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FÁTIMA LEVA FALTA EM DEBATE COM CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO

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Debate realizado pelo jornal Tribuna do Norte discutiu os principais temas relacionados ao desenvolvimento do RN

Foto: Alex Régis

Ausência sentida no segundo debate entre os principais candidatos ao governo do Rio Grande do Norte, nesta segunda-feira (5), a governadora Fátima Bezerra (PT) foi alvo de desaprovação e deboches dos adversários na corrida eleitoral, que usaram suas redes sociais, antes do evento, para reclamar da conduta da gestora petista, que está cumprindo agenda político-eleitoral nos municípios do Alto Oeste potiguar, conforme sua assessoria de comunicação. Curiosamente, nenhum dos candidatos citou a ausência da gestora no início do debate.

Fátima participou do primeiro encontro promovido pela Band TV, no último dia 7, quando a emissora reuniu os cinco candidatos cujos partidos possuem representação no Congresso Nacional. O evento foi promovido pelo Sistema Tribuna de Comunicação no Hotel Barreira Roxa, na Via Costeira e atraiu dezenas de correligionários dos participantes no entorno do local.

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos para o governo do Estado, o senador Styvenson Valentim (Podemos) divulgou uma foto segurando dois ratos vermelhos, anunciando a hora e o local do debate desta segunda, convidando seus seguidores a assistir o evento. Já o candidato Fábio Dantas (SDD), em terceira posição nas pesquisas recentes, reclamou e debochou da ausência da gestora.

“A governadora correu do debate! A governadora não tem coragem de ser confrontada para explicar por que a educação do RN é a segunda pior do país. Não consegue explicar porque o RN tem o 2º pior PIB do país e por qual motivo somos o 4º estado mais violento entre os jovens. Por isso ela correu”, escreveu Fábio.

Sem citar o nome da governadora, a candidata Clorisa Linhares (PMB) convocou seus seguidores a acompanhar o debate pelo Youtube. “Para conhecer nossas propostas”, afirmou. E Danniel Morais (Psol) comemorou o fato de ter conquistado, na Justiça Eleitoral, o direito a participar do encontro. “Vamos participar de todos os debates porque acreditamos que essa é a melhor maneira de expor nossas ideias e permitir que os eleitores possam decidir em quem votar de forma democrática”.

O debate, que começou 18 minutos atrasado, foi mediado pela jornalista Virgínia Coelli, que explicou as regras e o que motivou a ausência da governadora, que, por meio de nota, informou sua ausência por conflito de agendas, apesar da data do debate ter sido previamente con- firmada junto às assessorias de comunicação.

O primeiro bloco foi de perguntas dos jornalistas do Sistema Tribuna. Os primeiros a responderem foram Clorisa e Styvenson. “O RN nunca foi governado por quem tem competência e experiência em gestão, pública ou privada. Primeiro, diminuir custos e melhorar receitas. A LOA previa R$15,9 bilhões em receitas e R$16,1 bilhões em despesas, o que revela incompetência em quem gere o negócio. Precisamos fazer uma auditoria nas contas públicas; hoje não temos transparência”, disse Clorisa.

Styvenson falou: “Concordo com a senhora que temos insegurança jurídica, precisamos fazer uma reforma legislativa para unificar os atos e não ter ambiguidade de leis e uma grande reforma administrativa”.Danniel Morais foi questionado sobre qual projeto para buscar investimentos para concessões públicas e parcerias público-privadas. “Defendo que todas estas devem ter regras muito claras, precisa ter suas garantias”, disse. Já Fábio Dantas afirmou que, “transformar o RN em um modelo para se investir no Brasil e no mundo”.

TURISMO

Styvenson falou sobre os planos para fomentar o Turismo potiguar. “Nenhum investidor vem para esse Estado com as inseguranças que aqui existem. Quem tem competência para gerar emprego é a iniciativa privada, que terá concessões para fazer investimentos através do Estado. Fomentar não só o Turismo, mas a construção civil, com tantos ativos ociosos que o RN tem, valiosíssimos no mercado imobiliário, para construir para o povo naquele mesmo valor, estruturas muito mais modernas como hospitais públicos. Danniel defendeu a política de interiorização do Turismo.

MÁQUINA PÚBLICA

Fábio Dantas falou que, para enxugar a máquina pública, “é preciso modernizar os serviços públicos, colocando tecnologia na gestão pública com reformas necessárias e otimizar a máquina, que é desproporcional aos servidores e à população hoje”. Já Clorisa falou em gestão de resultados, “para saber se os serviços prestados funcionam. Vamos criar condições para os servidores que estão se atualizando melhorar seus serviços”, disse.

PANDEMIA

No segundo bloco, os candidatos trocaram perguntas entre eles. Clorisa perguntou a Styvenson sobre o que ele teria feito durante a pandemia, que respondeu: “O problema maior não foi só o fique em casa, mas a quantidade volumosa de recursos que foram para os estados, inclusive o nosso, que deu permissão para concluir os leitos de UTI. Então, o governo não gastou um real e permitiu antecipar as folhas de pagamento”. Já Clorisa falou que as medidas adotadas de distanciamento social foram fatais para os empreendedores.

FOME

Danniel Morais perguntou a Fábio Dantas sobre os 1,1 milhão de potiguares passando fome atualmente e qual a proposta deste para combater a fome. Fábio começou falando contra Fátima Bezerra, “ela tornou o Estado o 2º pior em desigualdades sociais, principalmente pela linha econômica seguida. Só existe uma forma de mudar a vida do potiguar: é tornar o RN uma locomotiva do desenvolvimento, precisamos de um marco da geração de emprego e renda”, disse.

E ouviu de Danniel: “Fábio Dantas, o que mais me admira é que, ao ler o seu plano de governo, em nenhum momento vi a palavra ‘fome’, quando vivemos com tantos potiguares com fome. Precisamos olhar para essa população, é necessário gerar emprego e renda sim, mas temos que olhar para a fome com sensibilidade”.

CORRUPÇÃO

Questionada por Fábio sobre corrupção, Clorisa respondeu: “Corrupção é falta de transparência. Só lamento também que a Assembleia Legislativa não fiscalize o governo. É primordial que se invista para que o empreendedor e a iniciativa privada possa crescer. Aí sim, teremos mais receita”.

Já Danniel falou em valorização da agricultura familiar e nos armazéns populares que serão entregues para cooperativas e associações para que as pessoas inscritas no CadÚnico possam adquirir alimentação a preço de curso.


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