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O ANTAGONISMO ENTRE HENRIQUE E GARIBALDI NÃO É DE HOJE

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FOTO: GARIBALDI, WALTER E HENRIQUE ALVES

Por: BOSCO AFONSO

Muita gente achou estranho o comportamento do ex-senador Garibaldi Alves Filho ao dizer, em recente entrevista ao programa “12 em ponto”, da 98 FM, capitaneado pela jornalista Anna Karina e o jornalista Tulio Lemos, que não perdoava o seu primo Henrique Eduardo Alves pelo fato de o mesmo quase ter comprometido a eleição do filho Walter Alves.

É que no pleito de 2018, afastado da vida pública, o ex-deputado Henrique Alves preferiu apoiar a candidatura do atual deputado federal Benes Leocádio, em vez de reforçar a votação de Walter Alves, filho de seu primo e parceiro Garibaldi Alves Filho.

O fato de Garibaldi ter expressado o não perdoo chocou algumas pessoas. Partindo essa frase de Garibaldi, um conciliador, para com Henrique, um costumaz “bateu, levou”, foi muito forte.

Mas o antagonismo entre Henrique e Garibaldi já vem de longe. Amenizado pelos interesses comuns e por laços familiares. Henrique, filho de um dos maiores líderes políticos do Estado, Aluízio Alves, sempre foi o preferido e já ingressou na política como Deputado Federal, enquanto que Garibaldi, sobrinho, se contentou em ser Deputado Estadual. Essa diferença durou mais de 10 anos. E nessa mais de uma década, nunca permitiram que Garibaldi ousasse chegar a Brasília.

Garibaldi sempre se mostrou cortês, refinado, afável, amável, gentil e contido, mesmo que a situação lhe fosse adversa. Henrique, mesmo educado, nas mesmas circunstâncias do primo se mostrava ríspido, indelicado, pedante, impetuoso e adepto do “bateu, levou”.

Garibaldi foi prefeito de Natal e governador do Estado. Cargos que Henrique tentou, mas não conseguiu. Henrique foi presidente da Câmara dos Deputados. Garibaldi, presidente do Senado Federal. Garibaldi foi Ministro e Henrique, também.

Henrique não tem um substituto – que possa chamar de Meu – na política. Garibaldi tem Walter Alves, o Waltinho, o deputado federal.

Em 2018, com Henrique impedido de disputar um novo mandato, Garibaldi precisou do apoio do primo ao filho e Henrique negou. Quase comprometendo a reeleição de Waltinho. A mágoa ficou. Em nome do filho, nem o pai perdoa. Mas com certeza isso não será em definitivo.

Lembrando que o poeta britânico Alexander Pope, famoso por sua tradução de Homero, escreveu: “errar é HUMANO, perdoar é DIVINO”.


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