
João Doria decidiu abandonar a sua pré-candidatura à presidência pelo PSDB e continuará no governo de São Paulo até o dia 31 de dezembro.
A decisão foi comunicada hoje cedo aos seus auxiliares mais próximos e será anunciada pelo próprio Doria numa entrevista coletiva que dará no Palácio dos Bandeirantes, às 16h.
A medida pode abrir caminho para o governador gaúcho, Eduardo Leite, retomar os planos de concorrer a presidente. Leite foi derrotado por Doria nas prévias do PSDB, no fim de 2021, mas na segunda-feira anunciou que, embora esteja de saída do Palácio Piratini, ficará no partido.
Segundo a Folha, Doria avisou ontem seu vice, Rodrigo Garcia (que trocou o DEM pelo PSDB ano passado), que pretende ficar no cargo, uma reviravolta que abriu uma crise entre os dois. Garcia seria candidato da chapa ao governo de São Paulo e, assim que informado, pediu demissão da secretaria de governo do estado, segundo a GloboNews. Segundo o jornal O Globo, aliados de Garcia estão se movimentando, na manhã desta quinta-feira, para levar à frente um processo de impeachment contra Doria, caso de fato ele fique no governo.
A crise no PSDB, e no governo paulista, é consequência de resultados ruins de Doria em todas as pesquisas de intenção de voto à presidência. Na mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, o gaúcho tem 2% das intenções de voto e o paulista 1%. A corrente do partido que defende a candidatura de Leite se apoia também nos números de rejeição: 18% dos eleitores dizem que não votariam no governador paulista de “jeito nenhum”, ante 11% das menções a leite.
A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 18 e 23 de março. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04244/2022. A pesquisa EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
Com informações da Exame