Grande do Norte uma fila que beirava pouco mais de 70 mil cirurgias eletivas paralisadas. Eu espero que a grande mídia investigue isso aí, eu espero que a Assembleia Legislativa faça rapidamente uma avaliação do problema”, criticou o parlamentar do PL potiguar.

Para o deputado Cel. Azevedo (PL), a queda é reflexo direto das escolhas do presidente. Ele criticou duramente a condução econômica e o discurso político do governo, afirmando que Lula “colhe o que plantou”. Segundo ele, a gestão é “estruturalmente ruim” e utiliza “mentira e malícia como rotina”.

“As ações econômicas são irresponsáveis e a relação com a sociedade é uma cilada para os dois lados, tanto para o Governo quanto para a população. Lula usa a mentira e a malícia como rotina de gestão. Brincou com o sentimento das pessoas. Prometeu picanha e cervejinha a preços acessíveis e está entregando inflação generalizada. Ao mesmo tempo, exagera na distribuição de ódio com o discurso do nós contra eles”, destacou Azevedo.

O deputado estadual também criticou os gastos públicos e a comunicação do governo, afirmando que “mentira atrás de mentira” tem sido o modus operandi da gestão Lula. Para ele, até antigos apoiadores estão se afastando. “Lula perdeu o monopólio da comunicação. Até os inocentes úteis, que acreditaram em suas narrativas, estão acordando”, concluiu.


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