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Tulio Lemos


JAIME QUER ALLYSON GOVERNADOR COM FÁTIMA E ZENAIDE NO SENADO EM 2026

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Jaime Calado (PSD), prefeito de São Gonçalo do Amarante — e marido da senadora Zenaide Maia (PSD) — defendeu a aliança que considera ideal para a disputa das eleições gerais do Rio Grande do Norte em 2026: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), como candidato ao Governo; Fátima Bezerra (PT) e Zenaide Maia compondo a chapa ao Senado; e a escolha do vice-governador a cargo do MDB, sob coordenação do presidente estadual da legenda, Walter Alves. O assunto foi conversado em entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM, nesta terça-feira (13).

“Eu conheço Cadu, é um cara decente. Trabalhei, fui secretário junto com ele. É um rapaz excelente. Só tenho elogios pra Cadu. Agora, na hora de formar uma chapa dessa, são muitos fatores, além de ser uma boa pessoa, a ser um bom quadro, que ajudam a formar essa chapa.

Agora, eu acho que o nome mais forte hoje para governador do Estado é Allyson Bezerra”, opinou Jaime, analisando, inclusive, o nome que já foi lançado pelo PT, o secretário de Estado da Fazenda, Cadu Xavier.

Na opinião dele, Allyson, apesar de jovem, é um nome preparado para a disputa: “Esse é um cara que se reelege com quase 80% de votos em Mossoró. Mossoró é um celeiro de ex-governadores, senadores. É uma cidade altamente politizada. Então, eu não tenho dúvida que Allyson está preparado. Como Cadu também. Como Rogério também”, afirma, ao citar, também o nome do presidente do PL no RN, senador Rogério Marinho, que é pré-candidato ao Governo.

Sobre a composição ao Senado, o prefeito acredita que na chapa Zenaide e Fátima, cabe Allyson Bezerra sem nenhum problema. “Por mim, cabia. Eu não vejo nenhum problema”, afirmou.

O marido da senadora e um dos articuladores do PSD, partido que tem 22 prefeitos no Estado, acredita que esta é uma chapa de “forças democráticas”. O prefeito enfatizou a urgência de um bloco comum para enfrentar o que chamou de “ameaças à democracia”.

“A democracia está ameaçada no planeta inteiro quando a maior potência do mundo está dirigida por um cara [Trump] que faz o que esse cara faz aí. Então, qual é o problema de pessoas que são democráticas se unirem? Eu não vejo”, explica.

Ele colocou, ainda, que para reforçar a chapa, a indicação do candidato a vice-governador seria a indicação pelo MDB. “O vice seria indicado por Walter Alves, presidente do MDB no Rio Grande do Norte — porque aí você tem uma soma de força. Eu acho que a soma das forças democráticas é importante em todos os sentidos”, afirmou.

Questionado sobre Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB, Calado afirmou que a indicação poderia ser Ezequiel, caso se filie ao MDB: “Ezequiel é um nome nesse Estado. Então, todo partido ficaria honrado com a presença. Se ele quiser vir pro PSD, pode vir. Mas, no modelo que propus, o vice fica a cargo de Walter Alves”, frisou.

Sobre a relação política entre Zenaide e Allyson, que existe desde 2022 e foi reforçada entre os dois para 2026, Calado lembrou a afinidade ideológica: “Zenaide é de centro, Allyson também. Ela começou a botar emendas em Mossoró sem nenhum compromisso de Allyson. Ele foi reconhecendo até que, um dia, chama todos os vereadores e disse: ‘essa é minha senadora’. Não é troca, é identidade”.

E destacou a independência de Zenaide em decisões nacionais. Questionado se sob um pedido do presidente Lula, Zenaide comporia chapa com Fátima deixando Allyson de lado, afirmou: “Olha, esse negócio de pedir… Lula pediu pra Zenaide subir no palanque de Natália. Ela não subiu. Zenaide é muito independente”.

Por fim, reafirmou seu compromisso com o diálogo amplo: “Eu não veto ninguém. Quando digo que é mais difícil hoje, por causa do Rogério, é claro — quem nos conhece sabe disso. Mas não veto ninguém. Tem prefeito que apoia Zenaide e apoia Rogério. Tem prefeito que apoia Fátima e apoia a Zenaide. Receber um apoio é sempre uma honra”, disse, sem fechar as portas para a direita.


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ÁLVARO QUER SER GOVERNADOR DA OPOSIÇÃO COM APOIO DE ROGÉRIO E STYVENSON

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Na contramão do que outras lideranças políticas da direita vêm considerando, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), descarta articulações em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) ao Governo do RN. Apesar de defender a união de todos os nomes do grupo oposicionista para a disputa ao Executivo Estadual, Dias defende que a composição da chapa seja com ele mesmo como candidato ao Governo do RN, com Styvenson Valentim (PSDB) ao Senado, ao lado de outro nome indicado pelo PL, em parceria com Rogério Marinho (PL), que articula o próprio nome na disputa nacional, apesar de ser também pré-candidato ao Governo do RN.

“A gente está conversando com os partidos, conversando com Rogério Marinho, conversando com o Styvenson, conversando, enfim, com o João Maia, conversando com Shirley Targino, com todo mundo que a gente pode conversar”, afirmou o pré-candidato ao ser questionado sobre as tratativas em curso, em entrevista ao Diário do RN.

Sobre a possibilidade de um consenso em torno de Allyson Bezerra, Dias foi enfático ao ressaltar que o prefeito de Mossoró ainda possui mandato pela frente: “Allyson é o candidato que Agripino quer, mas Allyson, que é o que me consta, ainda é prefeito de Mossoró, tem muito tempo pela frente. De repente, eu acho que pode se chegar ao consenso em torno de um candidato só, porque se o nosso espectro político de pessoas que pensam mais ou menos da mesma forma apresentar três candidaturas — Rogério Marinho, Álvaro Dias e Allyson — é complicado”, afirmou.

Questionado sobre a viabilidade eleitoral do seu nome, principalmente no interior do Estado, Dias garante que tem sido bem recebido nos municípios.

“Muita gente até duvida, porque quando você lança uma pré-candidatura sem respaldo de grandes grupos políticos isso tende a não ter sucesso. Mas a história do Rio Grande do Norte mostra que o caminho não é esse. O caminho é você ter contato direto com o povo, como teve Robinson Faria, que se elegeu, Wilma de Faria, que se elegeu sem apoio de grandes grupos e terminou se elegendo governadora. Isso comprova que as pessoas hoje são mais livres, são mais abertas, são mais democráticas e não são conduzidas pelas grandes lideranças políticas”, compara.

Ainda assim, acredita que o diálogo, que deve perdurar até o final desse ano ou início do próximo, para uma definição, pode formar um grande grupo da direita em oposição ao candidato do sistema governista.

“Eu acho que o caminho que você tem de percorrer é mesclar, discutir diretamente com as pessoas para tentar formar um grande grupo de união e ter uma oposição forte a esse governo que, a meu ver, tem sido o pior da história política do Rio Grande do Norte”, disse sobre o Governo Fátima.

Ao projetar um cenário sem união e de várias candidaturas, Dias defendeu a estratégia do segundo turno: “O ideal é que saia um nome, apoiado por todos, formando um grande grupo de oposição. Mas, se não for possível e surgirem dois ou três candidatos, vamos esperar o segundo turno para fazer a composição e tentar unir esses partidos que pensam de forma semelhante”.

Álvaro Dias projeta Rogério Marinho em chapa presidencial no pleito de 2026

Na entrevista ao Diário do RN, o pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, Álvaro Dias, afirmou que o aliado Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e presidente estadual do PL, pode assumir papel de destaque não só no pleito estadual, mas também na disputa nacional em 2026. “Rogério Marinho é um nome extremamente bem preparado, competente, que pode assumir a disputa de qualquer cargo majoritário a nível nacional ou estadual”, declarou Dias, ressaltando a amplitude das articulações nacionais que cercam o senador potiguar.

Segundo Dias, “ele pode a qualquer momento ser cogitado como um candidato, um grande candidato a vice-presidente da República, ou até mesmo presidente da República dentro do contexto aí de articulação que ele tem costurado a nível nacional”.

O ex-prefeito lembrou que, em um cenário alternativo, “tem o nome de Tarcísio de Freitas, mas se Tarcísio não for, Rogério pode discutir como possível nome da oposição – ou um nome para compor como possível candidato a vice ou, em momento específico, como presidente”.

Apesar de colocar o próprio nome como pré-candidato ao Governo dentro do grupo do parceiro político Marinho, por fim, Álvaro ponderou que “é uma discussão longa” e que Rogério “pode também, se quiser insistir, manter sua candidatura e ser um candidato a governador com amplo grupo de apoio aqui no Estado do Rio Grande do Norte”.

As especulações sobre uma possível candidatura de Rogério Marinho à vice-presidência ganharam força nas últimas semanas. Segundo o Poder360, ele e o senador Ciro Nogueira (PP) são cotados pela cúpula bolsonarista como opções de vice para Michelle Bolsonaro (PL) em uma eventual chapa de 2026. Já a coluna Radar, da Veja, destacou que “no bingo de igreja que virou a definição da chapa bolsonarista para 2026, o nome da vez é o do senador Rogério Marinho, que poderia ser vice de Michelle numa ‘chapa pura’ do PL”.


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JOÃO MAIA ACREDITA QUE A DIREITA NO RN PODE SE UNIR EM TORNO DE ALLYSON

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Após a segunda reunião da Federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas — o deputado federal João Maia, presidente do PP no Rio Grande do Norte, defendeu ao Diário do RN que a sigla caminha para um entendimento em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) como principal aposta do grupo para a disputa pelo Governo do Estado em 2026. Ele ressaltou a sintonia com o presidente do União Brasil, José Agripino, e defendeu a construção de alianças capazes de unir lideranças da direita, inclusive o senador Styvenson Valentim (PSDB), com quem o prefeito de Mossoró não mantém uma boa relação.

“Quem tem se colocado em pesquisa é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Então, eu não vejo dentro da União Progressista, até agora, ninguém que tenha se comportado, mesmo que não tenha assumido publicamente, como pré-candidato. E, aliás, quem lidera todas as pesquisas é Allyson”, afirmou João Maia.

Apesar de reconhecer que Rogério Marinho já deixou clara a resistência à construção de um palanque comum com Allyson e Zenaide – parceiros políticos, João Maia reforça que o momento ainda é de diálogo, já que o foco da articulação nacional é o Senado.

“Nacionalmente, por expressão dos seus líderes, Lula e Bolsonaro, a prioridade deles é o Senado. Então não é difícil uma composição, porque a maioria do eleitor do RN tá no centro, nas cidades, nos prefeitos das cidades”, afirmou.

Dentro desse contexto, João Maia defende a formação de um bloco de direita em torno do prefeito mossoroense, e avalia que a resistência de Styvenson pode ser superada com o tempo. “Existe todo um processo, uma composição com Styvenson, tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. É mais fácil essa alternativa, indo na direção de Allyson, porque Allyson tem uma vantagem em qualquer pesquisa, que é um absurdo. É muito difícil você abrir mão de uma candidatura que lidera com 40% e tem uma rejeição do tamanho de nada. Allyson tem essa vantagem”, analisa.

Questionado sobre as chances de Allyson e Zenaide caminharem ao lado da governadora Fátima Bezerra, João Maia foi direto: “Não, eu acho que essa possibilidade é zero. Quer dizer, eu acho”, ressaltou

Federação, Robinson e Carla Dickson
Ao lado de José Agripino, João Maia conduziu a segunda rodada de discussões com foco na formação de chapas e alianças estaduais da Federação União Progressista. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (12).

“Nos reunimos eu e Agripino, porque são dois presidentes, e já com Paulinho. Porque o União Brasil, a gente junto aqui é muito forte em nome de prefeito, de vice e de vereador. E o União Brasil tem os prefeitos das principais cidades, Natal e Mossoró”, lembra.

Entre as definições mais concretas, João Maia confirmou que o ex-governador Robinson Faria pretende se filiar ao PP e que sua entrada na federação é certa. “Robinson me disse que tem a intenção de se filiar ao PP. Ele tem mais afinidade com a gente, e na verdade Fábio [Faria] com Ciro Nogueira [presidente nacional do PP]”, disse.

Sobre a deputada federal Carla Dickson e rumores de sua migração do União Brasil para o PL, João Maia ainda não tem confirmação da permanência dela no grupo, mas acredita que ela enxerga vantagens em seguir na federação.

“Robinson vai entrar. Carla acha que a nominata fica forte. Para mim, ela não disse que vai sair, mas a gente escuta por aí o posicionamento dela. Eu acho é que essa federação, pelo tempo de TV que tem, pelo fundo eleitoral, ela tem todas as condições de fazer metade da bancada. Carla tem condições [de ser reeleita]. A federação é o melhor lugar para ela”, opina Maia.

O deputado também citou o nome de Shirley Targino, sua esposa, como liderança relevante, mas indica que sua candidatura ao Senado ainda depende de muitos fatores a serem definidos por diálogo.

“Shirley tem alma própria, vida própria, circula bem, também não tem rejeição, mas nós temos um longo processo de construção de nominata de chapa majoritária, que tem que ir incorporando cada vez mais gente, conversando, que só termina em março do próximo ano, quando fecham as janelas”, finalizou.


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PROJETO DE COLETA DE ELETROELETRÔNICOS NO RN É DESTAQUE EM EVENTO MUNDIAL

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O descarte de aparelhos eletrônicos exige cuidado e ainda é um grande desafio para o Brasil. Devido à composição por elementos químicos potencialmente tóxicos, a disposição incorreta desse material pode contaminar o solo e a água, afetando a fauna, a flora e a saúde humana. No Rio Grande do Norte, uma solução de sustentabilidade denominada RN+Limpo, tem ganhado destaque pelos seus resultados, como a arrecadação de 150 toneladas de resíduos eletroeletrônicos entre 2021 e 2024.

Agora, o projeto alça novos voos e, após ter sido apresentado na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, será um dos temas de uma sessão de aceleração do Fórum Mundial de Economia Circular, que será sediado em São Paulo, entre 13 e 15 de maio.

A RN+Limpo foi criada por meio de parceria entre a sturtup Circular Brain, o Governo do Estado, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) e a empresa Natal Reciclagem, com objetivo de promover o descarte correto dos eletroeletrônicos por meio da Educação Ambiental. “Para isso, foi elaborada a campanha com elementos culturais e regionais do estado para que tivesse uma abordagem e linguagem assertiva”, explicou a gerente de Marketing e Negócio da Circular Brain, Livia Santarelli.

A ação foi iniciada em 2021, com a instalação de pontos de coleta em Natal. “Ainda estávamos em meio à pandemia, então ações presenciais não eram viáveis”, afirmou Santarelli. No ano seguinte, foi dada a largada para ações de “detox” em repartições públicas e pelo interior, o que resultou na criação de 26 pontos fixos de coleta e programações de educação ambiental em 24 municípios.

“Levamos para diversos municípios do RN a partir de patrocínios de empresas de energia roliça, e, com isso, tivemos o resultado de 150 toneladas até 2024”, completou a gestora, destacando ainda que a estimativa é de as ações tenham atingido mais de 1,7 milhão de pessoas.

O impacto desse trabalho, a forma como as atividades foram realizadas e como foi feita a rastreabilidade dos resíduos chamaram atenção, resultando em um convite para uma das conferências mais importantes sobre o clima, na qual líderes de todo o planeta se reúnem para chegarem a um acordo sobre como lidar com a crise climática.

“A RN+Limpo foi um case apresentado na COP de 2023, por conta das ações realizadas e como conseguimos fazer a rastreabilidade dos resíduos coletados na ação. Agora, o convite para participar do Fórum, que é um evento mundial, mostra que estamos fazendo a diferença no setor de reciclagem de eletrônicos”, declarou a gerente de Marketing.

O trabalho da RN+Limpo será um dos temas da sessão de aceleração sobre “Campanhas Ambientais de Engajamento”, que acontece nesta quinta-feira (15). A apresentação poderá ser assistida on-line, a partir das 15h. Para participar, basta realizar a inscrição pelo site circulare.com.br/webinar-campanhas-ambientais-wcef25.

A Circular Brain
A Circular Brain é uma startup brasileira criada em 2020, diante da necessidade da formalização do mercado de reciclagem de eletroletrônicos. A empresa se dedica a impulsionar a economia circular, que consiste em gerir recursos finitos de forma a recuperar os seus valores, prezando pela regeneração e pela redução do uso de materiais.

Assim, busca conectar todos os protagonistas da cadeia de reciclagem de eletroeletrônicos, além de realizar campanhas de educação ambiental. “Criamos um ecossistema chamado Circulare que foi capaz de conectar toda a cadeia de vida útil de um aparelho eletrônico, desde o descarte até o retorno dos resíduos para a indústria, evitando que esses recursos sejam novamente retirados do meio ambiente”, explicou a gerente de Marketing e Negócio Livia Santarelli.


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SINDICATO DIZ QUE “DESLUMBRADO COM PODER”, ALLYSON MASSACRA SERVIDOR

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) publicou uma nota de denúncia contra o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), acusando sua gestão de promover uma série de medidas que estariam prejudicando e perseguindo os trabalhadores da administração municipal. Segundo o sindicato, a gestão tem adotado práticas que configuram “maldades” sucessivas, com impacto direto na saúde, estabilidade e dignidade dos servidores. A entidade avalia que Allyson é o “gestor mais perseguidor que Mossoró já teve notícia” e sugere que a conduta seria reflexo de um “deslumbramento com o poder” às vésperas da campanha estadual, já que Allyson Bezerra é cotado como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 2026.

De acordo com o texto divulgado pelo sindicato no seu site, “quase todos os dias” os trabalhadores são surpreendidos com novas imposições da Prefeitura que dificultam o exercício da função pública e agravam a precarização das condições de trabalho. Entre os principais alvos da crítica estão mudanças nos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração, negativa de reajustes salariais aos professores e perseguição judicial a quem se manifesta em defesa da categoria.

O sindicato também denuncia mudanças nas regras para licenças médicas e acompanhamento de familiares doentes. Segundo o relato, a Prefeitura estaria impondo um conjunto de exigências burocráticas que dificultam a aceitação de atestados e inviabilizam o exercício de direitos garantidos por lei.

De forma ainda mais grave, a gestão municipal estaria determinando até mesmo o conteúdo dos atestados médicos, o que, segundo o Sindiserpum, invade competências do Conselho Federal de Medicina. “E se o atestado médico não tiver tudo o que a gestão está determinando, eles vão negar o atestado e vão colocar falta no servidor?”, questiona o sindicato na nota.

Em outro episódio recente, pais e mães de crianças com deficiência, que haviam conseguido redução de jornada com base na chamada “jornada especial”, foram surpreendidos com o aumento de suas cargas horárias. A medida, segundo o sindicato, prejudica diretamente o acompanhamento terapêutico de crianças autistas e com outras deficiências, contrariando o discurso público do prefeito, que havia feito propaganda da concessão desse direito.

O Sindiserpum critica o que considera uma postura contraditória da gestão. Ao mesmo tempo em que divulga campanhas que exaltam conquistas e avanços para os servidores, a administração estaria, na prática, reduzindo ou extinguindo os mesmos direitos que afirma defender.

“Mossoró Cidade Educação” tem queda no Ideb na gestão Allyson

Apesar de ser um dos carros-chefes das campanhas de marketing do prefeito Allyson Bezerra, a educação no município de Mossoró não tem apresentado evolução, de acordo com informações do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb apresentou queda em 2023, em relação a 2021, ano anterior do exame.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador que mede a qualidade da educação básica no Brasil, abrangendo o ensino fundamental e médio. É calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Saeb) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

Em Mossoró, do 6º ao 9º ano, o Ideb de 2023 apresentou índice de 3,8. O número representa a avaliação da educação nos dois anos anteriores, 2021 e 2022, dois primeiros anos da gestão Allyson Bezerra. Neste resultado, o Ideb apresentou queda em relação ao último exame, realizado dois anos antes. Em 2021, o Ideb dos anos finais do ensino fundamental em Mossoró foi 4,3, expondo a avaliação dos últimos anos da gestão Rosalba Ciarlini – 2019 e 2020.

Nos anos iniciais, 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o índice permanece estagnado em relação à série da avaliação desde 2019, no período pré-pandemia. Em 2019, o Ideb foi 5,6, referente a 2017 e 2018, anos da gestão anterior de Rosalba Ciarlini. No exame seguinte, em 2021 – que considera as condições da pandemia – apresentou uma queda para 5,1. Dois anos depois, no entanto, apesar do prefeito propagar evolução, já que o índice apresentado foi 5,5, o Ideb dos anos iniciais ainda não alcançou o patamar anterior.

Em relação a investimentos, no primeiro ano da gestão, 2021, Allyson não investiu o mínimo constitucional determinado para a área educacional. Dos 25% exigidos, o prefeito só alcançou 19,16%, de acordo com o Painel Fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Já em 2024, chegou ao limite de 25,13% de aplicação do orçamento em educação. Em 2022, aplicou 27,86% e em 2023, investiu 30,26%, único ano em utilizou uma margem de mais de cinco pontos percentuais para a educação municipal.


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“VAMOS MOSTRAR COMO ERA NA ÉPOCA QUE A OPOSIÇÃO GOVERNAVA O RN”

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Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte pelo PT, Cadu Xavier, secretário de Estado da Fazenda do RN, afirmou que os dados do Atlas da Violência 2025 são prova incontestável de que a política de segurança implementada pela governadora Fátima Bezerra (PT) tem dado resultados concretos. Em conversa com o Diário do RN, Cadu rebateu as críticas constantes da oposição sobre a área da segurança e acusou adversários de ignorarem, por conveniência, os indicadores positivos.

“Eu venho da área de exatas, contra números não se briga. Quem quer brigar contra esses números, não quer ver a realidade”, disse. “Esses números estão postos, não somos nós que estamos levantando. Quem não quer reconhecer isso ou tem má-fé ou tem dificuldade de acreditar na matemática”, complementou.

Segundo o Atlas da Violência, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio Grande do Norte liderou a redução de homicídios no Brasil entre 2022 e 2023. O estado registrou uma queda de 18,8% nas mortes violentas, passando de 1.167 homicídios em 2022 para 955 em 2023 — ou seja, 212 vidas poupadas em um ano. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes também caiu de 32,5 para 26,4, a maior redução proporcional do país. Entre jovens de 15 a 29 anos, a queda foi ainda maior: 24,5%.

Cadu Xavier apontou que a área da segurança será uma das principais vitrines da campanha de 2026. “É um dos principais argumentos a apresentar. Se não o principal”, garantiu. “A segurança pública no Rio Grande do Norte hoje é completamente diferente daquela realidade que o estado vivia em 2018, de rebelião em presídio, ônibus pegando fogo, assalto a ônibus. Você não podia ir numa farmácia aqui em Natal à noite porque a probabilidade de ser assaltado era muito grande.

Hoje a gente vive outra realidade”, garante.

Ao comentar o cenário eleitoral, Cadu fez críticas diretas aos adversários. “É isso que a gente vai fazer durante a campanha: mostrar esses números, esse sentimento que a gente tem hoje no Estado com relação à segurança pública, e lembrar como era antes, quando a oposição governava o Rio Grande do Norte. Como era a segurança pública naquela época”, afirmou. “Quem está na oposição não quer reconhecer os dados. Mas os números não mentem”, ressaltou.

O petista frisou que os índices são reflexo direto dos investimentos realizados pela gestão estadual. “Muito mais do que a matemática dos números, é o sentimento que se tem hoje no Rio Grande do Norte. Falo do sentimento de segurança. Tem mais polícia na rua, naturalmente tem menos crimes acontecendo”, afirmou. “Claro que não é só o efetivo. Tem todo um trabalho de inteligência, um trabalho integrado da Polícia Militar, Polícia Civil. A própria administração das penitenciárias hoje vive outra realidade, fruto dos investimentos do governo — em estrutura, equipamentos, pessoal. Os resultados estão aí. Cada centavo tem valido a pena”.

Xavier também ressaltou que a tendência de queda na violência não ocorreu por acaso e os resultados no Rio Grande do Norte acontecem numa proporção maior que os índices país afora. Para ele, o desafio agora é manter os números positivos. “O governo vem fazendo investimentos operacionais, na garantia dos direitos dos policiais, com promoções, investimento em renovação de viaturas. É o trabalho do governo que se reverte em números”, finalizou.

A nova edição do Atlas da Violência avaliou dados de 2013 a 2023 e, além de indicadores gerais de homicídios, fez recortes por faixa etária, gênero e raça. A publicação é resultado da parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o IPEA, utilizando informações do Ministério da Saúde e de sistemas oficiais de notificação.

Segundo o anuário, Paraná (-15,2%) e Amazonas (-13,4%) vêm em segundo e terceiro no ranking de estados que mais conseguiram diminuir os casos de homicídio no período. Os estados com maior incremento na violência letal foram Amapá (41,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Pernambuco (8%).


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ROGÉRIO MARINHO EXPÕE REAL OBJETIVO DA ANISTIA: REABILITAR JAIR BOLSONARO

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Em uma declaração que marca um ponto de inflexão no discurso bolsonarista sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, o senador Rogério Marinho (PL) admitiu que a principal motivação por trás da proposta é política: devolver os direitos políticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Acreditamos que ainda há uma grande possibilidade do presidente Bolsonaro reverter esse quadro [de inelegibilidade para a eleição de 2026]. Através da anistia, por exemplo”, disse Marinho durante entrevista no programa 12 em Ponto, na 98 FM, na última sexta-feira (09).

Marinho comentou o assunto quando questionado sobre a possibilidade de compor chapa à presidência da República como candidato a vice-presidente ao lado de Michelle Bolsonaro. O líder da oposição no Senado negou e defendeu, mais uma vez, a possibilidade do ex-presidente restabelecer a inelegibilidade.

A fala contrasta com a narrativa predominante entre aliados de Bolsonaro, que têm promovido a anistia como uma medida humanitária voltada exclusivamente para os manifestantes presos após o ato do 8 de janeiro de 2023, quando invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O próprio ex-presidente declarou que “essa anistia não é política, é humanitária”, conforme a imprensa nacional.

Ao Diário do RN, no último dia 16 de abril, o deputado federal general Girão (PL) garantiu que a prioridade da anistia é para aqueles que estão “presos injustamente”. “Se, posteriormente, o PL da Anistia acabar por beneficiar o presidente Bolsonaro de alguma forma, será mais do que justo, tendo em vista que ele também é vítima de injustiças e de falsas acusações”, disse à reportagem.

O colega de bancada na Câmara Federal, Sargento Gonçalves (PL), expressou opinião semelhante.

“A intenção é que, de fato, aqueles anônimos, os invisíveis que estão sendo, infelizmente, injustiçados no nosso país, homens e mulheres de bem, fichas limpas […] possam ser alcançados”, disse negando que o pano de fundo do PL seja beneficiar Bolsonaro. Embora Bolsonaro não esteja formalmente entre os alvos da proposta, Gonçalves afirmou entender que ele também pode ser incluído caso se entenda que sua atuação política durante o período esteja enquadrada nos critérios estabelecidos pelo projeto.

No entanto, a admissão de Marinho revela que a anistia é parte de uma estratégia para reabilitar Bolsonaro politicamente, visando sua participação nas eleições de 2026. A proposta de anistia, defendida por parlamentares bolsonaristas, inclui o perdão a todos os envolvidos nos atos antidemocráticos, incluindo o próprio ex-presidente.

O PL da Anistia
O pedido de urgência para o PL o 2.858/2022 tem as assinaturas necessárias para ser votado no plenário da Câmara dos deputados, mas esbarra na resistência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Apesar disso, aliados de Bolsonaro continuam pressionando pela medida, promovendo atos públicos e mobilizações em defesa da matéria. A anistia é uma peça-chave na estratégia política para restabelecer a elegibilidade de Bolsonaro e fortalecer sua base para as próximas eleições.

Citando diretamente a anistia “a todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional do dia 08 de janeiro de 2023 ao dia de entrada em vigor desta Lei, nas condições que especifica”, a lei especifica condições, contidas nos artigos e parágrafos do projeto, que podem beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Artigo 1º, além de outros trechos, já deixa claro que o Projeto não trata somente daqueles que estiveram nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, quando abrange também “os que apoiaram, por quaisquer meios”, os atos, o que incluiria Jair Bolsonaro e aliados.

A condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político até 2030 pode ser revertida caso a Lei seja aprovada, com a redação do Artigo 8º.

A sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou a atuação de Bolsonaro contra o sistema eleitoral na live institucional com embaixadores pode ter como argumento o Artigo 8º da Lei da Anistia: “Ficam assegurados os direitos políticos, e, ainda, a extinção de todos os efeitos decorrentes das condutas a si imputadas, sejam cíveis ou penais, para as pessoas que se beneficiem da presente lei”.


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MÃES SOLO ENCONTRAM DIFICULDADES NA GARANTIA DE DIREITOS AOS FILHOS

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Diante da ausência do genitor e dos obstáculos para a garantia de direitos, muitas mulheres são submetidas às adversidades de cuidar e sustentar suas famílias sozinhas. Para algumas dessas mães, a rede de apoio é formada justamente por outras mulheres em situação semelhante.

No Brasil, 11 milhões de mulheres criam sozinhas os filhos, apontou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), referente a 2022.

É o caso de Cibele*, de 26 anos, que tem um filho de cinco anos, cujo genitor não compartilha cuidados nem os custos básicos da criança. Ela precisa estar presente para garantir saúde, desenvolvimento integral, educação, bem-estar e afeto ao filho, enquanto enfrenta uma jornada de trabalho que a deixa fora de casa 12 horas por dia.

“Acredito que os melhores momentos que eu tenho é quando chega o final de semana e, como eu consigo me organizar melhor, saio com ele pra passear. É um dos momentos em que a gente consegue se distanciar um pouco da nossa rotina da semana, que é muita correria”, relatou Cibele.

“Por mais que seja um pouco estressante [no dia a dia], sempre tento não incluir ele nesse estresse que eu carrego sozinha”, acrescentou.

Entre as garantias que ela proporciona ao filho, também sozinha, está o tempo de lazer, ainda que a rotina seja apertada, especialmente, de segunda a sexta-feira.

“O que me deixa satisfeita é saber que através da minha organização eu consigo manter esse momento de lazer com ele”, destacou.

Acesso à justiça
O processo na Justiça por pensão alimentícia e guarda unilateral, por meio da Defensoria Pública do estado de São Paulo, se arrasta há três anos – o que representa mais da metade do tempo de vida do seu filho. Ainda que, após uma decisão judicial, o pagamento seja retroativo, na prática, as necessidades da criança não esperam o tempo do sistema judiciário.

“O que falta nas políticas públicas é o reconhecimento. Essas mulheres sustentam sozinhas seus lares, educam, trabalham, e ainda enfrentam preconceitos e violências. É preciso olhar para elas com respeito, garantindo proteção social, dignidade e oportunidades reais”, disse a advogada Sueli Amoedo, especialista em políticas públicas para mulheres, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, as mães solo enfrentam múltiplos desafios para garantir os direitos dos filhos na Justiça e a morosidade dos processos é um dos principais entraves.

“Demandas como pensão alimentícia, guarda e regulamentação de visitas levam tempo para serem julgadas, e, quando finalmente há uma decisão, os valores fixados muitas vezes são insuficientes para cobrir sequer os custos básicos da criança”, diz.

Outro ponto crítico é o acesso desigual à Justiça. “Em muitos municípios brasileiros não há Defensoria Pública, e a alternativa, que seria a assistência judiciária municipal, costuma operar em condições precárias”, ressaltou Sueli, que ocupa a posição de Liderança Jurídica Nacional do projeto Justiceiras, que atua de forma gratuita, no acolhimento e orientação técnica nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social.

Em várias cidades, segundo a advogada, as mulheres precisam acordar de madrugada para conseguir uma senha de atendimento. Ficam horas em filas, algumas com filhos pequenos no colo, e mesmo assim, ao chegar sua vez, as senhas já se esgotaram. “Isso desestimula e, muitas vezes, impede que elas consigam sequer iniciar uma ação judicial.”

Além disso, a advogada afirma que há uma profunda desinformação sobre os próprios direitos.

“Muitas mães solo não sabem como entrar com uma ação de alimentos, que documentos precisam ou quais benefícios têm direito. A ausência de orientação jurídica acolhedora e acessível é mais uma barreira no caminho da justiça”, disse.

Cibele cogitou desistir do processo judicial por falta de perspectiva de um resultado, além do desgaste que a situação gerava e que a levou a um quadro de sofrimento mental. A partir do contato com o Justiceiras, ela descobriu que, no início do processo, o juiz já poderia ter fixado um valor referente a alimentos provisórios, em caráter liminar, até que houvesse a sentença da pensão alimentícia. Ela soube também da possibilidade de uma medida protetiva em episódios de violência.

Rede de apoio
Quando precisa de ajuda, em casos como doença, demais imprevistos ou cansaço, Cibele recorre à própria mãe, que também é chefe de família e, ao longo da vida, enfrentou quase sozinha as tarefas e responsabilidades para criar dois filhos. “Ontem mesmo a minha mãe levou ele ao médico. Foi muito em cima da hora, eu não consegui avisar no trabalho”, contou.

“Quando eu preciso resolver qualquer coisa, é a minha mãe sempre que está ali pra me ajudar. De vez em quando, eu peço pro pai, mas sempre acabo não tendo resultado, nem força, nem ajuda, nem nada. Acaba que ele diz ‘não posso, não dá, por que você não avisou antes?’. Sendo que, às vezes, as coisas acontecem assim de imprevisto, e a pessoa não se importa em querer ajudar”, disse.

O percentual de mulheres responsáveis por unidades domiciliares teve aumento expressivo entre 2010 e 2022, subindo de 38,7% para 49,1%, segundo o último Censo Demográfico (2022), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eram 35,6 milhões de mulheres nessa situação e 36,9 milhões de homens.

O percentual de mulheres nessa condição supera os 50% em 10 estados: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%). Muitas dessas mulheres são mães solo.

O censo revelou ainda que, no mesmo período, houve crescimento do número de famílias monoparentais, onde o responsável vive sozinho com filhos ou enteados, que passou de 16,3% para 16,5%. Quase um em cada seis lares brasileiros é chefiado por uma pessoa que vive sozinha com filhos.

Políticas públicas
As políticas públicas para mães solo precisam ser pensadas de forma integrada e com base na escuta real dessas mulheres, conforme avaliação da especialista Sueli Amoedo.

“A primeira necessidade é a oferta de creches e escolas em tempo integral, para que elas possam trabalhar com segurança e tranquilidade”, citou.

O cuidado com a saúde física e mental dessas mães também é questão essencial neste contexto, com garantia de acesso rápido a consultas, exames, psicoterapia e medicação.

“Na esfera financeira, políticas de transferência de renda específicas para mães solo em situação de vulnerabilidade são urgentes”, lembrou a advogada, além de estimular a empregabilidade.

No campo jurídico, a advogada destaca que é urgente ampliar e qualificar o acesso à justiça. “A ausência da Defensoria Pública em muitos municípios faz com que mulheres dependam de uma assistência judiciária limitada, que muitas vezes é burocrática e desumana”, lamentou. O resultado dessa realidade é que as mães acabam desistindo de buscar o que é de direito por esgotamento físico e emocional.

*Nome fictício a pedido da entrevistada

Fonte: Agência Brasil


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MEGA-SENA: NINGUÉM ACERTA AS SEIS DEZENAS E PRÊMIO VAI A R$ 55 MILHÕES

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Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.861 da Mega-Sena, sorteadas na noite de sábado (10), em São Paulo, e o próximo prêmio é estimado em R$ 55 milhões.

Os números sorteados ontem foram 02, 21, 27, 46, 51 e 53.

A quina teve 55 acertadores, e cada um receberá R$ 72.740,95. Os 5.930 apostadores que acertaram quatro dezenas será de R$ 963,80.

Os números do Concurso 2.862 serão sorteados na terça-feira (13), em São Paulo.

Foto: Agência Brasil


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EM REUNIÃO COM CARDEAIS, LEÃO XIV SINALIZA CONTINUIDADE DE REFORMAS

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O Papa Leão XIV fez, neste sábado (10), a primeira reunião com os cardeais no Vaticano. O pontífice homenageou o papa Francisco e sinalizou que continuará com as reformas feitas pelo antecessor.

Leão XIV pediu aos cardeais que adotem esse “precioso legado” e permaneçam no mesmo caminho.

Ele pediu também continuidade nas reformas da Igreja Católica criadas no Concílio Vaticano II, na década de 1960, que foram atualizadas magistralmente por Francisco. Entre elas: retorno ao primado de Cristo, conversão missionária da comunidade cristã, cuidado amoroso com marginalizados e excluídos, além de diálogo corajoso e confiante com o mundo contemporâneo em suas diferentes realidades.

Leão XIV explicou ainda que escolheu esse nome porque, hoje, a Igreja responde a outra nova revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho.

Cardeais brasileiros, que estão em Roma, participaram do encontro.

A missa de posse do Papa Leão XIV está marcada para o dia 18 de maio. Neste sábado (10), o presidente Lula disse que deve ser representado na cerimônia pelo vice, Geraldo Alckmin.

O motivo da ausência é a preparação para a visita que o presidente fará à França, no início de junho.

Fonte: Rádio Agência


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STF SUSPENDE PARTE DA AÇÃO PENAL CONTRA ALEXANDRE RAMAGEM, MAS MANTÉM ACUSAÇÕES DE GOLPE DE ESTADO

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste sábado (10) por suspender parte da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. 

Por unanimidade, os ministros entenderam que os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado podem ser suspensos.  

Ramagem é acusado de cinco crimes, mas apenas dois deles teriam ocorrido após a sua diplomação: dano qualificado com violência ou grave ameaça contra patrimônio da União, causando grande prejuízo, e deterioração de patrimônio tombado.  

Com a decisão, Ramagem agora responde somente pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.  

A suspensão dos crimes se deu após pedido da Câmara dos Deputados. Por 315 votos a 143, os parlamentares aprovaram na quarta-feira (7) um projeto de resolução apresentado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que suspende integralmente a ação penal contra Ramagem. Somente parte dela, porém, foi acatada pelos ministros. 

A proposta também abria brecha de interpretação para abranger toda a investigação, incluindo outros réus do caso, o que foi barrado pelo Supremo.  

O pedido foi apresentado pelo PL com base no artigo 53 da Constituição, que estabelece que, se houver denúncia por crime cometido após a diplomação, o STF deve comunicar o Congresso, que pode decidir, por iniciativa de partido político, sustar o processo. 

Em março, o STF aceitou a denúncia contra Ramagem no contexto da investigação sobre o suposto “núcleo crucial” de uma trama golpista, que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares. 

Veja como votou cada ministro

A análise do julgamento ocorre em plenário virtual e teve início nesta sexta-feira (9). Primeiro a votar, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, ressaltou que o entendimento do Legislativo é de “caráter personalíssimo”, ou seja, não se aplica aos demais investigados no processo. 

“Os requisitos de caráter personalíssimo (imunidade aplicável somente ao parlamentar) e temporal (crimes praticados após a diplomação), previstos no texto constitucional, são claros e expressivos, no sentido da impossibilidade de aplicação dessa imunidade a corréus não parlamentares e a infrações penais praticadas antes da diplomação”, escreveu o ministro. 

O ministro Cristiano Zanin acompanhou o voto de Moraes. Ele reforçou que só seria possível livrar Ramagem de crimes cometidos após ser diplomado como deputado. Além disso, argumentou: “A imunidade não se aplica a não parlamentares ou a infrações praticadas antes da diplomação”. 

O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes, mas com ressalvas. Dentre elas, adotou o desmembramento do processo, o que assegura a ação penal quanto aos supostos crimes anteriores à diplomação. 

Nesse sentido, o ministro também questionou a aplicação da uma regra da Constituição, que abrange a suspensão de ações contra os deputados desde a diplomação. Para o ministro, esse dispositivo deveria ser aplicado apenas a quem já está exercendo o mandato. 

Além disso, outra ressalva de Dino foi de que a suspensão poderia valer apenas para esta legislatura e, caso Ramagem seja preso ou afastado, o processo penal voltaria a valer. 

O ministro Luiz Fux se juntou a Zanin e também acompanhou integralmente o voto de Moraes. Ele citou a literalidade da Constituição Federal e afirmou que a suspensão aprovada pela Câmara só pode alcançar os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado. 

Carmen Lúcia, a última ministra a votar, acompanhou o ministro relator, defendendo também a suspensão só deve valer para os dois crimes cometidos após a diplomação. A magistrada ainda ressaltou que “não há fundamento constitucional para se estender aquela imunidade a réus que não detenham mandato parlamentar nem a fatos anteriores à diplomação do congressista”.

*Com informações da CNN


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ÍNDIA E PAQUISTÃO CONCORDAM COM CESSAR-FOGO

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Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo “completo e imediato” neste sábado (10). Uma nova reunião vai ocorrer na segunda (12).

Representantes dos dois países confirmaram a informação, que foi divulgada inicialmente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“O Paquistão sempre lutou pela paz e segurança na região, sem comprometer sua soberania e integridade territorial”, escreveu o ministro das relações exteriores do país, Ishaq Dar, em uma postagem no X. O espaço aéreo do território foi reaberto nesta manhã.

Trump parabenizou as duas nações pela decisão.

“Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO COMPLETO E IMEDIATO. Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e grande inteligência,” disse Trump, em uma postagem no Truth Social.

Os dois países viveram uma escalada de tensão na última semana e protagonizaram os confrontos mais violentos em 20 anos entre as potências nucleares vizinhas.

A tensão explodiu em 22 de abril, com um atentado na cidade turística de Pahalgam, na parte da Caxemira administrada pela Índia— 26 pessoas morreram, a maioria, hindus.

Veja os últimos desdobramentos:

  • Na sexta-feira (9), a Índia prosseguiu com os ataques contra o Paquistão, na fronteira da disputada região da Caxemira. Segundo as autoridades paquistanesas, cinco civis morreram e outros 29 ficaram feridos após um bombardeio indiano.
  • Os balanços mais recentes divulgados pelas duas partes apontam que as hostilidades provocaram pelo menos 49 mortes de civis — 36 do lado paquistanês e 13 do lado indiano.
  • No mesmo dia, o exército indiano informou que o Paquistão atacou a região com bombas e drones.

Entenda o conflito

A região de maioria muçulmana está dividida entre os dois países desde a independência do Reino Unido, em 1947, e é cenário de um movimento de insurgência que pede a independência ou anexação ao Paquistão.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar grupos insurgentes e vincula o ataque do dia 22 de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), radicado no país e designado como terrorista pela ONU.

Na última quarta-feira, o Exército indiano anunciou que havia destruído nove “acampamentos terroristas” no Paquistão, com “ataques aéreos de precisão” na Caxemira e na região fronteiriça de Punjab, onde moram mais da metade dos 240 milhões de habitantes do país vizinho.

Pouco depois dos bombardeios, os exércitos iniciaram um fogo cruzado ao longo da fronteira na Caxemira que, segundo as Forças Armadas indianas, prosseguiu até sexta (9).

“O exército paquistanês efetuou disparos não provocados com armas pequenas e artilharia, aos quais o exército indiano respondeu de forma proporcional”, afirma um comunicado militar de Nova Déli.

“Vamos vingar até a última gota de sangue dos mártires”, prometeu, na noite desta quarta-feira, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.

As Forças Armadas do Paquistão reivindicaram na véspera a derrubada de cinco caças de combate indianos na parte da Caxemira administrada por Nova Délhi.

As autoridades indianas não confirmaram oficialmente as perdas, mas uma fonte das forças de segurança, que pediu anonimato, informou à AFP que três aviões militares caíram em seu território.

O bombardeio mais letal da aviação indiana atingiu um centro de estudos islâmico perto da cidade de Bahawalpur, na região de Punjab. Segundo o exército paquistanês, 13 pessoas morreram no local.

Pedidos de moderação

Índia e Paquistão já travaram diversas guerras desde a divisão e independência dos domínios britânicos no subcontinente indiano.

Após essa escalada no conflito entre os dois países, Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Reino Unido e França fizeram apelos por moderação.

“Quero que as hostilidades parem”, havia declarado Trump, na última semana.

“O mundo não pode se permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão”, alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu a mediação de seu país para apoiar uma aproximação entre os dois países.

O conflito não se limita ao terreno militar. Horas antes dos bombardeios, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que seu governo interromperia o fluxo de água de seus rios para o Paquistão. Islamabad respondeu que consideraria a medida como “um ato de guerra”.

*Com informações g1


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LULA VINCULA FRAUDE NO INSS A GOVERNO BOLSONARO E GARANTE QUE APOSENTADOS ‘NÃO SERÃO PREJUDICADOS’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou que seria perguntado sobre a crise do INSS em entrevista a jornalistas na manhã deste sábado (10) em Moscou. O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, que nenhum aposentado ou pensionista será prejudicado em razão dos descontos não autorizados de mensalidades associativas na folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“As vítimas não serão prejudicadas. Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista brasileiro, criando entidades e fazendo promessas possivelmente nunca cumpridas para esse povo”, afirmou o presidente.

“A CGU e a nossa Polícia Federal, num processo de investigação com muita inteligência, sem nenhum alarde, conseguiram desmontar uma quadrilha que estava montada desde 2019 nesse país. Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime e tem entidades que foram criadas para cometer crime.”

“Vocês sabem quem governava o Brasil em 2019. Vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019. Vocês sabem quem era chefe da Casa Civil em 2019”, continuou. Em 2019 o presidente era Jair Bolsonaro, e Onyx Lorenzoni, o ministro encarregado pela Casa Civil.

“Você poderia ter feito uma pirotecnia e não ter apurado. Como a gente quer apurar com muita seriedade, tanto a CGU [Controladoria-Geral da União] como a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval há um ano atrás, possivelmente teria parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias”, disse sobre críticas à demora nas investigações.

Lula falou com a imprensa em Moscou, na Rússia, onde esteve em visita de Estado no contexto das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Após a entrevista, ele embarcou para Pequim, na China, onde participa da cúpula entre o gigante asiático e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado.

*Com informações da Folha de S. Paulo e Agência Brasil


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PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NOS CEMITÉRIOS OFERECE ACOLHIMENTO E REFLEXÃO NO DIA DAS MÃES

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Datas como o Dia das Mães costumam intensificar o processo de luto, especialmente por evocar memórias afetivas e rituais familiares. Segundo a psicóloga Anna Claudia Abdon, especialista em luto da Empresa Vila, é comum que sentimentos como tristeza, vazio e até culpa se manifestem com mais força nesse período. A data é a segunda maior que conta com visitação nos cemitérios, depois do Dia de Finados.

Nestas datas, transformar saudade em homenagem é uma maneira simbólica de acolher essas emoções e ressignificar a perda. Pensando nisso, este ano, a Empresa Vila promoverá uma programação especial, durante o Dia das Mães, nos cemitérios Sempre — em Natal, Caicó e Mossoró — a fim de proporcionar momentos de reflexão e conexão com a memória das mães que já partiram.

A iniciativa propõe transformar a tradicional visita aos cemitérios em uma experiência coletiva e acolhedora, promovendo conforto emocional por meio de rituais de homenagem, espiritualidade e escuta sensível. No Sempre Cemitério Natal, o público poderá contar com o Espaço AcolherDor, um ambiente especialmente preparado para momentos de reflexão, apoio psicológico e partilha de sentimentos.

Anna Cláudia destaca ainda a importância dos rituais simbólicos na elaboração do luto. “Distribuir uma flor, escrever uma mensagem, participar de uma missa ou de um momento de silêncio coletivo são formas potentes de elaborar a perda. Essas práticas ajudam as pessoas a manterem vínculos com quem se foi e a compreenderem que o amor não acaba com a morte, ele se transforma”, afirma.

Confira programação

Sempre Cemitério Natal
BR 101, Km 79, s/n – Nossa Sra. da Apresentação, Natal
• 08h – Missa com Padre Yago Carvalho
• 10h – Missa com Padre Dalmário Barbalho
• 08h às 12h – Espaço Acolhedor: escuta sensível, partilha e conforto emocional

Sempre Cemitério Caicó
Rua Chilon Heráclitus de Araújo, 2238 – Caicó
• 09h – Culto com o Pastor Erinaldo Lino
• 16h – Missa com Padre José Ronácio

Sempre Cemitério Mossoró
RN-117, 6133 – Zona Rural, Mossoró
• 08h – Missa com Padre Antoniel Alves


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A LEGITIMIDADE DE UM AMOR DE MÃE TRADUZIDO EM ATOS E RENÚNCIAS

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Ser mãe era o grande sonho de Maria da Conceição Cirilo. Quando isso aconteceu, ela não teve um companheiro ao lado, foi “mãe, pai, o tudo” da filha, como declarou emocionada, em entrevista ao Diário do RN.

Na condição de mãe solo, os desafios foram muitos e Ana Paula tinha seis anos de idade quando foi detectada uma deficiência intelectual. Até os 11 anos fez ballet, depois enveredou pelo atletismo onde participou de muitas competições, inclusive nacionais.

“Até a última viagem que ela fez, para Manaus, nunca deixei faltar o que ela levar mala. Eu vivi de lavar de roupa e de engomar, de domingo a domingo, mas nunca deixei faltar o alimento, o remédio…

Perguntada sobre o que a maternidade lhe trouxe de mais valioso, Maria da Conceição volta a se emocionar: “Eu acho que uma pessoa que tem uma filha como Ana Paula pode agradecer a Deus tudo, porque eu ensinei ela a caminhar, ela me ensinou muito mais. Ela não teve infância, não teve lazer, era do meu lado para lavar roupa e engomar. Nossa vida estava resumida a viver uma para outra”.

Hoje com 32 anos, Ana Paula Cirilo relembra toda a dedicação e renúncia da mãe: “Ela abdicou muito e renunciou tudo para estar ali ao meu lado para tudo. Me deu suporte, apoio. Então, eu sempre tive um sonho, eu queria trabalhar, eu queria está inclusa”.

A realização desse sonho aconteceu 13 anos atrás, quando foi contratada por uma rede internacional de lanchonetes. Mas, pouco tempo depois, vieram crises convulsivas que quase a tiraram do mercado. Mais uma vez, a dedicação da mãe fez toda diferença na vida da jovem: “Eles quebraram protocolos e efetivaram minha mãe. Trouxeram para perto de mim o amor de mãe que ultrapassa todos os limites e barreiras”, contou Ana Paula.

Assim, dona Conceição está há 10 anos na empresa e trabalha como atendente ao lado da filha. Uma experiência que trouxe tranquilidade para a mãe e renovou o laço afetivo das duas. “Foi uma coisa muito maravilhosa! Ao mesmo tempo eu tinha medo porque só via jovens e eu tinha cinquenta e dois anos. Mas pensei: eu vou arriscar, minha filha é mais importante”.

O amor de filha para mãe também transborda na maternidade que Ana Paula vive hoje: “Eu tento passar para minha filha o que minha mãe passou para mim e o que ela hoje representa para minha vida também, porque eu digo que ela não só é a minha mãe, mas é a mãe também da minha filha”.

Às vésperas de comemorar o Dia das Mães, Ana fala sobre a legitimidade de um amor que está além de palavras, traduzido em atos: “O amor não é aquilo que a gente fala. Muita gente se ama, mas não ama, são palavras vazias, e o amor também está nas atitudes. Então, a atitude dela fala mais do que um eu te amo, porque ela é aquela que abdicou a vida lá atrás até hoje, é aquela muito protetora e que abriu mão de tudo dela”


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“EU NÃO CONSEGUIA TER UMA EXTENSÃO DO QUE É A MAGNITUDE DE SER MÃE”

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Ainda que estejam optando por ter filhos cada vez mais tarde, sobretudo para resguardar a ascensão profissional e pela jornada de trabalho superior à dos homens ao conciliar os afazeres domésticos e o trabalho remunerado, a maternidade ainda é um sonho para muitas mulheres.

Esse desejo de formar uma família desperta sentimentos intensos, difíceis de serem explicados e uma trajetória inteira muda ao ter um filho no colo pela primeira vez. Neste Dia das Mães, o Diário do RN homenageia, através das histórias da psicóloga Juliana Almeida e da atendente Maria da Conceição Cirilo, a força e a dedicação de todas aquelas que cumprem com amor a missão de cuidar e educar seus filhos.

Essa complexa jornada da maternidade foi uma vontade constante na vida de Juliana, e se tornou realidade após 18 anos ao lado de seu marido, Filipe Fernandes. Com planos de gestar e, em seguida, adotar uma criança, a psicóloga teve seu caminho rumo à maternidade muito diferente, e ela conheceu o amor que sempre imaginou de uma forma completamente inesperada.

Após anos trabalhando em uma ONG de promoção à cultura da adoção, Projeto Acalanto, fundada pela mãe de seu esposo, e depois de seis meses tentando engravidar, Juliana passou a receber acompanhamento do projeto em um curso de pré-adoção, antes de entrar na fila do Sistema Nacional de Adoção, em 2021.

Iniciou-se um novo período de espera, permeado por angústia, mas ela sabia que o desejo de maternar se tornaria realidade. “A espera vinha junto ainda de uma possibilidade de uma gestação biológica. Para mim, estava causando um sofrimento muito grande não conseguir engravidar e era uma das coisas que eu comentava: ‘Nossa, mas estou sofrendo tanto com essa questão do não conseguir gerar, mas eu sei que pela adoção eu vou ser mãe, independente de como for’.

Nesse processo, na semana em que seu marido mediava uma mesa-redonda em um evento nacional sobre adoção, o casal recebeu a informação de que havia, em uma unidade de acolhimento que seria fechada, uma menina com o perfil esperado por eles.

Após conhecer Maria Flor, de 4 anos, eles souberam que ela só poderia ir para a família que pudesse adotar os seus irmãos de 13 e 8 anos, Matheus e Esmeralda. Ao encontrá-los, em junho de 2024, Juliana sentiu: aqueles seriam seus filhos. “Meu coração estava tranquilo. A gente vai adotar e vão ser esses três aqui”, contou. Foi assim que toda a angústia acabou. Algo dentro de si mesma lhe dizia que dali em diante, seriam cinco.

A alegria que não cabia em si dividiu espaço com novas emoções em um novo período de espera. Afinal, a partir dali seriam iniciados os trâmites para adoção. Em um período de 11 dias, eles fizeram visitas diárias ao abrigo onde as crianças moravam. “Quando a gente conheceu os nossos filhos, foi uma alegria muito grande. Depois, mais um momento de espera, enquanto eles ainda estavam no abrigo, enquanto a gente ainda ia visitar. Desde o primeiro dia que a gente os conheceu, a gente disse que ia vê-los todos os dias. Então, a gente se organizava para isso. Mesmo que não conseguissem os dois, ia pelo menos um”, contou.

A guarda provisória saiu em julho de 2024, e em novembro foi concretizada a adoção. Dali para frente, um universo de aprendizados se abriu na vida do casal. Para Juliana, a ideia de maternidade que havia em si foi transformada. O conceito “prático” sobre vivenciar de perto todo o desenvolvimento de uma criança não chegava perto das mudanças profundas que aconteceriam em suas vidas por meio dessa nova forma amor.

“Existia essa ideia do querer ter filhos, de não ver a gente sozinho, de ajudar na construção, no desenvolvimento de acompanhar o crescimento de um ‘serzinho’, mas eu não conseguia ter uma extensão do que é a magnitude de ser mãe, de ser pai. Sabia da parte prática, mas é tão mais profundo. Mexe com as certezas que a gente tinha, mexe com a nossa organização, com a necessidade de ter controle e mostrar para você que você não tem controle e está tudo bem não ter controle. Mostra que a gente precisa aprender a confiar na vida, em Deus, que as coisas acontecem como tem que acontecer”, disse.

Passar por esse processo, no entanto, não é fácil, independente da maternidade ter vindo por uma gestação ou por meio de um processo adotivo. Juliana, inclusive, faz questão de ressaltar que a adoção não deve ser “romantizada”, pois vem repleta de desafios.

“Assim como qualquer filho que chega, ele vai causar o reboliço, vai causar assim uma ‘bagunça’ para depois as situações se organizarem. E coisas de roupa, comida, escola, médico assim eram coisas que que a gente já estava esperando, mas acho que esse processo até finalizar a adoção, principalmente nos meses iniciais, foi muito intenso, porque na adoção tardia, as crianças já chegam com uma bagagem grande, que às vezes uma fala toca em alguma ferida, existe saudade da família biológica, a dificuldade de entender porque que ela não pode estar com a família biológica. Então, é um processo de lidar com essa bagagem emocional, com as dores, com a história deles”, afirma.

Entretanto, para a psicóloga, a escolha de amar muda tudo e dá força para superar qualquer adversidade. “A gente conversa muito é que amar é uma escolha. Independente do que fosse, a gente tinha escolhido amar essas crianças. Estava dificílimo lidar com as demandas emocionais, de casa, mas a gente nunca duvidou dessa escolha. Assumimos um compromisso de sermos pais dessas crianças, que desde o primeiro dia senti como sendo meus filhos. Diariamente, a gente acorda escolhendo amar eles e é o que dá forças para passar pelas dificuldades”.

Em seu primeiro Dia das Mães como mãe, ela faz questão de refletir sobre os ensinamentos que sua mãe lhe deixou e sobre os que quer passar para os filhos. “Apesar de não ter gerado os meninos, mas a gente gera não só o físico, a gente gera valores e virtudes. Acho que o que quero parar para pensar na ideia do dia é o que estou gerando. Quero, neste Dia das Mães, assumir o compromisso de ser melhor”.


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“ALLYSON SUMIU COM R$ 13 MILHÕES DE IDOSOS E CRIANÇAS VULNERÁVEIS”

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A vereadora mossoroense Marleide Cunha (PT), que conversou com o Diário do RN nesta quinta-feira (08), detalhou ações do prefeito Allyson Bezerra (UB) em diferentes áreas, consideradas pela oposição como desmandos, uso eleitoreiro da máquina e adoecedor do servidor público.

De acordo com a parlamentar, a Secretaria de Assistência Social foi uma das mais afetadas pelo remanejamento de R$ 185 milhões do orçamento municipal de Mossoró, autorizado pela Câmara Municipal em março. Ela critica o prefeito Allyson Bezerra pela forma como ele conduziu a alteração orçamentária na Casa e o prejuízo à população mais vulnerável. “A Prefeitura de Mossoró anulou 13 milhões de reais da Assistência Social. Allyson sumiu com esse dinheiro. Isso ataca as pessoas mais vulneráveis, ataca as pessoas idosas”, disse.

Marleide relembrou que o orçamento original já havia sofrido cortes. “Antes da eleição, no ano passado, em agosto, Allyson mandou um projeto de Lei Orçamentária Anual para a Câmara. A gente deixou para avaliar depois da eleição. Quando a Comissão de Orçamento da Câmara foi se reunir para discutir a LOA, ele tirou o projeto anterior e mandou um substitutivo. Nesse substitutivo, já reduziu 6,5 milhões da Assistência Social de cara”, explicou.

Ela afirmou que o novo remanejamento “mexeu em praticamente todas as secretarias”, mas que os cortes mais drásticos foram em áreas sensíveis. “Sumiu com 13 milhões da assistência social.

Na prática, ele diluiu esse dinheiro em outras secretarias. A Comunicação Social, por exemplo, aumentou em 2 milhões”, denuncia.

Entre os programas afetados, Marleide listou: A ação voltada para instituições de longa permanência de idosos caiu de R$ 1.398.000 para R$ 119.500; o Centro-Dia, que atende idosos e pessoas com deficiência, foi reduzido de R$ 500 mil para R$ 51.500; o Centro POP, que atende a população em situação de rua, caiu de R$ 500 mil para R$ 270 mil; o CREAS, que atua em casos de abuso sexual infantil, trabalho infantil e atendimento à população de rua, sofreu um corte de R$ 840 mil para apenas R$ 41 mil.

Marleide também apontou reduções no orçamento para vítimas de violência sexual, nos CRAS, nos conselhos tutelares e para a saúde mental.

Na área da educação, Marleide denunciou que o setor perdeu quase R$ 1 milhão com o remanejamento. Ela questionou a propaganda da Prefeitura sobre o avanço no Ideb. “Em 2015, Mossoró tinha 5,6. Em 2019 foi para 5,9. Em 2021 caiu para 5,3 – temos que considerar a pandemia – e agora em 2023 voltou para 5,6. Isso não é avanço, é estagnação. Eles fazem propaganda com base em dados manipulados”, afirmou.

Ela também acusou a gestão de precarizar o trabalho dos profissionais da educação. “Os professores não tiveram reajuste do piso em 2023 nem agora em 2025. Não há investimento em formação. E ainda aumentaram a jornada com a tal da hora-relógio, sem planejamento nenhum”, afirmou.

Marleide criticou ainda o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. “Prometem especialistas em educação especial, mas oferecem uma bolsa de R$ 800.

Ninguém com especialização vai aceitar. Isso é para empregar gente sem formação, como sempre quiseram. É maquiagem para campanha”, afirma, se referindo a programa que causou polêmica em Mossoró, já que a gestão municipal não oferece estrutura para colocar auxiliares capacitados para pessoas com deficiência nas salas de aula da rede pública municipal, resultando na contratação de pessoas com nível médio para a função.

A vereadora denunciou, ainda, que uma das áreas mais prejudicadas da saúde foi a saúde mental.

“Tiraram recursos dos Caps e de diversas ações. O dinheiro foi todo para folha de pagamento. Dos R$ 24 milhões, mais de R$ 19 milhões foram para contratos e pagamento de pessoas físicas e jurídicas. Não é servidor efetivo. São contratos, é folha inchada, é cabo eleitoral”, avisa Marleide.

“É uma gestão adoecedora do servidor público”

Marleide Cunha, que é dirigente sindical, apontou o tratamento aos servidores públicos como um dos piores problemas da gestão Allyson Bezerra. “Colocaram uma instrução normativa que dificulta até para o servidor entregar um atestado médico. Estão exigindo requisitos que só o Conselho Federal de Medicina pode determinar. Isso é abuso”, afirma a parlamentar sobre a Portaria nº 90/2025, publicada nesta quarta-feira (07).

Ela afirmou que os trabalhadores estão adoecidos. “É uma gestão que adoece o servidor. Saúde, educação, todos. A pessoa trabalha e leva falta porque o ponto eletrônico não funciona. O agente de endemias está no campo, mas tem que bater ponto no sistema, senão é falta. Não confiam nem nos diretores para justificar uma ausência. Isso é autoritarismo”, relata.

A vereadora também expôs que, mesmo com concurso vigente, a Prefeitura continua priorizando comissionados e contratos. “Tem mais de mil cargos comissionados. E o concurso da saúde está aí, mas não chamam todo mundo”, completa.

Obras sem planejamento e propaganda enganosa

Marleide Cunha também denunciou a falta de planejamento nas obras públicas e o uso exagerado da propaganda institucional: “Fazem uma obra, depois refazem porque deu errado. A ponte teve que ser refeita. O mercado foi reformado e depois tiveram que erguer uma barreira porque a rua inundava. Tudo sem planejamento. Tudo tem aditivo no orçamento”.

Ela rebateu a propaganda sobre escolas 100% climatizadas. “Mentira. Compraram os ar-condicionados, mas não prepararam a rede elétrica. Em várias escolas não podem ligar. Na José Benjamin, quando ligam, desliga tudo. Colocaram as máquinas na parede só para fazer propaganda. Isso é enganar a população”, conclui.


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“O QUE O POVO DE FORA DE MOSSORÓ VÊ NÃO EXISTE NA REALIDADE. É MENTIRA”

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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), vem trabalhando nos bastidores para consolidar seu nome na disputa estadual de 2026. Prefeito com mais de 80% de aprovação em Mossoró, de acordo com pesquisas de diferentes institutos, o gestor foi reeleito no ano passado com 113 mil votos, 97mil de maioria sobre o segundo colocado. O resultado permite a Allyson planejar um voo maior ao Executivo estadual. Fora dos limites do segundo maior colégio eleitoral, o prefeito vem pavimento construção de avaliação positiva junto ao eleitorado. Pesquisas realizadas em diversos municípios das diferentes regiões do Rio Grande do Norte mostram que o ex-deputado estadual – por dois anos – e prefeito em seu segundo mandato está no páreo e mostra surpreendentes porcentagens de intenções de votos a um ano e cinco meses da eleição estadual.

Em municípios da região Oeste, principalmente, Allyson aponta entre 60% e 70% entre os entrevistados. Em municípios do Seridó, enfrenta maior acirramento em cenários com os nomes de Styvenson Valentim (PSDB), Álvaro Dias (Republicanos) e Rogério Marinho (PL), todos do seu espectro político, mas ainda assim aparece em torno de 30% em cidades como Caicó, por exemplo.

Entretanto, existem em Mossoró opositores ao prefeito que defendem que tamanha popularidade não passa de resultado de uma peça de marketing. A vereadora Marleide Cunha (PT), uma das duas parlamentares da oposição entre os 23 vereadores na Câmara de Municipal, diz ao Diário do RN que a Mossoró que o prefeito vende é diferente da realidade. “Ele é bem avaliado porque é um mentiroso, mente muito. Allyson é uma farsa”, afirma.

Em um dos temas apontados pela vereadora, Marleide fez duras críticas ao prefeito em razão do recente remanejamento de R$ 185 milhões no orçamento do município, aprovado pela Câmara em março. Segundo a parlamentar, o decreto retirou recursos importantes da Assistência Social e de programas voltados à população mais vulnerável.

“Allyson brinca com o orçamento, como se fosse brinquedo”, afirmou. Ela denunciou que o prefeito enviou o projeto de remanejamento “na véspera do feriadão, na noite da quarta-feira que ia ser a Semana Santa”, sem tempo adequado para análise. “Na quarta-feira eles colocaram em votação”, reclamou a vereadora, criticando também a atuação dos demais parlamentares na Câmara de vereadores, com manipulação do prefeito.

Marleide Cunha denunciou ao Diário do RN o uso da máquina pública com fins eleitoreiros visando se viabilizar para a disputa do próximo ano. “O prefeito está usando o orçamento como ferramenta de marketing e arma eleitoral. Isso é gravíssimo”, disparou.

Além de denunciar a precarização do trabalho da educação, criticou o programa de auxiliares de sala, que ela classificou como “programa eleitoreiro”. A vereadora relatou, ainda, que a gestão de Allyson tem promovido perseguição e desgaste extremo aos servidores, classificando o gestor como “adoecedor do servidor”.

Além disso, para ela, a Saúde é uma das áreas em que o uso eleitoreiro é mais presente nesta gestão. A parlamentar esclarece que houve aumento de investimento na pasta da Saúde, mas para pagamento de pessoal. Segundo ela, não para servidores efetivos, mas para contratos, cargos comissionados e até servidores de fora de Mossoró.

“Foram anuladas diversas despesas, recursos de ações importantes, e foram colocados todos os acréscimos para pagamento de pessoal. A gente sabe que é inchando os equipamentos públicos de cabos eleitorais, inclusive há denúncias de que ele está empregando em Mossoró pessoas de outros municípios, para garantir que naquele outro município vai ter apoio em 2026”, denuncia.

“É gritante isso. Antes, ele aumentou os comissionados, chegou a mil só em cargos comissionados na Prefeitura. Para fazer para todo o esquema para as eleições”, complementa.

Para a parlamentar, que está em seu segundo mandato como vereadora da oposição, Allyson Bezerra tem uma imagem positiva fora do seu município porque “ele mente”.

“A imagem que Allyson mostra para Mossoró é uma imagem construída pelo marketing, é uma mentira. É uma imagem de qualidade, mas porque é construída pelo marketing que ele produz. Então isso que o povo fora de Mossoró vê, não existe na realidade”, atesta.


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PREFEITA DE SÍTIO NOVO ANUNCIA SAÍDA DO PT E CONFIRMA ATO DE FILIAÇÃO AO PSD

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A prefeita de Sítio Novo, município a 110 quilômetros de Natal, Andrezza Brasil, anunciou sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda pela qual foi eleita em 2020 e onde esteve filiada nos últimos cinco anos. Única gestora municipal da sigla no Rio Grande do Norte, ela comunicou sua saída por meio de ofício formal encaminhado ao diretório municipal e confirmou a decisão à 98 FM, durante entrevista ao programa 12 em Ponto. Segundo a prefeita, ela se frustrou com o PT.

“Sou grata pelo espaço recebido no partido. Porém, eu tive dificuldade na parceria administrativa, e fiquei frustrada. Nosso município é um município pequeno, que precisa de ajuda para desempenhar um trabalho e aplicar minhas ideias. Eu já havia encontrado uma barreira por encontrar um município desorganizado, então precisava de ajuda”, declarou.

Ao justificar sua mudança, afirmou que a ausência de suporte institucional prejudicou sua administração. “Descobrimos que, apesar da nossa admiração partidária nos fortalecer na luta diária, a solidão na caminhada nos frustrou ao ponto de abalar a nossa gestão. Os prefeitos, todos os gestores, principalmente de municípios pequenos que não têm outras receitas, necessitam de ter um apoio, um apoio maior”, explicou.

Ela também relatou frustração nas tratativas com o Governo do Estado. Disse que, apesar de ter apresentado pautas diretamente à governadora Fátima Bezerra em quatro reuniões, demandas importantes continuaram sem resposta. “Quando falamos dos problemas e das demandas, as pessoas respondem que os problemas deveriam ser resolvidos, porque a governadora é do PT.

Tive quatro encontros com ela e trouxe pautas. Fui atendida em algumas, mas a nossa RN está na mesma situação que outras já estiveram. Outros municípios foram beneficiados e Sítio Novo não”, afirmou.

Andrezza já tem partido de destino. Deverá se filiar ao PSD, partido da senadora Zenaide Maia. A mudança reduz o número de prefeitos do partido da governadora de sete para seis. Ela era a única mulher no partido. Já o PSD passa a 23 prefeitos no Rio Grande do Norte. Com a mudança, Andrezza permanece na base do governo.

Durante a entrevista, a prefeita confirmou que sua carta de desfiliação foi entregue à presidente do diretório municipal do PT, Débora, que segundo ela já deu o recebimento. “Não sei lhe dizer se, a nível estadual, as pessoas têm conhecimento, mas acredito que Débora, com a responsabilidade que ela tem, com certeza ela deve ter já encaminhado”, disse.

Para Andrezza, a falta de articulação política com instâncias superiores impacta diretamente o cotidiano das prefeituras. “A política pública acontece nas cidades. A população muito dificilmente vem ao centro administrativo para cobrar uma demanda, vai nos ministérios para cobrar alguma demanda, para participar, para ser incluído em alguma política pública. Eles estão todos os dias na porta da Prefeitura ou até mesmo na casa do gestor”, afirmou.


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DANIEL CABRAL REPRESENTA SECRETÁRIOS DE COMUNICAÇÃO EM SESSÃO SOLENE

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O secretário de Estado da Comunicação do Rio Grande do Norte, Daniel Cabral, participou nesta terça-feira (7) de sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, que celebrou os 15 anos da Lei nº 12.232/2010. A norma estabelece as regras para as contratações de serviços de publicidade pela administração pública, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Cabral usou a tribuna da Câmara representando o Conselho Nacional de Secretarias de Comunicação (Consecom), destacando os avanços trazidos pela lei e defendendo a necessidade de atualização do marco legal diante das transformações no modo de fazer comunicação institucional.

“Avançamos na eficiência, na profissionalização, transparência e eficiência da comunicação institucional em todo o país. Nós, gestores e secretários estaduais de comunicação, ganhamos um instrumento poderoso para tornar públicas as ações desenvolvidas nas esferas do governo, assim como prestar contas da aplicação dos recursos do contribuinte”, afirmou em discurso na tribuna.

Segundo o secretário, a legislação garantiu segurança jurídica para o setor e ampliou o cumprimento do direito constitucional à informação. “Essa ferramenta não só trouxe segurança jurídica com resultados eficientes ao garantir o cumprimento do direito constitucional à informação de todo o brasileiro, além do que assegurou aos agentes públicos a transparência na divulgação dos atos e dos investimentos em publicidade”, disse.

Cabral também chamou atenção para os novos desafios da comunicação pública, citando a guinada das redes sociais e a proliferação de notícias falsas, ressaltando a necessidade de avanços no dispositivo legal. “Foi um momento especial para mim, mas essencial para que pudéssemos defender a atualização da lei e a discussão ampliada de outras regras que nos deem segurança jurídica diante da nova forma de fazer comunicação”, escreveu o secretário em publicação no Instagram.

A sessão solene foi proposta pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), que, na justificativa do requerimento, reconheceu os avanços promovidos pela norma, como a redução de impropriedades nas contratações públicas. “Importantes foram os marcos trazidos pela Lei 12.232/2010, merecendo destaque os mecanismos de garantia da imparcialidade, impessoalidade e tecnicidade das análises técnicas das propostas apresentadas”, escreveu o parlamentar.

A lei, que completa 15 anos em 2025, estabelece que os serviços de publicidade devem ser contratados por meio de agências de propaganda, com processos licitatórios baseados em critérios técnicos e objetivos. Ela se aplica a todos os órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo também a administração indireta e entidades controladas pelos entes federativos.


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