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FÁTIMA CONVIDA ADRIANO GADELHA PARA SER ARTICULADOR POLÍTICO DE NOVA GESTÃO

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Homem de partido e de confiança, Gadelha é o preferido para ocupar cargo estratégico no 2º mandato petista no RN

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Por Túlio Lemos

José Adriano de Sousa Gadelha é o nome de Fátima Bezerra para ocupar a secretaria Extraordinária de Relações Institucionais; ou, na prática, ser o articulador político da nova gestão Fátima Bezerra.

Adriano Gadelha é homem de partido e de extrema confiança da governadora. Atualmente, exerce o cargo de assessor parlamentar do senador Jean Paul Prates. Trabalha com projetos, dados, tabelas, discursos, avaliação de pesquisas… Ele mescla assessoramento político com produção legislativa consistente, com informações robustas que podem ser utilizadas pelo parlamentar onde achar conveniente.

Na última campanha eleitoral, Adriano Gadelha deixou de lado o assessoramento ao senador Jean Paul após convite da governadora para assumir a coordenação de articulação de sua campanha à reeleição. Conhecedor profundo da realidade política do Estado, principalmente as peculiaridades de cidades e partidos, coube a Gadelha evitar choques indesejáveis entre aliados, contornar interesses aparentemente irreparáveis e estirar, sempre que possível, o tapete vermelho para a governadora em cada cidade que Fátima visitava.

Após o resultado da eleição, Adriano foi requisitado pelo PT Nacional para dar apoio a outros estados do Nordeste. Saiu um pouco da cena potiguar, mas manteve a governadora ciente de tudo que ocorria na dura campanha do segundo turno em que Lula seria o vencedor.

Lula eleito, Adriano é sondado para ser um dos indicados para ocupar cargos de relevo na gestão petista, em Brasília. Ao mesmo tempo, Fátima o convida para assumir a articulação política de seu novo governo.

Um deputado do PT confidenciou: “Fátima já convidou Adriano 200 vezes. Ela o quer no governo. Só depende dele.”

A ida de Adriano Gadelha para o governo não desaloja o atual Chefe da Casa Civil, Raimundo Alves. Pelo contrário. Ambos trabalhariam juntos. Raimundo continua com o comando da estrutura administrativa e Adriano ficaria com a articulação política. Tiraria um peso da Casa Civil e oxigenaria o convívio com a classe política, que reclamou da falta de atenção na atual gestão.

No governo Robinson Faria a pasta de Articulação Política, ou essa secretaria Extraordinária, foi ocupada inicialmente pelo atual prefeito de Santana do Seridó, Hudson Brito, que se desgastou por não ter os compromissos assumidos com a classe política, cumpridos pela gestão. Habilidoso, bem articulado, Hudson viu sua palavra se deteriorar porque o então governador não valorizou a pasta como devia. Na saída de Hudson, assumiu o posto o ex-prefeito de Várzea, Getúlio Ribeiro, que também sofreu com o desinteresse do governo em resolver as demandas da classe política, principalmente as lideranças do interior.

A pasta é importante. Mas sua importância só se materializa se houver visão do governante de que é necessário ouvir as demandas dos políticos e atende-las, sempre que possível. Mas atenção, é fundamental.

Adriano Gadelha e Raimundo Alves são as duas pessoas mais próximas da governadora Fátima Bezerra, com quem ela mantém há décadas, relação política e pessoal de confiança mútua. Ter os dois na nova gestão e em soma, sem choques, seria o melhor dos mundos para a governadora, que vai precisar fazer um governo bem mais próximo da população e da classe política e que terá a própria administração para comparar e que terá que pavimentar sua saída antes do fim do mandato, para voltar à Brasília na condição novamente de senadora da República.

Portanto, ter um fiel escudeiro na Articulação Política, vai tornar o governo mais leve para Fátima ter as conversas políticas que gosta de ter, sem precisar ter que dar conta de cada detalhe não resolvido dentro da gestão.

Adriano Gadelha no governo atende também um pedido do próprio PT, cujos integrantes ele conhece tão bem, suas demandas, inconveniências e reclamações, vindas das mais variadas tendências.

Fátima Bezerra quer Adriano Gadelha no governo. Se ele vai aceitar o convite ou não, somente o tempo nos responderá.


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