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“O CERCO ESTÁ SE FECHANDO CONTRA JAIR BOLSONARO E SEUS ALIADOS GOLPISTAS”

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Natália: “A democracia brasileira cansou de ser atacada pelo bolsonarismo golpista”

“O cerco está se fechando contra Jair Bolsonaro e seus aliados golpistas. Estamos falando de uma nítida tentativa de golpe”, declarou a deputada federal Natália Bonavides (PT), ao falar sobre denúncia feita pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria tentado coagi-lo a dar um golpe de Estado, gravando conversas do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com o objetivo de criar ambiente para dizer que as eleições foram fraudadas e assim, impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estendendo o mandato de Bolsonaro na presidência da República.

“Bolsonaro tentou coagi-lo a dar um golpe. O próprio ex-presidente segue nos Estados Unidos para evitar a responsabilização por vários dos seus crimes. O senador Marcos do Val, que agora é ex-apoiador, fez uma denúncia grave, estamos falando de uma nítida tentativa de golpe. Que haja investigação, a democracia brasileira cansou de ser atacada pelo bolsonarismo golpista. O cerco está se fechando e a ‘pulada’ do barco bolsonarista avança”, afirmou Natália.

Para o deputado federal Fernando Mineiro (PT), a denúncia feita por Do Val precisa ser investigada urgentemente e, caso seja confirmada, os envolvidos, sobretudo o ex-presidente Bolsonaro, precisam ser julgados e punidos por tentativa de golpe de estado. “É gravíssima a denúncia do senador, de que Bolsonaro o coagiu ao golpe de Estado. Esse fujão não pode agir livremente, atentando contra a nossa democracia. É preciso investigação e punição contra esses golpistas”, afirmou.

Enquanto os parlamentares da situação pedem que a denúncia seja investigada urgentemente, os deputados e senadores do Estado que integram a oposição mantiveram o silêncio sobre o fato. A reportagem do Diário do RN procurou os senadores e deputados potiguares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sem sucesso.

O único que “se manifestou”, ainda assim por meio de assessoria de imprensa, foi o deputado federal General Girão (PL), que disse não ter sobre o quê se pronunciar e que “não pode criar um posicionamento diante de uma fala verbal apenas, do senador Marcos do Val. Precisa primeiro de um inquérito, se o STF vai abrir um inquérito para apurar essa denúncia, qual a prova que o Marcos do Val tem sobre essa denúncia”.
Os deputados Benes Leocádio (União Brasil), Paulinho Freire (União Brasil) e Robinson Faria (PP) também foram procurados, sem sucesso. O senador Styvenson Valentim, colega de partido de Marcos do Val no Senado, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu ou retornou as ligações telefônicas, nem as mensagens de aplicativo de mensagens, até o fechamento desta edição. Mesmo comportamento foi manifestado pelos senadores Rogério Marinho (PL).

Marcos do Val tenta mudar versão para livrar Bolsonaro

Na tarde desta quinta, após o escândalo ter tomado conta do país, o senador Marcos do Val tentou mudar sua versão dos fatos, em uma tentativa de livrar o ex-presidente Bolsonaro de envolvimento direto nos fatos por ele denunciados durante a madrugada em uma live e que, segundo ele, serão divulgadas em uma entrevista concedida à revista Veja, nesta sexta-feira (3).

Nesta nova versão dos fatos, teria sido o ex-deputado federal Daniel Silveira que teria levado Marcos do Val a uma reunião com Bolsonaro no último dia 9 de dezembro para tratar sobre um golpe de Estado. Para isso, teriam usado um veículo não oficial para chegar à Granja do Torto, onde seria o encontro secreto.

Desmentindo sua primeira versão, disse, desta vez, que o ex-presidente teria permanecido calado durante todo o encontro, quando foi detalhado como seriam feitas as gravações de conversas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, com o objetivo de flagrá-lo em alguma declaração que fosse contrária à Constituição. E que, ao sair do encontro, Do Val decidiu que iria procurar Moraes para avisá-lo sobre o plano.

Diante das contradições do senador do Podemos, o ministro do STF autorizou a Polícia Federal a tomar o depoimento de Marcos Do Val dentro de um prazo de até cinco dias, contados desde esta quinta-feira.

“Conforme amplamente noticiado, o senador divulgou em suas redes sociais ter recebido proposta com objetivo de ruptura do Estado Democrático de Direito, circunstância que deve ser esclarecida no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito a eventual intenção golpista, o que pode caracterizar os crimes previstos nos arts. 359-M (golpe de Estado) e 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) do Código Penal”, explicou Moraes.


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