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NATÁLIA BONAVIDES DENUNCIA ATAQUES, NOTÍCIAS FALSAS E AMEAÇAS CONTRA ELA

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A candidata a prefeita de Natal, Natália Bonavides (PT), denunciou, com dois boletins de ocorrência, à Polícia Legislativa, da Câmara dos Deputados, a prática de fake news, violência política e ameaça de morte contra ela. Além disso, no Supremo Tribunal Federal (STF), peticionou em um dos procedimentos já existentes sobre fake news. A deputada informou ao Diário do RN, ainda, que o jurídico da candidata está preparando denúncias a serem efetivadas em nível local.

Nos boletins de ocorrência, constam injúria e difamação. Ainda, enquadramento com base nos artigos 323 e 326B do Código Eleitoral. Os itens preceituam penas para quem “divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado” e quem “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo”.

Segundo a candidata, alguns servidores ligados à Prefeitura de Natal já foram identificados por sua equipe e incluídas nas denúncias. Segundo Natália, serão notificadas em breve.

“Eu tinha certeza que, já que a campanha do meu adversário tem como núcleo o bolsonarismo, eu sabia que o uso de uma estrutura de forma orquestrada para me atacar ia acontecer agora. Parte dessas pessoas são até cargos comissionados da Prefeitura Municipal de Natal, até igual ao que Bolsonaro fazia, que é usar estrutura pública para interferir, influenciar, no resultado eleitoral”, diz, atrelando as ações a um suposto Gabinete do Ódio.

Material de violência política cometida nas redes sociais Whatsapp e Instagram também foram anexados. Algumas das mensagens trazem ameaças de morte, a comparam com Marielle Franco, por exemplo, e têm cunho sexual. Aliado a isso, notícias falsas.

De acordo com a candidata, são mensagens que afirmam que ela defende que quem rouba e mata não seja punido, que quer acabar com a polícia, que faz uso de drogas. “De mentir sobre posicionamentos meus, dizer que fiz coisas que não fiz, um projeto sobre uma coisa é divulgado como se fosse de outra, que tenho um projeto para que quem prática latrocínio (roubo seguido de morte) não vá preso, que odeio polícia, partido das trevas, que comemoro aborto que despedaça criança”, lista Natália em conversa com a reportagem.

Ela afirma que desde segunda-feira, 7, à noite, um dia após o 1º turno da eleição, ela e sua equipe perceberam uma onda de ataques orquestrada com características semelhantes ao que viu quando trabalhou na CPI das fake News, em Brasília.

“Isso não se trata de coibir críticas. Se trata de coibir crimes. Poucos têm mais disposição do que eu para receber críticas, ir a entrevistas hostis, participar de programas em que todos os entrevistadores discordam de mim. Não se trata disso, se trata de crime, de manipulação de imagens, de literalmente mentiras, de discursos odiosos e que incitam violência. Isso eu não vou admitir. E muito menos que seja usado para incidir no resultado eleitoral, que no fim das contas é o único o objetivo disso tudo”, ressalta.

Styvenson: “A candidata procura o escudo da estatal, vem usar o STF e a PF”

O senador Styvenson Valentim (Podemos) utilizou as redes sociais para questionar e criticar a postura de Natália Bonavides ao denunciar os ataques sofridos. Segundo ele, a candidata do PT busca usar o STF e a PF como escudo estatal, porque são aliados do presidente Lula. “Tem a ver com a campanha. Vem usar o escudo da estatal, ao qual o presidente é aliado, do STF, vem usar a PF”, disse em trecho do vídeo de cerca de 7 minutos.

Ele admite que não sabe ao certo quais tipos de ataques a candidata sofreu, mas afirma que ela quer inibir quem faz qualquer crítica às falas delas.

“A candidata Natália Bonavides procurou o STF para denunciar ataques virtuais. Ela procurou o STF contra quem fizer qualquer crítica, eu não sei qual é o teor das críticas, eu não sei o que é que está que ela está passando”, afirma.

Ao longo da fala, ele questiona quais são os ataques que a candidata sofre, já que ele também “sofre ataques diariamente” e compara o que ela chama de ação “sistemática e orquestrada” às críticas que recebe como político e ex-policial.

“Já me chamaram de viado, já me chamaram de abusado, já disseram que eu sou arrogante, que não sirvo para nada, que sou senador medíocre, me ofendem de todo jeito, que eu não sei falar, que sou analfabeto. Eu escolhi a vida pública, desde capitão que sofro ofensas e ameaças e nem por isso vou chorar no STF”, narra.

O aliado de Paulinho Freire e Rogério Marinho (PL) denuncia no vídeo que parte desses ataques vem de pessoas do Governo do Estado. “E nem por isso eu vou mimizento chorar para a Justiça (…) Não sou otário de recorrer ao STF”, dispara.

Segundo o parlamentar, o que chama de “uso do STF e da PF” o deixa preocupado e ataca a governadora: “O que me preocupa desses abusos é que daqui a pouco a gente não pode falar mais nada, logo eu que critico a gestão da governadora Fátima, incompetente, destruidora, mãe da mentira, gafanhoto do Rio Grande do Norte. Assassina, porque mandei emenda para o Hospital Tarcísio Maia e até hoje ela não gastou”.

Ele complementa, ainda: “Vou ficar com medo dela ir ao STF”.

Styvenson coloca que “Paulinho deve sofrer também, porque o outro lado não é santo”.

A reportagem Diário do RN entrou em contato com Paulinho Freire e a candidata a vice-prefeita Joanna Guerra para ouvir a opinião deles sobre as denúncias da candidata, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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