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PALAVRAS DE ROGÉRIO SÃO INTERPRETADAS COMO PREVENÇÃO A POSSÍVEL PRISÃO DE BOLSONARO

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Isolado, sem grupo político, sem apoio partidário, Carlos Eduardo tem dificuldades para construir sua quinta vitória para governar Natal

Enquanto muitos dos apoiadores da governadora Fátima Bezerra disputam um lugar na estrutura governamental do Estado alegando fidelidade e participação ativa durante toda a campanha que elegeu a petista no primeiro turno, o ex-prefeito da Capital, Carlos Eduardo Nunes Alves (PDT) tem rejeitado ofertas de auxiliares da gestão estadual para indicar seus partidários na composição dos quadros do executivo, nesse segundo mandato.

O que parece esquisito em um líder político rejeitar ofertas de cargos na composição governamental, no caso de Carlos Eduardo Alves, que fez dobradinha na chapa majoritária sendo ele candidato ao Senado Federal e Fátima Bezerra ao Governo do Estado, é uma questão de estratégia política, uma vez que o candidato a senador derrotado na última eleição de 2022 está enxergando a realização do pleito municipal em 2024, quando ele – que já foi prefeito de Natal em quatro oportunidades – tem o desejo de se tornar penta em administrar a sua cidade, sucedendo quem apoiou em 2020, no caso o atual prefeito Álvaro Dias.
Nesse seu desejo de se tornar prefeito de Natal pela quinta vez, o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) encontra uma dificuldade que poderá ser fatal para a sua pretensão, que é o seu isolamento político, plantado pelo próprio durante sua trajetória político-partidária.

SEM COMPOSIÇÃO
Certamente, cobrando do Partido dos Trabalhadores – PT reciprocidade pelo seu sacrifício feito em 2022 quando renunciou sua candidatura ao Governo do Estado para fazer uma aliança com a petista Fátima Bezerra, que naquele momento sofria uma rejeição acentuada do seu nome junto ao eleitorado norte-rio-grandense, o candidato derrotado a senador da República Carlos Eduardo pretende consolidar a sua candidatura a prefeito da Capital com o apoio dos petistas.

Nesse caso, o Partido dos Trabalhadores – PT, hoje no comando do Governo do Estado e da Presidência da República vai dizer ao ex-prefeito de Natal que deverá contar com candidatura própria e no caso o nome será o da deputada Federal Natália Bonavides, dona de um capital de mais de 150 mil votos junto ao eleitorado potiguar, sendo que desses votos, mais de 50 mil lhe foram dados por eleitores natalenses.

Mas sem querer rompimento político e na tentativa de manter aliança com o ex-prefeito de Natal, o partido de Fátima Bezerra, segundo rumores que circulam nas rodas políticas, irá oferecer seu apoio para que Carlos Eduardo se torne prefeito do vizinho município de Parnamirim, terra em que seu pai, o jornalista Agnelo Alves, “reinou” por mais de duas décadas como maior liderança política. Aceitar ou não essa proposta, será uma questão para Carlos Eduardo resolver. Em declaração recente ao Diário do RN, ele descartou ser candidato em Parnamirim. Porém, em política, o que se descarta hoje pode ser a opção de amanhã.

Fora a cogitação de manter a aliança com o PT, a segunda opção de apoio político para sua pretensão em voltar a ser prefeito de Natal é Carlos Eduardo receber o apoio do atual mandatário municipal Álvaro Dias, que foi seu vice-prefeito, no mandato de 2013-2017, com interrupção em 2018 quando o titular renunciou para ser candidato ao Governo do Estado e ser derrotado pela atual mandatária estadual Fátima Bezerra, e também a quem apoiou e indicou a candidata a vice-prefeita na eleição de 2020. Mas essa possibilidade, se não está descartada é quase que inviável, pois Álvaro se sente “dono do seu próprio passe”, quer eleger um sucessor confiável que continue a sua gestão e lhe dê respaldo em sua pretensão de ser candidato ao Governo do Estado, em 2026.

ISOLAMENTO POLÍTICO
Sem essas duas alternativas analisadas, o ex-prefeito Carlos Eduardo, que tem fama de não abrir diálogo com vereadores, nem com lideranças políticas mesmo sem mandato, muito menos com lideranças políticas de outros partidos, ficará no limbo político, ou seja, no isolamento, sem capacidade de abrir conversação com outras legendas expressivas por não ter conseguido, durante toda a sua vitoriosa trajetória política ter merecido a confiança dos demais políticos.

Portanto, mesmo almejando ocupar ou fazer indicação de alguns de seus correligionários mais próximos para cargos na esfera federal – uma vez que o seu partido, ou PDT fez composição no segundo turno para a eleição de Lula – Carlos Eduardo Alves tem tempo suficiente para também fazer indicações de ocupantes de cargos na gestão de Fátima Bezerra e continuar seu parceiro, ou definitivamente encarar a sua candidatura à Prefeitura de Natal sabendo que poderá vivenciar momentos de isolamento político por conta de seu próprio comportamento.


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1 comentário em “PALAVRAS DE ROGÉRIO SÃO INTERPRETADAS COMO PREVENÇÃO A POSSÍVEL PRISÃO DE BOLSONARO”

  1. ESSE É O GRANDE PROBLEMA DESSE NARIZ EMPINADO ,ARROGANTE, PREPOTENTE CARLOS EDUARDO, ELE PENSA QUE SOZINHO GANHA ELEICAO, SERA QUE ELE AINDA NAO VIU A REALIDADE QUE AGORA TEM QUE FAZER COMPOSICOES, ABRIR ESSES DENTES DE TRAIRA E JOGAR COM O TIME E NAO SOZINHO.

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