Em debate na Câmara, ministro criticou ‘milícias digitais’ que promovem discurso de ódio e ataques às instituições nas redes
Durante debate na Câmara sobre o voto impresso e reforma eleitoral, Luís Roberto Barroso disse que ataques pessoais a autoridades não abalam as instituições. Lamentou, no entanto, a emergência de milícias digitais “que disseminam o ódio, mentiras, teorias conspiratórias”.
“Escrevem coisas horríveis. Tem uma espécie de cristianismo do mal no Brasil, uma inovação horrorosa, em que o sujeito fala: ‘Em nome de Deus, eu quero que você morra, em nome de Jesus, eu quero que sua família seja destruída’. Quer dizer, é tão absurdo isso, pessoas totalmente do mal que invocam a religiosidade das pessoas”, afirmou aos deputados.
Disse depois que não estava referindo-se a críticas ou mensagens de humor que recebe nas redes.
“Toda semana, às sextas-feiras eu sempre posto uma sugestão de livro, música e poesia. E todas as semanas, essa é a parte divertida, me mandam ler a Constituição e a Bíblia. Justo eu que passei a minha vida lendo a Constituição e ainda sou filho de mãe judia e pai católico, de modo que eu li o Velho Testamento e o Novo Testamento”, brincou.
Ele afirmou que ataques diretos às instituições “são um problema” e devem ser coibidos “da maneira possível”.
*Informações de O Antagonista.