Mesmo três dias após receber novas doses do imunizante, situação volta a ocorrer
Nesta segunda (19), a Prefeitura de Natal voltou a suspender a aplicação da vacina CoronaVac para primeira e segunda dose. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as últimas 920 doses foram distribuídas aos pontos de vacinação e acabaram logo após o início da vacinação, resultado, minimamente, previsto.
A aplicação do imunizante em primeira dose (Coronavac) para idosos a partir de 63 anos ou segunda dose com da Oxford estão disponíveis. Na última segunda-feira (12), a SMS já havia suspendido a aplicação da Coronavac em Natal na última segunda-feira (12), também por falta de doses.
A SMS esclareceu, em nota, que: na sexta-feira (16), Natal recebeu 10.560 doses da vacina Coronavac para serem utilizadas na segunda dose e que foram aplicadas mais de 9 mil doses durante o fim de semana. As 920 doses restantes foram distribuídas entre os pontos de vacinação nesta segunda (19) e acabaram logo no início da manhã.
A Secretaria reforçou que “assim que mais doses da Coronavac chegarem à capital, a SMS-Natal retomará a vacinação para esse público”.
Segundo relato, já apurado pelo G1RN, a técnica em enfermagem Andrea Lisboa esteve no Via Direta nesta segunda e não conseguiu tomar a segunda dose da Coronavac.
“Eu tomei a primeira dose dia 23 de março, ou seja, amanhã completa 28 dias que é o prazo máximo para segunda dose. E eles informaram que acabou e não tem previsão de quando vai chegar, certo? Então a gente vai ter que tomar uma vacina depois do prazo”, disse.
A aposentada Maria José foi a três pontos de vacinação da capital no início da manhã desta segunda (19) para tomar a segunda dose da Coronavac e não tinha mais vacina em nenhum deles.
“Eu fui no Planalto, não tinha. Fui no Pitimbu, não tinha. Agora vim aqui no Via Direta e também não tem. E agora, Deus, o que é que eu faço? Fico sem tomar a segunda dose? E aí Deus faz Que que eu faço? Fica sem tomar, né? Porque vai passar o tempo e não e não chega a dose”, disse.
Intervalo entre as doses
Até agora, duas vacinas estão sendo aplicadas no país: a da farmacêutica AstraZeneca (desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford), e a CoronaVac (desenvolvida pelo laboratório Sinovac com o Butantan).
Para a vacina da AstraZeneca, a maior eficácia é alcançada quando o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de três meses. Para a CoronaVac, o melhor resultado, de acordo com os estudos, ocorre quando a segunda dose é aplicada em um intervalo de 21 a 28 dias.
De acordo com especialistas, a segunda dose é essencial não apenas para proteção individual. Quanto mais pessoas estiverem imunizadas, maior é a barreira criada na comunidade inteira, diminuindo as possibilidades de alguém se infectar.