
Com investimento de cerca de R$5 milhões para identificação das áreas mais promissoras à implantação de parques eólicos na Margem Equatorial Brasileira, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), sediado no Rio Grande do Norte e referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade, fechou convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para fazer o maior mapeamento eólico do Brasil de olho no potencial offshore, no mar.
O projeto terá duração de dois anos e abrange seis estados, incluindo o Rio Grande do Norte, onde equipamentos de medição serão instalados nas regiões de Areia Branca e Touros. O estado lidera a geração de energia eólica em terra no país e é um dos que mais têm investimentos programados, inclusive no offshore, com os primeiros projetos à espera de licenciamento.
A liberação de recursos para o desenvolvimento das atividades é fruto de articulação realizada em 2021 pelos senadores da República Jean-Paul Prates, Davi Alcolumbre e Marcio Bittar. A expectativa é que as estações de medição do projeto sejam instaladas ainda no primeiro semestre de 2022 e que os resultados sejam reunidos em um Atlas.
Os trabalhos incluem medições de velocidade e direção dos ventos em pontos estratégicos e o mapeamento de áreas para projetos eólicos offshore.
O convênio com o MCTI foi detalhado nessa terça-feira, 4, pelo Instituto. A área total inserida no levantamento corresponde a 38,6% do litoral brasileiro e também inclui os estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.
Sobre o Projeto
O projeto prevê a identificação das melhores áreas de potencial eólico para fomentar o desenvolvimento de projetos de usinas e, além disso, auxiliar os fabricantes de equipamentos a dimensionarem aerogeradores, torres e fundações adequados ao perfil de vento do país.
Segundo o ISI-ER, o projeto ajuda a consolidar estudos concluídos e em curso sobre o offshore em áreas que já são grandes polos de investimentos do setor em terra no país – como o RN e o Ceará -, mas também contribui para suprir o vazio de dados que existe sobre o potencial de geração especialmente na região Norte.
“O RN será o maior produtor de energia do Brasil. Isso está nas evidências e nos estudos já realizados, inclusive a respeito do potencial offshore, que é imenso. O fato do nosso ISI-ER capitanear esses estudos mostra que o país está de olho no que está acontecendo aqui em termos não somente de produção, mas também de tecnologia para o setor. Detemos o principal HUB de Tecnologia e Inovação quando o assunto é energias renováveis”, destaca Amaro Sales, presidente do Sistema FIERN, que engloba SENAI, SESI, IEL e Federação das Indústrias do estado (FIERN).