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MINEIRO CULPA BOLSONARO POR TARIFA DE TRUMP E ALERTA PARA PREJUÍZOS AO RN

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O deputado federal Fernando Mineiro (PT) culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos, em retaliação do presidente Donald Trump ao julgamento de Bolsonaro pelo Supremo tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Diário do RN, Mineiro afirmou que a medida adotada pelo governo de Donald Trump tem consequências diretas para o Rio Grande do Norte, especialmente para setores exportadores como frutas, pescados e sal marinho.

“Nosso Estado, a despeito da pequena representatividade econômica no contexto do agro nacional, não deixará de sentir os efeitos diretos das ações de Trump e Bolsonaro”, afirmou.

A medida, anunciada pelo presidente norte-americano nesta semana, tem motivação claramente política, segundo Mineiro, e expõe os riscos da aliança ideológica entre o bolsonarismo e a extrema-direita internacional. Para ele, a retaliação americana tem ligação com a postura de confronto adotada por Bolsonaro no cenário externo, inclusive com o atual governo brasileiro.

“Essas áreas serão afetadas diretamente pela ação da dupla Trump-Bolsonaro. O setor da economia no Estado sofrerá as consequências, caso não haja recuo da decisão”, disse.

Mineiro ressaltou que uma parte significativa das exportações potiguares depende diretamente do mercado americano. Frutas tropicais, pescados e sal marinho, principais produtos da balança comercial potiguar, estão na linha de frente dos setores ameaçados pela tarifa de 50%.

O parlamentar também cobrou um posicionamento firme das entidades empresariais e lideranças políticas do estado diante da gravidade do cenário.

“A sociedade potiguar certamente está no aguardo de um posicionamento das lideranças empresariais do Estado. A posição dos bolsonaristas locais já conhecemos: mais do que apoiadores, são cúmplices desse crime de lesa-pátria”, acusou o deputado do PT.

Mineiro defende que haja pressão política para que o governo brasileiro consiga reverter a medida por meio do diálogo diplomático, mas alerta que parte da elite política local parece ignorar os impactos para a economia potiguar, em nome de alianças ideológicas.

A decisão de Trump, que deve entrar em vigor em agosto, já é alvo de protestos e tentativas de negociação por parte de entidades industriais e do governo brasileiro. No Rio Grande do Norte, as exportações para os EUA somaram US$ 67,1 milhões apenas no primeiro semestre de 2025, um crescimento de mais de 120% em relação ao ano anterior. Grande parte desse valor é concentrado justamente nos setores que agora estão sob risco.

Rogério Marinho culpa Lula por crise com Trump
O senador potiguar Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado Federal, culpou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela crise diplomática que resultou na imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Em entrevista à rádio 96 FM, nesta quinta-feira (10), Marinho rechaçou a política externa do Governo Lula e classificou a condução das relações internacionais como “submissão ideológica”.

“Lula bajula ditadores, relativiza terroristas e envergonha o Brasil no cenário mundial. Não é política externa, é submissão ideológica e as consequências estão aí”, colocou em legenda de postagem nas redes sociais.

A medida anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump tem gerado reações de lideranças políticas e empresariais por todo o país, especialmente em estados exportadores como o Rio Grande do Norte, onde setores como sal, pesca, petróleo e fruticultura dependem do mercado americano.

Durante a entrevista, o senador foi ainda mais incisivo ao afirmar que Lula é o verdadeiro responsável pelo desgaste diplomático com os Estados Unidos, ao adotar o que chamou de uma postura ideológica “constrangedora”.

“Ele não me representa quando abraça o Irã, relativiza o terrorismo do Hamas, passa a mão na cabeça da Rússia que invadiu a Ucrânia, ou quando abraça os ditadores da Venezuela e da Nicarágua. O que temos hoje é uma política externa atabalhoada, baseada em jactância e vaidade”, afirmou.

Marinho argumenta que a postura do presidente brasileiro nos fóruns internacionais é de busca por prestígio pessoal, e isso se refletirá nas urnas. “Lula acredita piamente que vai ganhar um Prêmio Nobel, mas o prêmio que vai receber é um bilhete de despedida, porque não será reeleito.

Ele está mais preocupado com a perpetuação no poder do que com o futuro do Brasil”, declarou.

Na avaliação do parlamentar, a crise com os Estados Unidos é apenas mais um reflexo de uma política externa que ignora a realidade geopolítica e os interesses comerciais do Brasil. Para ele, o governo Lula age com base em alianças ideológicas, o que compromete a credibilidade internacional do país.

“O PT não tem projeto de país. Tem projeto de poder. A conta dessa má condução está chegando, e quem paga é o povo brasileiro, o trabalhador, o exportador, os estados que dependem dessas relações comerciais”, concluiu.

Como representante do Rio Grande do Norte no Senado, Marinho também fez referência à gravidade da situação para o estado, que viu crescer exponencialmente suas exportações para os EUA nos últimos anos, especialmente no setor de pescado e sal marinho, ambos agora ameaçados pela nova taxação.


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