Mais uma vez, o deputado federal potiguar eleito pela ala bolsonarista saiu em defesa do presidente. Desta vez, General Girão (PSL) disse que “quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Por meio de seu perfil nas redes sociais, o parlamentar escreveu:
“Toma Rede Globo!
Depois do STF querer mandar no presidente e no exército, até a Globo quer determinar como o @jairmessiasbolsonaro tem que agir. Resultado: quem fala o que quer, ouve o que não quer. #GloboLixo“
Manifestação do deputado sobre os 500 mil mortos pela Covid-19 no Brasil
Lamentamos e estamos enlutados pelas vidas que se foram. @GeneralGirao o Sr foi cirúrgico ao pedir perdão aos Brasileiros,pelo ex Pr da Câmara que impediu a destinação do FUNDÃO ELEITORAL para ações de emergência no combate à Covid. A história será implacável!
— Gilson Machado Neto (@gilsonmachadont) June 20, 2021
“Vocês são uns canalhas”, diz presidente:
Questionado, hoje (21), se lamentava os 500 mil mortos por Covid no Brasil, Jair Bolsonaro deu “piti”, voltou a defender o “tratamento precoce” e a falar da origem do vírus. Em seguida, reclamou de ter sido interrompido e passou a atacar a equipe da TV Vanguarda, retransmissora da TV Globo no interior de São Paulo. Ele também mandou “calar a boca” um integrante do seu próprio staff.
Na tarde desta segunda-feira (21), a governadora Fátima Bezerra se emocionou ao anunciar a marca de 1 milhão de vacinados contra a Covid-19 no estado. Por meio das redes sociais, ela disse que:
“Em nome de todos aqueles e aquelas que não puderam tomar essas doses, em nome de todas as famílias que hoje lamentam suas perdas para uma doença que já tem vacina, eu quero dizer que não vamos parar de lutar”.
Fátima Bezerra
A gestora aproveitou a publicação para divulgar que, hoje, cerca de 34% da população potiguar já tomou pelo menos a primeira dose da vacina. “E isso é só o começo”, garantiu a professora.
“Hoje estamos celebrando milhão de novas esperanças. Um milhão de vidas com uma jornada inteira pela frente. Não descansaremos enquanto esse número não chegar a 100%. Vamos juntos e juntas contra a Covid e à luta por #MaisVacinas.”
A marca de 500 mil mortos por covid-19, atingida pelo Brasil neste sábado (19), repercutiu em veículos de comunicação internacionais.
Jornais como BBC, France 24, Sky News e Al Jazeera ainda deram destaque às manifestações pelo 19J, que levaram brasileiros às ruas em diversos países.PUBLICIDADE
A BBC ressaltou os números da pandemia no Brasil e deu mostrou os protestos do último fim de semana.
“Em cada passo do caminho, Bolsonaro não só minimizou a gravidade da epidemia notoriamente, chamando a covid de ‘gripezinha’, ele tem feito tudo que é possível para limitar medidas de contenção por autoridades locais”, afirma Douglas Herbert, alegando que não é “coincidência” o Brasil ter contabilizado 1/3 das mortes por covid na última sexta (18).
A Sky News lembrou da falsa dicotomia criada pelo presidente no início da pandemia:
“Com 500 mil mortes e 100 mil pessoas infectadas por dia, a economia provavelmente vai parar de qualquer maneira”, disse jornalista da emissora enquanto acompanhava manifestação do 19j.
A Al Jazeera lembrou da “motociata” do presidente e da promoção da cloroquina.
Nesta segunda-feira (21), Juliette Freire, campeã do Big Brother Brasil 21, usou seu perfil no Twitter para se posicionar politicamente. A paraibana manifestou seu pesar pelas 500 mil vidas perdidas no Brasil para a Covid-19 e criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um post feito à tarde.
“500 mil mortos no Brasil! Não são apenas números. É uma terrível consequência da negligência da gestão do atual governo Bolsonaro”, desabafou a maquiadora. “Eles tinham como ter evitado essa tragédia. É claro que é #ForaBolsonaro”, declarou ela.
O tweet de Juliette dividiu seus fãs – parte deles elogiou o fato dela se posicionar abertamente, enquanto outros avisaram que deixariam de seguir a maquiadora nas redes sociais.
500 mil mortos no Brasil! Não são apenas números. É uma terrível consequência da negligência da gestão do atual governo Bolsonaro. Eles tinham como ter evitado essa tragédia. É claro que é #ForaBolsonaro.
O Senado vai votar nesta terça-feira (22), o projeto de lei nº 827/20 pra impedir que as pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social sejam despejadas na pandemia. Segundo a autora do PL, Natália Bonavides “por conta da política genocida de Bolsonaro, já são mais de 500 mil vidas perdidas e mais de 14 mil famílias despejadas”.
A parlamentar ainda acrescentou dizendo: “a luta em defesa da vida é de todas e todos”.
Jair Bolsonaro em conversa com apoiadores (Foto: Reprodução)
Em vídeo editado de conversa com apoiadores na manhã desta segunda-feira (21), divulgado em canal bolsonarista no Youtube, Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou os mais de 500 mil mortos pela Covid-19, atacou o ex-presidente Lula e ironizou os atos que levaram mais de 750 mil pessoas às ruas no último sábado (19).
Na única alusão à pandemia, Bolsonaro fez piada, recomendando àqueles que testarem positivo para o coronavírus a procurarem o “doutor” William Bonner ou a “doutora” Míriam Leitão, ambos jornalistas da Globo.
Veja vídeo:
Lula Bolsonaro abre o vídeo, em um claro corte de edição, atacando o ex-presidente Lula e voltando a acusar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fraude no sistema de votação eletrônico.
“Só na fraude o nove dedo (SIC) volta”, disse, arrancando risos dos apoiadores. “Se o congresso aprovar e promulgar, teremos voto impresso. Não vai ser a canetada de um cidadão como esse daqui [mostra o celular] que não vai ter voto impresso. Pode esquecer isso aí”, emendou, atacando o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que recentemente cobrou provas das denúncias feitas por Bolsonaro.
Em seguida, Bolsonaro ironizou os atos de 19 de junho dizendo vai “apoiar” o “consumo de mortadela” para dispersar as manifestações.
“Acho que vou acabar com as manifestações dos petralhas: comam mortadela, pessoal, que faz bem à saúde”, ironizou. “Vai acabar com as manifestações. Entendeu a jogada? Tudo o que eu apoio é o contrário. Estou apoiando o consumo de mortadela no Brasil”.
*Informações da Revista Fórum e do Portal Brasil 247.
Senador se vacinava quando um apoiador do presidente o abordou com uma máscara com o rosto de Bolsonaro e fez perguntas sobre a CPI enquanto gravava a cena
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi abordado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (21) na UBS Congós, na zona sul de Macapá, logo após tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
“Senador, senador, só uma palavrinha com o senhor. Por que aquela CPI da palhaçada lá em Brasília?”, perguntou o homem, que usava uma máscara estampada com a imagem de Bolsonaro e gravou em vídeo a sua intervenção. “Que a gente vai prender Jair Bolsonaro”, respondeu Randolfe.
“Não vai prender nunca. Sabe por quê? Deus está com ele. Em vez de vocês estarem perseguindo o Bolsonaro, vocês deveriam estar cuidando do país, que está doente”, replicou o apoiador. “Graças a Bolsonaro”, disse Randolfe.
O homem ainda disse que o presidente não matou ninguém e que Randolfe, sim, “ajudou a matar pessoas no Brasil” por ser político. O senador protestou responsabilizando Bolsonaro pelas 500 mil vítimas do novo coronavírus e chamando o presidente de “assassino” e “genocida”.
“O momento seria todo cheio de aleagria se não fosse, ao final do meu ato de vacinação, a agressão desmedida por um militante das milícias, que lamentavelmente andam por todo o canto do país”, disse Randolfe em vídeo gravado após o episódio. “Aos membros dessas milícias, eu advirto: nós não seremos intimidados.”
“Os responsáveis por nós termos mais de meio milhão de mortos, tenham certeza, iremos fazer de tudo para que paguem pelo seus crimes. Não adianta tentativa de intimidação. Não terão êxito”, finalizou o senador.
O potiguar, Ministro das Comunicações, aposta no “quanto melhor, pior”. Ele deveria ao menos avaliar o impacto negativo das 500 mil mortes sobre o governo
Por O Antagonista
O ministro da Propaganda, Fábio Faria, deve achar-se um gênio, mas é de se perguntar se ele não é o exato oposto disso. Senão, vejamos: no sábado, quando o Brasil atingiu a marca de meio milhão de mortes por Covid, Fábio Faria disse a seguinte estupidez no Twitter: “Em breve vocês verão políticos, artistas e jornalistas ‘lamentando’ o número de 500 mil mortos. Nunca os verão comemorar os 86 milhões de doses aplicadas ou os 18 milhões de curados, porque o tom é sempre o do ‘quanto pior, melhor’. Infelizmente, eles torcem pelo vírus”.
Como dissemos anteontem a respeito do tuíte de Fábio Faria, trata-de de uma fala delinquente. O governo não “curou” a maioria esmagadora dos infectados, porque eles se recuperaram naturalmente. A outra parte foi parar no hospital, onde quem os ajudou foram médicos e enfermeiros menosprezados por Jair Bolsonaro. O que o sociopata e seu bando fazem desde o início é estimular os cidadãos a se infectar, para atingirmos a “imunidade de rebanho natural”, uma falácia genocida, visto que, se mais gente tivesse deixado de se proteger, como prega a escumalha instalada no Planalto, a quantidade de mortes já seria muito maior. Quanto às vacinas, o ritmo de aplicação ainda está lento demais, não porque nos falte capacidade logística, mas porque o governo deixou de comprar imunizantes antecipadamente como deveria. Tanto é que, no ranking das nações, estamos num vergonhoso sexagésimo sétimo lugar no número de vacinados por 100 habitantes — um dado que o ministro da Propaganda tenta tolamente esconder com o número absoluto de imunizações, o de quarto país que mais vacinou no mundo. O ritmo de vacinação deve aumentar, é claro, mas quanto mais isso demora para ocorrer, mais gente morre. Jair Bolsonaro e seu bando são, portanto, culpados de boa parte das 500 mil mortes por Covid no Brasil e das que ainda virão a acontecer.
O meu ponto, contudo, é outro: o do exato oposto da genialidade. Não tenho dúvida de que, na oposição, existe o pessoal do “quanto pior, melhor”. A questão intrigante, contudo, é que no governo predomina o pensamento do “quanto melhor, pior”. Ou seja, que teria sido muito ruim se Jair Bolsonaro tivesse adotado as diretrizes da ciência no combate à pandemia, coordenando um esforço nacional na adoção de medidas restritivas e comprando as melhores vacinas no momento certo, e na quantidade adequada, como fizeram todos os países dignos desse nome, de acordo com as suas diferentes realidades. Se tais providências tivessem sido tomadas, tudo hoje estaria melhor, certo? Inclusive com uma retomada mais consistente da economia. Na clarividência bolsonarista, porém, a situação estaria pior se ela estivesse melhor. Não queira entender.
O negacionismo é, além de demonstração de sociopatia, prova do exato oposto da genialidade porque está empurrando Jair Bolsonaro para uma acachapante derrota eleitoral em 2022 — derrota que também o despirá de qualquer armadura frente a processos pelas suas atitudes criminosas, inclusive no Tribunal Internacional de Haia. Se fosse mesmo tão inteligente quanto pensa que é, Fábio Faria talvez percebesse que, como ministro da Propaganda, deveria esforçar-se para que o chefão dele parecesse ter empatia com o próximo.
No seu misto de sociopatia, alopragem e burrice (o exato oposto da genialidade), o governo não faz nem mesmo o cálculo do impacto negativo de tantas vidas perdidas na sua imagem e a repercussão eleitoral disso, preferindo negar a quantidade de mortes, o que é também patético. Há políticos que fazem esse cálculo. Especialistas em psicologia social disseram a Gilberto Kassab, cacique do PSD, que para cada morte por Covid, 100 brasileiros em média são afetados de maneira direta, em diversos graus. Em primeiro lugar, vem o círculo familiar da vítima, o que inclui parentes mais distantes; em segundo lugar, os amigos próximos; em terceiro lugar, os colegas de trabalho; em quarto lugar, os amigos de infância — que normalmente são informados da morte via redes sociais. Isso quer dizer que, com 500 mil mortes por Covid, 50 milhões de cidadãos já foram atingidos pela notícia trágica de uma morte pelo vírus de alguém das suas relações.
Cinquenta milhões de cidadãos é quase a metade do eleitorado brasileiro. Fábio Faria vai dizer o que a eles? Que a “imunidade de rebanho natural” teria sido menos mortífera? Vai continuar a vender a ideia abilolada do chefão de que a cloroquina teria salvado meio milhão de pessoas da “gripezinha”? Que se horrorizar com a morte de toda essa gente é coisa apenas de políticos, artistas e jornalistas hipócritas? Que o número de mortes está superestimado pela oposição? Que Lula é pior do que o vírus? ( Lula, por sinal, é a cloroquina que os petistas tentam vender como panaceia para o Brasil, e a mentira pode colar, dado o grau de perversidade e estupidez bolsonaristas). Qual é a aposta? A de que, daqui a um ano, os brasileiros esquecerão o massacre? Eu parto do pressuposto de que não esquecerão, se ainda houver algum grau de indignação nestas latitudes.
Caso não fosse o contrário do que pretende ser, Fábio Faria diria a Jair Bolsonaro que era bom já ir se acostumando com a ideia de fingir que um pouco humano. É duro, eu sei, mas é atribuição do ministro da Propaganda. Ele deveria ter tentado fazer com que o chefão pelo menos assinasse uma nota de pesar pelas 500 mil mortes por Covid. Mas não: chancelou equinamente o silêncio sepulcral de Jair Bolsonaro (e nunca o adjetivo se mostrou tão exato), baseado na mentira de que a estatística macabra é falsa, e ainda foi ao Twitter para escrever a enormidade que imaginou ser vacina política para mitigar o noticiário, mas acabou reconhecendo a realidade dos 500 mil mortos que o chefão quer esconder, comparando-a com as “curas”. O presidente da República é um sociopata que tem um asno como ministro da Propaganda, chamado oficial e eufemisticamente de ministro das Comunicaçōes.
Ex-presidente era acusado de aceitar propina de R$ 6 milhões para favorecer montadoras em medida provisória; Ministério Público concluiu que não havia provas de repasse do dinheiro
O juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana absolveu Lula, Gilberto Carvalho e outros cinco réus por corrupção no âmbito da Operação Zelotes.
O ex-presidente e o ex-ministro foram acusados de aceitar R$ 6 milhões de lobistas e empresários em 2009 para editar medida provisória com benefícios tributários para montadoras.
Segundo o Ministério Público Federal, a propina foi negociada por Carvalho e seria destinada ao PT. Ao final do processo, porém, o órgão concluiu que não havia provas do repasse do dinheiro.
“Muito embora existam elementos que demonstrem a atuação por parte da empresa de MAURO MARCONDES – MARCONDES E MAUTONI – no que se refere à prorrogação de benefícios fiscais às empresas CAOA e MMC, não há evidências apropriadas e nem sequer minimamente aptas a demonstrar a existência de ajuste ilícito entre os réus para fins de repasse de valores em favor de LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA ou de GILBERTO CARVALHO”, escreveu o juiz na sentença.
Respondiam a ação pelo crime de corrupção ativa Mauro Marcondes, José Ricardo da Silva, Alexandre Paes dos Santos, Paulo Arantez Ferraz (Mitsubishi) e Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa).
Na manhã desta segunda-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mandou uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, calar a boca ao ser questionado sobre não utilizar a máscara de proteção facial durante agenda, em Guaratinguetá (SP).
O chefe do Executivo acompanhou cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Ao chegar no local, cumprimentou e abraçou apoiadores que se aglomeraram na região. O presidente não usava máscara. Ao ser perguntado sobre a marca de 500 mil mortes pela doença, ele voltou a afirmar que lamenta “todas as mortes”.
Lamentáveis as agressões contra a livre imprensa. Minha solidariedade às e aos jornalistas. Aliás, como já bem diz o @felipeneto: Cala a Boca já morreu.
Para além disto, é evidente: O genocida sentiu a força das manifestações do #19JForaBolsonaro.
Após o evento, Bolsonaro foi questionado sobre não estar usando máscara e sobre ter sido multado pelo governo de São Paulo por não usar o equipamento de proteção em 12 de junho, durante um passeio com motociclistas na capital. O valor da multa foi fixado em R$ 552,71.
“Olha, eu chego como eu quiser, onde eu quiser, eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, não use. Agora, tudo o que eu falei sobre Covid, infelizmente, para vocês, deu certo”, disse o chefe do Executivo federal.
Durante a conversa com a imprensa, Bolsonaro subiu o tom e voltou a defender o tratamento precoce, que consiste no uso de medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19. A conversa foi transmitida por um canal simpatizante ao governo.
Segundo o presidente, o Kit Covid “salvou” a sua vida e pediu para que a imprensa pare de tocar no assunto. O chefe do Executivo, que estava de máscara durante a entrevista, tirou o equipamento e desafiou os repórteres presentes a noticiarem o fato.
“Parem de tocar no assunto. [Presidente tira a máscara] Você quer botar… Me bota agora… Vai botar agora… Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Você está feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa. Vocês são uma porcaria de imprensa”, disse o presidente.
Na sequência, a repórter da TV Vanguarda tenta questionar Bolsonaro, mas é interrompida.
“Cala a boca. Vocês são canalhas. Fazem um jornalismo canalha, vocês fazem. Canalha, que não ajuda em nada. Vocês não ajudam em nada. Vocês destroem a família brasileira. Destroem a religião brasileira. Vocês não prestam. A Rede Globo não presta. É uma péssima [sic] órgão de informação”, concluiu o presidente antes de finalizar a entrevista.
Isolado do governo Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República disse que não sabe o que se discute no Planalto
Isolado, Hamilton Mourão disse que não sabe o que se discute no Planalto.
Em entrevista ao Estadão, o vice-presidente da República avaliou que isso é um “sinal muito ruim” para a sociedade.
“É muito chato o presidente fazer uma reunião com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora. É um sinal muito ruim para a sociedade como um todo. Eu, como vice-presidente, fico sem conhecer, sem saber o que está sendo discutido. Isso não é bom, não faz bem. Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se não sei o que está acontecendo, como vou substituir? Não há condições.”
Nas últimas 24 horas, 518.614 doses foram aplicadas
Neste domingo, o número de pessoas vacinadas contra a Covid, com ao menos uma dose, chegou a 63.187.356, o equivalente a 29,84% da população total do país. Somente nas últimas 24 horas, 518.614 doses foram aplicadas, segundos dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 estados e do Distrito Federal.
Entre os mais de 61 milhões de vacinados, 24.280.894 receberam a segunda dose, o que representa 11,47% da população brasileira com a vacinação completa contra o novo coronavírus.
Secretário da Sedec, Jaime Calado – Foto: Reprodução
O secretário de Desenvolvimento do Estado, ex-prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado, deu um verdadeiro ponta pé no vice-governador Antenor Roberto. Jaime disse, em entrevista à FM 98, que gostaria de ocupar o lugar de Antenor na chapa de Fátima no pleito do próximo ano.
O problema é que Jaime faz parte do Governo do qual Antenor é o vice-governador. Dizer publicamente que quer arrancar o vice da cadeira para ele assumir, é no mínimo, um gesto de deselegância.
Que a vaga de Antenor deverá ser alvo de negociações políticas isso todo mundo já sabe. Como sabe também que ele deveria entender que Fátima precisa agregar para poder ganhar novamente a eleição, atraindo novos partidos e grupos e que sua vaga é importante nesse processo. Mas ele se finge de morto, estando muito vivo e doido para continuar sendo vice.
O deputado Vivaldo Costa já havia ‘lançado’ o nome de Jaime Calado para compor chapa com Fátima na condição de vice-governador, tendo Garibaldi Filho como candidato ao Senado.
O Papa do Seridó justificou que Jaime soma e agrega, além de atrair o apoio do deputado Federal João Maia, cunhado de Jaime.
É natural que outros políticos lancem ou sugiram nomes. O que fica esquisito é o próprio Jaime Calado assumir publicamente seu desejo de tomar a cadeira de Antenor, sendo do mesmo grupo e do mesmo Governo.
As palavras de Jaime Calado, que é marido da senadora Zenaide Maia, não soaram bem nos gabinetes da governadoria. Muito menos da vice-governadoria.
Calado soltou o verbo e atingiu em cheio o calvo Antenor. De longe, Fátima só olha, fuma um cigarro e finge que não viu nada.
Publicado originalmente no dia 11 de junho de 2021 no Blog Elza Bezerra
Ontem os céus da Ribeira ganharam novas cores. Sem me importar com o ditado de que “a curiosidade matou o gato”, fui ver do que se tratava. Para minha surpresa e de toda a população de Natal, testavam a iluminação do Teatro Alberto Maranhão – TAM.
Teatro Alberto Maranhão
Hoje fui xeretar mais um pouco. Os tapumes voltaram ao local, mas nada que uma boa conversa e o entusiasmo de uma “historiadora” conseguisse superar para conferir, in loco, o que toda Natal aguarda com muita ansiedade. Resolvi dar um spoiler – seria muito egoísmo não compartilhar essa redescoberta.
Pátio interno do Teatro Alberto Maranhão
A praça Augusto Severo está quase pronta. Para quem não sabe, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão foi político e inventor aeronáutico. Projetou o dirigível Pax, que decolou em Paris, no dia 12 de maio de 1902, tendo a bordo o mecânico francês Georges Saché e o seu inventor. O dirigível elevou-se rapidamente, atingindo cerca de 400m. Dez minutos após o início do voo, explodiu violentamente, projetando os dois tripulantes para o solo. Severo e Saché morreram na queda.
A chegada da República trouxe uma mudança não só política e econômica, mas também de estruturação urbana da cidade de Natal. No final do século XIX, importantes projetos de reformas e melhoramentos dos espaços públicos situados no centro da cidade visaram modernizar a capital do Estado.
Aproveitando a onda de modernidade, deu-se início à construção do Teatro em 1898, no governo de Joaquim Ferreira Chaves, sendo inaugurado em 24 de março de 1904, no governo de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão (irmão de Augusto Severo), originalmente denominado Teatro Carlos Gomes.
Posteriormente rebatizado de Alberto Maranhão, logo o Teatro estará recebendo os convidados para sua reabertura. No largo da frente, voltei no tempo dos vendedores de balas, chicletes e pastilhas “Garoto” abordando a garotada que vinha assistir às matinés em dia de domingo. As janelinhas de ferro da bilheteria, Coquinho e Seu Pedro zelando desde a entrada.
Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Cinderela, João e Maria e outros contos de fadas eram encenados na forma original por Jesiel Figueiredo. Ninguém ficou traumatizado pelo lobo mau, bruxa, feiticeira ou rainha má.
Minha geração cresceu frequentando o TAM; meus filhos, idem. Minha mãe, Selma Meira e Sá Bezerra, foi diretora do teatro de 1991 e 1994. Artista plástica e com bom trânsito nas artes, fez o TAM acontecer, mixando apresentações de artistas locais e nacionais.
Durante a sua gestão, passaram pelo palco grandes nomes do teatro, do balé e da música nacional. Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Bibi Ferreira, Ana Botafogo, Edson Celulari, Gilberto Gil e tantos outros artistas que engrandeceram a atividade cultural de Natal.
Um espetáculo memorável foi a apresentação de Bibi Ferreira, Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte e Coral Canto do Povo, sob a regência, aqui em Natal, de Osvaldo D’Amore, reunindo mais de cem pessoas em cena.
O Teatro Alberto Maranhão já foi palco de óperas, concertos, peças, recitais e abrigou diversos projetos culturais importantes. Quem nunca assistiu aos cantores locais que abriam o projeto “Seis e Meia”, antes das atrações nacionais? Uma idealização de William Collier, bem movimentado por Zé Dias.
Atravessei o pórtico principal do prédio em reformas com o coração batendo forte. Uma expectativa para ver o trabalho de restauro. Logo no Foyer, o ladrilho belga original cuidadosamente recuperado, o gradil de ferro fundido na França imune à ação do tempo; olhos centrados nos detalhes.
O lustre do salão nobre limpo e brilhante, o piano Steinway & Sons em silêncio, as janelas que desvendam o pátio interno aguardando o burburinho dos espectadores antes de ingressarem na sala de espetáculo. Os corredores, as frisas, os camarotes e a galeria no alto. Tudo cuidadosamente restaurado: piso, roda-teto, poltronas, iluminação central, grande palco, cortinas.
A construtora responsável está de parabéns, fez um trabalho minucioso e cuidadoso de recuperação desse importante patrimônio histórico-cultural de nosso Estado.
As cortinas estão quase prontas para serem descerradas, falta apenas a caixa cênica para ouvirmos novamente: “Hoje tem espetáculo”! Quando a pandemia passar, que venham espetáculos de música, dança, concertos, recitais, peças, balé…
Governos federal, estadual e municipal, sem dispensar a iniciativa privada, reunidos em mutirão de esforços para revitalizar o uso do espaço público no grande corredor cultural de Natal. O século XXI fazendo renascer uma importante área de nossa cidade.
Publicado originalmente no dia 11 de junho de 2021 no Blog Elza Bezerra
Na noite deste domingo (20), após a prefeitura de Natal anunciar que, a partir desta segunda-feira (21), avançaria ainda mais na vacinação contra a Covid-19, passando a incluir o público de 47 anos e mais e os trabalhadores da indústria de 37 anos e mais, Álvaro Dias comemorou:
“Acelera, Natal! 💪 Somos destaque nacional na vacinação contra a Covid-19. Estamos na 5ª colocação entre as capitais e seguiremos avançando para vencer o coronavírus! Salvar vidas é nossa prioridade. #VaciNATAL“, destacou o gestor.
Nesta segunda-feira (21), a Prefeitura de Natal avança ainda mais na vacinação contra a Covid-19, passando a incluir o público de 47 anos e mais e os trabalhadores da indústria de 37 anos e mais.
“Com o avanço na vacina dos públicos prioritários e a diminuição da faixa etária, já percebemos que a pandemia na capital está em controle, uma vez que a demanda por leitos de UTI vem baixando gradativamente. Mesmo assim, não podemos esquecer dos cuidados diários como o uso de máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações“, recomenda o secretário de Saúde de Natal, George Antunes.
“Estamos no caminho certo para vencer o coronavírus! Prova disso é a grande queda no número de internações. Hoje, há 253 leitos disponíveis na região metropolitana de Natal, entre leitos críticos e de enfermaria”.
O senador foi admitido como amicus curiae pelo ministro Luís Roberto Barroso
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros foi admitido como amicus curiae — parte no processo — na ação apresentada por Jair Bolsonaro contra medidas restritivas impostas por governadores na pandemia, diz o Estadão.
“Dada a relevância da matéria, a representatividade do postulante, na condição de relator da CPI da COVID-19, e a especificidade do interesse que representa, defiro seu ingresso no feito, tal como requerido”, escreveu o ministro Luís Roberto Barroso ao autorizar a participação do parlamentar.
Com isso, Renan poderá enviar manifestações sobre o pedido de Bolsonaro para derrubar decretos de Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte e de solicitar providências ao tribunal.
Em 27 de maio, o presidente acionou o Supremo para barrar decretos de lockdown e toques de recolher feitos pelos governadores dos três estados.
O Estado Maior sustenta que é preciso preservar “intimidade e privacidade do militar”
A ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para o Ministério da Defesa prestar informações sobre o sigilo de 100 anos imposto ao processo administrativo disciplinar aberto pelo Exército contra o general Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Rio.
No dia 3 de junho, o alto comando do Exército decidiu não punir o general.
“Requisitem-se, com urgência e prioridade, informações ao Ministro da Defesa, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de cinco dias. Na sequência, vista à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria Geral da República para manifestação na forma da legislação vigente, no prazo máximo e prioritário de três dias cada qual”, escreveu a ministra do STF.
No dia 23 de maio, Pazuello subiu em um carro de som com o presidente e discursou para a claque bolsonarista. O comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, livrou o general da ativa de punição.
Para o senador Tasso Jereissati, o nome da terceira via para enfrentar Jair Bolsonaro e Lula no ano que vem não precisará ser necessariamente de seu partido, o PSDB.
“Se houver pressão da opinião pública, a possibilidade se torna mais concreta ainda. Não precisa ser do nosso partido”, afirmou neste domingo (20) durante live promovida pelo grupo Parlatório.
Tasso citou Michel Temer e Sergio Moro — que também participaram da live — como “figuras centrais” no processo de união de centro:
“São atores fundamentais para que esse processo chegue.”