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CPI DO ORÇAMENTO SECRETO PODE ABATER OU FORTALECER ROGÉRIO MARINHO NO RN

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Ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho deixa PSDB | Poder360

CPI todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina. É assim o pensamento majoritário no Congresso Nacional a respeito da Comissão Parlamentar de Inquérito, instrumento das minorias, amparado pela Constituição para investigar fato determinado, criada por requerimento de um terço dos parlamentares.

A CPI da Covid já começou criando problemas para o Governo, forçando até o filho do presidente pessoalmente tentar desestabilizar a Comissão. Nenhum Governo gosta de CPI. Foi assim com Fernando Henrique, com Lula e é assim com Bolsonaro. CPI é incômodo para qualquer gestão.

O requerimento do senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, quer investigar o chamado “Orçamento Secreto” do ministério do Desenvolvimento Regional, comandado pelo potiguar Rogério Marinho e distribuiu 3 bilhões de reais em emendas parlamentares. Como envolve os próprios senadores, ainda não há certeza se haverá o número suficiente de assinaturas. O requerimento precisa de 27 nomes para ser protocolado.

Caso seja instalada, e é possível e legal o funcionamento de mais de uma CPI na Casa Legislativa, será um duro golpe em Rogério.

Discursos, depoimentos, contradições, documentos, gravações, quebra de sigilos… Praticamente tudo em uma CPI tem efeito negativo para quem está sendo investigado. A mídia cobre cada passo, cada percalço, cada palavra e até o silêncio é monitorado.

Rogério Marinho saiu das cinzas da derrota como deputado Federal para o ápice do ministério, fortalecido pelo próprio presidente da República, em atitudes e palavras. O sucesso no ministério já o alçava à possibilidade de uma candidatura majoritária no RN, como governador ou senador.

A depender da criação da CPI, sua instalação e o desenrolar das investigações, a candidatura de Rogério Marinho pode ser abatida antes mesmo de ser viabilizada.

Mas há o outro lado. Remoto, mas há. Rogério pode sair da CPI bem maior do que vai entrar, com visibilidade nacional e inevitável repercussão estadual. Nesse caso, de anão, passa a gigante na política do RN. É possível acontecer? Sim, é possível. Difícil, improvável, mas possível.

Em política é assim. Não há nada definitivo. Tudo pode mudar a qualquer momento. Para o bem ou para o mal.

Não há morte ou sepultamento definitivo em política. O defunto de hoje é o nascituro de amanhã. Na própria política do RN há casos e casos de ressurgimento ou ressurreição de quem pensavam ter sido morto pelo resultado das urnas ou outro motivo e voltaram com força total.


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