
O ex-juiz, ex-ministro e pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), afirmou nesta segunda-feira (14) que se as instituições do país tiverem autonomia “muita coisa vai aparecer”, se referindo a possíveis casos de corrupção no governo Bolsonaro.
A declaração foi dada no início da tarde desta segunda-feira (14) durante entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan.
“Agora, a gente tem um governo que trouxe do lado dele gente envolvida em escândalo de corrupção do passado. Políticos fisiológicos, o ‘Centrão’, tem até o presidente do partido onde vai concorrer o Bolsonaro, o Valdemar da Costa Neto, que estava do lado do Lula, condenado no ‘Mensalão’. Então assim, não tem esquema de corrupção? Quem está investigando? Quem está olhando isso, o PGR [Procurador Geral da República]? A Polícia Federal, alguém está vendo isso? Tenho certeza que se a gente retomar, dar autonomia para as instituições, como a gente pretende fazer, muita coisa vai aparecer”, afirmou Moro.
O ex-ministro falou também sobre a corrida eleitoral, e disse que “a única razão” de o ex-presidente Lula (PT) estar à frente nas pesquisas é porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”.
“O Bolsonaro faria um favor para o país se pegasse o boné e fosse para casa, porque ele está elegendo o Lula”, disse Moro.
O ex-ministro também afirmou que se o presidente Bolsonaro quisesse combater a corrupção, ele não teria interferido na PF.
“Eu fui sabotado pelo presidente da república Jair Bolsonaro e também, não foi só ele, mas ele contribuiu pra esse ambiente de reação contra o combate à corrupção”, afirmou Moro.
Com informações do G1